017
AKEMI, point of view
Tóquio, 🃏🖇️
" O JOGO VAI COMEÇAR
Dificuldade: dez de copas "
Eu estava trancada numa sala, com uma fita na boca, presa numa cadeira.
Até que a Tv que tinha na minha frente se acendeu, e finalmente deu no jogo que estávamos esperando tanto tempo.
" Explicaremos as regras, por favor, todos os jogadores se reúnam no saguão "
Tentei me desamarrar da cadeira, consegui, e depois tirei a fita da minha boca.
Não tinha como eu sair pela porta, tinha que ser pela janela.
Abri a janela, e comecei a andar por fora segurando em alguns compartimentos que haviam lá.
Vi que a janela mais próxima estava aberta, então entrei, e vi que era a suíte do chapeleiro.
Observei ao redor do quarto, olhando tudo, pensando no chapeleiro, e que eu nem pude me despedir dele.
Até que vi um pequeno pedaço de papel escondido em baixo de seu travesseiro, quase imperceptível.
Fui até lá e peguei o papel, na frente estava escrito o meu nome.
Para minha princesa, minha filha de coração, Akemi.
Já senti uma enorme vontade de chorar, mas tentei segurar um pouco, e abri a carta.
Querida, se você está vendo isso, algo aconteceu comigo, e como te conheço você deve estar desesperada por isso, mas também te conheço pra saber que deve estar segurando tudo isso, como sempre faz.
Espero que esteja liderando tudo muito bem, mas deve ter ocorrido alguns imprevistos.
Preciso que faça uma coisa pra mim..
Li a carta até o final, e fiz o que me pediu pra fazer, e coloquei as coisas na bolsa.
Abri a porta lentamente, estava aberta, então fui em passos rápidos para o saguão, e peguei um celular, até que Ann veio até mim.
— Onde é que você tava?! — ela pergunta exasperada
— Presa numa cadeira, numa sala trancada, com uma fita na boca — falei e ela arregalou levemente os olhou — O chapeleiro deixou uma carta pra mim.. — sussurrei — depois eu te conto, tudo bem? — falei e ela assentiu — O que tá acontecendo? — perguntei
— Veja você mesma — ela fala e me puxa pro centro da rodinha que havia se formado, e vejo uma menina com uma faca cravada no peito, e uma garota que foi até a garota morta, e grita por ela.
— Momoka! Por que.. — ela diz chorando
" Jogo : Caça a bruxa
A bruxa má que matou a garota está escondida entre vocês, o papel de bruxa não está limitado a mulheres, você zera o jogo se matar a bruxa, e jogá-la na fogueira do julgamento.
Tempo limite : 2 horas"
Vemos uma fogueira no lado de fora da praia, e eu encaro o corpo da garota.
— Uma caça a bruxa, parece interessante! — Niragi diz e vem ao meu lado — Como conseguiu fugir? — ele diz com raiva em seu rosto.
— Vocês são burros o suficiente pra isso ter acontecido — falei e cursei os braços.
— Já sei galera, vamo procurar essa bruxa! — Niragi diz — aposto que era você — falou e apontou a arma pra mim
— Ah, claro que era eu — falei chamando a atenção de todos — Eu só estava o tempo todo presa na porra de uma cadeira, com uma fita na boca e trancada num quarto, você não lembra? Você que me trancou lá — falei e todos ficam surpresos
— Por que ele fez isso? — ouvi alguém perguntar
— Ele deve ser a bruxa! — diz outra pessoa
— Quer contar sobre isso, linguarudo? — perguntei e ele revirou os olhos, me empurrando com a metralhadora, que estava encostada na minha barriga.
Ann chega perto do corpo de Momoka, e avalia.
— O, pera aí — uma garota aleatória diz — Por que você não tava com ela hoje? — ela termina
— O que? — a amiga da garota morta falou
— Por que chegou tarde? Você andava sempre com ela — um cara diz e Niragi aponta a arma pra ela, parando de apontar pra mim, e Last Boss me ajuda a levantar, sumindo entre os participantes da praia logo em seguida.
— Será que a gente encontrou a bruxa? — diz Niragi
— Não fui eu!
— A gente só vai saber se você for pra fogueira — Niragi falou
— Eu tava lá no meu quarto! — ela inform
— Vocês viviam sempre juntas, isso foi só uma coincidência? — um outro garoto diz
Pode muito bem ser
— Pode crer! Ela é a bruxa, manda pra fogueira! — ele grita e dois caras vem segurar ela, e tentam levar ela pra fogueira.
— Acalmem-se, soltem a Asahi por favor — Mira pede, e eu a olho suspeita, e ela olha pra mim com um sorriso pequeno.
— Ela não é a única pessoa suspeita aqui — Usagi diz — Como vocês podem provar o que estavam fazendo? Vamos, respondam! — Usagi falou
— Eu e a gatinha, estávamos nos divertindo muito lá no quarto, não é? — Niragi disse e chega perto de Usagi
— Você tentou se aproveitou dela, linguarudo do caralho? — me aproximei dele em passos rápidos, e peguei a pequena arma que tinha em seu bolso, e apontei pro seu coração.
— E do que importa? Aqui não tem regras, pena que não deu tempo de acontecer algo.. — Niragi que queixa e eu dou uma joelhada na sua parte íntima, e ele vai sentado no chão.
— Idiota, você ficaria muito melhor sem uma língua, sabia? — falei com raiva, prestes a ir pra cima dele, mas Mira me segura.
A olhei e ela me olhou também, ficamos nos olhando por alguns segundos até eu negar com a cabeça, e cruzar os braços.
— Todo mundo vai ter que dizer o que tava fazendo — Ann diz
— Sangue! — uma menina pontou pra um lencinho de pano que estava na mão de Ann.
— Não tem nada ver — ela garante
— Ficou mais interessante, então a bruxa é você!! — Niragi diz
— Chama a minha irmã de bruxa de novo, Niragi — falei chegando mais perto — Você pode ficar sem língua, daí você não iria falar nada, nem fica tirando essa língua pra fora — ele me olha com raiva
— Cala a boca! — Ann disse ao Niragi.
— Isso aqui é sangue do chapeleiro — ela informa — eu tava examinando o corpo dele, e me manchei de sangue.
Na verdade o chapeleiro foi assassinado, os membros executivos não queriam que ficassem abalados, por isso esconderam — Ann termina
— Talvez a bruxa tenha matado o chapeleiro! — uma garota diz
Não acho que seja isso.
— A bruxa deve estar entre eles! Com cert- — não terminou pois uma katana passou pelo seu corpo, e ela caiu no chão, dando pra ver Last Boss atrás dela.
— Que menina achata, hein — ele diz baixo — Por que a gente então queima todo mundo que encontrar? — ele termina e eu o olho estranho, e ele me olha um pouco estranho também.
— Se alguém que estiver entre nós for a bruxa, todo mundo exceto a milícia é a bruxa — Aguni chega e fala — Agora me digam, quem é? Se ninguém falar quem é a bruxa, então todo mundo vai pra fogueira — ele diz e Niragi grita animado e atira pra acima, e todos correm.
Corri até Ann, e retirei a faca com cuidado, mas com rapidez, e entreguei pra ela.
— Você tem que examinar as digitais nisso, temos que correr, e rápido — falei ao correr, sinto uma dor na minha perna, mas ignoro pensando que só bati. — eu te encontro depois — gritei e ela assentiu, e continuei correndo pro meu quarto, onde eu poderia pegar algumas armas.
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