⫘⫘ㅤ ㅤㅤ| EPISODE X, A MORTE ME CHAMOU.

𝐀 𝐌𝐎𝐑𝐓𝐄 𝐌𝐄 𝐂𝐇𝐀𝐌𝐎𝐔
⫘⫘⫘⫘⫘⫘⫘⫘⫘
"𝘢𝘱ó𝘴 𝘱𝘦𝘳𝘥𝘦𝘳 𝘴𝘦𝘶 𝘱𝘢𝘪 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘰
𝘴𝘶𝘪𝘤𝘪𝘥𝘪𝘰, 𝘴𝘬𝘺𝘭𝘢𝘳 𝘵𝘦𝘯𝘵𝘢 𝘧𝘪𝘯𝘨𝘪𝘳 
𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘣𝘦𝘮. 𝘔𝘦𝘴𝘮𝘰
𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘢𝘣𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘯ã𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘷𝘢."

Longos e dolorosos meses se passaram após a abertura do portal do mundo inabitado. Natasha abdicou de seu cargo temporariamente assim que foi informada a situação agravante em que se encontrava. 

Charles estava gravemente ferido. 

Ela perdeu o seu filho. 

Por negligência dela mesma. 

Ela estava prestes a completar vinte e três semanas de gestação quando o aborto acidental aconteceu, e Theo foi retirado de si de uma maneira extremamente violenta. 

Após esse fatídico acontecimento, não é nem necessário mencionar o estado mental em que ela se encontrava. Completamente desnorteada, e sem vontade nenhuma de permanecer viva naquele vasto planeta. 

Seu bebezinho foi tirado de si, e Natasha se culpava todos os dias por aquilo. 

Lewis continuou montando o soro. Eles combinaram que o cientista não mencionaria sobre aquilo até que estivesse pronto. 

Natasha parecia haver planos para aquelas doze cápsulas do Skyless Serum que estavam sendo feitas. 

E Lewis não fazia a mínima ideia de quais eram esses planos. 

Ela só sabia de uma coisa. 

Não havia nada pior do que os demônios já presentes em sua cabeça. 

Todos ainda estavam sentados no gramado, em completo silêncio. 

─── A Max fez alguns desenhos. ─── Skylar quebrou o silêncio. ─── Aparentemente é tudo que ela viu quando estava lá, naquele momento. 

─── Achei mais fácil desenhar do que tentar explicar com minhas palavras. ─── Ela disse, ainda encarando os papéis. ─── Isso parece uma exposição de onde os corpos se encontravam, e uma fumaça vermelha pairava pelo ambiente. 

─── Você acha que o Vecna queria te assustar? 

─── Com o Billy? Sim. ─── Ela tombou a cabeça. ─── Mas quando voltei para cá, ele pareceu bastante surpreso. Ele não me queria lá. 

─── E se ela tiver desbloqueado uma espécie de portal para a mente dele? Sei lá, a resposta tem que estar aqui em algum desses desenhos. 

─── Isso é uma janela? ─── Nancy perguntou, pegando um desenho que continha vitral de rosa. 

─── Sim. 

─── O fato de eu já ter visto isso antes, ajuda. ─── A Wheeler murmurou, pegando os desenhos e passando a dobrá-los rapidamente. 

─── Cacete. ─── Skylar disse, ao observar Nancy contornar os desenhos. ─── Parece a casa do… 

─── Victor Creel. ─── Todos se encaram. ─── É para lá que vamos. 

O grupo inteiro levantou-se, limpando as roupas que ficaram levemente sujas. Harrington estava ajudando a Abraham pegar suas coisas quando, de repente, uma maca coberta com um lençol branco saiu de dentro da casa da garota. Skylar somente não caiu no chão porque Steve a segurava com força. 

─── Skylar. ─── Powell a chamou. ─── Seu pai nos deixou o que fazer… nessas cartas. Se na segunda você conseguir ir até a delegacia para que alguns detalhes sejam acertados, agradecerei muito. 

─── 'Ta. ─── Ela sussurrou. ─── E o… velório? 

─── Amanhã pela tarde. ─── Disse e ela assentiu. ─── Fique bem, criança. 

Ela virou-se para o grupo, que a encarava com uma certa preocupação. 

─── Vamos! 

─── O que exatamente vamos procurar nesta coisa? ─── Steve questionou, enquanto tirava alguns pregos da madeira juntamente de Nancy. 

─── Não sabemos. ─── Ela o respondeu. ─── Só sabemos que é importante para o Vecna. 

─── Porque a Max viu no mundo vermelho louco dele? 

─── Basicamente. 

─── Ótimo. 

Skylar estava logo atrás dos adolescentes, com um braço ao redor do corpo de Maxine. Ela estava com muito medo de entrar naquela casa, não tinha como negar. 

Era como literalmente se oferecer como comida no ninho do predador. 

─── Talvez indique onde Vecna está, por que voltou, por que matou os Creel. E detê-lo antes que venha atrás da Max e Skylar. 

─── Não achamos que ele está aqui, não é? ─── Lucas perguntou. 

─── É o que viemos descobrir. ─── A ruiva o respondeu. 

─── Certo. ─── Steve afastou-se da tábua enorme que cobria a porta. ─── Pronta? 

Nancy assentiu, e logo ambos soltaram a pequena estrutura, fazendo caí-la diretamente no chão sujo. Skylar observou com atenção aquele vitral. Era exatamente o mesmo que Max havia rabiscado em um papel. 

─── Está trancada. ─── Steve resmungou, forçando a maçaneta. 

─── É meio que óbvio que estaria trancada, não acha? ─── Zombou, encarando o teto da casa. 

─── Engraçadinha. ─── Ele forçou uma risada, ficando sério logo em seguida. 

─── Sem surtos. ─── Robin diz, fazendo todos os olhares irem diretamente para ela. A garota estava segurando um pedaço de tijolo em suas mãos. ─── Eu achei a chave! 

Em questão de segundos, a Buckley jogou o pequeno pedaço de concreto no vitral, quebrando-o por inteiro. A bela rosa, antes empoeirada, agora estava quebrada, com seus pedaços espalhados para dentro da casa. 

Steve passou os olhos brevemente por dentro da residência, enfiando seu braço no lugar em que o vitral foi quebrado, tratando de destrancar aquela porta. Skylar ligou a lanterna que estava em suas mãos, juntamente dos outros presentes no local. 

O cenário remetia-se a de um filme de terror. Os quadros estavam completamente inclinados, alguns objetos de porcelanato em estilhaços no chão. As poltronas estavam cobertas por um tecido extremamente fino na cor branca, e nenhuma eletricidade corria dentro daquela residência. 

Definitivamente abandonaram tudo. 

─── Parece que não pagaram a conta de luz. ─── Lucas comentou, tentando ligar um pequeno abajur. Dustin apenas o olhou, acendendo sua lanterna em seguida. 

─── Licença, onde vocês arranjaram isso? ─── Steve apontou para o pré-adolescente, e logo após para Skylar. ─── Até você? 

─── Precisamos desenhar tudo? ─── Dustin perguntou, com a cara fechada. ─── Você não é criança. 

─── Obrigado? 

─── Bolso traseiro. ─── Steve segurou a mochila, pegando a lanterna e ligando-a. 

─── Eles deixaram tudo para trás. 

─── Bom, pelo que Victor nos contou lá no hospital, eles não devem mexer nessa casa desde o dia da tragédia. ─── Skylar murmurou, caminhando pelos corredores. A morena apontava para diversas partes com a lanterna, tentando não tocar em nada. 

Quando estava prestes a ir para outro cômodo, ela viu. 

O maldito relógio. 

A adolescente sentiu uma presença ao seu lado, e logo percebeu ser Maxine. 

─── Você está vendo, não é? ─── Abraham perguntou, e a Mayfield assentiu. 

─── Não sei se nós estarmos conseguindo enxergá-lo é bom ou ruim. ─── A ruiva sussurrou. 

─── Só há um jeito de descobrir. 

Elas se encararam, e Max assentiu. 

─── Pessoal? ─── Ela os chamou, e todos foram até onde elas encontravam-se. ─── Vocês estão vendo, certo? 

─── Foi ele que vocês viram? ─── Nancy perguntou e elas assentiram.

─── Tipo, é só um relógio. ─── Robin murmurou confusa. ─── Um relógio antigo. 

─── Por que esse mago é obcecado por relógios? Será que ele é um relojoeiro ou algo assim? ─── Steve perguntou, parecendo pensar no assunto. 

─── Acho que desvendou o caso, Steve. ─── Dustin resmungou. ─── Meus parabéns. 

─── Tudo que sei é que as respostas estão aqui, em algum lugar. ─── Nancy encarou a sua volta. ─── Certo, todos façam duplas e um trio. Robin, vamos subir. 

─── Vamos lá! ─── Max puxou Lucas para longe. 

─── Olha só, se não é meu casal favorito. ─── Dustin zombou, encarando os dois adolescentes a sua frente. 

─── Não começa, Dustin. ─── Ela avisou, fuzilando-o com os olhos. 

Steve nada disse, apenas soltou um suspiro que não passou despercebido pelo Henderson. 

─── Você suspirou? 

─── Não suspirei. 

─── Suspirou sim. ─── Skylar respondeu, com uma face de tédio. 

─── Skylar! 

─── Mas você suspirou, ué. 

─── A louca fugitiva está certa, você suspirou sim. 

─── Henderson? ─── Skylar parou no início das escadas, colocando as mãos na cintura. 

─── Opa. ─── Ele forçou um sorriso. 

─── Sobe agora! ─── Ela apontou. 

─── Mas eu-

─── Sobe! 

Steve soltou uma gargalhada ao ver Dustin subindo as escadas com os braços cruzados. Seu entretenimento acabou quando percebeu que a Abraham ainda apontava para os degraus. 

─── Você também, bonitão. 

─── Mas eu-

─── Sobe! 

O adolescente, com um bico estampado na face, subiu as escadas continuando a brigar com Henderson. A garota iria subir, mas a luz da sala piscando acabou chamando sua atenção. 

Skylar engoliu em seco, dando passos pequenos até estar próxima da lâmpada. Quando a garota iria se aproximar mais, a voz de Eddie soou do Walk Talkie de Dustin, fazendo-a soltar um pequeno xingamento. 

─── Porra, Munson! ─── Ela sussurrou, caminhando até a mochila do Henderson, pegando o aparelho em mãos. ─── O que você quer, Eddie? A gente tá meio ocupado agora, liga outra hora. 

─── Espera caralho, me escuta! ─── Sua voz estava trêmula, e parecia que ele estava muito assustado. 

─── Fala. 

─── Vieram atrás de mim. ─── Ele sussurrou. ─── Tem gente aqui, Skylar. Porra! Vão me matar! 

─── Quem está aí? 

─── Acho que é o babaca do namorado da Chrissy e os amiguinhos dele. ─── Eddie ainda estava com a voz instável. 

─── Cacete, sai daí agora, Munson. Esse cara é pirado da cabeça. ─── Ela disse nervosa, começando a roer suas unhas. ─── Se ele te achar, ele te quebra no meio, literalmente. 

─── Obrigada por dizer isso Skylar, isso ajuda muito na minha autoestima, sua filha da puta. 

─── Você quer que eu desligue a droga desse Walkie Talkie e finja que você não ligou? Porque eu posso fazer isso sem problemas nenhum e sem nenhum peso na minha consciência.

─── Masoquista do caralho. ─── Ele a xingou. ─── Me ajuda a sair daqui. 

─── Eddie, realmente não tem como irmos aí agora. Estamos literalmente no covil do Vecna. ─── Ela murmura, olhando à sua volta. ─── Mas lembra que tem um barco na porra do lugar até você está escondido. Pega ele e tenta ir para próximo da Pedra da caveira, conhece onde é? 

─── Eu sei onde é. ─── Ele disse. Skylar ouviu ele tirar as lonas de cima do barco. ─── Vê se atende esse Walkie Talkie, Abraham. Se eu morrer, a culpa é sua. 

Ela fechou os olhos com força. 

─── E se você me irritar, quem vai te achar e te matar vai ser eu, seu merdinha. 

A garota desligou o aparelho, revirando seus olhos e tratando de seguir para o andar de cima. A mesma acabou esquecendo do motivo de estar no andar de baixo, e também não pareceu lembrar. Quando estava prestes a entrar por uma porta, Steve surgiu com uma expressão assustada na face, limpando seu casaco. 

─── Harrington, o que foi? ─── Ela perguntou preocupada, tocando em seus ombros. 

─── Tinha uma aranha aqui. ─── Ele disse, ainda transtornado. 

─── O que? 

─── Uma viúva negra. ─── Ele arfou, encarando seu casaco novamente para ver se o inseto ainda estava presente lá. ─── Céus, que susto. 

Ele rapidamente fechou a porta pela qual saiu. 

─── Não entre lá. 

─── Certo. ─── Ela disse. 

─── Onde você estava, inclusive? 

─── Eddie ligou… ─── Murmurou, percorrendo o olhar pelos cabelos do Harrington. ─── Oh, tem teias de aranha nos seus cabelos. 

─── Que? 

─── Aqui. ─── Ela tocou nos fios do castanho, retirando as teias com cuidado. 

─── Ainda tem algo ai? ─── Ele perguntou assustado, andando até um espelho. 

─── Para de andar, Harrington. ─── Resmungou, voltando a mexer nos cabelos do garoto. 

─── Se tiver um ninho, só descobrirá quando os filhotes começarem a sair. ─── Robin surgiu através de uma porta, com um sorriso irônico estampado na face. 

─── Qual é o seu problema, engraçadona? 

Ela riu, saindo do corredor. 

─── Robin, é sério. ─── Ele resmungou, ainda ofendido. ─── Ela tem sérios problemas. 

─── Nem me fale. ─── A morena riu. ─── Se eu te contar cada coisa que passamos juntas quando fomos ao hospital. 

─── Que bom que ficaram amigas. ─── Ele sussurrou. ─── De repente, se matarmos o Vecna e salvarmos o mundo, podemos sair todos juntos. 

Ela riu tímida, continuando a mexer nos fios do adolescente. 

─── Sabe? Eu, você, Robin, Nancy e Jonathan, quando ele voltar. ─── Ele encarava a parede à sua frente com um pequeno sorriso estampado na face. ─── Robin pode até chamar a Vickie, a garota que ela gosta. Quem sabe até rola um encontro de casais. 

─── Você é tão clichê assim? ─── Ela perguntou rindo. 

─── Só quando eu quero. ─── Ambos riram juntos. 

─── Nunca saí com amigos. ─── Ela sussurrou. ─── Ou em encontro de casais. Acho que pode ser legal. 

─── Vai ser… 

Eles ficaram em silêncio, sem saber o que dizer por alguns segundos. Do outro lado do corredor, Robin escutava a conversa deles com um pequeno sorriso estampado no rosto. 

─── Terminei aqui. ─── Ela disse, tirando as mãos dos cabelos do Harrington. ─── Sem teias. 

─── Valeu. ─── Ele comentou, virando-se de frente para ela. ─── Sabia que… eu não gosto que toquem no meu cabelo? 

─── Ah, sério? Foi mal, é que tinha-

─── Você não deixou eu terminar de falar. ─── Ele a cortou, aproximando-se um pouco mais. ─── Não gosto quando qualquer pessoa toca, mas sim a pessoa certa. 

─── Eu me encaixaria nesse quesito? 

─── Com toda certeza. ─── Steve levou sua mão até o rosto da garota, depositando um carinho de leve. 

O clima foi interrompido por um chamado de Max no andar de baixo. Steve apenas sorriu, antes de pegar nas mãos gélidas da adolescente, puxando-a para as escadas. 

─── O que aconteceu, Max? ─── Ainda descendo os degraus, Skylar questionou. 

─── Olhem o lustre! ─── Ela apontou e na mesma hora todos encararam atentos o grande lustre exposto na sala de jantar. Os adolescentes aproximaram-se devagar, sem desviar o olhar. ─── Parece luzes de natal. 

─── Luzes de natal? 

─── Quando Will estava no mundo invertido, as luzes, ganhavam vida. ─── Nancy explicou, aproximando-se. 

─── Vecna está aqui. ─── Lucas disse. ─── Nessa casa. Só que do outro lado. 

No momento em que o garoto terminou sua fala, as luzes se apagaram por completo, fazendo Robin suspirar de medo. 

─── Acho que ele saiu da sala. 

─── Será que ele nos ouviu? 

─── Ele pode nos ver? 

─── Fones de ouvido! ─── Lucas exclamou, encarando as duas garotas com receio. Skylar permaneceu parada tentando ver se algum lugar estava com as luzes acesas. Steve bufou com a teimosia da adolescente, andando até a mesma, encaixando os fones de ouvido, e dando play no Walkman dela. 

─── Apaguem as luzes e se separem! ─── Nancy sussurrou, puxando Robin consigo. 

─── Não vamos enxergar se apagarmos as... ─── Steve tentou impedir, mas sua voz foi diminuindo à medida que todos apagaram as luzes da lanterna, incluindo Skylar. ─── Lanternas. 

─── Vem, resmungão! ─── Ela revirou os olhos, pegando na mão do Harrington e o puxando para um dos cômodos que Robin estava. 

─── Peguei! ─── Ela de repente gritou, quando sua lanterna acendeu. ─── Peguei e… ele estava aqui. 

─── Uou. ─── Steve murmurou, assim que a sua lanterna brilhou. ─── Ele está se movendo. 

Todos começaram a andar atrás de Steve. Skylar encarava confusa, mas não ficando para trás. 

O que Vecna poderia estar fazendo que conseguisse deixar seus rastros? 

─── Merda, eu o perdi. 

─── Não perdeu não. ─── Max correu até uma porta que ficava no fim da linha. 

─── É um sótão. Claro que é um sótão. 

─── Espera, pessoal. ─── Dustin os chamou. ─── E se for uma armadilha dele? Pessoal. Merda

A luz, no centro do porão, brilhava como se uma corrente de energia muito forte estivesse passando por ali. Não era apenas uma luz comum acesa. 

Tinha algo em especial acontecendo ali, naquele local, e era estranho na visão de Skylar. Seus pensamentos começaram a ficar cada vez mais confusos quando a lanterna em sua mão acendeu. 

─── As lanternas. ─── Dustin disse. 

─── Tá, o que está rolando? ─── Steve perguntou, olhando para cima. 

─── Ele está aqui… ─── Skylar sussurrou. ─── Mas não está somente aqui. Ele está fazendo algo. 

─── Como assim? 

Skylar tirou os fones de ouvido. 

─── Não é besteira-

E tudo ficou esbranquiçado. 

Skylar deu passos para trás, tentando enxergar alguma coisa, mas somente deu tempo de gritar quando percebeu que não havia mais chão abaixo de seus pés. A garota parecia estar caindo em um vazio profundo, sem nada, nenhum som ou algo ao seu redor. 

Quando menos esperou, caiu de costas no que parecia ser a parte rasa de um lago. Skylar colocou a cabeça para fora da água, puxando oxigênio para seus pulmões. 

─── Criança tola. ─── Ela escutou aquela voz obscura ecoando por todos os lados. ─── Como ousa vir até minha casa quando sabe que estou à sua procura.

─── Socorro! ─── Ela tentou gritar, mas parecia estar em um pesadelo. Sua voz não soava alto o suficiente. 

─── Já que deseja tanto ver como sua amiguinha juntou-se a mim, te mostrarei minha vítima de agora. 

Em segundos, a pouca neblina que tinha no lago, sumiu. Um pouco longe da costa, foi possível ver um barco com uma pessoa e dois adolescentes perto dele. Era Eddie. 

─── Eddie! ─── Ela tentou gritar, mas nada saia. 

─── Ele não irá te ouvir, pobre criança. Você nem ao menos está lá. 

Em centésimos de segundo, Patrick, amigo de Jason, foi puxado para debaixo da água. Skylar sentia seus membros rígidos, temendo pela cena que veria nos próximos momentos. 

Não deu tempo de gritar, chorar, espernear ou fazer nada do tipo. 

Patrick levitou em rápida velocidade, tendo seus ossos quebrados. Skylar abriu a boca, entretanto nada saia. Algumas lágrimas escorriam de seus olhos enquanto assistia o corpo do estudante ser literalmente quebrado em pedacinhos. 

Em pedacinhos

Patrick caiu na água, sem vida. 

Ela somente ficou lá, encarando o corpo boiando na água. 

Temendo, porque sabia que era a próxima. 

Oie, se chegou aqui, não esqueça de deixar um votinho e comentários. Isso me motiva muito :) 

Vocês viram que eu fiz um trailer para Sounds Of Fear? O que acharam? Eu particularmente curti muuuuito o resultado, e espero que vocês também tenham gostado. Estou tentando melhorar minhas edições para sempre atrair novas pessoas!! 

Esse capítulo de hoje é tenso, o próximo não falo nada, quero deixar o maior suspense que eu conseguir kkkkkkkkk

Vejo vocês no domingo, muito obrigada por todo carinho <3

obs: eu ia dar uma lacrada aqui, mas vou avaliar pra ver se continua. Se domingo ainda tiver nessa mesma tecla, eu vou lacarar sim. Falta de respeito do caralho. 

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