7 - Fiore Di Chernobyl
"Me levante como aviões
Vamos pular juntos, venha comigo
Mesmo se eles quebrassem nossas asas
Andaremos acima dessas nuvens
Essas tempestades passarão
Embora seja difícil
Será um dia melhor amanhã [...]
Flores também estão crescendo em Chernobyl"
— Fiori di Chernobyl, Mr. Rain
Aquela foi a primeira vez que presenciei Bang Chan expressar raiva, e infelizmente, foi direcionada a mim. Ele proferiu palavras duras, chamando-me de "irresponsável" e "inconsequente", e eu absorvia cada uma delas, ou pelo menos tentava. No entanto, acredito que sua irritação tenha sido desencadeada pelo fato de eu ter admitido ter usado drogas, o que o levou a surtar posteriormente. Embora eu compreendesse o desapontamento dos outros membros comigo, eu já estava tão negligente com minha própria vida que não me importava mais com isso. Após ele terminar de falar e fazer uma pausa para respirar, eu disse:
— Já terminou?
— Esse é o seu problema. Eu sei que você não deu a mínima para uma palavra que eu disse. — Acabei rindo, ele realmente me conhecia bem. — Você está morrendo, e todos nós sabemos disso, mas agir dessa maneira mostra que você não se importa com seus amigos e sua família.
— Ah, chega de drama. Foi apenas um doce de rave... Já me desculpei e, sinceramente, estou cansado desse assunto.
— A questão é que esse doce fez você expor coisas na internet. Sua falta de responsabilidade afetou todo o grupo, pois os haters usaram isso para trazer à tona polêmicas antigas envolvendo o SKZ, como o caso do Felix e os exposeds do Han e do Minho. Não se trata apenas de você, idiota, até porque a JYP já removeu todas as fotos.
— Então, a preocupação não é com a minha vida, mas sim com a reputação do grupo... Entendi.
— Hyunjin, acredito que você me conheça tempo suficiente para saber qual é minha verdadeira preocupação. Eu e os diretores conversamos e achamos melhor você voltar para casa. Você já aproveitou sua libertinagem, agora volte para nós.
— Não, obrigado. — Respondi rapidamente.
— Hyunjin...
— Chega de drama, porra! Agora quem está perdendo a paciência sou eu. Não preciso do seu consentimento nem de ninguém. É o meu dinheiro, é a minha vida. Por favor, pare de agir como o CEO do Stray Kids, Bang Chan, e aja como meu amigo.
— E você pare de agir como um adolescente! Volte para casa, isso já ultrapassou todos os limites! — Sua voz começava a se exaltar novamente, mas eu não me importava. Ninguém mais tinha o direito de ditar o que eu deveria fazer.
— E se eu não voltar? Vão expulsar um homem morto do grupo? — Desafiei. — Vão me expulsar como fizeram com o Felix daquela vez?
— Caralho Hyunjin, pare de ser um cuzão!— Sua voz falhou e ele respirou fundo. Geralmente, ele não usa palavras de baixo calão, só quando está muito irritado. — Eu estou preocupado com você... Você está longe da minha proteção...
— Eu não preciso da sua proteção agora. Agradeço pela preocupação, mas eu sei cuidar de mim. Fique bem, porque eu preciso ir.
Desliguei o telefone, ainda me sentindo estranho pela briga que tive com o líder. Nenhum dos membros do SKZ havia enfrentado Bang Chan dessa maneira antes. Mas tudo tem uma primeira vez, né? Peguei minha última mala e comecei a caminhar, pois não tinha tempo a perder. Gyu estava em silêncio, apenas observando tudo o que havia acontecido, e ele também pegou suas coisas:
— Posso perguntar uma coisa? — Ele se aproximou ao meu lado e eu o encarei, pronto para responder a sua pergunta.
— Já perguntou. — A conversa de Bang Chan me deixou de mau humor.
— É sério... Você não está indo para a Holanda pelo motivo que estou pensando? — Às vezes, odiava e ainda odeio o fato de que Beomgyu sabe tudo sobre minha vida.
— Bem, se você está pensando em um homem lindo, alto, loiro e muito gostoso, está pensando certo. — Respondi, entrando no elevador e selecionando o andar desejado.
— Você vai ver o Dante? Você ficou louco? — Ele me segurou com uma expressão preocupada.
— Não? Agora vai ditar tudo o que eu devo fazer? — Minha irritação transpareceu mais do que eu gostaria, alimentando também a raiva dele.
— Não, Hyun, por mim você pode foder com quem quiser, só acho estranho porque Dante disse que estava apaixonado por você e você o cortou, e agora está indo vê-lo. — No final, ambos ficamos irritados um com o outro.
Se Gyu pensava que poderia controlar meus passos ao vir aqui, estava enganado. O elevador chegou à recepção e eu o respondi:
— Gyu, nem tudo na minha vida se resume a sexo. — O mais jovem me olhou com deboche, mas eu o ignorei e continuei. — O fato é que Felix contou para Marie, que por sua vez contou para Dante, que ligou para mim dizendo que queria me ver.
— Você não está pensando em ir para aquela mansão, está? — Gyu estava se referindo à mansão dos Van Der Meeler, onde Lix viveu sua história de romance. O australiano sempre descreveu a casa como um lugar maravilhoso, mas que ele não gostaria de voltar nem morto. E, depois de tudo o que aconteceu, acho compreensível.
Off: referência a história "You Are My Sunshine"
— Não, vou encontrar Dante em Amsterdã, e há muitas coisas legais para fazer lá. Além disso, está acontecendo uma festa tradicional na cidade, vai ser divertido.
Gyu não disse mais nada, apenas colocamos nossas coisas no carro e seguimos para a estação. Ele estava curioso com o ambiente, então expliquei a ele que a melhor maneira de viajar pela Europa era de trem. Não demorou muito para a voz eletrônica anunciar o início do embarque, e após mostrarmos nossas passagens, procuramos um lugar para nos acomodar. O trem partiu e ele ficou realmente maravilhado com as paisagens. Já fazia muito tempo desde a última vez que Gyu viajou assim, devido à sua rotina como idol, e isso me fez questionar se ele realmente tirou uns dias de folga ou se ele fugiu para estar comigo. Mas isso era um problema dele. Se ele não queria voltar, o que eu poderia fazer?
Estávamos imersos em uma animada conversa sobre a Holanda, quando duas garotas se aproximaram do nosso banco. Era evidente que estavam nervosas, provavelmente fãs nossas. Sorri imediatamente para elas, tentando transmitir uma sensação de calma:
— Oi. — Uma delas falou, um tanto hesitante.
— Não se preocupem, não precisam ficar nervosas. — Respondi, tentando ser simpático.
A garota quase surtou, o que me fez rir, e a outra disse:
— Assistimos à sua live... Sentimos muito.
— Ah, não se preocupem comigo. Estou bem. — Encarei-as com sinceridade.
— É o Beomgyu do T.X.T. — A outra garota apontou para Gyu, que esboçou seu característico sorriso gentil.
— Olá. — Ele as cumprimentou.
— Podemos tirar uma foto com vocês?
— Claro, só comigo na verdade. Oficialmente, o Gyu não está aqui. — Isso fez com que ele risse. Sabíamos que não demoraria muito para que sua presença fosse divulgada nos tabloides. Fizemos até uma pequena aposta sobre por quanto tempo ele conseguiria se manter no anonimato.
Me levantei e me posicionei no meio das garotas, enquanto Gyu tirava a foto. Uma delas começou a chorar e minha reação foi abraçá-la, tentando acalmar suas emoções:
— Ei, lembra o que pedi? Nada de chorar.
— Eu sei, é que... É difícil. — Ela disse, entre soluços.
— Está tudo bem, não chore, meu anjo. Não combina com seu rostinho bonito. — Me separei do abraço e alisei sua bochecha, tentando secar as lágrimas que escorriam.
Ela sorriu agradecida e acabei abraçando a outra garota também. Depois, pedi gentilmente para que elas respeitassem nosso espaço e voltassem para seus lugares. Gyu não disse nada, apenas ficou me encarando, como se estivesse em negação.
— O que foi? — Quase parecia que ele estava reclamando por eu ter sido gentil.
— Você flerta com todo mundo sem nem perceber, isso é engraçado.
— Foi assim que começamos a ficar juntos, lembra?
Aquelas palavras trouxeram à tona memórias antigas. Quando eu completei dezesseis anos, havia acabado de me juntar à JYP Entertainment. Ainda era muito tímido e reservado, pois tinha medo de ser comparado à minha irmã. Yeji já estava na JYP quando entrei e já era o destaque entre os trainees. Entrar para a BIG3 sempre foi nosso sonho e acabei na mesma empresa que ela. Tinha receio de me tornar a sombra de Hwang Yeji, a melhor dançarina entre as trainees da época. Era inevitável, pois muitas pessoas só conheciam um Hwang, e quando se referiam a mim, era sempre como "o irmão da Yeji". Isso me intimidava muito e atrapalhava meu desempenho, até que conheci Christopher Bahng, conhecido como Bang Chan, o garoto que não debutava.
Christopher deixou a Austrália com oito anos, com a promessa vaga de um debut pela JYPE. Ele se desdobrou muito para conseguir provar seu valor, tocava bateria, teclado, violão e guitarra, escrevia suas próprias letras e aprendeu sozinho a usar um sintetizador. Aquele velho ingrato do J.Y.Park lhe deu a promessa de um debut, que ele era talentoso demais para não ter sua chance, mas isso parecia que nunca ia acontecer.
Ele estava ali há anos, e não conseguiu estrear no GOT7, o grupo com o qual treinou desde que ingressou na JYP Entertainment, mas também não conseguiu uma vaga no Day6. Isso para mim era um completo absurdo, considerando que ele tocava os instrumentos típicos de bandas de rock tão bem quanto eles. Apesar de ver todos seus amigos debutarem e ele ficando para trás, Bang Chan sempre manteve sua confiança e me ensinou a acreditar mais em mim, mesmo quando todos diziam que eu era péssimo na dança e que não deveria me esforçar tanto, já que eu era bonito e provavelmente debutaria apenas por isso.
Eu não queria ser apenas um rosto bonito em mais um grupo de k-pop, eu queria ser importante de alguma maneira. E Bang Chan, juntamente com o patife do Changbin, sempre acreditaram em mim. Graças a esse apoio, fui melhorando e, de repente, não era mais o Hyunjin, irmão gêmeo da Yeji, mas sim o Hwang Hyunjin, dançarino do Boys Project.
Isso me fez lembrar da única vez em que eu e Yeji brigamos feio. Aquele velho do J.Y.Park decidiu dar uma chance ao Boys Project de debutar, mas para isso teríamos que vencer o Girls 2 Team, que era o projeto de girl group da época em que Yeji estava. Acabou que o Boys Project ganhou e achei que Yeji ficaria feliz por mim, mas ela brigou muito feio comigo, dizendo que estava acabando com o sonho dela. Yeji conseguia ser inacreditável às vezes, e aquela foi uma delas.
Foi mais ou menos nessa época que conheci Beomgyu. Bang Chan conhecia vários outros trainees e foi convidado para o aniversário de alguém que não é relevante, mas como eu estava de bobeira naquele fim de semana, ele me convidou para irmos juntos. Estávamos jogando Uno quando Beomgyu chegou junto com Soobin. Gyu era muito tímido e calado, mas com muita insistência do Soobin, ele se juntou à roda. Eu meio que peguei no pé dele de propósito, fazendo-o comer cartas a mais sempre que podia. Rimos muito naquele dia, e assim começou nossa amizade.
Sempre flertava com Gyu porque adorava como ele ficava sem jeito, e isso se tornou um hábito. O que começou como uma brincadeira nos levou ao nosso primeiro beijo, nos bastidores de um programa musical. Ele havia acabado de debutar e nos encontramos ali. Rolou um clima e assim começou nossa amizade colorida. Observá-lo ali no trem comigo era até bom, me deixava feliz ver que ele estava comigo. Gyu conseguia me entender de alguma forma em relação a tudo, e é exatamente por isso que nossa amizade dá tão certo.
Nossa conversa foi interrompida pelo meu celular, que começou a tocar. Era Brianna, e estranhei o fato de ela estar me ligando, mas atendi mesmo assim. A garota estava em prantos por saber que eu estava doente, e fiquei ali um bom tempo dizendo para ela se acalmar e que tudo ficaria bem.
O trem chegou mais rápido do que eu esperava, e saímos com nossas coisas em direção à rua. Dante já me aguardava na saída da estação e, ao me ver, sorriu. Esse homem era tão lindo, abençoado seja o gene dessa família.
— Hyunjin. — Ele veio até mim e me abraçou apertado, como sempre seu perfume era delicioso.
— Dante, que prazer te ver... Este é meu amigo, Beomgyu, que está viajando comigo.
— Muito prazer. — Dante apertou a mão de Gyu, que parecia desconfortável, mas retribuiu o aperto.
— Igualmente. — Foi tudo o que ele disse.
— Obrigado por aceitar me visitar. Eu queria te ver antes de...
— Sem papo mórbido, por favor. Me leve para comer alguma coisa! — Interrompi imediatamente, e ele riu.
— Certo, vamos colocar as coisas de vocês no carro.
A viagem para a Holanda foi extremamente produtiva. Eu e Gyu nos divertimos como nunca. O mais novo conheceu um cara e ficou grudado nele. Acreditem ou não, eu não me envolvi com ninguém. No entanto, fiz uma pintura de Dante e das flores, querendo guardar essa memória. O irmão de Marie estava namorando alguém, e fiquei muito feliz por ele. Dante merece ser feliz longe de sua família problemática. Assim terminou meu primeiro mês na Europa, e, pelas minhas contas, me restavam mais quatro meses de vida.
A próxima parada era o melhor lugar do mundo: a França. Eu adorava tudo lá, a moda, a gastronomia, a arte, a música. Não havia nada que não fosse incrível aos meus olhos. Seria mais rápido ir de avião, mas Gyu insistiu muito que atravessamos toda a Bélgica de trem até chegarmos à estação de Paris. Assim que chegamos, ao pisar na plataforma, eu disse:
—Ah, Paris, comme j'aime cet endroit.
*Como eu amo este lugar
—Você fala francês? — Gyu me olhou assustado. Parece que ele não me conhecia tão bem assim.
— Oui ma chérie!
*Sim meu caro
Ele me cutucou na costela, fazendo-me encolher o corpo, e logo chamamos um carro. Eu não queria economizar um centavo na França, então paguei um hotel caríssimo para mim e Gyu, para que pudéssemos esbanjar dos nossos dias de glória. Tomamos um banho e fomos jantar em um restaurante cinco estrelas, onde após muita insistência, fiz o garoto experimentar escargot. Depois, ouvimos falar de um evento LGBTQIA+ badalado na cidade e decidimos conferir de perto. Entramos e bebemos bastante. Não preciso detalhar que a noite terminou comigo e Gyu transando no quarto do hotel.
No dia seguinte, decidimos passear, e a primeira parada foi o Louvre. Estava empolgado para mostrar a ele a Mona Lisa. Ele observou a multidão se espremendo para tirar fotos do famoso quadro e me olhou meio descrente:
— Estou decepcionado... É só isso? Nem sequer é um quadro grande...
— Ela é famosa pelos mistérios que a cercam, não exatamente pelo quadro em si.
Então comecei a contar as inúmeras teorias sobre a Mona Lisa até ele implorar para eu ficar calado porque não aguentava mais o assunto. Passamos a manhã toda no Louvre e fomos almoçar em um restaurante caríssimo nas proximidades. Nem preciso dizer que toda hora éramos parados na rua por pessoas querendo nos abraçar e cumprimentar. Havia muitos Stays e Moas na França. Houve até alguns momentos em que fomos perseguidos na rua, mas sempre dávamos um jeito de nos livrar da situação.
É interessante observar o impacto que a morte tem nas pessoas... Se fosse apenas eu, ignorando todas as regras e ligando um belo fodasse para o que a mídia pensaria de mim, certamente teria sido cancelado. No entanto, como estava à beira da morte, todos achavam inspirador que eu estivesse sendo atencioso com meus fãs e aproveitando cada momento viajando por aí. O ser humano é realmente hipócrita.
É óbvio que a mídia já sabia que Gyu estava comigo e, em vez de despejar ódio sobre nós, elogiavam a sua lealdade por não abandonar um amigo. É claro que muitos suspeitavam que eu e Gyu tivéssemos um relacionamento amoroso, mas apenas poucas pessoas se incomodavam com isso. Como pode ser observado, a cultura do cancelamento é seletiva.
Acordei de mais uma noitada pesada. Tinha bebido tanto que Gyu acabou dormindo na cama e eu acabei no chão. Não estávamos sozinhos no quarto e me lembro vagamente de Gyu ficando com um homem e dizendo que ia para o hotel com ele, mas não conseguia me recordar de como acabei no chão. Me levantei, esticando as costas, e decidi tomar um banho longo para tentar aliviar a ressaca. Minha cabeça começou a doer e foi quando a mulher apareceu no banheiro. Ela tinha o costume de aparecer quando a dor me atingia então meio que sinalizava que eu estava passando mal e precisava dos remédios.
O telefone começou a tocar e era Seungmin. Passei um tempo atualizando-o sobre a viagem e meu estado de saúde até perceber que já era quase dez. Eu queria sair, mas nem Gyu e nem o homem desconhecido acordavam. Acabei desistindo de esperar e mexi no braço de Gyu até ele resmungar:
— Vou sair um pouco, se precisar de mim, me liga.
Gyu fez um gesto de aprovação e eu saí do quarto. Meu objetivo era visitar o Palácio de Versalhes, onde sabia que encontraria obras de arte deslumbrantes dos séculos passados, sem dúvida dignas da minha atenção. Peguei o trem e, aproximadamente uma hora depois, estava em frente ao meu destino. A fachada do palácio era a coisa mais bela que eu já tinha visto, suas formas antigas eram impressionantes. Nem era necessário entender de arquitetura para perceber que aquele era o lar de um rei.
O guia nos conduziu pelos corredores maravilhosos e a cada obra de arte eu ficava cada vez mais encantado. Ele contava curiosidades sobre Napoleão, a Revolução Francesa, Marie-Antoinette e, falando nela, chegamos à famosíssima pintura da antiga soberana. Datada de 1783, o quadro era tão belo ao vivo quanto nas fotos. A técnica empregada em sua criação o tornava ainda mais perfeito e, naquele momento, decidi -embora isso nunca tenha acontecido- que iria recriar aquela obra à minha própria maneira. Sentia muita vontade de tocá-la para sentir sua textura, mas sabia que seria uma grande falta de respeito. Eu tinha que me contentar em apenas observar.
— É lindo, não é? — Disse uma voz feminina com um forte sotaque francês.
Quase respondi afirmativamente, presumindo que fosse uma fã, mas me assustei quando percebi quem era: A mulher fantasma. A mesma mulher de cabelos castanhos e lisos, pele clara e sorriso gentil que sempre aparecia nas minhas alucinações. Ela estava lá, sorrindo para mim, seus olhos castanhos e brilhantes pareciam vivos. Conseguia até mesmo ver os detalhes da roupa e a textura dos tecidos que usava. Ela nunca havia falado comigo antes, apenas me observava. Se agora estava falando, isso significava que minhas alucinações estavam piorando. O tumor devia estar progredindo.
— Enfim nos encontramos, Hyunjin.— Ela disse, com uma voz doce e melódica, diferente do que eu imaginava.
Pisquei algumas vezes para me recuperar do choque e, aos poucos, fui me acalmando. Já tinha a visto o bastante para não ter medo daquela aparição.
— Que bom que você está falando agora, estava ficando entediante só te ver sorrir para mim. —Comentei, tentando soar descontraído.
Ela me olhou sem entender, mas sorriu novamente.
— Ellie, Ellie Mitchels. É um prazer reencontra-lo. —Disse a garota, estendendo a mão. Segurei o riso. Toda vez que tentava tocá-la, simplesmente não conseguia.
— Lá vou eu tentar tocar em um fantasma. — Disse com um tom de deboche, estendendo minha mão.
No mesmo instante, deixei meu celular cair. Eu conseguia sentir o calor emanando de sua pele.
BIG3: São as 3 maiores empresas de entretenimento da Coreia do Sul. O sonho de qualquer jovem é entrar em uma delas porque se você consegue debutar por elas, é sucesso na certa. Elas são:
- JYP ENTERTEINEMENT
- YG ENTERTEINEMENT
- SM ENTERTEINEMENT;
A narrativa que Hyunjin deu sobre ele e Bang Chan é verdadeira, um pouco distorcida pra fazer sentido na fanfic, mas é tudo verdade. Bang Chan treinou por sete anos, até que decidiu (junto a Changbin e Han) começar a postar suas músicas autorais na internet, chamando a atenção da empresa. Hyunjin sofreu em seus tempos de trainee, porque ninguém o levava a sério, achavam que por ele ser muito bonito e dentro dos padrões coreanos, ele debutaria muito fácil, é isso criou um complexo de inferioridade nele. Mas com o apoio de todos, principalmente Bang Chan e Changbin, ele conseguiu superar isso.
O boys project realmente existiu e teve que vencer o Girls 2 team para conseguir o privilégio do debut. Yeji fazia parte desse grupo e na vida real, ela é Hyunjin são muito amigos, treinaram juntos. Os boatos deles serem irmãos gêmeos são devido ao fato dos dois se parecessem MUITO, ambos fazem aniversário no mesmo mês, porém em dias diferentes e ambos tem o mesmo sobrenome — HWANG. Essa é uma das teorias mais famosas do kpop hahaha.
Não esqueça da estrelinha ⭐
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