࣪ ੈ ˖ 𝗖ᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ᴛʀᴇ̂𝘀 ࣪ ˖
Eu sou tão burra, eu não deveria ter contado a esse traste. " Isso não tem nada haver comigo" . Oh, claro que não digníssimo, você apenas gozou dentro de mim e me engravidou idiota!
Entro em casa e bato a porta para descontar o meu ódio. Dou de cara com a minha mãe e meu pai sentados na sala, ambos me olhavam sem entender o motivo da minha raiva.
── O que houve? ── meu pai pergunta e volta a olhar seu jornal
Fico calada e me jogo no sofá que ficava de frente ao que eles estavam sentados. Acho melhor contar agora, aí já fico livre de toda essa angústia de ficar guardando segredo dos meus pais.
── Aposto que são garotos! ── minha mãe sorri e pega o controle para mudar de canal.
── Posso falar com vocês? É coisa séria ── meus pais estreitam os olhos e começam a prestar atenção em mim ── eu realmente não sei qual vai ser a reação de vocês, mas eu espero que vocês não fiquem tão bravos comigo. É que eu não pensei nas consequências que isso iria trazer na minha vida e eu sei que sou culpada. Só peço que não me odeiem, por favor!
── Fala logo Lalisa ── minha mãe cruza as pernas já sem paciência.
──A dois meses atrás eu..eu perdi a minha virgindade ── vejo meu pai arregalar os olhos e a minha mãe continua me encarando ── eu pensei que não teria problemas não usar proteção na primeira relação. Ontem eu percebi que a minha menstruação estava atrasada e resolvi fazer um teste e ele deu positivo ── me mexo no sofá, desconfortável por estar falando isso pra eles ── Fiz outros para confirmar e deu na mesma, todos positivos. Eu estou grávida.
Fecho os olhos e mordo os lábios, esperando a reação deles.
── Isso é sério filha? ── ouço minha mãe pergunta em um tom baixo e abro os olhos pra olhar ela. Confirmo com a cabeça e minha māe coloca as mãos nas têmporas, suspirando fundo.
Eles ficam em silêncio por tempo demais e isso me deixa angustiada, eu não sabia o que eles estavam achando ou pensando sobre mim, sobre toda essa merda que está acontecendo.
Puxo as pontas dos meus dedos,
impaciente. ── Vocês não vão gritar
comigo e me botarem pra fora?
── Oh, o que te fez pensar que faríamos Isso? ── meu pai pergunta e eu dou de ombros.
── Filha, isso realmente é me deixou
surpresa e me pegou desprevenida. Eu
nunca esperava que fosse acontecer com você, tão cedo...mas não há nada que possamos fazer além de conversar com você e te orientar sobre isso. Não vou dizer que isso é certo e que estou feliz contigo, você é apenas uma adolescente de dezessete anos. Você sabe que tem opções certo? Você pode abortar, ou criar, a escolha é sua. Pense que a responsabilidade será sua e não minha e de seu pai, se escolher ter a criança, você e o pai do bebê vāo criá-lo.
── Eu quero ter o bebê mãe. Isso é um
erro meu e acho que devo arcar com a
consequência disso. O problema é o pai
da criança...acabei de voltar da casa dele e ele disse que não vai assumir, disse que ele não tem nada haver com isso e que é para eu me virar , sem colocar o nome dele no meio disso tudo.
── Qual é o nome do rapaz ? ── meu
pai pergunta de forma ríspida.
── Jungkook, Jeon Jungkook, filho da
Aeris e Namjoon. Acho que vocês conhecem eles ── minha māe e meu pai se levantam e caminham em direção a porta ── espera, aonde vocês vão? ── me levanto e me aproximo deles.
Minha mãe coloca seu casaco e abre a porta ── Vamos conversar com os pais dele agora mesmo! Quem ele acha que é? Isso é responsabilidade de vocês dois, ele não pode simplesmente não assumir.
Meu coração começa a acelerar ── não,
não façam isso. Ele não pode saber que
contei pra vocês que ele é o pai.
── Vamos fazer isso! No momento o assunto é entre eu o seu pai e os pais dele. É o nosso dever como seus pais fazer isso.
Eles saem pela porta e eu posso ouvir o carro sendo lidado e depois se afastando dali.
Merda. Eu estou fodida!
Ela está grávida! Simplesmente veio até
a minha casa, disse isso e pensou que eu fosse assumir.
Eu realmente não ligo pra isso, não me abalou nem um pouco! Eu acabei de completar dezoito anos, estou no último ano do ensino médio, pego geral, vou a festas e bebo até não conseguir andar e essa garota realmente pensou que eu fosse deixar tudo isso de lado para criar uma criança com ela, me poupe!
Depois que Lalisa foi embora, fui até a casa de Jimin e fiquei lá até o dia começar a escurecer.
Quando chego em casa vou até a sala
procurar meus pais. Eles estavam sentados conversando com mais duas pessoas, presumi que são um casal. Faço menção de subir as escadas quando meu pai me chama de forma bruta.
── Jeon Jungkook venha até aqui! ──eu devo ter feito alguma merda, ele nunca me chama pelo sobrenome. Viro novamente para eles e caminho até perto do sofá em que estavam sentados
── Esses são Miranda e Alaric Manobal ── meu pai aponta para o casal desconhecido sentados no outro sofá e eu abro um sorriso de lado para eles ── São pais da Lalisa ── desfaço meu sorriso e volto a olhar pro meu pai. Droga! ── a garota que você engravidou e disse que não assumiria o bebê ── Ele se levanta e empurra meu corpo fortemente na parede ── EU NÃO TE CRIEI PARA SER UM GAROTO OTÁRIO JUNGKOOK.
Minha mãe se levanta e caminha até nós ── força bruta não Nam, não é assim que se resolve as coisas ── ela puxa o braço de meu pai e eles se sentam novamente no sofá ── Jeon, ficamos super decepcionados quando descobrimos que você foi capaz de fazer aquilo. É uma responsabilidade sua rapaz!
── A qual é, eu sou um adolescente mãe. Não tenho idade para ser pai..
── Você teve idade o suficiente para fazer então pode muito bem assumir a criança! ── ela me corta ── você vai está presente durante a gravidez e depois que o bebê nascer. Vai em todas as consultas, vai ajudar Lalisa com o que ela precisar e vai fazer o papel de pai!
── Mãe.. ──tento argumentar mas meu pai me lança um olhar mortal.
── Cala a sua boca moleque. Suba para o seu quarto agora, está de castigo por tempo indeterminado! Sem festas, bebidas, idas nas casas dos amigos e essas coisas. Amanhã Lalisa vai ter uma consulta e você vai está do lado dela!
Bufo e passo minhas mãos desesperadamente pelo meu cabelo. Subo as escadas e entro em meu quarto, fazendo o favor de bater a porta.
Aquela garota tinha que abrir a porra da boca!
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