⫘⫘ㅤ ㅤㅤ| EPISODE XXII, A BATALHA FINAL

𝐀 𝐁𝐀𝐓𝐀𝐋𝐇𝐀 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐋
⫘⫘⫘⫘⫘⫘⫘⫘⫘
"𝘖 𝘍𝘐𝘔 𝘋𝘖 𝘊𝘐𝘊𝘓𝘖. 𝘖 𝘍𝘐𝘔 𝘋𝘈
𝘓𝘐𝘕𝘏𝘈. 𝘖 𝘍𝘐𝘔 𝘋𝘈 𝘋𝘖𝘙. 𝘖 𝘍𝘐𝘔 
𝘋𝘖 𝘚𝘖𝘍𝘙𝘐𝘔𝘌𝘕𝘛𝘖. 𝘚𝘖𝘔𝘌𝘕𝘛𝘌
𝘖 𝘍𝘐𝘔 𝘋𝘌 𝘛𝘜𝘋𝘖".


─── Olá jovem! ─── O homem parou bem no centro, do que parecia ser uma sala de aula. Em sua mão, havia uma régua e uma caneta. ─── Você mesmo, aí do outro lado. Imagino que algumas coisas ainda não façam total sentido, deixando vocês com dúvidas a respeito do soro, da ligação e também de como a Skylar pode se tornar invisível perante a presença de Vecna. Para isso, darei uma breve explicação. Sei que nesse capítulo acontecerão coisas que Uau… ─── Ele parou, abanando o rosto. ─── Vocês terão um pico de emoções bastante fortes. Então não tomarei muito tempo. 

Ele caminhou até a lousa. 

─── Isso aqui começa há muito tempo, especificamente quando Natasha começou a tomar o soro. ─── Ele tombou a cabeça. ─── Uma coisa, que acho que tenham notado, mas talvez não tanto, é possível analisar que o doutor Lewis estranhou desde sempre a gravidez de Natasha. Quando parou para analisar o feto, percebeu que estava de uma forma que um feto de duas semanas não deveria estar. Parecia que ele tinha cerca de um mês, sendo que Natasha havia engravidado há cerca de duas semanas. Mas, senhor, o que quer dizer com isso? 

Ele caminhou novamente, tentando pensar em como diria tão informação. 

─── Duas horas antes de Natasha ingerir o soro, o feto que era Skylar, faleceu devido a situação que Natasha se encontrava. Bem, a doutora estava em uma terrível depressão, vivendo somente de coisas fúteis que pudessem preencher um falso espaço em seu interior. Então, o feto não suportou e morreu, naquela tarde. 

Ele soltou um suspiro triste, mas virou-se para você. 

─── Não fique triste. ─── Ele apontou o dedo. ─── Mais tarde, quando Natasha ingeriu o primeiro frasco e desmaiou devido estar recebendo um líquido desconhecido em seu corpo, acompanhamos uma espécie de evento bastante único a conhecer. 

─── Lembram-se de quando Natasha disse que se um ambiente está favorável, a partícula escolhe ou pela reprodução, ou pela presença de um hospedeiro. ─── Ele continuava a explicar. ─── Aquele monstro, ou como vocês jovens da atualidade costumam chamar de devorador de mentes, escolheu pela presença de um hospedeiro. 

"Doutor M, o que isso significa? "

─── Significa que, o devorador, assim que chegou no corpo de Natasha, notou a presença do que deveria ser um ser vivo. Ele parou e pensou "Uau, isso é uma grande oportunidade para que eu consiga contato com esses humanos novamente. Além disso, será basicamente meu filho". E aquilo faria sentido. 

─── Com seu plano formado, com os genes do devorador de mentes, esse monstro decidiu escolher nossa pequena Skylar como seu hospedeiro. 

" Doutor, ainda não entendo. "

─── Vou tentar explicar a vocês, com um filme do futuro, nomeado como "Hospedeiros". É toda aquela baboseira de alienígenas buscando corpos e blá blá blá, mas aí entra a parte que faz sentido. Quando uma pessoa morre, eles pegam o corpo e colocam partículas ou a alma deles nesse corpo, e esses ex-humanos, passarão a ser hospedeiros. Os corpos retornam a vida, entretanto, com outros genes, com outra alma, com outras vivências. 

─── E é isso o que vai acontecer, ou melhor, já aconteceu com nossa Skylar. ─── Ele suspirou. ─── Pois é, muita informação, eu te entendo. 

─── Lewis, desde sempre, percebeu que Skylar parecia ser uma criança diferente. A gestação foi completamente comum, e isso o chocava muitas vezes porque por dadas circunstâncias, era para a garota nascer com alguma anomalia ou sequelas do soro, mas não foi o caso. Skylar nasceu completamente saudável. E isso porque a nossa criança foi se desenvolvendo na barriga da mãe não somente com genes dos pais, mas sim também com o do soro e do devorador de mentes, praticamente ajudando-a a se moldar e desenvolver perfeitamente. 

─── Você já parou para analisar os poderes da Skylar, minha jovem? Não faz sentido essa garota ter poderes semelhantes ao extraído de uma completa escuridão? Manipulação de memórias, da dor, da escuridão e persuasão? Isso são habilidades de um hospedeiro, ou também, um espião. O devorador ajudou a garota a se desenvolver porque ela seria sua espiã. Ela seria seus olhos naquele mundo desconhecido, mas que o deixava fascinado. 

─── Já parou para pensar na habilidade dela de aprender tudo instantaneamente, ou porque ela sempre mostrava comportamentos perturbadores sendo tão nova? Se seguirmos a lógica do menino Dustin, Skylar é uma Ravena de um outro universo. Seus poderes são sombrios, seu passado é sombrio, e além disso, ela tinha ligação com o mundo invertido. 

─── Skylar foi a criatura mais perfeita que o devorador decidiu ajudar a se desenvolver. O soro foi apenas uma das coisas que o ajudaram nesse processo, e isso era incrível. Devido a todas as drogas que Natasha colocou na substância, a garota criou uma certa força no sentido da mente coletiva. O devorador achou aquilo fantástico, tendo em vista que, se um dia, aquele mundo invertido fosse completamente destruído juntamente com as criaturas de lá, Skylar ainda estaria viva. Ela estaria viva porque ela tem resistência a eles. 

─── Agora para e pensa comigo, o devorador de mentes acha melhor perder o Vecna, um alguém que sempre prometeu, mas nunca conseguiu concretizar seu plano, com poderes comuns e uma personalidade que não o agradava, ou perdia a Skylar que, tinha seus genes, tinha habilidades diferentes, tinha resistência a destruição e ainda por cima conseguia se comunicar com ela? 

─── É óbvio que ele escolhe a garota. Principalmente porque ele gerou ela. 

"Doutor, mas Natasha também sentia o devorador. Por que de um jeito estranho?"

─── O corpo de Natasha não foi muito bem pensado para receber aquele soro. Tanto que, se o devorador não tivesse encontrado aquele feto morto na barriga dela, ele provavelmente teria escolhido a morte. Ele não via benefícios em ter Natasha como uma hospedeira. Ele vai ter benefícios em ter a filha dela como uma hospedeira. 

─── Quando a garota nasceu, foi uma bateria de exames para cima dela. E acreditem, ela estava completamente perfeita. 

Skylar foi desenvolvida por aquele monstro para ser uma criatura perfeita. 

Uma espiã perfeita. 

Uma hospedeira perfeita. 

─── Você consegue ligar os pontos agora? Ela foi desenvolvida para ser a espiã que ninguém desconfiaria que seria a espiã. Literalmente a última peça do jogo. 

─── Skylar sempre sentiu o devorador entrando em contato com ela, e os pais dela sabiam muito bem disso, tendo em vista que ela tinha comportamentos bastante anormais para uma criança de poucos anos de idade. Entretanto, todo o plano do devorador foi de água a baixo em 1972, quando ela apagou a própria memória e consequentemente a ligação que havia com a criatura. 

─── Agora pensem comigo novamente, anos depois Henry foi para lá, prometeu diversas coisas e domínio mundial e o devorador pensou naquela oportunidade como uma chance para ter o que deveria ser seu, de volta. 

─── Mas Henry não tinha esse plano. Henry queria Eleven. E o devorador queria Skylar. 

─── Todas as várias vezes que o mundo invertido sangrou para o mundo normal, foram vezes que Henry buscava tanto Skylar, como Eleven. Ele não sabia quem ela era devido ao acidente, mas pelo que o devorador dizia, ela era poderosa. 

─── E a palavra "poderosa" chamou a atenção de Henry. Uma criança poderosa que ele poderia pegar os poderes para ele e se tornar mais forte ainda. Ele nunca quis o plano de criar exércitos e mais exércitos. Henry queria ser o único. 

Henry queria ser o ser mais poderoso. 

Ele é um sociopata que sempre pensou nele mesmo, mas, apenas usava o exército do mundo invertido para concretizar seu plano. 

─── Sabe Will Byers? O devorador tentou usá-lo como hospedeiro até que pudesse achar Skylar novamente. Aquele garoto foi capturado cruelmente, mas o plano da criatura não funcionou. Para ele, William Byers até foi útil por alguns momentos, mas não útil o suficiente como Skylar seria. 

─── A medida que Skylar foi crescendo, e também que cada vez mais ela se distanciava da possibilidade de conhecer o mundo invertido, o devorador ficava irado com Natasha. Ele achava que Natasha estava o afastando da garota, e ele estava certo. Charles e Natasha sempre fizeram de tudo para que Skylar não descobrisse a existência daquele lugar, e, consequentemente, pudesse virar alvo da criatura. 

─── Então, na primeira oportunidade, o devorador a matou. Era sua vingança. Sua vingança por ter afastado a hospedeira dele. 

─── Mas, todo o esforço dos pais infelizmente foi para nada. A garota novamente descobriu um terço do que era capaz, e ainda por cima foi para o mundo invertido, restabelecendo a ligação com o devorador de mentes. 

─── Isso é muita informação, não é? Mas, te garanto que é o necessário para que você consiga ler esse capítulo até o final. Um dos peões,  hoje será empurrado para fora do tabuleiro, e rezamos para que seja Vecna.

Skylar parecia ver o filme de sua vida passando diante aos seus olhos. O cenário ao seu redor era de puro terror, e ela sentia que não conseguiria mudar aquele jogo. Eleven estava presa, Max desacordada, e seu braço estava quebrado. Além disso, ao seu lado, estava o corpo de sua melhor amiga que a acompanhou por anos. Que a apoiou por anos e a fez feliz por anos. 

O corpo estava ali, irreconhecível. 

Ele era cruel. 

Vecna era cruel. 

A morena apenas pensava que se antes achava que não sairia viva, com certeza agora não sairia mais. Ela estava fraca, estava vendo as pessoas que mais gostava, todas em estado de calamidade extrema. Eleven, mesmo não a conhecendo, a mais nova estava lutando ao seu lado. 

─── Então temos aqui três crianças extremamente tolas. ─── Vecna disse, após largar Max no chão. ─── Duas que tentaram me matar, e uma que somente quer morrer. Que tal eu matar as três? 

─── Henry, você não precisa fazer isso. ─── Eleven disse, chorando. 

─── Você me motivou, Eleven. Mesmo que sua vontade principal tenha sido me matar, você mais ajudou a ser maior do que eu me conhecia. ─── Ele caminhou até a garota, passando sua mão no rosto dela, limpando suas lágrimas. ─── Já aquela no chão, apenas tentou me matar. 

─── Te matar? ─── Skylar zombou, tentando não chorar de dor. ─── Eu te salvei. 

─── Salvou, é? ─── Ele caminhou até a morena, parando-a na frente da mesma. ─── Salvou de que? 

─── O salvei de não ter que lidar com os meus poderes mais doloridos. ─── Ela sussurrou. ─── Eu só apaguei sua memória, sinta-se feliz que tenha sido somente isso. 

─── Criança tola. ─── Ele riu. ─── Está quase morrendo e ainda acha que tem o direito de fazer piadas? 

─── Tolo é você! ─── Ela não sabia de onde tinha tirado coragem de o enfrentar. Mas, pelo visto havia perdido o medo de morrer, tendo em vista que estava brincando com a morte naquele exato momento. ─── Que somente consegue atacar adolescentes com traumas. Você é tão inútil que nem sozinho consegue ir para o mundo real, e tem que correr atrás de crianças sofrendo para que seu plano faça sentido. Eu teria vergonha de ser você. 

─── E deu certo, não é? Tenho três pessoas aqui que irei matar e meu plano se concretizará. 

─── Assim, certo não deu. ─── Ainda jogada naquele chão sujo, Skylar se arriscou a rir. ─── Pelo que me lembre, você diz que quer os meus poderes, e somente com ele garantirá sucesso total. Além disso, devo lembrar que você tentou tirar os poderes da Eleven? Isso tem nome Henry, e no meu mundo chamamos gente assim de fracassado

Ele perdeu a paciência, levantando sua mão e enforcando Skylar no ar. 

─── Você me cansa, criança. ─── Ele se aproximou, forçando mais o aperto. ─── Eu sou maior que todos. 

─── Solta ela, Henry! ─── Eleven gritou, tentando se soltar. ─── Sua luta é comigo, ela não tem nada a ver. 

─── Na verdade, minha luta é com ela também. ─── Ele disse, com uma entonação de ódio. ─── Tem um alguém que sempre quis ela, e eu nunca entendi o porquê. 

─── Solta ela. 

─── Eu sou mais forte que vocês duas. 

─── Tanto que da primeira vez teve suas memórias apagadas por uma criança de seis anos, e a outra quase foi morto por uma de sete anos. ─── Ainda sem ar, a morena disse, fazendo o mesmo ficar possesso. 

Enquanto aquela cena de terror acontecia, Max acabou acordando com sua cabeça latejando. A ruiva arregalou seus olhos assim que viu Skylar no ar, sendo enfocada enquanto Eleven gritava para que Vecna a soltasse. Os olhos da morena já estavam completamente vermelhos e lacrimejando, sinalizando que mais alguns minutos naquela situação, ela morreria. 

─── Ei, seu idiota! ─── A ruiva gritou, chamando atenção dos três. ─── Ainda não me matou? Quão inútil você é? 

Vecna se virou para Max, parando de enforcar a morena e tirando um suspiro de alívio da mais nova. Skylar caiu no chão tossindo, enquanto segurava seu pescoço com o braço que não estava quebrado. 

O demônio estava completamente irado que as três garotas estavam o contrariando. Não estavam o levando a sério, e ele tinha que fazer algo para mudar aquela situação. 

Erguendo seu braço na direção de Max, ele quebrou o braço da garota, fazendo Eleven gritar de medo e Skylar arregalar seus olhos. A adolescente até tentou se colocar de pé para ir atrás da ruiva, mas caiu no chão, especificamente em cima de seu braço quebrado enquanto gritava de dor. 

─── Solta ela! ─── Skylar disse, tossindo. ─── Me mata, mas deixa ela em paz! 

─── Não ouve ela, me mata! ─── Max disse rapidamente. 

─── Não! ─── Eleven gritou. ─── Henry, para! 

─── Caladas! ─── Ele gritou. 

─── Me mata logo, seu idiota! ─── Max gritou, sentindo lágrimas escorrerem de seus olhos. ─── Deixa elas em paz, me mata logo. 

─── Max… ─── Skylar novamente tentou ficar de pé, mas caiu. ─── Por favor, cala a merda dessa boca. 

─── Olha seu idiota, me escuta. ─── Ignorando os protestos de ambas as garotas, Max continuou a falar. ─── Me mata e deixa elas em paz. Você ouviu meu desabafo, ouviu meus medos e todas as minhas vontades. Acaba logo com essa merda e deixa elas fora disso. 

Vecna pareceu pensar, mas exibiu um sorriso sádico. 

─── Que linda, querendo defender as melhores amigas. ─── Ele disse. ─── Mas todo mundo aqui vai morrer hoje. Seus amigos perderam, Max. Ela perdeu. 

─── O que? 

E antes que Skylar percebesse, Vecna usou sua telecinese para lançar a garota até a escada. A morena caiu na mesma, quebrando-a por inteiro e logo desmaiou. Max arregalou seus olhos, e Eleven novamente tentou se soltar. 

─── Eu vou começar por você! ─── Ele apontou para Max, começando a andar na direção da garota. 

Skylar abriu seus olhos num escuro profundo. De início ela pensou que estava morta, mas uma voz a chamou. Mesmo com medo, e ainda jogada no chão, a garota virou-se na direção, arregalando seus olhos ao notar aquela figura. 

Aquela maldita figura que desenhou. 

O devorador de mentes. 

"Você finalmente está aqui."

Era estranho. Sonoramente, ele exibia alguns rugidos e sons praticamente impossíveis de ouvir, mas dentro da mente da garota, era possível ouvi-lo perfeitamente. 

Ela engoliu em seco, sentindo-se pequena diante daquele monstro. 

Ela definitivamente não tinha mais chances. Se não morresse com Vecna, provavelmente morreria com ele. 

"Não tenha medo. "

─── O que você quer comigo? ─── Com um fio de coragem, perguntou. ─── Me matar também? Vai em frente. 

"Eu quero te mostrar a verdade."

─── Verdade? Que verdade? 

"Toda a verdade, minha criança."

E sem que esperasse, Skylar gritou de dor assim que diversas imagens invadiram sua mente sem permissão. Era dolorido, causava arrepios e era confuso. A criatura apenas assistia a morena se contorcer no chão, enquanto gritava por ajuda. 

Quando aquilo finalmente acabou, ela parou, respirando com dificuldade. Sua cabeça estava em turbilhão. Novas imagens estavam inseridas próximas às existentes, incluindo a do dia do sequestro. 

"Eu te procurei por anos."

─── Você matou minha mãe. 

"Ela estava te impedindo de conhecer quem você realmente é."

─── Você matou minha mãe. ─── Ela silabou, com ódio. ─── Você matou minha mãe. Minha mãe! 

"Ela estava te privando da verdade."

─── Que se foda a verdade! ─── Ela gritou, levantando-se. ─── Eu perdi tudo o que eu tinha por ganância sua e daquele desgraçado! Eu perdi tudo, eu não tenho nada mais nessa merda! 

"E você tem a chance de se vingar. "

Ela piscou confusa. 

─── É o que? Vocês não estão do mesmo lado? 

"Henry surgiu em 1972 me prometendo o que eu sempre quis. Pessoas para que eu pudesse pegar suas almas e transformá-las em um exército. Entretanto, foram três anos dele apenas usando minhas armas, e eu somente perdia. Ele fracassou todas as vezes, e eu não queria mais perder. "

─── Eu… 

"Dei uma última chance para que ele conseguisse abrir o portal, e enfim, pudéssemos conquistar o plano. Mas, quando mencionei que estava a sua procura, notei pequenas informações de que Henry poderia estar alterando o nosso plano."

─── O que… 

"Descobri, antes de você entrar no mundo invertido, que o plano dele mudou, e dessa vez, ele iria te matar ao invés de apenas lhe induzir a ir para o meu mundo. Ele queria suas habilidades, e eu não poderia deixar ele jogar para fora do tabuleiro a minha peça extremamente importante."

─── Ele não me sentia mais… 

"Exatamente. Quando você foi para o mundo invertido e nossa ligação surgiu novamente, consegui criar uma barreira mental para que Henry não acessasse mais sua mente."

─── Mas… por que? Você é mau. 

"Eu nunca lhe disse que era bom. Mas acha mesmo que eu preferia perder um alguém, que apenas me faz promessas e não a cumpre do que um alguém que eu praticamente ajudei a gerar? Sabe Skylar, eu prefiro mil vezes lidar com o seu plano de matar aquele homem, e no futuro lidar com você, do que deixar que ele destrua tudo e eu perca você."

─── Então, se caso eu voltasse para lá, você não daria a mínima se eu matasse aquele desgraçado? 

"Não. Porque eu sei que de alguma forma, eu ainda tenho você."

─── Mas eu não quero ser como você. 

"Você já é como eu, Skylar. Lembre-se muito bem que você somente está viva porque sua mãe tomou um soro contendo minhas partículas. Eu te salvei. Eu te desenvolvi. Eu te dei coisas extraordinárias para você ser a única capaz de ser como eu. Aliás, muito mais perfeita do que eu."

─── Eu não quero ser mau. 

"Você não é mau, criança. Você é extraordinária e perfeita. A criatura mais bonita que eu criei, e isso é um problema."

─── Problema? 

"Quanto mais perfeita, mas difícil de manter em meu tabuleiro. Você tem resistência. "

Skylar ficou em silêncio, analisando aquela frase com bastante atenção.

Resistente

Uma vez resistente ao mundo invertido. 

Resistente a tudo e a todos. 

Quanto mais perfeita, mais difícil de manter no tabuleiro. 

No quadrinho de Ravena, ela dizia que quando estava no auge de uma emoção ou um poder muito grande, a imutabilidade era ativada. A capacidade de ser imune a qualquer força mental era ativada, incluindo qualquer ligação. 

─── Você está tomando meu tempo quando a essa altura do campeonato aquele desgraçado já deve ter matado a Max. 

"O tempo está parado, criança. Quando você voltar, tudo volta."

Ela olhou para baixo. 

Era a chance que tinha de acabar com o Vecna. De brinde, poderia cortar sua ligação com o devorador e ser livre desse mundo desgracento. 

─── Como você pode me ajudar? 

Vecna deu um passo na direção de Max, estendendo sua mão lentamente para cima da cabeça da garota. Mas, antes que fosse capaz de iniciar o ritual, uma voz o impediu. 

─── Sentiu minha falta? ─── Skylar estava de pé, atrás da criatura. Eleven já não estava mais presa, e aquilo desesperou Vecna. 

Quando ele menos percebeu, a mais nova surgiu em seu campo de visão, erguendo sua mão e usando a telecinese para empurrá-lo até uma coluna rodeada de videiras. 

─── Como você… 

─── Eu tive uma conversa com um amigo de anos atrás. ─── A garota olhou para seu braço torcido, fazendo uma pequena movimentação, e ele voltou ao normal. Vecna ofegou. ─── Como se sente sabendo que encontrei minha hospedeira, Henry Creel? 

Ele arregalou os olhos. 

O devorador de mentes. 

Era ele ali, não Skylar. 

─── Não, ele não está no meu corpo. ─── Ela disse, exibindo um sorriso certeiro. ─── Ele está me pedindo para dar um recado. Você sabia que nós, que possuímos genes do mundo invertido, possuímos um canal de ligação que podemos nos comunicar? 

Skylar se aproximou. 

─── E acredito que você não consiga, já que sabe, você não é daqui. ─── Vecna estava com ódio. ─── Você é diferente, Henry. Odeia essa palavra, não é? 

─── Cala sua-

─── Você é diferente! ─── Ela gritou, fazendo ele se calar. ─── Você achou mesmo que poderia vir até aqui, enganar ele e ainda sairia empune? É mais burro do que imaginava. Seu plano inútil de apenas querer dizimar todos não vai servir para nada, sendo que tudo isso vai acabar aqui agora. 

─── Você e seus amigos perderam, eu ganhei! 

─── Não, você perdeu. ─── Ela e Eleven disseram ao mesmo tempo. 

─── Eu te avisei que tinha salvado sua vida lá em 1972… ─── Ela se aproximou. ─── Mas pelo visto você escolheu sentir a força da minha ira, bem na sua pele. E eu vou atender o seu pedido. 

Sentindo aquela corrente elétrica que estava sentindo há dias, o olho esquerdo de Skylar passou a sangrar e o direito atingiu uma coloração roxa. A garota passou a levitar, ao mesmo tempo que uma parte do seu cabelo atingia mechas vermelhas e roxas. 

O devorador acabou mostrando coisas que nem havia percebido. 

E Skylar se aproveitou da situação para usar aquilo ao seu favor. 

Tendo em vista que, um bom manipulador de memórias memoriza tudo o que vê, instantaneamente. 

Do lado de fora do conflito mental, Lucas estava quase apagando por estar sendo enforcado por Jason, mas, quando ele viu não somente Max, mas também Skylar voando bem naquele centro, ele arregalou seus olhos. 

O garoto não perdeu tempo e conseguiu se soltar, socando a face de Jason até o adolescente cair desacordado no chão. 

Quando Lucas parou na frente de ambas as garotas, ele sentiu sua respiração falhar quando notou as madeixas do cabelo de Skylar mudando de cor, ao mesmo tempo que as lamparinas no chão piscavam reoetitivamente até queimarem. 

O devorador estava achando aquela situação incrível. Sua hospedeira estava seguindo o caminho que ele trilhou perfeitamente. 

Se não fosse pelo fato que Skylar era uma boa espiã. 

Boa o suficiente para roubar memórias dele e conseguir usar aquilo para romper a ligação que eles tinham, novamente. 

Ela estava usufruindo do medo de todos. 

Do medo de Lucas. 

Do medo de Vecna. 

Do medo de Max. 

Do medo de Eleven. 

E de todos que estavam participando daquela ação. 

Quando o medo fala mais alto. 

Não há quem o contrariar. 

De volta para o conflito, Skylar levou sua mão até acima da cabeça de Vecna, exibindo um sorriso certeiro. 

─── Um bom manipulador de memórias aprende exatamente tudo o que vê assim que vê. ─── Ela disse. ─── Assim como eu fiz com você, agora. 

E sem esperar, Skylar inciou aquele ritual, sentindo uma onda de coisas invadirem seu corpo por inteiro. 

Era uma dor horrível, e ela começou a gritar por estar sentindo tudo àquilo que Vecna mantinha guardado a sete chaves em sua cabeça. 

No mundo invertido, Nancy, Steve e Robin tombaram a cabeça em confusão assim que Vecna passou a levitar.  Eles haviam acabado de jogar fogo no mesmo, e deram um passo para trás assim que notaram aquela cena. 

Quando menos esperaram, os dois braços de Vecna se quebraram instantaneamente, seguido pela perna esquerda dele. 

Skylar sentia seu corpo tremer, e não era de medo. Todas aquelas sensações lhe invadindo, toda aquela dor estava a machucando. Machucando muito. 

E machucou ainda mais quando toda a sensação que Chrissy e sua mãe sentiram bem na hora da morte, invadiram sua cabeça com uma extrema agressividade. Ela gritou, sentindo lágrimas caírem de seus olhos e misturarem com o sangue. 

E sem forças para continuar, Skylar caiu no chão, convulsionando enquanto todo o cenário ao seu redor se desmanchava, indicando que Vecna estava realmente perdendo. 

Sangue escorria não somente de seus olhos, mas também de seus ouvidos, nariz e também de sua boca. Antes de sumir da mente de Vecna, Max soltou um grito dolorido ao ver a garota tremendo no chão, enquanto sangue cada vez mais expelia para fora. 

E como a maldita sensação de afogamento, Max acordou e caiu no chão, ao mesmo tempo do corpo de Skylar. Lucas usou seu corpo para tentar segurar ambas as garotas. 

─── Max! ─── Ele gritou, ao mesmo tempo que ela. 

Mesmo ignorando a sensação horrível de dor pelo seu braço quebrado,  olhou para Skylar, que estava no chão ao seu lado enquanto continuava a convulsionar, ao mesmo tempo que muito sangue saia. 

─── Skylar! ─── Ela gritou, se arrastando até a morena, colocando em seu colo. ─── Chama a ambulância, ela tá morrendo! 

Lucas se levantou aturdido, vendo Skylar tremer desacordada e engasgando com o sangue. 

─── Chama a ambulância! ─── Max gritou, chorando em puro desespero. ─── Vai, porra, chama uma ambulância. 

No mesmo tempo, Érica abriu a porta do sótão, travando no lugar assim que notou a cena assustadora que acontecia. Lucas estava perplexo, com a mão em seus cabelos e Max estava no chão, com Skylar convulsionando no seu colo. A mais nova não perdeu tempo em correr para fora, para chamar ajuda. 

─── Acorda, Skylar! ─── Max implorava, ignorando que já estava completamente suja de sangue. ─── Acorda, por favor, eu te imploro! Você não pode me deixar, você me prometeu! 

─── Tem muito sangue. ─── Lucas sussurrou, tombando para trás. ─── É muito sangue, Max. 

─── Socorro! ─── Ela gritou. ─── Acorda, por favor, não me deixa aqui. 

Sozinhas, no escuro do que deveria ser a mente de Vecna, Skylar estava no chão enquanto Eleven estava ao seu lado, desesperada. 

─── Você não pode morrer! ─── Ela exclamou, colocando Skylar em seu colo. ─── Você nos salvou, não pode morrer. 

Mesmo engasgando com o sangue, Skylar sorriu para a garota. 

─── Cuida da Max para mim, tá? ─── Ela sussurrou, tossindo uma quantidade exorbitante de sangue depois de sua fala. ─── Diz para ela que eu amei cada mínimo segundo ao lado dela. 

─── Você quem vai dizer isso, eu não vou te deixar morrer. 

─── Foi um prazer, Eleven. 

E segundos depois, Skylar parou de convulsionar. Os olhos da garota permaneceram abertos quando seu coração parou de bater. 

─── Não! ─── Eleven gritou. 

Do lado de fora, Max travou quando percebeu que o corpo de Skylar parou de tremer bruscamente. Quando a ruiva colocou sua cabeça no peitoral da morena, ela soltou um grito ao perceber que o coração parou de bater. 

Skylar morreu. 

Skylar morreu nos braços de Max. 

─── Não! ─── Max gritou, segurando Skylar como se fosse seu amuleto da sorte. A ruiva estava completamente suja de sangue, mas ao menos ligava para aquilo. Skylar morreu. 

Sua irmã morreu

─── Acorda por favor! ─── Ela implorou, segurando no rosto da morena. ─── Você me prometeu, por favor acorda. Por favor, não vá embora, eu não posso mais perder ninguém. 

Lucas caiu de joelhos, desacreditado enquanto lágrimas escorriam de seus olhos. 

─── Você não pode morrer, nós somos as irmãs que brincam com a morte, lembra? Você não pode morrer, não pode! ─── Max estava completamente aturdida, abraçando o corpo da mais velha. ─── Não pode. 

Érica surgiu na porta do sótão novamente, com medo de entrar lá. 

─── Ela tá bem, não é? ─── Perguntou, segurando a porta com força. 

Max olhou para a Sinclair mais nova, e quando Érica viu a ruiva completamente suja de sangue, ela percebeu que não estava bem. 

Antes que mais alguém pronunciasse algo, todo o ambiente ao redor deles começou a tremer. Uma rachadura abriu perto do corpo de Skylar, e Max e Lucas puxaram a garota para longe daquilo. 

Em instantes, Hawkins começou a ser destruída. 

O sacrifício. 

A quarta morte. 

Não foi o Vecna que conseguiu realizar seu plano. 

A morte da hospedeira. 

O devorador estava possesso. 

Se Skylar não matou Vecna, ele com certeza mataria. 

Quando o tremor parou, Lucas e Max encararam o nada. Érica estava caída na porta, sem coragem para olhar para a Skylar sem vida no colo de Max. 

A ruiva segurava a mão da morena com força. 

─── Você absorve o medo, não é? ─── Ela sussurrou para Skylar. ─── Absorve o meu medo. Eu tenho medo de te perder, por favor usa meu medo a seu favor. 

A morena continuou apagada, morta. 

E Max gritou. 

Porque ela provavelmente não voltaria. 

─── A ambulância chegou. ─── Érica disse, sentindo sua voz falhar, assim que notou o carro chegando na frente da casa. A mais nova correu até a porta, e notou os olhares curiosos e medrosos dos médicos. ─── Por aqui! 

─── O que vocês estão fazendo aqui? 

─── Longa história… 

─── Garota, você não pode en-

─── Tem uma garota morta lá em cima! 

Os médicos arregalaram os olhos, subindo correndo pelas escadas da casa assustadora. Quando eles chegaram em uma porta aberta, eles se assustaram ao ver a quantidade exorbitante de sangue no chão. 

─── O que aconteceu? ─── Um deles perguntou, correndo até Skylar. ─── Jesus, o que aconteceu com o braço delas duas? 

Max, encarando o corpo de Jason partido ao meio, apenas disse:

─── Aquele cara tentou machucar a gente e quis forçar a fazer coisas que não queríamos. ─── Sussurrou, segurando o corpo da adolescente com força. 

Os médicos olharam para Jason, morto, próximo à elas. 

Uma das enfermeiras, percebendo que Max não queria se soltar de Skylar, aproximou-se da mais nova lentamente. 

─── Posso examinar ela? 

─── Depende, você sabe trazer os mortos de volta à vida? 

─── Vamos salva-la! 

A contragosto, Max se soltou de Skylar e os médicos se aproximaram, examinando-a com cuidado. Quando a enfermeira percebeu que a morena não tinha pulso, ela olhou para todos, engolindo em seco. 

─── Precisamos levá-la para o hospital, urgente! ─── Disse e todos se arrumaram para pegar a maca. ─── Você também, precisamos arrumar seu braço. 

─── Vocês precisam se preocupar com ela, não comigo! ─── A ruiva disse, grossa. ─── Salvem ela! ─── Max gritou, caindo no choro novamente sem seguida. 

A médica abraçou Max, consolando-a. Enquanto os outros médicos colocavam o corpo da adolescente com cuidado na maca, a mulher continuava a confortar a ruiva, convencendo-a a ser levada para a ambulância também. 

─── Vocês duas são amigas? 

─── Somos irmãs. ─── Max sussurrou, e a mulher assentiu, levando-a para o carro. 

Lucas observou o carro sair em velocidade. Érica estava ao seu lado em completo medo, não tendo forças para se manter em pé. Foi uma cena agonizante ver o corpo de Skylar daquele jeito. 

O mais velho se virou, passando a caminhar meio confuso. 

─── Onde você vai? ─── Érica segurou seu braço com força. 

─── Eu… eu… ─── Ele estava ofegante. Não sabia como falar aquilo em voz alta. ─── Eu preciso avisar o Steve que a Skylar… que… ela morreu. 

Érica suspirou triste, e passou a caminhar ao lado do irmão. 

No mundo invertido, Nancy, Steve e Robin corriam desesperados até a casa de Eddie. Usariam aquele portal para voltar. 

Quando estavam quase próximos do trailer, eles avistaram Dustin tentando arrastar Eddie para a casa do guitarrista. Os três adolescentes não perderam tempo e correram até eles, assustados com o estado em que Eddie se encontrava. 

─── O que aconteceu com ele? ─── Robin perguntou, ajudando a carregar o Munson. Ele estava apagado, mas havia pulso. Estava fraco, mas ainda havia pulso, e aquilo que importava. 

─── Ele foi um herói. ─── Dustin disse, ainda chorando. ─── Precisamos levar ele até a casa da Skylar, da de salvar! 

Nancy abriu a porta do trailer, abrindo espaço para que os outros entrassem com um Eddie desacordado. 

─── Precisamos saber da Max e da Skylar. Precisamos saber se elas estão bem. ─── A Wheeler disse, respirando com dificuldade. 

Quando eles olharam para o portal, suspiraram aliviados ao perceberem que ainda dava de passar normalmente. 

Robin desceu com Nancy, e ficaram aguardando do outro lado para conseguirem pegar o corpo de Eddie com segurança. Foi um trabalho pouco dificultoso, mas conseguiram colocar o guitarrista no carro e não perderam tempo em dirigir até a casa de Skylar. 

Quando chegaram, correram com Eddie até o leito hospitalar que ficava próximo a garagem. Eles colocaram o corpo do mesmo na maca, enquanto corriam pela sala em busca de remédios. 

─── O que a gente aplica? 

─── Eu tenho curso de primeiros socorros. ─── Nancy murmurou, pegando uma injeção contendo morfina. ─── Consigo ajudar. 

Ela injetou o líquido em Eddie, com o máximo de cuidado que conseguiu. 

Através do medidor cardíaco, conseguiram acompanhar a pulsação de Eddie e se regularizar aos poucos e suspiraram aliviados, pelo menos com aquilo. 

─── Eu vou procurar as garotas e-

Na hora que Steve ia sair da sala, Lucas entrou, com um semblante abatido. Todos olharam para ele, esperando que o Sinclair falasse alguma coisa. 

─── Lucas, cadê a Max e a Skylar? 

Ele continuou em silêncio, brincando com suas mãos e tentando não chorar. 

─── Lucas, olha pra mim. 

Lentamente o garoto olhou, e Steve prendeu sua respiração ao perceber que ele chorava. 

─── Eu sinto muito. ─── Ele sussurrou. 

─── Você tá me zoando? 

─── Desculpa cara. ─── Ele disse, sentando-se no chão enquanto chorava. ─── Eu não consegui seguir com a promessa

─── Sinclair… 

─── Ela se foi nos braços da Max. 

Steve virou para a parede, sentindo seu coração errar as batidas. Quando menos percebeu, lágrimas começaram a escorrer de seus olhos, e o mesmo passou a chorar. 

Robin se aproximou meio acanhada, e meio sem rumo. A mesma abraçou Steve e os dois escorregaram até o chão. O Harrington abraçou a amiga com força, começando a chorar alto. 

─── Tá tudo bem… ─── Robin sussurrou, começando a chorar também. ─── Tá tudo bem. 

─── Ela se foi, Robin… ─── Ele disse, chorando no ombro da amiga. ─── A minha garota se foi. 

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Galera, perdão mesmo por postar tão tarde esse capítulo. Hoje comecei a trabalhar meio período e agora de noite é o único momento que eu tenho para viver.

Esse capítulo teve que acontecer, e todos sabemos muito bem disso. A dor precisa ser sentida, o luto precisa ser sentido. Tudo é um processo onde para que o futuro exista, o presente e o passado tem que passar por sacrifícios.

Esse cap deveria se chamar "nem quem ganhar ou perder, vai ganhar ou perder. vai todo mundo perder".

Quinta postarei o capítulo lá por esse horário, exceto por domingo que será postado no horário das 15h normal.

SOUNDS OF FEAR ACABA DOMINGO QUE VEM!

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