Emboscada


-Você parece estar um pouco nervosa hoje [Nome] – Haibara disse enquanto estávamos treinando nos campos da escola, não tínhamos nenhuma missão programada então aproveitamos o tempo "extra". Nanami também estava por perto, aguardando o vencedor para que ele pudesse treinar.

Pulei pra trás desviando do ataque que Yu fez e em seguida mirei pelas pernas, num movimento rápido tirei seu equilíbrio e o imobilizei no chão.

-Não estou nervosa – apliquei um mata-leão nele, enquanto virava e passava minhas pernas pela sua cintura evitando que ele pudesse contra-atacar – Definitivamente não é por conta de um idiota alto com um ego estratosférico.


-Não – Gojo disse mesmo depois da minha "sugestão" o garoto sustentou o meu olhar antes de se virar para ir embora – Posso dar permissão para Akio-san entrar na biblioteca do meu clã mas não espere que eu te acompanhe.


-Você vai matar Haibara – Nanami comentou apontando na minha direção e só então percebi que ele estava batendo no meu braço me pedindo para que eu o largasse.

-Yu! – soltei imediatamente, tirei os braços de volta dele e senti que seu corpo estava mole - Haibara?

Ele tossiu e eu respirei aliviada, preciso me controlar melhor, ajudei ele a se sentar e mantive a mão em suas costas – Desculpe, talvez eu realmente esteja com ressentimentos a um certo alguém.

O meu colega colocou a mão na lateral no corpo, mas antes que pudesse falar alguma coisa Nanami interrompeu.

-Um civil? O que ele está fazendo aqui?

Olhei para a direção que o rosto dele estava e reparei numa figura andando, não parecia ser ninguém da escola. Ele andava devagar e quase cambaleando segurando firmemente os braços na região do estômago.

-Desculpe, mas você não p-

A familiar sensação de mudança no ar me atingiu e num segundo uma maldição enorme rasgou o ser humano ao meio e avançou na nossa direção, usei as minhas linhas para me puxar e levar os outros dois garotos para o telhado mais próximo colocando alguma distância entre nós.

-Alguém manipulou o civil para trazer a maldição pra dentro – falei vendo que se que não tivesse reagido a tempo estaríamos com problemas – Deve ter sido um trabalho de mestre de maldições ou uma maldição do tipo parasita, mas o porquê de atacar assim de repente que é a grande questão.

Olhei em volta tentando descobrir se existia alguém por perto, no canto no meu olho reparei um flash de movimento.

-Atrás das árvores, não é? – Nanami perguntou e eu concordei – Um mestre de maldições que precisa de contato visual.

- Precisamos nos livrar desse bicho e dar um jeito de o capturar. Além de avisar os professores, Haibara corra até o prédio principal e avise alguém. Eu e Nanami vamos resolver isso.

-Mas – ele começou a falar e eu interrompi.

-Como está sua costela? – perguntei – Era sobre isso que você ia falar antes não é?

Ele ficou em silêncio indicando que eu estava certa.

-Haibara – Nanami chamou tirando a espada das costas – Vá.

Ele balançou a cabeça e correu na direção do prédio principal.

A maldição assim como a maioria era só um amontoado de carne podre com uma boca cheia de dentes afiados, se eu tivesse que comparar com alguma coisa, seria com um lagarto realmente nojento.

Ele girou o rabo acertando a casa que estávamos e nós pulamos para evitar o ataque, Nanami e eu já tínhamos trabalhado juntos por tempo o suficiente então não era difícil prever o movimento um do outro.

Pulei para o chão servindo de isca enquanto Nanami preparava a técnica dele para impedir a movimentação do alvo. O bicho rugiu na minha direção e avançou desesperadamente, mas era quase fácil desviar afinal ele era grande e burro.

Esperei que o garoto me desse o sinal e levei a maldição direto pra o loiro, o garoto golpeou o bicho provavelmente em algum ponto que deveria ser sua coluna e em seguida usei as minhas linhas cortantes para enrolar a maldição.


Julgamento de Aisa


A criatura se desfez em pedaços finalizando o exorcismo.

-Nanami não temos tempo a perder, vamos – me coloquei a correr ao lado dele na direção da pequena floresta que circulava a escola. Claro que estávamos em desvantagem afinal era exatamente o tipo de coisa que o mestre de maldições deveria estar esperando, mas se ele consegui colocar maldições pra dentro da escola porque apenas uma e principalmente uma relativamente fraca...

Um disparo, era uma emboscada.

-Cuidado! – puxei chrono para diminuir a velocidade da bala e empurrei Nanami. O tiro acertou na árvore atrás de nós, era uma situação potencialmente problemática porque não conseguíamos ver da onde os tiros estavam vindo e estávamos exatamente onde ele queriam.

Com certeza o mestre de maldições foi apenas uma isca, franzi meu cenho isso não era trabalho de uma pessoa comum.

-Nanami volte para a escola – falei – Não vou conseguir ficar de olho em você aqui.

-Do que você está falando – ele me questionou fazendo uma careta.

-Não estamos lidando com apenas maldições e sim com humanos – virei meu rosto pra ele – Vamos ser-

Novamente tiros vieram de todos os lugares, Dádiva das Moiras. Assim como no dia que eu lutei com Koji criei um círculo onde o tempo não passava impedindo que nós dois fossemos alvejados.

-Como... – Nanami começou a falar, mas deixou que morresse no ar assim que levantei a minha mão fazendo um gesto de silêncio.

Desviei o olhar para as árvores, algumas palmas soaram – Quem diria... Grande [Nome] Kismet escondida num lugar como esse – passos indicavam que quem quer que fosse estava se aproximando, mas era apenas um. Os demais atiradores deveriam estar parados – No fim aquele imbecil do Telles se recusou a falar e não adiantou nada, aqui está na minha frente a princesa do tempo.

Senti a bile vir na minha boca – O que você fez com o vice-diretor?

-Hum? – o dono da voz ainda estava se escondendo nas sombras então eu só conseguia supor sua localização baseada no som – Eu bati, tirei todos os seus dentes com um alicate, arranquei suas unhas... O que mais, fizemos tanta coisa. Digamos que demos um tratamento completo de tortura pra ele. O melhor serviço possível!

O jeito animado que a pessoa falava me enojava como se aquilo fosse algo bom, claramente alguém com uma perspectiva de vida distorcida.

Uma figura alta surgiu das sombras, um homem. Seus cabelos eram escuros e estavam cuidadosamente penteados para trás seus olhos pareciam ter um brilho roxo e no rosto um sorriso doentio. Pelo uniforme eu pude reconhecer, ele era da organização que havia atacado o monastério. – Acredito que não nos conhecemos, mas você pode me chamar de Ryker, sou o novo primeiro comandante da Gaia recebi a especial missão de te recuperar.

Ele era novo demais para estar num cargo como aquele, ou ele era extremamente poderoso, ou extremamente importante.

-Depois de termos perdido vocês e os outros no ataque ao monastério, digamos que sofremos mudanças severas no modo em que operamos. – ele colocou a mão no pescoço – Ah, você não sabe como estou feliz de finalmente ter te encontrado, até que esses idiotas do mercado de recompensas não são tão inúteis como eu pensei, tive sorte não acha?

-Agora que já brincamos bastante de esconde-esconde saia logo daí e venha comigo. – ele disse por fim juntando as mãos na frente do corpo.

-O que te faz pensar que de repente eu vou te acompanhar? – rebati.

Ele levantou a mão mostrando um controle com apenas um botão – Você me insulta achando que vim despreparado – ele pausou e levantou a cabeça como se estivesse pensando - Como é que vocês dizem por aqui, os honoríficos... Ah, lembrei – Ele voltou a me olhar - [Nome]-chan.

- Você não é uma criança, sabe como nossas armas funcionam – ele jogou o controle de uma mão para a outra - Então se você não quer que seus queridos companheiros sofram da mesma coisa que aconteceu na Grécia, saia dessa maldita bolha e me acompanhe.

-Ah e não pense em usar a sua técnica, se você mudar a sua área vai ser alvejada e morta instantaneamente junto com o seu colega e eu vou acabar com a escola do mesmo jeito – ele sorriu maleficamente fazendo com que um arrepio percorresse a minha espinha - A decisão é sua, vai vir comigo ou vai acabar com o sangue dos seus companheiros nas suas mãos de novo?

Olhei para o garoto atrás de mim – Nanami... Desculpe.




N/A: Yayyy, entramos no meu arco original, estou animada.

Vamos ver como as coisas vão se desenrolar, não sei se todos viram no meu perfil. Mas a programação de atualização desse livro é até 2 semanas.

O que isso significa? Que eu posso colocar um capítulo novo, toda semana ou acontecer de ser semana sim semana não.

Vejo vocês na próxima att.

Até, Xx!

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