Novo Capítulo 2

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ATUALMENTE

Fazia um sol infernal no dia da gravação externa do filme e, usando a roupa verde, a fim de colocarem digitalmente os efeitos de seu personagem, era algo terrível.

— Só mais uma tomada e terminaremos, Chris! — a assistente de produção avisa ao homem que, já entediado volta para sua cadeira.

Encontrando sua melhor amiga Scarlett Jones, alimentando o pequeno Samuel, o homem sorri e senta em seu lugar, tomando cuidado para não olhar na direção da amiga a fim de a dar alguma privacidade.

— Terminamos, Sam! — ela falou com o bebê atraindo a atenção do amigo.

Aquele pequeno era a coisa mais adorável do mundo e embora quisesse o encarar o dia inteiro, entendia de privacidade e sabia que a mãe dele não gostaria de ser observada enquanto amamentava o bebê que alegrava a todos no estúdio.

Em especial ele, que preferia ficar com Sam a ter que voltar para sua casa e lidar com as paredes grossas e mobílias que não tinham mais graça. Não depois que começou a ser encarregado de vigiar o bebê e o fazer sorrir quando chorava no set, a diversão principal de Chris até então.

Que apesar de vestir algo pesado e muito quente sentia-se deveras feliz, vendo o pequeno usando suas roupas todas combinando com seus sapatos, naquele dia vestido como um marinheiro.

— A próxima cena é sua... Não é? — perguntando a Scarlett recebe um aceno rápido.

O entregando o bebê, deixa o homem nervoso a princípio, mas tão logo que a mulher o instrui a mover-se e Chris a imita, o bebê logo começa a sorrir e por fim a mãe vai gravar. Até porque fazê-lo sorrir a distância era uma coisa, outra totalmente diferente era segurá-lo e manter o bebê feliz.

Uma tarefa que concluiu com sucesso, felizmente. Deixando o homem mais feliz que em muitos anos de atuação. Nem mesmo prêmios ou cenas conseguiam ser tão bons quanto aquela sensação em seu peito que se encheu de carinho e um calor que até então não sentiu antes.

— Você até que é maneiro, cara de joelho... — o ator brinca com o menino que continua a rir das caretas que ele fazia.

Esquecendo-se por completo do calor infernal, da roupa incômoda e das gravações do filme, Rogers continua a entreter o pequenino, se entretendo também, até que a mãe do bebê volta, o chamando e acabando com a felicidade dele.

— Aqui está, do jeito que veio. — Chris falando com a amiga recebe um olhar curioso dela.

Voltando a ninar o bebê, Scar anda de um lado a outro do estúdio e com isso, Rogers logo conclui que havia algo que incomodando, tratando logo de a dizer o que sempre acabava exigindo em casos como aquele:

— O que é? Tem alguma coisa pra me dizer?

Parecendo pensar no que diria, ela hesita por alguns segundos antes de pigarrear e logo dizer o que a deixou agitada.

— Você não pensa em ter filhos? — Scarlett pergunta séria deixando Rogers sem palavras.

Tinha casas, carros, festas, mulheres e todo glamour que a vida de astro poderia o proporcionar, isso é, tudo que até então o dava uma vida perfeita.

Mas parando pra pensar no ponto de vista dela, ter um bebê só pra ele, para cuidar, mimar, encher de presentes, ensinar tudo que sabia e ser um ótimo pai, parecia bom.

Especialmente agora que o Samuel havia o dado bons minutos entre o descanso de uma filmagem para outra. Fazia anos que não se sentia tão feliz por coisas simples, como aquelas. Ninar e cantar para um bebê era a coisa mais simples e que jamais imaginaria ser válida para o deixar de ânimo renovado.

Porém lá estava Chris pronto para mais um dia estressante de gravações passados alguns minutos com aquela criança fofa. O que o levou a uma ótima conclusão:

Sim, precisava ser pai e graças a tecnologia não haveria necessidade de uma esposa ou namorada para isso.

Arrumaria uma barriga de aluguel e criaria um filho sozinho.

Sem processos de guarda, separações chatas e prejudiciais para as crianças, tampouco a burocracia de escolher alguém que valesse a pena para ser uma boa mãe.

— Na verdade, até agora não tinha pensado, mas obrigada pela ideia... — começando a maquinar um plano, ele se põe a observar o bebê já sonolento no colo da mulher.

— Chris! Vamos lá! Sua vez.. . — alguém grita o fazendo se despedir e sair depressa.

Iria ter um filho só dele e ninguém o faria mudar de ideia. Uma criança era tudo que faltava para tornar sua vida completa.

— X —

A cozinha estava lotada, quente e nenhum dos funcionários queria falar sobre o grande elefante branco que estava no lugar. Evy era cega, mas a tensão lá era palpável.

— Amor! Está pronto! Pode levar! — avisa ao garçom que pega o prato posto na janela de pedidos e o leva embora.

Estava excepcionalmente naquele dia terminando os pratos, uma vez que o chef havia pedido demissão no final do dia anterior e ninguém além dela conseguia o substituir, uma vez que Evelyn sabia muito bem como cozinhar graças a seu chefe mandão e metódico, que a gritava ordens a anos a fio. Já que o lance de ser uma diretora famosa meio que foi para o ralo, após a mulher ficar cega num acidente de carro.

— Mais um finalizado... Vamos lá, gente! Rápido! A mesa oito vai reclamar da demora nesse ritmo.

Respirando fundo, a mulher ia passar a mão nos cabelos, o que logo se impediu de fazer, após zerar a fila de pratos prontos. Estava de touca e não fazia sentido algum aquele tique nervoso. Precisava encarar o dia como qualquer outro apesar das notícias ruins que circulavam por lá.

Pegando seu copo de café, já congelado após tanto tempo sendo negligenciado pela mesma, tomou todo líquido num gole só agradecendo aos céus pela sua dose de cafeína.

— Marcos! Traz mais café por favor! — pediu ao limpador de louças que estava no fundo da cozinha, gritando com um garçom, responsável por jogar algo que não devia na pia.

Retomando os dois pratos principais que chegou, Evy havia terminado de despachar o último entregue a ela quando foi até o rapaz que preparava o molho e usando uma colher descartável o testou provando um pouco.

— Falta sal, querido. Põe só uma pitada e vai ficar perfeito... — sugerindo ao rapaz é logo entendida.

— De onde saiu tanta gente? — reclamou alguém a fazendo dar de ombros.

Se aquele fosse o movimento todos os dias não se importaria de ficar lá. Na verdade, com aquele surto de vários clientes no restaurante de comida vegana que trabalhava, facilmente poderiam ficar com as finanças em dia e não precisariam cortar custos mandando funcionários embora. O que era bom, em tempos como aquele quando a crise batia as portas e gente como ela era, que estava suscetível aos impactos da economia, acabava ficando sem nada para comer, já que precisava escolher entre pagar a faculdade ou pôr comida na mesa.

— Parece que um ator esportista apareceu hoje. Michael Mendes Jordan...

— Deve ser muito bonito para atrair tanta gente. — Evelyn comentando com Marcos pega seu copo de café quente de muito bom grado.

Sentindo o líquido descer por sua garganta, ignorou o fato de não possuir açúcar e estar mais forte que o usual, retomando sua ronda pela cozinha, dando sugestões, atendendo a dúvidas e se manteve assim até que o movimento acabou, com a ida do astro para casa ouu seja lá onde estivesse.

— Gente. Parabéns a todos pelo dia! Nenhum pedido atrasou e todos agiram de maneira sensacional sob pressão! Agora, podem um a um irem a minha sala? Precisamos conversar. — pediu o dono do restaurante com seu ar cansado.

Ciente que mesmo o bom movimento não adiantou de nada, Evelyn gemeu baixo e pediu por mais café, antes de tomar a frente da equipe e dar o primeiro passo a sala do patrão.

De verdade, alegria de pobre dura muito pouco, foi o que pensou ao escutar seu patrão informar que estaria fechando o restaurante no final daquele dia. Quando é que as coisas iriam melhorar pra ela? Estava ficando repetitivo essa rotina da vida a fuder uma vez sim e na outra também.

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