( 𝐐𝐮𝐚𝐫𝐭𝐚-𝐟𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐀̀𝐬 𝟐:𝟒𝟓 𝐀𝐌)

Jennie não sentia mais seu corpo.

Era como se sua alma voasse para o além, sem nada, sem algum peso algum. Não sentia mais as pernas ou o sangue circulando, enjoo, dor de cabeça ou o que for, era como se a mesma não estivesse mais ali presente. Como só uma alma em espírito.

Mas conseguia ver as luzes fortes direcionadas ao seu corpo na sala de cirurgia, antes de entrar ouviu o choro similar de Jisoo. Seu corpo logo se arrepiou, já que a mais velha, não era a mais acostumada em chorar.

Não podia nem movimentar a cabeça para virar para Taehyung, achou que tudo que falou com ele não foi o suficiente. Queria ter se esforçado a expressar melhor seus sentimentos ao delegado, que agora chorava incontrolavelmente pelos corredores do Hospital.

Foi anestesiada, seus olhos começaram a pesar, se insistindo em fechar . Não prestou atenção em mais nenhum detalhe depois que os mesmos se fecharam, entrando em um completo sono profundo, não sabendo ao certo se acordaria outra vez.

Ouviu a voz de uma enfermeira, passando as informações para o médico que ia prosseguir no procedimento, dizendo que a mulher perdia muito sangue a talvez era sem salvação.

Jennie estava passando por uma hemorragia , perda de sangue muito rapida e praticamente incontrolável. O médico passava por grandes pensamentos, odiava perder algum paciente, mas que tudo, porque sabia que a vida daquela pessoa estava suas mãos, e não queria ver nenhum familiar ou alguém próximo aos prantos

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—Taehyung- Jungkook falava puxando a voz com força, com o último fôlego que tinha.

O delegado levantou a cabeça lentamente, direcionando o olhar para o policial Jeon. Jeon arregalou os olhos envergonhado, Taehyung estava desfasado. Era mais das duas da madrugada, o delegado tinha virado a noite da terceira feira para quarta, junto com Jennie, Jin, Jisoo e Rose que chegou um mais tardio.

O policial se aproximou do amigo, fazendo carícias nas costas e na nuca do delegado, Jeon infelizmente estava portando uma notícia nem tanto agradável. Seus superiores o criticaram, e estão quase tirando seu cargo e o afastando da Delegacia, a mesma coisa iria correr com Taehyung, ou pior, já que ele tinha um cargo mais significativo do que Jeon.

Manoban aproximou de Jisoo e Rose fazendo um abraço coletivo, passando seus braços nas cinturas das duas, e a  "afundando" sua face nos ombros das duas tentando, buscar conforto apesar do choro, sendo em vão.

A dor que cada uma sentia, era indescritível, já que eram uma família, um só corpo, era como se perdessem um membro de seus corpos sem a presença de Jennie. Era algo sufocante e extremamente doloroso.

—Como está a senhorita kim? Quantas horas de cirurgia? - Jungkook foi o a se pronunciar, já que o mesmo estava mais calmo e sã naquela hora do que os outros amigos.

—Tem quase duas horas, que não temos nenhuma informação desde que ela chegou na sala cirúrgica. Como foi lá na Delegacia? - foi a vez de Jin questionar, novamente, ele era um dos únicos que estava mais calmo para responder os questionamentos de Jungkook, por mais, que estivesse cabisbaixo.

—Não foi a melhor coisa. O senhor Min quer conversar com o Tae, eu levei um esporro em palavras, talvez eu seja denunciado por usar armas e meu poder de policial sem algum mandato - respondeu em um tom de desaprovação e desapontamento.

—Tudo que tá acontecendo agora é uma grande merda, eu vou falar com os superiores e jogar a culpa em cima de mim, dizendo que encarreguei você disso .—Taehyung tomou as redias da situação.

—Tá maluco Kim? Todo mundo aqui fez isso junto, se alguém tem que levar danos  são todos nós.- disse Lisa com sua voz pontente e seu senso de Justiça aguçado. Não deixaria que Taehyung, levasse a pena por todo o grupo.

—Se acalmem, depois resolvemos isso. - Jisoo falou com sua voz branda, e gesticulou com as mãos tentando fazer o acalmar os nervos. Jin abriu um sorriso de canto, ao ver a iniciativa da mulher, porém logo se fechou, por ver que estava sorrindo bobo por Kim Jisoo.

—Eu não vou deixa que qualquer um de vocês sofram por esses danos desse caso idiota. É o sonho de Jeon, do Jimin, do Yoongi e do Namjoon estarem onde estão , não vou deixar que os mesmos sofram isso por minha culpa.

—Delegado -Rose chamou —Olha não somos muito próximos, mas cada um vez o que achava que devia aqui. Você se sente culpado pelo acidente com a Jennie e tudo que está acontecendo. O Senhor é muito forte, precisa se acalmar, também não é justo conosco que você leve toda a culpa e a pressão, imagine quando Jennie vai se sentir quando souber quando acordar? Pense nisso.

Rose era delicada nas palavras e muito sábia, era uma das suas melhores qualidades que adquiriu com Jisoo, que agia da mesma forma. Na sua visão, e de todos ali, se Taehyung se sentisse culpado e levasse todo o peso de tudo que aconteceu, ao invés dele sentir culpa o resto do grupo também sentiria.

—Chaeyoung tem razão. - o advogado se pronunciou, Rose revirou os olhos por ouvir seu nome que nunca utilizava, por mais que era registrada com o mesmo.

—Acho melhor você ir pra casa, vai ter que enfrentar uma Barra pesada com o senhor Min de qualquer forma mais tarde - Jungkook afirmou, falou brando já que era nítido como Taehyung estava irado e não estava mais sã.

—Vou esperar até Jennie acordar.

—Não vai - repreendeu Lisa.—Vai resolver tudo isso, Jennie só chegou viva até aqui por sua causa, tenho certeza que a mesma está agradecida. Ela não vai morrer por que é forte , e odiaria saber que você ficou horas aqui sem comer e dormir por causa dela.

Taehyung suspirou. Por mais que cada palavra dita pela Manoban eram duras e difíceis de se ouvir, era nada além da verdade, já que Jennie odiaria tudo isso quando acordasse.

Ele balançou a cabeça em concordância. Analisou mais uma vez o corretor que era só possível acesso aos funcionários do estabelecimento, onde Jennie estava sendo tratada. Depois despediu-se dos amigos em silêncio, não estava afim de render conversa , com tantos sentimentos em seu coração.

Guardou seus pertences e foi direto para casa, Por que, não tinha direito de ir na delegacia falar com seu superior às 3:00 da manhã. Decidiu tentar dormir um pouco, mas, não conseguia fechar os olhos que estavam cansados por causa do último corrido.

Seu coração estava pesado, comeu algumas frutas mais nada muito pesado ou elaborado, não estava disposto de preparar qualquer alimento pra si próprio e não podia dar o luxo de comer algo delicioso, já que não se achava digno disso enquanto Jennie sofria no hospital.

Foram tantos sentimentos nas últimas horas, Jennie morrendo, eles invadindo o estúdio de Gu-won. Isso tudo fazia Taehyung não saber ao certo raciocinar, ou se estava realmente vivo, ou se só respirava.

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No dia seguinte Taehyung acordou cansado, sendo despertado pelo despertador e por algumas mensagem de Jin. Dizendo que Jennie havia saído na cirurgia mais ainda não havia acordado, o médico relatou ainda que as próximas 24 horas eram as cruciais para que a morena permanecesse viva e sem sequelas.

O delegado esboçou um sorriso fraco quando leu que Jennie havia saído da sala de cirurgia era um alívio que a mulher estivesse viva por enquanto, sabia que Jennie iria sobreviver às próximas 24 horas com louvor, afinal, a mulher ainda era muito forte.

Vestiu seu uniforme e tomou um copo de chá, suas articulações ainda estavam doloridas da missão anterior e seus olhos estavam inchados e as olheiras estavam profundas, deixando evidente que não tinha tido uma boa noite de sono.

Não conseguia deixar de lado a imagem de Jennie na noite anterior, ensanguentada e quase falecendo em seus braços, algo que sem dúvidas, não seria o mais simples de esquecer.

Dirigiu até a Delegacia, suas mãos tremiam enquanto ele virava nas ruas até a o estabelecimento. Odiava levar broncas e sabia muito bem que ter escondido um caso e sacrificado a vida de pessoas que nem eram da Delegacia ou de seus próprios companheiros não foi uma atitude gloriosa.

Mas taehyung era teimoso, e isso não era de admirar, no início não tinha certeza que as palavras de Jin-young era verdadeiras sobre o tráfico de órgãos, mas o acontecimento da noite anterior, pode ter certeza que não estava maluco.

Não ia abaixar a cabeça nem a postura na frente de seu chefe, independente do que o mais velho acha-se, caso perdesse seu cargo, o trabalho e até a vida, não se importaria, porque não deixaria, uma injustiça como essa ser passada sem ser resolvida, já que sabia que o FBI não colocaria suas mãos ao "fogo" por causa desse caso.

Bateu na porta do Senhor Min gentilmente, porém, só entrou quando houve um "entre". Não podia discordar que estava nervoso, mas queria resolver essa situação quanto antes por causa dos seus amigos. E convenhamos também para voltar para o hospital onde Jennie se encontrava.

O seu superior, conhecia Taehyung tão bem quanto ninguém e estava teorizando que o mesmo tinha sentimentos pela mulher que sofreu o acidente, já que sabia pelas palavras de Jungkook.

O olha cabisbaixo, as olheiras profundas  e o rosto inchado tal como os seus olhos, as orbes confusas. Era evidente que Taehyung chorou por horas e não conseguiu pregar os olhos na noite anterior, Min sabia muito bem disto.

—Sente-se , Taehyung! - a voz grossa e rouca do mais velho que ecoou por todo o cômodo, ordenando que o delegado se sentasse. Seu escritório era parecido com o de Taehyung, com móveis e objetos rústicos

Sempre que o delegado fazia alguma besteira, ou algo fora dos conformes, o senhor Min sempre o protegia, porém dessa vez, Taehyung e sentiu que eu mesmo estava muito mais irado do que o habitual. O mais velho suspirava irritado, tentando obter fôlego para dialogar sem surtar.

Ele e o delegado tinha uma longa história. Quando Taehyung estava na universidade, o primeiro trabalho que conseguiu como policial foi graças ao Senhor Min, que sempre deu o total apoio e coragem para o garoto. Então sempre que o delegado o desobedecia seu superior sentia que uma parte dele estava sendo traído.

Além do mais, o Kim, tinha histórico de fazer coisas fora das as regras do estabelecimento, as desobedecendo e colocando o seu próprio pessoal em perigo. Mas claro ,não pense errado, era sempre uma investigação que fazia ele ganhar o caso, e por causa disso, como ele estava certo a culpa nunca ia sobre ele.

—Você sabe muito bem porque está aqui! Não é a primeira vez, nem tão pouco a última, que você entra em uma missão sem o meu consentimento, arriscando o seu pessoal em algo que você supôs .— o homem suspiros antes de prosseguir — Só que dessa vez algo foi diferente, você se juntou com o pessoal de fora da delegacia que pelo que eu sei algumas detetives particulares. Não sei se você ve a gravidade do que você fez, se tivesse me solicitado, eu poderia até ter entendido e autorizado. Agora uma pessoa que não é do nosso pessoal, está ferida e machucada e caso ela venha a falecer, todos nós vamos ser processados e talvez presos por vocês terem agido sem o mandato. E a família da Senhora Kim pode se voltar contra nós e com razão. Você compreende o problema dessa situação Senhor Kim? Me explique, ao menos que queira ser mandado embora e perder esse seu distintivo que demorou a ser conquistado.

—Sabe Park jinyoung que foi preso por furto na joalheria? O senhor lembra que Jimin estava fora na época ele e Yoongi, eu precisei contratar os serviços dessa detetive particular, que está hospitalizada. Acontece que Jinyoung disse que tinha um cazino aqui na Coreia que escondia um hospital ilegal que vendo trágico de órgãos. O senhor sabe muito bem que é para fazer essa atividade ilegal precisa de conhecimento prévio no assunto para que os órgãos sejam tirados e ainda continuem no bom funcionamento e também requer muito dinheiro, sempre quem tá envolvido nesse acontecimentos são Milionários ou políticos. Não tínhamos provas suficientes e Se eu pedisse para o senhor você mesmo não deixaria, muito menos o FBI que não correria atrás de um caso como esse. A questão é que fomos atrás do chefe jinyoung  que foi onde que a senhora kim foi baleada , lá ela conseguiu um papel com o código que possivelmente fala da localização do Cassino.

O homem escutou atentamente cada fala do delegado, Taehyung entendeu em direção ao homem o papel com o código que o mesmo havia mencionado anteriormente.

Taehyung e nenhum dos seus homens conseguia decifrar aquele código, afinal, a Polícia tem homens e equipamentos de investigação para fazer tal coisa, mas que Taehyung como delegado não tinha o acesso. A missão ter sido reportada desde quando explodiram o estúdio de gu-won foi um ato que agora, podem pedir ajuda para seu superior.

Taehyung sabia muito bem como tocar no coração do mais velho, já que se conheciam à muito anos.

—Você tem certeza disso Taehyung?

—Senhor min, eu não sou leigo em tudo que eu vi, eu quero salvar essas pessoas, não quero colocar ninguém em risco, mas quem está me ajudando, sabe muito bem dos perigos que estão expostos -respondeu o questionamento com seriedade, gesticulando, e colocando suas palavras muito bem.

—Vou de dar uma força em armas e em equipamentos e vou ajudar a o Departamento de investigação a descobrirem esse código . - franziu o cenho enquanto falava com autoridade —Não estou fazendo isso porque és obediente, mas sim porque tenho um carinho enorme por você e sua equipe, delegado. Vou te dar mais três meses, e qualquer ajuda pode me falar, porém, se na próxima vez você fizer algo as escondidas denovo, você não sai da Delegacia vivo.

Taehyung esboçou um sorriso vitorioso, mas logo quando viu o homem sério retirou esse sorriso do rosto. Só conseguia pular de felicidade na sua mente, estava animado por ter o apoio desejado neste caso, e ia sair direto dali para o hospital contar para o resto do pessoal.

—Obrigado, e perdão, essas atitudes minhas não vão se repetir.

Taehyung sorriu e deu uma referência, fazendo o homem sorrir também, depois apertaram as mãos.

Nesses dois dias, esse acontecimento foi o motivo do delegado sorrir novamente.

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𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒

oi pessoal, capítulo novo, como vc estão? Espero que gostem, foi escrito com muito carinho viu, um beijo em cada um de vcs, está revisado, votem e comentem e me sigam para mais.

Tchau👋