CAPÍTULO V | AS FOTOS, PARTE II
Depois que terminaram de organizar tudo, Chris levou Jake até a cozinha, separou a papinha de bebê, o colocou na cadeirinha alta com o babador no pescoço e começou a lhe dar colheradas. Kim fez a mesma coisa com Wonpil. Os gêmeos nunca deram trabalho na hora de comer, eram bem gulosos e comiam tudinho sem fazer birra ou cuspir a comida.
Na verdade, uma coisa que Christopher notou com a convivência é que aquelas crianças eram muito comportadas, talvez o único contratempo é o fato de que tinham bastante energia. Se os colocassem no chão, engatinhavam pelo apartamento todo. Pode não soar como algo ruim, mas isso fazia com que tivessem que ficar de olho neles o tempo todo, se não os bebês encontravam uma moeda perto do sofá e já iam querer colocar na boca, ou o fato de que eles parecem atraídos por tomadas, mesmo estas com a proteção de plástico para tapar os buracos. Se fosse um bebê só, seria tranquilo, mas como eram dois, enquanto um está mexendo no aspirador, o outro já está botando a mão debaixo da geladeira. Não podiam deixar aqueles dois curiosos sozinhos de jeito nenhum, por isso na maioria das vezes tinham que coloca-los no cercadinho da sala com chão macio.
— Você tem muito jeito com bebês - Chan falou ao notar a facilidade que Min convencia Wonpil a abrir a boca.
— No começo era mais difícil. – contou sorrindo – Eles choravam e eu não sabia o porquê, me cortava o coração já que eu tentava de tudo, mas eles continuavam a chorar até cansar. Quando finalmente um dormia, o outro acordava, era um caos. Um chorava, e o outro começava também por causa do barulho. Com a ajuda dos hyungs eu consegui estabelecer uma rotina pros dois, e agora tudo está mais fácil.
Chan olhou para Jake, que retribuía o olhar com aqueles olhos redondinhos. De repente o bebê sorriu pra ele e Chan sorriu também.
— Vocês deram trabalho para o "omma" de vocês, é, seus sapecas? - Jake ria de seu tom de voz e Wonpil começou a rir também.
— Desde que estavam na barriga. - Min riu - não paravam de me chutar pedindo por comida.
Os bebês riam como se o que os adultos dissessem fosse a coisa mais engraçada do mundo, e o riso deles era muito contagiante. A cozinha ficou aquecida de tanto amor e aconchego que havia no ar.
Depois da hora da papinha e do arroto, os gêmeos ficavam sonolentos com a barriga cheia e não demoravam a ficar com sono. Manhosos, nessa hora sempre queriam ir no colo do ômega, já que seu cheiro e calor os confortava.
— Por enquanto eu consigo segurar os dois ao mesmo tempo – Kim falou os abraçando – quando ficarem maiorzinhos vão ter que aprender a dividir o colinho.
Chanmin os colocaram no bercinho dando boa-noite, e agora era a “hora dos adultos”, que é quando poderiam jantar, namorar, assistir filmes. Um momento só para os dois.
Cozinharam a janta juntos e mais uma página do livro de receitas deles foi preenchida. Se divertiam bastante com a experiência nova, já que os dois estavam aprendendo a cozinhar. Depois da janta, Min escolheu um filme para eles assistirem.
Chris sempre se impressionava que Kim escolhia muito bem os filmes, parecia conhecer muito bem o seu gosto. Estavam deitados abraçados, e com o tempo, o cheiro do mais novo começou a atiçar o alpha.
Começou a sentir o corpo aquecer e o seu próprio cheiro começou a ficar mais forte, e isso não passou despercebido pelo ômega.
Começaram com algumas carícias, depois alguns beijinhos, depois Seungmin já estava sobre o outro com as mãos em seus cabelos enquanto se beijavam profundamente por causa do calor crescente.
— O seu cheiro está mais forte – Min disse lhe dando beijinhos no pescoço. – Seu cio está chegando daqui a alguns dias né?
— Está sim. – sentia o corpo cada vez mais quente só de inalar o cheiro doce de Kim.
— Vou pedir pra os hyungs cuidarem dos bebês quando estivermos fora.
— Você quer passar o cio comigo?
— Mas é claro que sim. – falou o óbvio - Não me diga que pensou em passar com outra pessoa!
— Não! É só que... cios de alphas são intensos, e não quero te machucar... – lhe segurou a cintura.
— Não vai machucar. Você nunca me machucou, no cio não vai ser diferente.
— Mas no cio a gente não pensa direito...
— Você se preocupa demais. Vai dar tudo certo. – sorriu. – Você está tão sensível... – disse lhe tocando o volume entre as pernas - Seu cheiro está tão forte... – a excitação transparecia em sua voz e ele começou a beijar a orelha do outro.
— Não precisamos fazer isso. – fechava os olhos, todo derretido.
—Você não quer?
— Quero. Mas não precisa fazer isso por mim.
— E quem disse que eu faço isso por você? – riu baixo depois de se sentar, tirar o casaco e a camiseta - Eu quero porque tenho o alpha mais lindo e gostoso do mundo no meu sofá. – jogou as roupas para longe.
— Minnie... – hesitou arfante - você sente dor quando a gente transa?
— Dor? – estranhou a pergunta - Não. Muito pelo contrário. – deu uma risadinha - Talvez tenha sentido só um pouquinho na nossa primeira vez já que fazia bastante tempo que eu não transava e convenhamos que você é bem grande aqui em baixo. – acariciou ali.
Os beijos de Seungmin em seu pescoço e orelha tornavam difícil raciocinar.
— Talvez... seja melhor a gente esperar o cio chegar... – Bang disse baixo.
— Esperar nada. – disse sedutor - Já faz mais de uma semana desde a última vez que trocamos um “carinho”.
— Seungmin... – disse fraco.
— Eu quero carinho, Channie. – lhe lambeu a orelha - E você vai me dar, não é?
— Vou sim. – cedeu trocando suas posições.
Os dois sorriam em meio a troca de beijos deliciosos.
Ainda bem que o lençol que estavam deitados por cima impediu de sujarem o sofá...
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Depois da transa, Seungmin caiu no sono deitado contra o peito do outro, e Chris o envolvia de um jeito protetor, com o lençol tampando seus corpos nus.
O alpha lhe acariciava os cabelos com afeto, sentindo a respiração calma do outro.
— Eu te amo, Minnie. – o confidenciou baixo.
Depois de mais alguns minutos, repetiu:
— Eu te amo muito.
Sonhando, Seungmin sussurrou:
— Bang...
Chris sentiu o coração doer, mas não parou de fazer carinho.
E repetiu:
— Eu te amo muito. Mais que tudo no mundo.
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No dia que o cio de Chris chegou, Kim deixou os bebês com Jeongbin para poder acompanhar seu alfa durante os dois dias. Além da bolsinha cheia de coisas de bebês, emprestou também algumas de suas roupas para que os babys sentissem o cheiro da "mamãe" antes de dormir. Depois de se despedir das crianças com beijinhos estalados foi direto para o hotel onde o alpha o estava esperando.
Seungmin já estava suando só de estar de pé do outro lado da porta do quarto do hotel. Pela sua marca conseguia sentir o calor e desespero de seu alpha. Sentia-se excitado só com o pouco de feromônios dominantes que escapavam pela porta.
Havia um predador do outro lado da porta que estava prestes a devorá-lo. Min se abraçou pelo arrepio que a excitação causou.
Sentindo seu cheiro e presença, Chris abriu a porta rapidamente e sem cerimônias puxou seu ômega para dentro do quarto.
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Sexo no cio sempre foi mais selvagem. Ainda mais quando quem está no cio é o alpha.
Chan sentia-se louco. No meio da cama segurava o quadril do ômega enquanto o invadia por trás de um jeito rude, mas pelos sons do outro notou que estava agradando. As roupas rasgadas de Seungmin estavam no chão do quarto e seus gemidos estavam no ar.
Apesar de todo o prazer, Christopher não conseguia parar de encarar aquelas marcas de dente na nuca do outro.
Os instintos de alpha são difíceis de se controlar, no cio então era quase impossível. Por causa da atração e sentimentos fortes que tinha por aquele ômega, seu lado alpha gritava para que o mordesse. Era uma vontade forte, desesperada, queria mordê-lo e assim aliviar sua vontade.
Adivinhando seus pensamentos, Seungmin tampou a nuca com a mão enquanto transavam. Christopher foi com a boca até ali, lhe dando beijos naquela mão, mas sem que percebesse, o carinho foi aos poucos se tornando mordidas maldosas. Min fechava os olhos sentindo a dor das mordidas fortes nos dedos mas não tirava a mão dali de jeito nenhum. Não podia deixar Christopher mordê-lo, se não ele descobriria tudo.
O alfa arfava vendo aquele ômega submisso a sua frente.
Se lembrava de como ele sussurrou “Bang” no meio do sono.
Porque? Porque sonhou com ele?
Porque outro alpha tinha que ser seu dono?
Porque não Christopher?
O amava tanto...
Tanto...
Tanto que até doía.
Amava mais que todos no mundo.
Queria marca-lo.
Precisava marca-lo.
Assim ele seria seu.
Sim. Só seu, e de mais ninguém.
“NUNCA deixe outro alpha te morder. A dor é o suficiente para causar desmaio e trauma.” Dizia aquele livro.
Mas dane-se.
Precisava torna-lo seu.
Só seu.
Seus instintos gritavam isso loucamente.
Depois do primeiro orgasmo daquele cio intenso, Chris retirou-se de dentro do outro e gozou pelo corpo do ômega em grande quantidade. Seungmin caiu para frente com os braços fracos e dedos machucados.
Erguendo os olhos para seu alpha, Seungmin ficou preocupado. Aquele olhar, os dentes preparados, estava claro: Chris estava fora de si e queria mordê-lo. O ômega se arrepiou.
— Não, Channie...! – Seung tentou se afastar, mas Chris o empurrou contra o travesseiro, expondo seu pescoço vulnerável e segurou uma de suas mãos para que não pudesse impedi-lo.
Seung se desesperou. Se Chris o mordesse, ia acabar descobrindo que Seungmin era seu ômega. Não queria que ele descobrisse desse jeito, ainda mais quando estava irracional por causa do cio. Não era o momento certo para descobrir tudo. Não era assim que tinha planejado contá-lo!
— Por favor... não!
Christopher abriu bem a mandíbula, quase salivando pelos instintos desesperados...
E os dentes fincaram a pele com força.
Seungmin estranhou o silêncio por parte do alpha e se virou.
Viu Christopher mordendo o próprio braço com tanta força a ponto de sangue escorrer do ferimento.
— Channie...! – exclamou preocupado.
Chris largou o braço, e a dor fez sua sanidade voltar um pouco.
— Oh, Channie... – disse preocupado analisando o machucado – Porque fez isso?
Chan não respondeu, ainda estava fora de órbita por causa do cio. Seungmin lhe tocou o rosto com as duas mãos, o acariciando com afeto.
— Seus instintos de me proteger são mais fortes que qualquer coisa, não é mesmo?
Mais uma vez Chan não respondeu, ele arfava com a pele esquentando cada vez mais.
Min foi até o criado-mudo buscar um lenço para limpar o sangue na boca e no braço de Chris depois o puxou pra si.
— Vem cá. – disse com carinho, o puxando para um abraço que os levaria a mais uma rodada daquele ciclo intenso. Quando Chris desmaiasse de cansaço, Min faria um curativo em seu braço.
Faltavam poucas semanas para que contasse tudo.
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