⫘⫘ㅤ ㅤㅤ| EPISODE XXIV, A VIDA DE SKYLAR, SIGNIFICAVA A VITÓRIA.
𝐀 𝐕𝐈𝐃𝐀 𝐃𝐄 𝐒𝐊𝐘𝐋𝐀𝐑,
𝐒𝐈𝐆𝐍𝐈𝐅𝐈𝐂𝐀𝐕𝐀 𝐀 𝐕𝐈𝐓𝐎𝐑𝐈𝐀
⫘⫘⫘⫘⫘⫘⫘⫘⫘⫘
"𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘶𝘮𝘢 𝘩𝘰𝘴𝘱𝘦𝘥𝘦𝘪𝘳𝘢 𝘥𝘰
𝘥𝘦𝘷𝘰𝘳𝘢𝘥𝘰𝘳 𝘥𝘦 𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘮𝘰𝘳𝘳𝘦,
𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘴𝘪𝘨𝘯𝘪𝘧𝘪𝘤𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘢 𝘭𝘪𝘨𝘢çã𝘰
𝘦𝘯𝘵𝘳𝘦 𝘦𝘭𝘦𝘴 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘦𝘲𝘶𝘦𝘯𝘵𝘦𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦
𝘮𝘰𝘳𝘳𝘦 𝘵𝘢𝘮𝘣é𝘮. 𝘌𝘭𝘦 𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘩𝘦𝘤𝘦𝘶
𝘮𝘰𝘳𝘵𝘢, 𝘦 𝘴ó 𝘢 𝘮𝘰𝘳𝘵𝘦 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘭𝘪𝘷𝘳𝘢-𝘭𝘢
𝘥𝘦 𝘴𝘶𝘢𝘴 𝘨𝘢𝘳𝘳𝘢𝘴. "
O hospital, mesmo recebendo diversas vítimas naquela noite, continuava em um breu silencioso, onde somente era possível ouvir as injúrias dos familiares ou choros de perdão. Entretanto, o que estava antes em uma quietude, transformou em uma série de gritos assustados quando outro terremoto atingiu a cidade novamente. Mas, o que ninguém esperava, principalmente o grupo de amigos que enfrentou a batalha naquela noite, é que eles haviam ganhado.
Os portais se fecharam.
Os portais se fecharam porque a única hospedeira forte o suficiente para suportar aquilo, acordou do corredor da morte.
A vida de Skylar, significava a vitória.
Skylar não soube descrever a sensação que sentiu quando abriu seus olhos e se deparou em um lugar completamente desconhecido. Descendo o olhar para seu corpo, a adolescente sentiu sua respiração ficar descompassada quando notou seu braço engessado, e diversas agulhas interligadas em sua pele.
A doutora, que estava lavando as mãos, virou-se lentamente e bastante confusa quando notou que o aparelho não exibia mais um som contínuo, e sim pausadamente, evidenciando o batimento cardíaco da paciente. A mesma segurou firmemente na pia, quando um tremor predominou no leito hospitalar. Skylar parecia não sentir nada daquilo, já que seu olhar exalava apenas uma coisa.
O medo da morte.
─── Você está viva. ─── Ela murmurou, caminhando até estar perto da morena, quando o tremor acabou. Por outro lado, Skylar assustou-se com o ato, e tentou se afastar repentinamente. A doutora acompanhou através do aparelho quando os batimentos cardíacos da garota ficaram desenfreados. ─── Não se assuste, eu não vou te machucar!
─── Max! ─── Skylar chamou, olhando à sua volta. ─── Cadê a Max? Quem é você? O que você fez com a Max?
─── Sua irmã está bem! ─── Ela acalmou a garota, que por um momento parou de se movimentar. ─── Ela está viva e bem. O quarto dela é próximo do seu.
─── Onde eu estou?
─── No hospital de Hawkins. ─── Ela sentou-se na cama de Skylar. A adolescente ainda estava bastante desconfiada. ─── Pelo que sua irmã contou, vocês quase foram abusadas por um garoto, não é?
─── Fomos? ─── Skylar perguntou confusa. ─── E cadê esse garoto?
─── Morto pelo terremoto.
Skylar estava perdida pra caralho.
─── Terremoto?
A médica acompanhou quando os batimentos cardíacos da adolescente aceleraram novamente. Skylar engoliu em seco, sentindo várias imagens passarem em sua cabeça naquele momento. Então o seu plano não deu certo? O desgraçado do Vecna realmente conseguiu?
Ela sugou a dor de todas as outras pessoas para nada?
A garota sentiu sua mente ficar bastante turva diante das palavras da médica. Seu estômago embrulhou, e um enjoo repentino lhe atingiu. A mulher percebeu que Skylar passou a arfar, e somente deu tempo de pegar uma lixeira que estava no chão, e estender para a mais nova, que passou a vomitar sangue.
Mais sangue.
Entretanto era um sangue extremamente escuro.
─── Merda! ─── Ela levantou-se, correndo até a porta e gritando por ajuda. ─── Eu preciso de reforço!
Não demorou muito para alguns enfermeiros correrem até a sala.
─── O que aconteceu? ─── O namorado da paciente perguntou, e a mulher ficou exasperada. Por um lado ela estava extremamente feliz que a paciente voltou a vida, mas por outro lado, era um milagre.
─── Moça, o que aconteceu? ─── Dessa vez, outra adolescente a chacoalhou, implorando por resposta.
─── A garota está viva. ─── Ambos os adolescentes arregalaram os olhos em total descrença. ─── Isso é um milagre.
E logo entrou na sala novamente, se virando para a jovem que estava sentada na cama, encarando a lixeira em suas mãos. Um dos enfermeiros que estava ao seu lado delicadamente retirou o objeto das mãos da garota.
─── Skylar, como você se sente?
─── Tonta.
─── Nós precisaremos fazer uma nova bateria de exames para te examinar por inteiro. ─── Ela se aproximou da citada. ─── Precisamos descobrir o porquê de você estar expelindo tanto sangue.
─── Eu apaguei por quantas horas?
─── Seis horas.
Skylar abriu e fechou a boca várias vezes, não sabendo que frase formular. Ela morreu por cerca de seis horas seguidas e simplesmente acordou como se nada tivesse acontecido.
─── Não digo que é normal pacientes morrerem e acordarem. ─── A mulher disse, meio acanhada. ─── Mas isso às vezes acontece no hospital. Só é… raro.
─── Eu quero ficar com a Max.
─── Sua irmã está dormindo no momento. Assim que finalizarmos os exames, eu vou deixar seu namorado te visitar, e pedirei que tragam sua irmã pra cá, tudo bem?
Skylar segurou na mão da mulher com força.
─── Me prometa que vai trazer ela para cá.
─── Eu prometo.
Após receberem aquela notícia bastante surpreendente, Steve demorou alguns minutos para finalmente entender que Skylar estava viva. De primeira, ele cambaleou após sentir uma tontura, mas logo sentou-se na cadeira e um choro de felicidade instaurou no ambiente. Robin o abraçou, e juntos eles se reconfortaram.
Nem o tremor naquele momento os assustaram.
─── O que aconteceu? ─── Nancy chegou até eles, confusa. ─── Porque estão sorrindo? Vocês sentiram esse terremoto? Eu acho que-
─── A Skylar está viva.
─── O que?
─── Ela tá viva, Nancy! ─── Steve riu, sentindo mais lágrimas escorrerem de seus olhos. A Wheeler ficou imóvel por alguns segundos, imaginando que aquilo pudesse ser uma piada de mal gosto, mas quando ela olhou para o rosto de Robin, percebeu que era verdade. A adolescente correu até Steve, o abraçando.
─── Mas como?
─── Eu não sei, eu… a médica abriu a porta com uma cara meio surpresa e disse que a Skylar acordou. Ela chamou alguns enfermeiros e provavelmente estão fazendo alguns exames nesse momento.
Quando Robin terminou de falar, a doutora saiu da sala em que Skylar se encontrava, com uma feição indecifrável.
─── Doutora, como ela está?
─── Precisaremos fazer alguns exames de urgência na Skylar. ─── Ela disse, segurando sua prancheta. ─── Ela aparenta estar bem, mas continua expelindo bastante sangue. Desconfiamos que ela possa estar tendo alguma hemorragia.
─── Quando eu posso vê-la? ─── Steve perguntou receoso. ─── Ela vai ficar bem, não é?
─── Bem, todos os exames que iremos fazer irão demorar cerca de uma hora no máximo. Logo após, iremos mudar a irmã dela para esse quarto. Skylar pediu que elas ficassem juntas na mesma sala. Acredito que em breve posso liberar visitas.
─── Precisamos avisar a Max.
─── No momento, a amiga de vocês está dormindo e não recomendo avisá-la. ─── Ela murmurou. ─── Vamos fazer todos os exames necessários, e daí sim, posso deixar o namorado dela entrar e também faremos a mudança de quarto. Caso queiram esperar em um local melhor, recomendo a sala de espera. Logo os corredores ficarão cheios devido ao número de vítimas do segundo terremoto.
Mesmo bastante confusos, eles assentiram e seguiram para o local indicado. Naquele meio tempo, Nancy aproveitou para ligar para o Dustin para avisar que Skylar estava viva, e também para perguntar sobre o estado de Eddie.
─── Dustin, na escuta?
─── Sim.
A voz dele estava meio fraca.
─── Ei…
─── Eu acabei de ler a carta dela, eu tô triste pra um caralho.
─── Dustin, ela-
─── Eu tô muito triste.
─── Dustin, ela está viva!
A linha ficou em silêncio por alguns segundos.
─── Como é que é?
─── A médica acabou de nos avisar que ela acordou. Ela está fazendo exames, mas está viva!
─── Meu deus!
─── E como Eddie está?
─── Meu.. eu tô sem palavras… Ele está bem. Os machucados pararam de sangrar e ele acordou agora a pouco pedindo água, mas já voltou a dormir.
Dustin ficou em silêncio por uns instantes antes de voltar a falar.
─── Podemos considerar isso uma espécie de empate?
─── O que?
─── Ninguém morreu, e ele conseguiu abrir os portais.
─── Você sentiu o terremoto, não é?
─── Esse segundo? Sim. Mas não foi tão bruto como o primeiro. Talvez… seja o Vecna tentando abrir mais os portais…
─── Precisamos investigar.
Quando a bateria de exames terminou, a doutora Anelise, a que atendeu tanto Skylar quanto Max desde o momento que foram buscá-las, apareceu na sala de espera dizendo que a adolescente estava acordada e que poderia receber visitas.
Steve sentiu sua respiração falhar por breves segundos, mas não deixou de se colocar de pé e começar a seguir a mulher para o quarto que Skylar estivesse. Haviam ouvido todas as suas súplicas, e sua garota estava viva. Ela voltou para si.
Skylar, na sala, apertava com um pouco de ansiedade o lençol da cama, não sabendo se olhava para as paredes, as janelas enormes ou a porta que estava perto de sua maca. Os acontecimentos das últimas horas lhe deixaram extremamente cansada, e ela ainda não havia entendido como estava viva.
Os médicos estavam aguardando pelos resultados dos exames, mas ainda não haviam descoberto o motivo que a garota ainda expelia tanto sangue. Ela chegou a ter outros enjoos, e chegou a vomitar mais algumas vezes aquele maldito sangue.
O barulho da maçaneta da porta chamou sua atenção, e por fim, quando olhou, ela notou Steve parado, segurando para não chorar ali mesmo. O garoto ainda usava as mesmas roupas de que havia ido para o mundo invertido. Na sua mão continha a carta que Skylar escreveu, e a mesma arregalou seus olhos quando notou tal informação.
─── Sky… ─── Ele sussurrou, fechando a porta com cautela, aproximando-se lentamente na direção da adolescente. Parecia que não era real, e Skylar pareceu ler seus pensamentos.
─── Eu sou real.
Bastou somente aquilo para o Harrington correr até a maca e abraçar Skylar, sendo retribuído pela citada, que não demorou muito para começar a chorar.
─── Me desculpa. ─── Ela pediu, sentindo sua vista embaçar devido às lágrimas. ─── Me desculpa.
─── Sky.
─── Eu achei que meu plano ia dar certo… me desculpe mesmo!
─── Ei, meu anjo. ─── Ele segurou o rosto da garota, fazendo a mesma se calar. ─── Você está aqui, e isso é o que importa.
─── Steve…
─── Você não tem noção do medo que eu senti quando Sinclair chegou naquela sala e disse que você havia falecido nos braços de Max. ─── Ele sussurrou, ainda chorando. ─── Eu senti como se… o universo estivesse conspirando contra mim. Qual o sentido de trazer uma pessoa incrível para minha vida, se iriam tirá-la de mim dias depois?
Ela ficou em silêncio, depositando um breve carinho no rosto do rapaz.
─── Pela primeira vez em alguns anos, eu estou finalmente tendo a possibilidade de me envolver com alguém incrível como você. Eu não deixaria barato se aquele desgraçado realmente tivesse te tirado de mim. ─── Eles encostaram a testa uma na outra. ─── Eu voltaria naquela espelunca de lugar somente para matá-lo.
─── Eu estou aqui…
─── Por favor. ─── Ele ficou a milímetros de distância do rosto da garota. ─── Não faça isso novamente. Eu vou te amarrar nessa maca.
Ela riu.
─── Fugir é meu charme, sabia?
Aquilo foi como se tivesse sido um pedido para que ele pudesse finalmente selar os lábios de Skylar. A garota soltou um suspiro involuntário quando, por fim, sentiu a boca de Steve em contato com a sua.
Eles entraram em um beijo que exalava saudade. Eles estavam com saudade e doloridos com os recentes acontecimentos. E a prova foi que no meio do ósculo, foi possível sentir o sabor salgado das lágrimas de ambos.
Quando por fim se separaram, eles ficaram naquele silêncio confortável. Não precisavam dizer nada para mostrarem o que estavam sentindo. Os dois estavam em uma bolha de extremo carinho.
─── Como os outros estão?
─── Creio que a médica te disse o estado que a Max se encontra. ─── Ela assentiu, prestando atenção nas palavras de Harrington. ─── Eddie se feriu.
Skylar arregalou os olhos.
─── Feriu? Feriu como?
─── Tentou distrair os morcegos e teve os mesmos machucados que tive, só que um pouco pior.
─── Desgraçado! ─── Ela exclamou, e Steve percebeu que os batimentos cardíacos da mesma ficaram descompassados. ─── Como ele está?
─── Ele está bem, fica calma. ─── O Harrington a acalmou. ─── Levamos ele para o leito particular que tem na sua casa. Ele está bem e fora de risco.
Skylar respirou aliviada.
─── Eu vou matar aquele corno desgraçado.
─── Quando você melhorar. ─── Ele murmurou. ─── Por enquanto a bonitona vai ficar deitadinha aí, sem se mexer.
─── Só meu braço está quebrado. Eu não tô aleijada não.
─── Você não tá bem.
─── Eu estou bem sim.
─── Não está não.
─── Sim, eu to.
─── Não, não está.
─── Ué, você que decide se estou com dor ou não?
─── Exatamente. ─── Ele cruzou os braços, exibindo um sorriso irônico. ─── E agora eu decidi que você não está bem.
Antes que ela fosse o contrariar, Anelise bateu na porta, abrindo-a logo em seguida.
─── Desculpa por atrapalhar o casal, mas eu gostaria de avisar que a sua irmã acordou, Skylar. ─── Ela disse e Skylar arregalou os olhos.
─── Ela sabe que eu…
─── Não contamos que você acordou.
─── Eu gostaria de ir lá. ─── Skylar sentou-se na maca, pronta para se levantar se não fosse impedida tanto pela mulher quanto por Steve.
─── Você ainda está instável, não posso te deixar andar.
─── Eu estou ótima.
─── Não, não está. ─── Ela revirou os olhos quando Steve a refutou.
Desistindo, somente levantou ambas as mãos em rendição.
─── Tudo bem, me levem até lá. Não importa se for na cadeira de rodas ou alguém me carregue, mas eu quero ver ela.
Anelise assentiu, pedindo por uma cadeira de rodas que chegou em pouquíssimos segundos. Os enfermeiros ajudaram a Abraham a se aconchegar na mesma, e logo deixaram que Steve empurasse ela até o quarto que Max estava.
A morena sentiu-se nervosa diante daquela porta, mas logo bateu na mesma, ouvindo um "entra" desanimado por parte da ruiva. Quando Skylar abriu, sentiu seus olhos encherem de lágrimas ao notar a figura de Max sentada na cama, olhando para a janela ao seu lado.
─── Eu já disse que estou bem, não preciso de mais medicamentos. ─── A ruiva proferiu, sem desviar o olhar.
─── Max?
A Mayfield tensionou os músculos quando ouviu aquela voz. A voz de Skylar chamando pelo seu nome. Lentamente, virou a cabeça na direção da porta e arregalou seus olhos quando notou Skylar em uma cadeira de rodas, com um sorriso em seu rosto.
─── Sky… você é real?
─── Sim, Max. ─── Ela sorriu, aproximando-se mais perto da cama. ─── Eu estou bem aqui.
─── Eu… isso é impossível… você se foi nos meus braços, eu…
─── Bom, pelo visto não foi dessa vez que você se livrou de mim! ─── Ela brincou e Max não perdeu tempo em abraçar a morena. Em instantes, iniciaram um choro dolorido, enquanto ainda se mantinham naquele contato gostoso. ─── Me desculpa, ruivinha.
─── Você me assustou tanto. ─── Ela sussurrou. ─── Eu não sabia o que ia fazer se você realmente estivesse morta.
─── Mas eu não estou. ─── Skylar afastou Max, somente para olhar a garota. ─── Eu estou bem aqui, com você.
Max sorriu, passando a olhar para o cabelo da adolescente, que se encontrava dividido em mechas avermelhadas e azuladas.
─── O que aconteceu com seu cabelo?
─── Acho que quando eu estava usando meus poderes, eles atingiram essa cor…
─── Queria saber o que representa.
Antes que a morena fosse responder, ela sentiu aquele maldito enjôo lhe invadindo novamente. Steve, que estava do outro lado do quarto, sentado enquanto lia uma revista, percebeu que a adolescente não estava bem.
─── Skylar, o que foi?
A garota apontou para a lixeira, e na hora Steve correu até ela, pegando e estendendo na direção de Skylar, e logo começou a vomitar aquele líquido avermelhado escuro.
─── Sky. ─── Max chamou, preocupada. ─── O que aconteceu com ela?
─── A médica disse que ela está perdendo bastante sangue, mas ainda não conseguiram descobrir o que é.
─── Eu acho que sei.
Eles olharam para Skylar, confusos.
─── Eu tentei matar o Henry da mesma forma que ele costuma matar todos. ─── Ela murmurou, encarando aquele líquido. ─── E quando eu comecei, eu fui atingida por diversas coisas… por toda a dor que as pessoas que morreram sentiram quando foram assassinadas por ele. ─── Ela limpou sua boca. ─── Eu suguei tudo delas… e esse sangue pode ser todo o sangue deles… eu tenho o sangue de todos eles no meu corpo… eu tenho o sangue de Chrissy no meu corpo.
─── Sky…
─── Eu prometo contar tudo para vocês, mas agora eu só queria fingir que não tem uma desgraça acontecendo.
Todos acabaram decidindo que aquele seria o momento perfeito para fazer a mudança de quarto da Max. Não demorou muito para ajeitarem outra maca no quarto de Skylar, levando ambas as garotas para lá. Steve acabou colocando seu nome como responsável da Mayfield, e seria o acompanhante delas duas naquela noite.
Quando ambas dormiram, ele decidiu que voltaria para sua casa somente para pegar umas roupas e logo voltaria para o hospital, para ficar de olho nelas. Nancy e Lucas ficaram vigiando as garotas dormirem em paz, enquanto o Harrington pegava tudo o que fosse necessário.
No caminho, o adolescente foi esperando pelo pior quando visse as situações que Hawkins se encontrava. Mas, quando passou pelo centro da cidade, onde todos os portais deveriam se conectar, Steve arregalou seus olhos ao não notar mais as rachaduras expostas no chão.
Estava tudo… tampado.
Os portais sumiram.
Quando Steve voltou correndo para o hospital, Nancy notou a face confusa do Harrington.
─── O que aconteceu?
─── Os portais.
─── Se abriram mais?
─── Não… eles estão… fechados.
Lucas e Nancy franziram o cenho.
─── O que?
─── Está tudo fechado. Obviamente que algumas outras casas acabaram sendo destruídas também por esse segundo tremor… mas está tudo fechado.
Os três olharam para Skylar, dormindo abraçada a Max.
─── Você acha que… ela ter vivido possa ter contribuído para isso?
─── Eu não acho, eu tenho certeza. A vida dela é… o motivo de Hawkins continuar a salvo. Se ela morrer, a cidade morre. Se ela viver, a cidade vive.
Oie, se você chegou até aqui não esqueça de deixar um votinho e um comentário. Isso me motiva muito :)
E entramos na semana final de atualizações de Sounds Of Fear. Estamos em contagem regressiva para o final dessa história! Falta bem pouco, então fiquem comigo até domingo :)
Obrigada pelos mais de 10K de votos nessa obra, eu nem imaginava que essa história pudesse receber tantos votos assim. Eu fico muito feliz com o retorno que estão me dando. Todos vocês, que interagiram todos os dias ou sempre que possível, contribuíram para que eu continuasse até o final com tudo. Muito obrigada, de coração.
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