Capítulo 11
Pov: Bradley.
Abri meus olhos, deixando o sono se dissipar gradualmente, como a luz do sol que invade o quarto entre as cortinas, o local estava em uma meia luz confortável para os olhos. Sinto o calor ao meu lado e me deparo com Atlas, ainda adormecida, sua figura delicada descansando serenamente em um sono profundo. Um sorriso involuntário se forma em meus lábios ao perceber o quão linda ela é nestes momentos, completamente apaixonante.
Ela está deitada de costas, os cabelos curtos estavam um pouco bagunçados, os fios finos e suaves no castanho mais intenso que já vi. O sol destaca cada detalhe de seu pescoço fino e elegante, enquanto desejava o calor da sua pele.
O perfume dela preenche o ar, amêndoas, pêssego com jasmim. Fecho os olhos por um instante, absorvendo o aroma que muitas vezes era um vício desde que nos encontramos pela primeira vez, respirando fundo e enchendo meus pulmões com o que provavelmente seria o aroma do paraíso.
Minha mão desliza suavemente por suas costas, sobre as cicatrizes de onde havia uma enorme queimadura, cobrindo pelo menos 30% de sua pele. O amor que sinto por ela chega a doer em meu peito enquanto traço cada linha delicadamente até onde se escondia debaixo dos lençóis.
Observo cada detalhe, cada curva que a torna única, e meu coração transborda somente em pensar de compartilhar a vida com alguém tão emblemático, cheio de camadas, sobrevivente em uma idade tão jovem.
Ainda preso entre o sono e a vigília, me aproximo, pressionando um beijo suave em sua nuca. Seu cheiro envolve meus sentidos, e não consigo evitar sussurrar palavras de amor, como se fossem um segredo apenas para ela ouvir.
Cada dia que passava, seu jeito delicado, feminino era explorado quando estávamos juntos, porém conhecia sua força física dentro das ordens dos nossos superiores, aquela dupla Natalie me deixava encantado.
Eu desejava que aquele momento jamais acabasse, que o mundo poderia explodir e nada aconteceria se eu estivesse ao lado dela. A calmaria que minha alma tanto procurava estava ao meu lado há dez anos e somente percebi quando ela foi tirada de mim, quando a machucaram e tentaram anular totalmente seu ser.
Meus braços rodearam seu corpo, trazendo-a para mais perto de mim, estávamos apenas de roupas íntimas para dormir devido ao clima fora de casa, porém dentro era fresco e agradável. Seus cabelos tinham uma fragrância similar, porém um pouco mais leve, tudo nela me deixava anestesiado.
Aos poucos, sinto seu corpo se aconchegar ao meu, logo mais despertando, respirando fundo e rindo suavemente devido a situação. Seu corpo se virou para ficar de frente ao meu, retribuindo o abraço, acompanhado de beijos em meu pescoço.
– Queria ficar assim contigo para sempre – Sussurro, apertando um pouco mais o abraço.
– Eu também –.
– Podemos fazer várias coisas hoje, caso você queira. Podemos andar na praia, passear de carro, ir em algum lugar legal ou até mesmo jantar num restaurante romântico – Me viro na cama, deixando-a por cima de mim, acariciando seu corpo por debaixo das cobertas.
– Eu só quero ficar com você, nem que seja observar a tinta secar na parede – Seu sorriso meigo me derreteu o coração.
Logo nossos lábios se encontraram, de modo lento e apaixonado, nossas línguas dançavam suavemente durante o beijo. Aos poucos evoluíram para algo quente, minhas mãos percorriam por seu corpo ao mesmo tempo, descendo por suas costas, segurando seus cabelos e pressionando seu corpo mais ao meu.
Seus lábios se afastaram dos meus, ainda ofegante e partindo para meu pescoço, suas mãos finas me provocavam arrepios ao percorrer as laterais de meu corpo com delicadeza e presença.
Eis que ela para, me olhando nos olhos, eu conseguia ver malícia por trás de sua timidez, com um sorriso meigo que fora a fagulha de desejo capaz de causar um enorme incêndio. Logo ela se sentou em meu colo e colocando uma mão em meus olhos, me impedindo de ver seu corpo seminu.
– Isso é covardia, me privar de te ver – Minhas mãos seguraram seus quadris, sentindo o tecido macio de sua peça íntima.
– Ainda sinto uma certa vergonha, tudo bem que nós... – Ela fez uma pausa e com certeza suas bochechas estavam coradas – Você me entendeu –.
– Eu te acho a mulher mais linda de todo o mundo, não serão cicatrizes, feridas, manchas e nada disto que vai mudar. Não precisa sentir vergonha – Uma de minhas mãos delicadamente trilham um caminho, passando por seu umbigo, as leves ondulações de seu abdômen até chegar próximo de seus seios, sem tocá-los, porém, sentia seus pelinhos arrepiarem.
Seu corpo estremeceu levemente, me fazendo sorrir de canto e logo estou sentado na cama, abraçando sua cintura e apoiando meu rosto em seu peito, descendo meus dedos por suas costas. Ela logo descobre meus olhos e apoiou seus braços em meus ombros, aquele rosto feminino e delicado deixava meus dias cada vez mais lindos.
– De fato, você é linda, de perto, ao vivo e em cores chega a ser surreal –.
Ela sorri novamente, suas bochechas ruborizadas lhe deixavam mais feminina, adorável em sua simplicidade.
– O amor que eu sinto por você chega a arder meu peito, me deixa formigando – Ela sussurra, passando seus dedos por meus cabelos, seus olhinhos brilhantes eram hipnotizantes.
– Este amor me deixa nas alturas, anestesiado, me faz querer passar o resto de minha vida contigo –.
Sua risada era melodiosa e meiga. Me deixando cada vez mais apaixonado a cada segundo que se passava.
– Tenho uma surpresa para você – Me recordei.
– O que é? –.
– Venha, vou te mostrar.
Nos levantamos da cama, ela vestiu uma de minhas camisetas enquanto coloquei uma bermuda com uma regata, logo cobri seus olhos e fui direcionando o caminho até outro cômodo perto do quarto. Lhe instruir a permanecer assim, enquanto eu pegava um pequeno buque de tulipas com margaridas de adorno, além de uma pequena caixinha aveludada.
– Abra os olhos –.
Assim ela fez, iluminando seu olhar e sorrido como uma criança ao ver as flores. Delicadamente eu as entrego, o buquê era grande o suficiente para abraçar com um braço, porém ela ainda não havia percebido a caixinha em minha mão. Estava deslumbrada e sentindo o aroma das flores.
– Natalie – Eu murmurei suavemente, sentindo um nó se formar em minha garganta – Eu queria fazer isso de uma maneira especial, algo que marcasse o início de um novo capítulo para nós –.
Ela sorriu, um sorriso que era como o próprio sol iluminando minha vida.
Abri a caixinha, revelando duas alianças finas e douradas. Eram simples, mas eu sabia que elas carregavam o peso de promessas e sonhos compartilhados.
– Essas são para nós, para oficializar o nosso namoro de uma maneira mais formal – Expliquei, minha voz embargada pela emoção contida – Até que eu tenha coragem o suficiente para fazer a próxima pergunta –.
Seus olhos se arregalaram com surpresa, e uma felicidade genuína se espalhou por seu rosto. Ela pegou uma das alianças, examinando-a com carinho.
– Oficializar o namoro? – Ela perguntou, um brilho de diversão em seus olhos.
– Sim – Respondi, sorrindo – Quero ter a honra de chamar você de minha namorada de uma maneira mais oficial. Eu imaginei essa aliança no seu dedo há tempos antes de comprar –.
Ela riu, um som que era a própria melodia da felicidade.
Segurei sua mão, deslizando a aliança delicada em seu dedo, antes de colocar a minha própria. Olhamos um nos olhos do outro, nossas mãos unidas como uma promessa silenciosa de amor e comprometimento.
– Isso é só o começo, ainda terei o prazer de te chamar de "esposa" daqui alguns tempos. Por enquanto, minha namorada é o Atlas de minha vida, um rumo para quem voltar –Sussurrei
Ainda de pijama, segurando tulipas e margaridas, mas, naquele instante, estávamos também envolvidos por algo maior, algo que transcendia as formalidades da profissão e mergulhava no cerne do que era verdadeiro e belo em nosso relacionamento. Lutos e culpa não nos afastariam com facilidade.
Pov: Autora.
A tarde na praia se desdobrava como uma pintura perfeita. O sol derramava seus raios dourados sobre a areia, enquanto a brisa marinha dançava suavemente, criando uma sinfonia de tranquilidade e alegria. Bradley e Natalie estavam imersos em sua própria bolha de felicidade, aproveitando cada momento que o dia ensolarado lhes proporcionava.
Os dois estavam descalços na areia, com pranchas de surf sob os braços. Riam enquanto caminhavam em direção às ondas, ansiosos pela emoção que aguardava. Bradley, com sua energia contagiante, lançou a prancha na água, encorajando Natalie a fazer o mesmo. Juntos, eles surfaram pelas ondas, compartilhando risadas e abraços em meio às águas salgadas.
A diversão não parava por aí. Uma bola de praia começou a voar de um lado para o outro, enquanto eles disputavam uma animada partida de vôlei improvisada. Cada mergulho na areia, cada risada compartilhada, alimentava a atmosfera descontraída que os envolvia.
À medida que a tarde avançava, Bradley e Natalie encontraram um lugar tranquilo na areia. Sob a luz dourada do entardecer, eles se entregaram a momentos mais íntimos, compartilhando beijos suaves e algumas cervejas, deixando-os mais alegrinhos e descontraídos.
O sol mergulhava lentamente no horizonte, tingindo o céu com tons alaranjados e rosados. O calor do dia foi substituído pela suave brisa noturna ainda com seu calor marcante. De mãos dadas, eles caminharam ao longo da praia, traçando seus passos nas pegadas deixadas pela maré. A lua começava a surgir no céu, iluminando a praia com seu brilho prateado.
A noite caía, mas a diversão continuava. Sentaram-se em uma manta estendida na areia, observando as estrelas enquanto compartilhavam mais histórias e sonhos. O som das ondas servia com trilha sonora.
Na luz do sol, poderíamos adicionar músicas animadas, como Bruno Mars em seus ritmos dançantes e cantantes, que fazem o peito explodir de tanta felicidade, porém durante a noite passava para um jazz mais lento para se dançar abraçado, até mesmo chegar ao ponto de as roupas estarem jogadas pelo chão do quarto e os lençóis estarem desarrumados na cama com corpos suados. Era o equilíbrio perfeito.
Logo os dois foram embora, de mãos dadas até o alojamento de Bradley, onde limparam a areia dos corpos com a água da mangueira, logo entrando na casa e partindo direto para o chuveiro, onde os dois simplesmente se lavaram sem nenhuma investida. Por enquanto.
No quarto, Bradley relaxava vestindo apenas uma bermuda, enquanto Natalie ainda de toalha olha para ele, com as sobrancelhas erguidas, esperava que ele notasse.
– O que está acontecendo? – Ele perguntou, desviando sua atenção para ela.
– Não entendi... – Natalie cruzou os braços ao peito, um sorriso malicioso acompanhando suas palavras, olhando para sua bermuda e ele logo percebeu do que se tratava
Ele a deitou suavemente na cama, explorando seu corpo com beijos e mordidas leves e deixando marcas sutis em sua pele, arrancando dela risadas e suspiros apaixonados.
– Da próxima vez, me avise com antecedência, assim nem as roupas eu coloco – Ele parou por um momento, piscando para ela, antes de descer os beijos até ficar com seu rosto entre as pernas dela, jogando de lado a toalha de banho ainda úmida.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top