• vinte e quatro •
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
three is a magic number
Finalmente com a chegada da primavera, os formandos não conseguiram se preocupar com outras coisas além das provas finais, que estavam mais próximas do que nunca. Os que jogavam quadribol, como Pandora, estavam duas vezes mais insanos, desesperados para fazer tudo dar certo e no mínimo levar a Taça das Casas. Ela estava nervosa, já que no ano anterior a grande ganhadora foi a Grifinória e naquele ano, tudo deveria ser perfeito para ela. Morgana, sua melhor amiga, estava ansiosa por motivos distintos dos dela, suas preocupações eram reais. Tudo que fazia era perigoso, mesmo que fosse por amor e aquilo só deixava a situação ainda mais devastadora.
Além disso tudo, ela ainda estava cercada por dúvidas e a maior questão de todas: acabar com a aposta. Não importava mais o que Sirius pudesse dizer, o mais importante era Remus não estar envolvido naquilo.
Decidiu-se ao levantar naquele dia que finalmente falaria com Sirius, pensou em trancar-se em uma salinha vazia com ele, mas seria perigoso demais. A melhor opção foi esperar um momento em que estivessem juntos, mas com a presença de seus amigos, assim não poderiam brigar ou se beijar, nunca sabiam quando as duas coisas poderiam acontecer.
Após o treino de quadribol com o time da Sonserina, Pandora tomou um banho quente — ela aprendeu com o erro passado — e partiu para Hogsmeade, onde seus amigos estariam esperando. Sabia claramente que Peter não estaria entre eles, já que agora suas preocupações eram outras e envolviam coisas das quais ela nem poderia mencionar, fazendo-a questionar se deveria ou não tentar conter aquilo naquele momento. Caminhou sozinha, ouvindo o som dos próprios passos contra o chão gelado.
Morgana e James estavam lá, sentados no chão e abraçados como ela e Sirius já estiveram, com aquela intimidade de um casal de namorados. Eles a cumprimentaram com educação e sorrisos no rosto, mas estava claro que Morgie não estava nada bem, havia coisas demais em sua cabeça. Às vezes Dora desejava que fossem todos trouxas em uma escola comum, onde não precisassem se preocupar com nada além de questões da vida adolescente.
— Pensei que não viria. — comentou a loira. — Já que estava treinando.
— Decidi vir, precisava relaxar a cabeça.
O que ela menos estava fazendo era relaxar.
Estavam parados na frente da Casa dos Gritos, o lugar mais "assustador" de Hogwarts, tinha sido construída há alguns anos e apenas aqueles que mereciam sabiam exatamente porquê.
Ela encarou Sirius, que estava sentado no chão também, mas longe do casal e fingia ler um livro do qual ela não identificou a capa. Os cabelos bagunçados dele brilhavam como sempre, da mesma forma que seus olhos tinham uma luz sem explicação.
— Vou dar uma olhada na Casa. — avisou.
Apenas alguns passos foram suficientes para levá-la até o local, não estava caindo aos pedaços da maneira que ela imaginava, mas ainda assim parecia velho. Entrou, pisando no chão de madeira e ouvindo barulhos em cada passo que dava. Quando ouviu mais passos atrás dos dela, percebeu que a hora havia chegado.
E tudo começou na Casa dos Gritos.
Sirius estava vestindo um suéter vermelho escuro, calças que obviamente eram de um material caro e tênis all star como os que ela tinha, ficava bonito de qualquer maneira. Ela ainda estava virada de costas quando ele começou a falar.
— Espero que você esteja melhor. — ele disse.
— Melhor?
— Do resfriado.
— Ah, claro. Estou sim, obrigada por aquele dia. — respondeu.
Ele gostou de saber que, de alguma maneira, havia ajudado.
— Me diga o que está incomodando você, então.
Virou-se para ele com rapidez, desde quando ela era ainda tão fácil de adivinhar? Ou talvez fosse o fato de que Sirius a conhecia cada vez mais.
— Precisamos dar um fim na merda que fizemos. — largou as palavras.
Ele quase suspirou aliviado quando ela disse isso. Era mais do que óbvio que também estava arrependido daquilo.
— Graças ao bom Merlin. — ele respondeu.
Pandora deixou que ele se aproximasse, mesmo que apenas alguns centímetros já fossem o suficiente para que ela não conseguisse se segurar. Ele era magnético.
— Para ser sincero, eu me arrependi no mesmo em instante que apostamos. — confessou. — Mas eu não queria dar o braço a torcer, era você.
Talvez ele nunca tivesse sido tão sincero com ela.
— Eu?
— Não é só você quem se importa o suficiente para tentar provar alguma coisa. — disse. — Eu fui o maior dos idiotas porquê precisava mostrar que era melhor.
— Sirius...
— É verdade! Eu só não esperava que você seria melhor até em concordar que estávamos errados.
Ela estava sem palavras, era como se quisesse continuar escutando as confissões de Sirius. Ele apenas ergueu a mão para ela, os dedos avermelhados esperaram que fossem tocados.
— Eu, Sirius, retiro o que disse e a aposta que fiz com você, Pandora. — falou.
Dora apertou a mão dele de volta. Uma sensação estranha a invadiu quando os olhos dele foram de encontro ao dela, selando finalmente um tipo de paz que os dois queriam fazer durar. Sirius Black poderia parecer durão com aquela pose toda, mas virava uma gelatina quando se tratava dela.
— Eu também, Sirius. — respondeu. — Acabou tudo isso, fim.
E a aposta estava acabada. Talvez eles dois também.
No entanto, por mais que tivesse chegado ao fim, ambos não conseguiram manter suas bocas fechadas, como sempre.
— Que bom que acabamos, eu não gostaria de te ver decepcionada.
— Decepcionada? — ela franziu o cenho. — Por quê?
— Porquê eu teria ganhado.
Ela quase riu.
— O que?
— Eu o beijei. Teria ganhado.
— Quando você o beijou?
— Naquela festa da Sala Precisa que nós fomos juntos. — contou. — Eu deveria ter contado.
— Espera...
— Eu sei que não deveria ter mantido em segredo...
— Depois daquela festa? — repetiu.
Pandora mordeu as bochechas para não rir.
— Sim? — respondeu, receoso.
— Caramba, Sirius... — ela riu.
— O que?
— Eu ganhei. — falou.
— Não... eu o beijei. — ele pontuou. — V-você também? Quando?
— Quando eu descobri sobre vocês e as noites de lua cheia.
Sirius uniu as sobrancelhas.
— Há tanto tempo assim?
— Sim.
— E você não me contou?
— Ah! Você também não me contou quando beijou ele, Sirius.
— Sim, eu achei injusto o que estávamos fazendo com ele.
— É claro que era injusto, mas por que não disse? Pensei que a primeira coisa que faria seria se gabar. — ela perguntou.
— Porquê eu estava confuso, com ele, com você.
— De qualquer forma, está acabado. — Pandora disse.
— Antes isso do que você ganhando e jogando na minha cara todos os dias do resto das nossas vidas. — Sirius ironizou.
— Maldito.
— Megera.
Foi naquele instante que ouviram um pigarro atrás dos dois. Remus estava ali, parado no batente envelhecido da porta, os olhos atentos cuidando as feições dos outros dois presentes e tentando não rir alto de suas reações. Seus braços cruzados poderiam demonstrar raiva, ou que ele estava bravo demais para sequer ouvir o que os dois haviam falado segundos atrás. No entanto, foi o sorriso em seu rosto que denunciou sua tranquilidade, ele não estava irritado, mas sim achando tudo aquilo hilário. Pandora arregalou os olhos castanhos como se fossem saltar para fora e foi Sirius quem quase caiu para trás ao vê-lo.
— Já acabaram?
— R-remus... — ela sussurrou.
— Olha, nós podemos explicar. — Sirius justificou.
— Não quero explicação nenhuma. — Remus respondeu.
Ambos já estavam se preparando internamente para pedir milhões de desculpas e deixar bem claro que estavam extremamente arrependidos do que fizeram. Ele poderia não entender, mas os dois tentariam explicar. De qualquer forma, iriam se arrepender para sempre de tê-lo colado naquela posição.
Eles só não esperavam que Remus fosse tão maroto quanto era.
— Quero meu prêmio. — disse.
Ficaram em pleno silêncio.
— Eu ganhei a aposta.
Não poderiam estar mais confusos.
— Do que você está falando? — ela arriscou questionar.
— Da aposta dos idiotas. — falou ele. — Quem me beijasse primeiro ganhava sei lá o quê.
— Nós não... — Sirius ainda estava tentando fingir.
— Vocês fizeram sim. E eu ganhei.
— O que? — Dora e Six falaram ao mesmo tempo.
— Eu os beijei primeiro.
E tudo fez sentido, naquele dia fora ele quem tomou a iniciativa com ela, assim como fizera com Sirius. Remus estava os pregando uma peça desde o começo.
— Como descobriu?
Ele revirou os olhos.
— Não foi tão difícil, vocês são insanamente óbvios. — debochou. — E é claro que eu não poderia ficar quieto, não planejei quando iria acontecer, mas sabia que beijaria os dois primeiro.
Sirius semicerrou os olhos.
— Além do mais, foi revigorante ver os dois tentando negar o que haviam feito... acho que nunca me diverti tanto com vocês dois. — sorriu. — Vocês quase desmaiavam toda vez que eu chegava perto e que os deuses me perdoem, mas eu queria vê-los caírem duros no chão.
Ambos sabiam que mereciam aquilo.
— Fiquei bravo no começo e depois entendi que brincar com os dois era muito melhor do que não fazer nada. — disse. — Vocês são insaciáveis e magnéticos, de certa forma foi incrível observar os dois.
Pandora riu.
— Então você gostou de ficar de olho na gente, Remus? — ela questionou. — Uma pena que tudo tenha sido uma mentira planejada por sua mente esperta.
— Não disse isso.
Quando ela chegou mais perto do garoto mais alto, Sirius pareceu entender o que Pandora tinha em mente e sorriu de canto.
— Está assumindo que gostou? — Six provocou.
— Esse não era o assunto da nossa conversa.
— Ah, que pena. — Dora lamentou. — Nós podíamos nos divertir tanto.
Remus engoliu em seco.
— Uma pena, Dora. — Sirius concordou.
Pandora estava prestes a caminhar pra trás, sabendo que não fariam nada se Remus não fizesse questão.
— E quem sabe uma última vez? — o próprio sugeriu.
Remus deu a faísca de fogo para que os três queimassem.
Pandora deu olhada rápida para Sirius, que estava atrás de si e voltou seu olhar para Remus.
— Trato feito, Lupin.
Os três estavam tão perto que era quase como se tivessem formado uma bolha em que apenas eles poderiam ver e falar, onde nada do lado de fora importava mais. Pandora, que estava virada de frente para Remus, deu um passo curto até ele, seus olhos atentos nos dele enquanto umedecia os lábios avermelhados. Guiou primeiramente uma mão trêmula até os ombros dele, que subiu de forma lenta até o pescoço nú, fazendo-a sentir a pele quente dele e os resquícios de cicatrizes das quais ela sabia a proveniência. O polegar dela tocou os lábios dele com delicadeza, ao mesmo tempo que segurava seu rosto, ela se aproximou ainda mais e o quase beijou.
— Droga, você é tão bonito... — ela sussurrou.
Remus tremulou ao sentir o hálito quente dela tão perto de seu rosto e encarou Sirius, que estava atrás dela e o chamou para perto apenas com o olhar, como se fosse assim tão fácil de se comunicar. Sirius o fez, chegou cada vez mais perto, as mãos rápidas passeando pelas costas da garota por debaixo da blusa junto das de Remus. Finalmente, os lábios se tocaram com fervor ao mesmo tempo que Dora sentia as mãos passearem em seu corpo como se ambos a conhecessem tão bem, mesmo que Sirius parecesse a conhecer melhor. Ele sabia exatamente onde tocar, quase guiava os braços de Remus dos quais tocava constantemente.
Subiu seus toques lentamente, os dedos tocando com leveza as madeixas escuras dela, Sirius afastou-as do pescoço e mordeu o lábio, como se tivesse encontrado a visão perfeita, com várias idéias em sua cabeça. Percebeu o arrepio que invadiu Dora quando ele depositou o primeiro beijo na pele livre, perto do maxilar, então mais para baixo e apertou suas mãos na cintura dela, que de um lado estava coberta pela mão de Remus, friccionando ainda mais seus corpos. Pele roçando em pele. Pandora quase ficou em ar, a sensação de estar entre os dois era de tirar o fôlego completamente, ainda mais quando o mais alto fazia questão de mantê-la colada aos seus lábios.
Sirius deixou sua atenção localizada no pescoço dela, primeiro com os beijos delicados, depois arrastando-os na região e chupando, mas não forte o suficiente para deixar marcas, não sabia se Dora gostaria delas. As bocas dela e de Remus se separaram apenas para que facilitasse a aproximação dos dois com Sirius. Ainda entre eles, sentiu as mãos ao redor dela se apertarem, ambos querendo tocar um ao outro, mas ainda senti-la ali. Dora, com apenas uma leve movimentação para o lado, conseguiu ver Sirius e Remus dividirem o mesmo ar, tão perto um do outro que era até o injusto que não estivessem se tocando.
Remus segurou o rosto de Sirius com a mão, como se precisasse confirmar que aquilo era mesmo real e beijou a bochecha dele, que imediatamente ficou vermelha. Beijou então o canto de seu lábio, naquela região em que ele tinha uma pequena covinha quando ria muito alto, que só aparecia para aqueles que merecessem ouvir sua risada. Beijou-o com seus lábios carnudos, primeiro um selinho de alguém que estava experimentando o que fazer e que foi mudando para algo mais, um beijo de verdade. Tão desesperados que o ar quase faltava, seguravam o corpo de Dora como se ela os unisse, enquanto estava tão anestesiada com a situação que a única reação foi encostar os lábios na clavícula delineada de Remus. Ela segurou o pescoço dele com os dedos espaçados, como se quisesse tocá-lo por inteiro, ouviu-o suspirar entre o beijo por conta daquilo.
Então, finalmente, Pandora foi virada para Sirius, peito com peito, olhos nos olhos e tudo praticamente parou e ela quase conseguia ouvir uma música tocando. Ela ainda sentia as mãos de Remus a tocando por baixo da blusa, segurando-a na cintura e apertando os dedos ali, mas sua atenção havia sido tomada pelo garoto em sua frente, os lábios dele, o cabelo dele, tudo nele. Não chegou desesperada perto do rosto dele como fez com Remus, nem deixou que ele viesse até ela, ambos agiram como se soubessem exatamente o que queriam e juntos chegaram até os lábios do outro. E por Merlin, Pandora desejava que aquilo não fosse tão bom, que não gostasse tanto de algo que era enloquecedor.
Não queria gostar mais de Sirius, desejar que ele a beijasse sem parar.
Talvez poderiam ousar dizer que eles simplesmente se encaixavam, o beijo era sempre perfeito, desde o primeiro. Sirius roçou a boca contra a dela, ambos suspirando juntos e pedindo por mais, seus olhos fechando em segundos que mais pareciam horas e o beijo que chegou no momento certo. As línguas se tocaram lentamente e explorando cada parte, Dora sabia que se estivesse com os olhos abertos com toda certeza os reviraria com a sensação, aquilo tudo era sobre carinho e faziam parecer que era tão fácil. Ela percebeu que nunca teria aquilo com Remus, por mais que fosse injusto, mas era realidade. Poderia amá-lo e com certeza o faria com a maior facilidade, mas a paixão dentro dela vibrava por outra pessoa.
Nem imaginava que Sirius sentia o mesmo por ela, tudo aquilo que guardava dentro de sua cabeça e o consumia todos os dias. Pandora não sabia tudo que ele pensava, nunca o viu suspirar quando ela passava, ou em todos os momentos em que o garoto parou tudo o que estava fazendo apenas para pensar no que falaria para ela quando tivesse a chance. E, claro, não fazia nem ideia de que agora as visitas de Sirius à biblioteca envolviam livros para aprender a língua dela, ou que os seus irmãos o estavam ajudando naquilo.
Era estonteante demais para Remus olhar aquela cena, como se ele pudesse sentir o que saía deles, a raiva transformada em desejo. Eles irradiavam aquela paixão enfurecida. A única coisa que ele fez foi rir. Pandora e Sirius se separaram no exato momento em que ouviram a risada.
— E os dois ainda dizem que se odeiam. — disse.
Remus deu alguns passos para trás, tentando ajeitar os cabelos bagunçados.
— O que? — Pandora falou baixinho, ainda meio tonta.
— Vocês... não sei explicar. — ele respondeu.
Talvez aquela tivesse sido a única vez que Pandora viu Remus sem palavras.
Decidiram que o melhor era sair dali antes que voltassem a se beijar loucamente numa casa que poderia cair aos pedaços em qualquer momento. Ambos ainda ajeitando as roupas amassadas quando passaram pela porta, Dora passou os dedos por entre os fios de cabelo e fingiu que estava prestando atenção em qualquer outra coisa que não sua melhor amiga quase gargalhar ao vê-los saindo daquela maneira.
— Casa dos Gritos, não é? — James debochou. — Nome genial.
— Pontas... — Sirius começou a falar.
Pandora se sentiu culpada ao achar aqueles apelidos tão geniais.
— Estávamos... — Remus pigarreou. — Estávamos estudando?
A frase soou mais como uma pergunta. Dora tossiu falsamente.
— Estudando, sim, estudando. — Pandora concordou. — Mas, mudando de assunto, você não parece nada bem, Morgie. Vem, você precisa de um abraço de irmã e depois de uns docinhos da Dedos de Mel. Vamos pegar um bombom-da-bruxa.
Para mudar logo de assunto, Pandora ajudou a amiga a se levantar e a abraçou de lado, enquanto caminhavam à frente do grupo de meninos, os quais deveriam ficar distantes para não serem vistos juntos e isso já estava dando nos nervos de todos. Dora sabia que sua melhor amiga desejava profundamente poder amar James sem medo. Atrás delas, os que sobraram continuaram conversando.
— Ela estava chorando, eu sei. — falou Sirius. — Eu sei como ela se sente. Mas imagino que possa ser pior, meus pais não me obrigaram a casar.
— Precisamos ajudar ela, fazer algo, eu não sei. — James suspirou pesadamente. — Ela não merece o destino que vai ter, ela não merece sofrer desse jeito.
— É, meu amigo, acho que você gosta mesmo dela. — Remus sorriu. — Vamos ajudá-la, podemos tentar algo, qualquer coisa.
— Vamos protegê-la, se você achar que ela precisa de proteção. — contou o Black. — Se você realmente amar ela, Jamie, eu vou amá-la também, ela será minha irmã como você é. E nós não abandonamos uns aos outros. Se ela for a garota, então faremos tudo que for preciso para mantê-la ao seu lado.
James sorriu de lado e abraçou os amigos fortemente, agradecendo-lhes pelas palavras e o apoio, soube naquele momento que poderia contar com todos seus amigos.
— E não vão me contar o que aconteceu na Casa? — ele brincou.
— Não aconteceu nada. — Sirius disfarçou.
As duas continuaram caminhando mais distantes.
— Bom, então vamos comprar toda a loja para você, o que quiser! — berrou Pandora. — Vou querer umas varinhas de alcaçuz, aquelas que sempre compramos, acho que podemos dividir com Se...
Ela mesma se interrompeu, ao lembrar-se que Severus Snape não era mais amigo delas e estava nesse instante provando alguns docinhos dentro da loja com seus novos amigos. Amigos Comensais da Morte. Ele claramente notou a presença das duas garotas quando ambas passaram por ele à caminho das varinhas de alcaçuz, as quais ele observou com certa tristeza fria. Pandora nem sabia se ele poderia sentir algo além de egoísmo.
— Morgana Bouveair! — riu Malfoy, que estava ao lado de Severus. — Sabe, o Snape aqui me contou coisas incríveis sobre você! Ah, ops, era segredo!
Ele gargalhou, chamando a atenção de outros alunos, como Charlie, que caminhou de prontidão até Morgana. Pandora apertou o braço da amiga contra si.
— Algum problema? — perguntou o Monarch.
— Não, não, nenhum! — sorriu o loiro. — Sabe, Charlie, agora eu sei porquê você e ela vão se casar. É tudo sobre política, não é? Esconder coisas de seus superiores... Morgana Monarch... gostei. Boa sorte com a bomba.
Pandora não entendeu. Aquele merdinha falava em parábolas.
— Do que está falando, Lucius? — Morgana questionou.
— Ah, querida Morgana, você descobrirá!
— Acho que a sua namoradinha está muito sozinha nas ruas, melhor você correr ou ela pode acabar encontrando um namorado melhor, Malfoy. — Dora disse.
Quando saíram da loja dividindo um bombom, não poderiam nem imaginar que os momentos de paz estavam sumindo, mesmo que sentissem algo sufocando-as aos poucos.
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