⫘⫘ㅤ ㅤㅤ| EPISODE VII, SERÁ VICTOR CREEL UM LOUCO

𝐒𝐄𝐑Á 𝐕𝐈𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐂𝐑𝐄𝐄𝐋 𝐔𝐌 𝐋𝐎𝐔𝐂𝐎?
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"𝘚𝘬𝘺𝘭𝘢𝘳, 𝘙𝘰𝘣𝘪𝘯 𝘦 𝘕𝘢𝘯𝘤𝘺 𝘷ã𝘰 𝘦𝘮 𝘣𝘶𝘴𝘤𝘢 𝘥𝘦
𝘝𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳 𝘊𝘳𝘦𝘦𝘭 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘣𝘶𝘴𝘤𝘢𝘳 𝘢 𝘳𝘦𝘷𝘦𝘳𝘴ã𝘰 𝘥𝘢
𝘮𝘢𝘭𝘥𝘪çã𝘰 𝘥𝘦 𝘝𝘦𝘤𝘯𝘢".

Natasha mentiu para Lewis. 

Natasha mentiu para Charles. 

Natasha mentiu sobre o soro. 

Natasha mentiu para todos. 

Sozinha no laboratório, ela encarava o pequeno comprimido azulado em suas mãos. Aquela substância foi criada em completo sigilo, e nem ela mesma sabia como aquela droga reagiria assim que entrasse em contato com o material que seria coletado no mundo inabitável. 

Foram cinco anos criando aquela maldita droga. 

Foram cinco anos acreditando que ou aquilo salvaria o mundo, ou aquilo seria o motivo para desgraçar aquele mundo. 

E quem fosse a pobre vítima que iria receber o Skyless Serum no corpo. 

Deveria estar preparado para lidar com seus diversos demônios. 

─── Olha só Theo. ─── Ela afinou a voz, falando com o feto dentro de sua barriga. ─── A mamãe é um gênio, sabia? Esse pequeno comprimido vai fazer um estrago tremendo. ─── Ela girou o comprimido em mãos. ───  Eu me ofendo quando contestam meu profissionalismo, então eu mostro a eles do que eu sou capaz. 

Ela riu, jogando diversos comprimidos dentro da substância que seria o futuro soro. 

── Cara, você está ridícula! ─── Dustin praticamente gritou, apontando na direção da Buckley. A garota de cabelos curtos parecia andar roboticamente, não sabendo lidar com aquelas roupas nada confortáveis. 

Skylar não estava diferente. A adolescente estava de braços cruzados, encostada na parede enquanto tentava se acostumar com a ideia de que estaria com aquela roupa nas próximas horas. 

─── É Dustin, eu sei. ─── Robin resmungou.

─── Quais são os planos de vocês? ─── Nancy perguntou a Steve, pegando as pastas com a documentação falsa que estariam utilizando no hospital psiquiátrico. 

─── Plano nenhum. ─── O citado respondeu, se jogando no sofá. ─── Vamos ficar todos aqui de olho na Max até vocês três voltarem. 

─── Uau, que divertido. ─── Dustin debochou. 

─── Ninguém sai daqui! ─── O mais velho exclamou. 

─── Por favor, fiquem de olho na Max. ─── A Wheeler pediu. ─── Faremos o possível para conseguir a resposta de todas as perguntas. 

─── É bom, o tempo está correndo. ─── Lucas sussurrou. 

Skylar que assistia a pequena roda de conversa, pareceu notar Max, essa que estava sentada na frente de uma mesa, escrevendo alguma coisa no papel. A adolescente caminhou até a mais nova, tocando vagamente em seu ombro para chamar sua atenção. 

─── Nós estamos indo, Max. ─── Skylar murmurou. ─── Prometo voltar com respostas. 

─── Toma cuidado lá. ─── A ruiva disse, parando de escrever. ─── Volta em segurança, Sky. 

A morena sorriu minimamente, percebendo que era a primeira vez que a mais nova a chamava pelo seu apelido. 

─── E você fique em segurança, e não deixe aquele lá ─── apontou para Steve ─── mais maluco do que ele já é. 

Mayfield riu, voltando a escrever. 

─── Ok garotas, vamos lá! ─── Nancy chamou a Buckley e a Abraham. 

─── Tomem cuidado. ─── Steve pediu. 

─── Céus, isso pinica TANTO! ─── Skylar reclama, saindo de dentro do carro de Nancy, e pisando em falso. ─── Caralho de salto.

─── Não consigo respirar nessa coisa, e eu estou toda me coçando. ─── Robin choraminga, também pisando em falso e recebendo uma risada de Skylar. ─── ‘Tá rindo do que, palhaça? Preciso lembrar que na casa da Nancy você caiu de cara no chão?

─── Calem a boca vocês duas! ─── Nance as repreende. ─── Lembrem-se. Nós somos acadêmicas, e acabamos de sair de um brunch de páscoa.

─── Esse sutiã que você me deu está beliscando meus seios.

─── Por favor, se possível deixe que eu e Skylar falemos, tudo bem? ─── Nancy pergunta, cortando a Buckley.

─── Não só é possível, é inevitável, porque daqui a pouco eu morro estrangulada, ou eu mesma estrangulo a Skylar se ela não calar a boca.

─── O que eu fiz, maluca?

─── Está rindo da minha cara. ─── Robin exibiu um bico.

─── Você está ridícula, que culpa eu tenho.

─── Quer que eu também fale de você, babaca?

Antes que Nance fosse intervir na briga infantil de ambas as adolescentes novamente, uma senhora surgiu na frente das garotas, fazendo-as se calarem rapidamente.

─── Vocês devem ser a Ruth, Rose e Amélia, não? ─── Perguntou de forma simpática.

─── Sim, é um prazer! ─── Skylar vestiu seu manto de uma personalidade aleatória, e cumprimentou a mulher. ─── Muito obrigada por nos receber, senhorita Adams.

─── Oh, tão educadas! ─── Exibiu um sorriso para as três adolescentes. ─── Vamos, o senhor Anthony as aguarda!

Robin engoliu um xingamento quando Skylar a chutou, seguindo a senhora até a sala do diretor do hospital. Não demoraram muito, e logo adentraram a sala.

─── Boa tarde, senhoritas! ─── Ele disse.

─── Boa tarde, senhor Hatch. ─── Skylar sorriu educada. ─── Muito obrigada por nos receber em seu hospital.

─── Você deve ser a Amélia, a que entrou em contato comigo. ─── Disse ele, e Skylar assentiu.

─── Sou eu mesma! ─── Sorriu. ─── Essas são minhas colegas de estudo, Ruth e Rose. Estamos juntas desenvolvendo um trabalho custoso, mas acreditamos que trará grandes resultados após sua conclusão. ─── Ela pegou as pastas com os documentos falsos de encaminhamento. ─── Aqui nossas fichas de direcionamento acadêmico, contendo todas as informações necessárias que acredito que o senhor deva querer olhar.

O homem pegou as três pastas, olhando cada detalhe de cada uma.

─── As três possuem ótimas notas. ─── Ele disse, balançando a cabeça bastante surpreso. ─── Até mesmo grandes palestras a respeito de psicologia hospitalar e judicial. Terão currículos magníficos!

Sorriram agradecidas.

─── Aqui está também a recomendação do professor Brantley. ─── Nancy estendeu uma folha na direção do homem.

─── Eu conheço Larry. Bem até demais. ─── Ele disse e as três travaram.

Fodeu.

─── Sabem o que dizem, não é? “Quem não sabe fazer, ensina.”

O clima parecia tenso. Droga de documento.

─── Sim, e é justamente por isso que estamos aqui! ─── Nancy contorna a situação. ─── Na sala de aula aprendemos somente até determinado ponto.

─── Eu me solidarizo com o problema. ─── Ele diz. ─── Mas há um protocolo para visitar pacientes como o Victor.

─── Que tipo de protocolo, senhor? ─── Skylar perguntou.

─── É preciso solicitar, depois, passar por uma espécie de triagem, para, enfim, o comitê poder decidir. ─── Elas se encaram, tristes. ─── Vocês parecem desapontadas. Mas, gostariam de fazer uma visita pela instalação? Poderão falar com pacientes na ala de segurança mínima.

─── Claro, mas… ─── Nancy as olhou. ─── Nossa tese é para o mês que vem.

─── Então vocês se atrasaram, não é? A culpa é de quem?

─── Nossa, com toda certeza.

Skylar e Robin se encararam. Elas pareciam estar falando telepaticamente, e apenas assentiram antes de começar o show.

─── Não é nossa culpa, Ruth! ─── Skylar exclamou. ─── Estou cansada de termos que assumir culpa que na realidade não são nossas. Nos forçam a agir de maneira enfraquecida. Nós trabalhamos nesta tese por oito meses seguidos, e por esses malditos e horrendos oito meses sofremos tanta coisa, senhor Hatch.

─── A verdade é que pedimos a solicitação há cerca de cinco meses, e nos negaram. ─── Robin diz, seguindo a linha de raciocínio de Skylar. ─── Tentamos outra vez e fomos negadas novamente. Vir aqui foi uma tentativa desesperada de salvar nossa tese, e sinceramente, eu mal consigo respirar com isso.

─── Rose, por que não vai lá fora tomar um ar? ─── Nancy tentou a expulsar, e Skylar segurou em seu ombro, apertando o mesmo.

─── Ela tem razão, Ruth. ─── Skylar disse. ─── Você não se lembra de que aqueles malditos professores da área de psicologia hospitalar disseram que devemos desistir dessa droga e virarmos donas de casa, porque na vista deles, essa é a única coisa a qual servimos? Eu dei tudo de mim nessa droga de trabalho, desisti de coisas a qual meu status social me permite, para ir tudo em vão?

Nancy estava perdida. A telepatia não funcionou com ela.

─── Sabe, talvez eu devesse mesmo tomar um ar. ─── Robin começou a falar novamente. ─── Porque talvez assim eu consiga aceitar que isso tudo não valeu para nada. Essas roupas estão me dando alergia, e meus seios doem. E sinceramente, Anthony, posso chamá-lo assim? Essas roupas não são minhas. As peguei emprestada para que nos levassem a sério. Dizem que com roupas extravagantes as mulheres podem até ser consideradas a dar opinião, mas pelo visto não deu certo.

─── É tão cansativa essa vida, eu acho que vou trancar meu curso e  virar dona de casa, porque talvez assim eu tenha sucesso nessa vida. ─── Skylar exclamou, levantando-se e colocando a bolsa de Nancy em seus ombros.

─── Nunca somos o bastante, mas posso contar uma história? ─── Robin voltou a falar e Skylar forçou que algumas lágrimas caíssem de seus olhos. ─── Não chore, Amélia. Quando eu estava em uma colônia de férias, em 1978, meu monitor Drew contou para mim e toda a cabine C a história real do Victor Creel. E o pequeno Petey McHew… Vocês se lembram dele, Amélia e Ruth?

─── Como não lembrar? ─── Skylar perguntou, abrindo a bolsa de Nancy e pegando o primeiro papel que viu pela frente, começando a estancar suas lágrimas falsas.

─── O pequeno Petey começou a chorar de soluçar na hora, hiperventilando sem controle. Os outros campistas passaram semanas sem dormir, e eu também. Mas, não por medo, e sim porque fiquei completamente obcecada pensando em como um ser humano é capaz de fazer atrocidades desse nível? Isso vai além dos desejos carnais humanos. As outras crianças gostariam de ser cantoras, astronautas, e até mesmo psicólogas, mas eu queria ser você.

Skylar forçou mais algumas lágrimas para segurar a vontade que ela estava de cair naquele chão e rir até que desmaiasse.

─── Então me desculpe se estou tentando tudo o que posso, incluindo usar essas roupas ridículas, para poder falar com o homem que despertou minha paixão e aprender um pouco mais sobre como a mente perturbada, mas, convenhamos, também é fascinante. Então sim, não temos a papelada oficial, mas não venha nos dizer que o Petey chorão não conseguiria ver o Victor, facilmente se pedisse com educação, porque ambos sabemos que sim. Então, apenas dez minutos com o Victor, é só o que pedimos e vamos embora.

Quando Robin terminou sua fala emocionante, Skylar não sabia se ria, chorava, batia palmas ou ficava com medo com a possibilidade de Robin ser internada naquele hospital psiquiátrico.

─── Tudo bem. ─── Ele diz, surpreendendo as três. O homem levantou-se de sua cadeira, caminhando em direção a porta. Antes que saíssem, pegou um lenço e estendeu para Skylar.

─── Muito obrigada, senhor.

─── Volto em trinta minutos! ─── Ele diz para a secretária, conduzindo as garotas pelo hospital.

─── Eles podem ficar duas horas livres. ─── Ele comenta. ─── É bonito a paisagem, não é?

No mesmo momento, passaram por um cara que as encara de maneira estranha. 

─── Claro… 

─── Eles podem fugir?

─── Sim, mas escolhem ficar.

─── Aqui é uma ala importante. ─── Entraram em uma sala e Skylar passou a prestar bastante atenção ao seu redor. ─── A sala de música. Nós cremos que a música tem um efeito calmante. ─── Ela tombou a cabeça, enquanto continuava a caminhar ─── A música, especificamente se tiver um significado especial, pode provocar estímulos notáveis. Mas, para alguns deles, nunca haverá cura.

Quando elas chegaram na cela de Victor, e praticamente imploraram para falar com eles sozinhas, sentiram o coração acelerar.

─── Victor, hoje é seu dia de sorte. Você tem visitas, e elas são bem bonitas.

Victor parecia usar suas unhas para arranhar a mesa.

─── Bom, ele parece estar de mau humor. Divirtam-se.

─── Victor? ─── Nancy o chamou. ─── Meu nome é Nancy… Nancy Wheeler. ─── Elas não sabiam muito bem como agir. ─── Essas ao meu lado são Robin Buckley e Skylar Abraham.

─── Temos perguntas. ─── Robin diz. 

─── Não falo com repórteres. Hatch sabe disso.

─── Não somos repórteres. ─── Wheeler diz, arriscando aproximar-se um pouco da grade. ─── Estamos aqui porque acreditamos em você. E porque precisamos de sua ajuda.

─── O que matou sua família parece estar de volta. ─── Robin disse uma vez, e Victor pareceu parar no mesmo momento os movimentos com sua mão. 

Quando ele virou, Skylar engoliu em seco ao notar como encontrava-se seu rosto. Os olhos do homem estavam completamente mutilados, e sujos. Era uma cena assustadora.

─── Nós temos duas amigas que estão sendo vítimas. ─── Nancy começou a explicar. ─── A Max está em um estágio avançado, achando que morrerá hoje. A Skylar, que está conosco, fez as contas e percebeu que as alucinações dela irão começar amanhã.

Skylar tremeu.

Aquele homem passava uma energia bizarra que, ao mesmo tempo que a deixava apavorada, a puxava, como um imã.

─── Nossa amiga Max descreveu o ataque como entrar em um transe. Como ter um pesadelo acordado. Além disso, ambas sofreram de dores de cabeça, sangramento nasal e pesadelos, piorando dia após dia. Elas contam ouvir o som de um relógio. Alguma dessas informações que te disse lembra o que houve com sua família?

─── Victor, eu sei que é difícil. ─── Nancy sussurra.

─── Não, você não sabe!

─── Tem razão, eu não sei. ─── Engoliu em seco. ─── Mas estamos aqui para aprender.

─── E acima de tudo, como você sobreviveu àquela noite. 

─── Como sobrevivi? ─── Perguntou rindo. ─── Você acha que nessas condições a qual me encontro significa sobreviver? Eu te garanto que nunca sai do inferno.

Ele sentou-se na cama.

─── Eu havia acabado de voltar da guerra, uns quatorze anos atrás. O tio-avô de minha esposa faleceu e nos deixou uma pequena quantia, o suficiente para comprar uma casa e recomeçar. Era uma casa magnífica. Alice até disse que parecia um conto de fadas.

─── Alice era o nome de sua filha? ─── Nancy perguntou.

A medida que Victor contava seu relato, Skylar ficava cada vez mais confusa com suas palavras. Ela entendia que ele não estava nada bem, então sua explicação pudesse não fazer muito sentido naquele momento. 

Quem era esse vilão? 

Quem era esse demônio? 

Sua matança parecia ser por puro e completo ódio. 

Era como se pegasse os próprios pecados das pessoas para se vingar. 

─── O seu filho… Henry ─── Ela se atreveu a falar. ─── Quais os comportamentos que ele costumava demonstrar? 

─── Meu Henry… meu pobre menino. ─── O homem caiu sentado na cama. ─── Virgínia dizia que ele não estava bem, e que precisava urgentemente de tratamento. 

─── Espera, tratamento para que? 

─── Ele era sensitivo com tudo ao seu redor. ─── Ele sussurrou. ─── Meu menino parecia sentir o demônio muito mais forte. 

Skylar se calou, analisando cada informação que ouviu da boca do homem. Enquanto isso, Robin e Nancy continuaram a fazer perguntas, fazendo o possível para não serem invasivas. 

─── O anjo que você seguiu… quem era?

Skylar tombou a cabeça assim que Victor deitou-se em sua cama, e começou a balbuciar uma pequena melodia que ela conhecia. A garota perdeu-se em pensamentos, nem ao menos percebendo quando Hatch chegou até elas.

─── Acabei de ter uma conversa com o professor Brentley. Por que não conversamos em minha sala enquanto esperamos a polícia.

Robin, percebendo que a morena estava parada no lugar, passou a puxá-la assim que o segurança as expulsou de lá, guiando-as até a sala do diretor do hospital.

Nancy continuava a tentar ter um diálogo com o mesmo, entretanto ele apenas a cortava. Skylar parecia estar juntando todas aquelas informações que escutou da boca de Victor Creel. Quando elas passaram novamente pela sala de música, a morena encarou o exato momento em que um paciente que estava muito agitado, colocou fones de ouvido e aos poucos foi relaxando seu corpo.

É isso.

A música.

─── Ande logo! ─── O segurança a empurrou.

Skylar correu até estar próxima o suficiente de Nancy e Robin.

─── Durante o ataque, Victor disse que todos os aparelhos desligaram, mas uma voz o chamava.  ─── Robin disse, de forma enigmática.

─── Essa voz que ele disse… é uma música. Quando perguntamos quem era a voz, ele começou a murmurar Dream a Little Dream of Me. A música é a salvação para não sermos pegos pelo Vecna. Você percebeu que ele começou a cantar para tentar se confortar? É uma música específica que nos acalma. É a música favorita. Ela cria uma conexão entre o mundo real e o mundo sombrio. ─── Ela disse, tentando não gritar. ─── Segundo Hatch, a música pode alcançar partes diferentes do cérebro. Precisamos tentar.

─── Skylar você é um gênio, agora precisamos sumir daqui e avisar os outros. ─── Robin sussurrou.

─── Vamos precisar correr até o carro. ─── Nancy murmurou após encarar os guardas.

─── Já deixo avisado que minha coordenação motora é péssima, eu literalmente fui o último bebê que aprendeu a andar.

─── Façam o que eu fizer. ─── Nancy diz antes de começar a correr. Skylar não perdeu tempo e também correu, sendo seguida por Robin.

Em questão de poucos segundos, as três conseguiram chegar até o carro. Skylar praticamente se jogou no banco de trás, trancando a porta logo em seguida.

─── Tem razão, você realmente corre estranho.

─── Acelera esse carro, Nancy!

─── Robin, Skylar? Alguém na escuta? Temos um alerta vermelho!

Skylar pegou o Walkie Talkie que encontrava-se embaixo de si.

─── Dustin, Skylar na escuta.

─── Puta merda, finalmente. Por favor, digam o que fazer!

─── Seguinte, a música ela-

─── Não temos tempo skylar, fala logo!

─── A música favorita dela. põe no walkman dela e coloca no ouvido dela. Só põe a favorita da Max!

Dustin desligou o Walkie Talkie, fazendo Skylar suspirar de medo.

Ela não queria negar, mas sentiu-se muito assustada. Skylar sabia exatamente o que estava acontecendo naquele momento, e só de pensar que ela seria a próxima vítima, seu coração chegava a falhar as batidas. A morena tentou reprimir sua respiração descompassada. 

Skylar apenas não entendia o porquê de agora estar com medo de morrer. Desde o falecimento de sua mãe, esse havia sido seu desejo número um para acabar com sua dor. Mas, agora, a ideia de morrer era um tremendo pesadelo. 

Entretanto, se ela fizesse um grande esforço para viver, seria em completo vão. Caso escapasse de Vecna, teria de voltar para sua realidade onde não teria sua mãe em seus braços, sua melhor amiga para contar sempre com ela, e seu pai para o que fosse necessário. 

Seria somente Skylar. Sozinha nesse mundo pavoroso. 

─── Sky. ─── Robin a chamou, percebendo que ela estava suando frio. ─── Vai ficar tudo bem, nós precisamos da sua música favorita também.

─── O problema é que eu não sei se quero continuar viva. ─── Disse de forma enigmática.

─── Ei, Skylar…

─── Nessa situação que me encontro. ─── Ela começou, encarando a janela do carro. ─── Eu não acho que faria algum esforço se o Vecna me pegasse. Não há motivações para continuar viva. Minha mãe faleceu por culpa minha, minha melhor amiga faleceu porque não fui insistente o suficiente para salvá-la e meu pai nem olha na minha cara. Me diz o porquê de eu fazer um esforço tão grande como esse sendo que depois não me restará nada de bom? Não me restam memórias boas. Não me resta um lar. 

Oie, se você chegou até aqui, não esqueça de deixar votinhos e comentários. Isso me deixa muito feliz, e também muito motivada a  voltar muito mais rápido. 

Esse é o capítulo que eu considero mais chatinho, mas juro para vocês, que a partir do próximo, acabou a paz (que ninguém tem) porque as coisas só melhoram e ficam MUUUUITO emocionantes. Eu estou particularmente animada com os próximos capítulos, tendo em vista que tem muita coisa ainda para vocês descobrirem. O planejamento da história é incrível, e eu espero que vocês gostem porque eu estou dando tudo de mim. 

A galera já descobriu sobre o Skyless soro, MAS, não descobriu a história por trás desse soro. Lembrem-se que SOF é uma história cheia de pistas e pegadinhas. O que eu estou apresentando agora, não é nem a metade do que parece ser!!!! 

Caso não saibam, eu tenho uma conta no TikTok e sempre posto edits da fanfic. Caso queiram seguir, o @ é scariewidow. 

Três capítulos por semana está muito mais perto do que vocês imaginam. 

Tchauzinho!!! 

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