Capítulo 24
"Eu sempre pensei que estivesse sozinho
Tão brilhante de estado
Não me deixe, não vá
O universo é frio
Então agora eu sei,
Você me dá um pouco de calor."
-Planets
Bass Astral
Um sorriso triste se forma no rosto de Jhonny, mas como era de se esperar, ele não diz nada, apenas se limita a ligar o carro e partir em direção ao balneário que alugamos.
O lugar não fica longe, o que nos atrasa é o trânsito caótico do final de semana.
E isso se deve a que todos estão em busca da mesma coisa: fugir do calor incessante se refrescando em uma das inúmeras lagoas espalhadas nos arredores da cidade.
O silêncio dentro do carro começa a pesar tanto, que em determinado momento, meu peito se aperta e meu coração bate freneticamente, acompanhando cada acelerada que Jhonatan dá até conseguirmos sair da rodovia e entrar em uma estradinha de terra que nos levará até o nosso destino.
— Jhonny eu não quis... -Aperto as pálpebras tentando procurar as palavras corretas para dizer, mas é como se todas elas se rebelassem contra mim e não quisessem sair de jeito nenhum.
— Está tudo bem, Ava. Estamos bem. -Meu olhar encontra o dele pelo espelho retrovisor e solto um longo suspiro.
— Ok. -Sussurro.
Brinco com um fio solto da minha bermuda jeans e voltamos a ficar calados.
Não faço a menor ideia do que está se passando pela sua cabeça, o que me deixa preocupada. Eu quero estar tranquila, aproveitar a tarde ao seu lado e levar as coisas com leveza. O problema, é que ao mesmo tempo eu não consigo parar de nos colocar nas piores situações possíveis. E confesso que isso é um saco.
Viver com medo e pisando em ovos não é legal, principalmente quando o garoto ao meu lado só me tratou com respeito e carinho até agora.
Esfrego o rosto com as mãos em um gesto exasperado.
Até quando isso vai durar? Até quando Beto vai continuar influenciando nas minhas escolhas e relações mesmo estando a quilômetros de distância?
Balanço a cabeça para os lados.
Espero que esse idiota pague por tudo o que me fez.
Não demoramos muito para chegar no famoso balneário, e devo reconhecer que ao vivo ele é mil vezes mais bonito do que nas fotos que Jhonny me mostrou.
Começando pelos portões de madeira rústica, passando pelo enorme jardim com flores de várias espécies e muito bem cuidadas, o campo de grama verdinha e aparadas até quase chegar na beira do rio.
Ah o rio... uma beleza natural para ser guardada na memória até os últimos dias.
A água é tão cristalina que consigo até ver as pedrinhas no fundo. As pequenas ondas produzidas pela corrente baixa, lhe dão um ar mágico, como se esse lugar tivesse saído diretamente de um filme de fantasia.
Sem contar nas inúmeras árvores espalhadas ao redor do espaço reservado para camping, algumas delas carregadas de frutas e outras tão altas que quase não conseguimos enxergar onde terminam.
Ao fundo, em um lugar meio afastado fica a única construção de cimento: um banheiro unisex com uma plaquinha que indica como devemos usá-lo e que devemos mantê-lo limpo.
Fora dele, uma enorme lata de lixo e uma pia para lavarmos as mãos, escovar os dentes e tudo mais.
— Caramba, é lindo... -Murmuro para mim mesma e escuto uma risadinha ao meu lado.
— É mesmo. -Jhonatan vira meu rosto com cuidado e olha profundamente nos meus olhos. — Mas você é muito mais. -Seus lábios se abrem em um enorme sorriso que deixa à mostra todos os seus dentes perfeitamente alinhados.
— E você é todo um sedutor. -Provoco levantando uma sobrancelha.
— Vai me dizer que não gosta? -Ele sussurra bem próximo da minha orelha.
Seus dedos percorrem meu queixo e descem devagar pelo meu pescoço apertando-o de leve e engulo em seco.
Deus, esse garoto é um perigo.
— E-eu... -Começo a balbuciar qualquer coisa, mas graças aos céus sou interrompida por batidinhas na minha janela.
— Ufa, ainda bem que chegaram! Julio pensou que tinham se perdido no caminho. -Julieta reclama animada e aproveito a distração para me afastar de Jhonny, tirar meu cinto de segurança e sair do carro.
Abro a porta de trás para pegar todas as tralhas que trouxemos com o coração batendo a mil.
Julio aparece ao meu lado para me ajudar e percebo que Jhonatan observa tudo atentamente, porém sem se envolver.
Meu amigo sorri algumas vezes enquanto conversamos sobre qualquer coisa e Julieta se junta em minutos, compartilhando a diversão.
O tempo todo procuro Jhonny com o olhar e quando o encontro encostado na lateral do carro de braços cruzados e um sorrisinho no rosto, franzo o cenho tentando decifrar o que ele está sentindo.
Será que está com ciúmes de Julio?
Não... ele já sabe que somos apenas amigos e Julieta está literalmente do nosso lado.
Será então que ele está bravo porque queria uma tarde a sós comigo e eu praticamente o obriguei a chamar meus amigos para virem com a gente?
Droga, deve ser isso.
Com certeza é isso.
Continuamos arrumando tudo até que Julio faz uma careta engraçada e começa a olhar para os lados em busca de algo.
Será que ele esqueceu alguma coisa?
— Ei, playboyzinho, não vai nos ajudar não? -Meus olhos se arregalam e alterno o olhar de um para o outro na espera da resposta de Jhonny.
Minhas mãos começam a tremer e decido soltar a barraca para não acabar deixando-a cair.
— Fique tranquilo, querido, só estava dando um tempo para as garotinhas acabarem de fofocar. -Jhonny rebate se aproximando e me preparo para um conflito que nunca chega.
Julio cai na risada e mostra o dedo do meio para o garoto.
— É uma mocinha mesmo. Aposto que não sabe nem armar uma barraca.
— Posso te garantir que eu sei sim. -Julio ri outra vez com a resposta e o puxa para um abraço como no outro dia em que nos vimos.
— Estava com saudades dos meus braços, não é? -Jhonny sussurra dramaticamente com um sorriso de canto.
Julieta e eu balançamos a cabeça em um gesto sincronizado e solto a respiração lentamente.
Está tudo bem, Ava. Estamos bem.
A frase se repete na minha cabeça sem parar.
Estamos bem. Eu estou bem.
Continuamos ordenando tudo, armando as barracas algo perto do rio, bem debaixo de uma árvore que nos proteja caso chova, embora a página do clima tenha me garantido o contrário.
Odeio temporais e morro de medo de trovões. Cliché, eu sei, mas o que posso fazer? O barulho e o tremor que eles produzem, fazem meu corpo inteiro paralisar e os raios então nem se fala. Os flashes aleatórios me causam uma sensação estranha e a primeira coisa que faço, é fechar os olhos e dizer para mim mesma que estou segura. Que nada disso vai me atingir.
— No quê essa cabecinha pensa tanto, heim? -Braços musculosos me puxam para trás e me abraçam apertado.
Me viro para ficar de frente para Jhonny e levo os braços até o seu pescoço, acariciando sua nuca sentindo a maciez dos cabelos castanhos.
— Nada... só estava tentando ver se vai chover hoje ou não. -Revelo olhando para cima e ele faz o mesmo.
— Acho que não. Eu revisei o clima antes de sair. -Murmura e concordo com a cabeça. — Agora, o que acha de colocar um biquíni e me acompanhar até o rio? A água parece estar deliciosa. -Ele diz no meu ouvido como se estivesse me contando um segredo.
— Tem certeza? Não vai querer comer primeiro?
Trouxemos uma caixa térmica com várias bebidas, nenhuma delas com teor alcoólico, é claro, uma cesta com sanduíches e alguns petiscos para o caso de sentirmos fome.
Jhonny balança a cabeça para um lado e para o outro e me puxa até a barraca com as minhas coisas e as de Julieta.
— Vamos.
— Será que você pode...
— Vou te esperar aqui fora. -Ele beija minha bochecha e sorrio para mim mesma.
Fecho o zíper me trancando dentro da barraca e troco de roupa rapidamente. Coloco um maiô preto e passo uma boa quantidade de protetor solar antes de sair. Uma das primeiras recomendações quando comecei a me tatuar, é que devo proteger a minha pele se não quiser ter resultados horríveis.
E sigo cada uma das indicações religiosamente.
Guardo a bermuda jeans e a blusa dentro da minha bolsa e pego uma toalha, chinelos e a manta para deixar tudo na beira do rio sem que se sujem.
Quando saio, aperto os lábios ao não encontrar Jhonatan.
Procuro-o pelo campo e dou de cara com uma cena um tanto curiosa.
Ele e Julio conversam animadamente sobre alguma coisa e ambos não param de sorrir como se fossem melhores amigos.
Julieta não está perto deles, provavelmente ela foi se trocar no banheiro, já que eu estava ocupando a nossa barraca. Continuo observando os garotos e me controlo para não pegar o celular e tirar uma foto dos dois.
Jhonatan descontraído é a imagem mais bonita que já vi.
Os braços cruzados deixando à mostra os bíceps tonificados, o sorrisinho no rosto e a sobrancelha levantada como se não estivesse acreditando no que acaba de ouvir.
E Julio então, nem se fala.
Ele também é um cara muito bonito e se alguém me dissesse que um dia eu me juntaria com eles dois, jamais acreditaria. Nossos mundos são ridiculamente opostos.
Observo-os por mais uns cinco minutos até que Jhonatan se vira de repente e seu olhar se encontra o meu fazendo meu corpo inteiro tremer.
Ele dá um tapinha no ombro de Julio e lhe diz algo antes de caminhar até parar na minha frente.
— Caramba, cada vez que penso que não pode ficar mais linda, você vem e me surpreende. -Sinto minhas bochechas esquentando e olho para os meus pés sem saber como responder. — Vai ficar envergonhada cada vez que eu te elogiar? -Jhonny pergunta divertido e tento não parecer uma garotinha da pré escola.
— Desculpe, é que não estou acostumada com toda essa atenção. -Confesso entristecida.
Beto só dizia que eu era bonita quando estávamos na presença de outras pessoas, quando não havia ninguém por perto, ele adorava criticar o que estava vestindo, a maquiagem que estava usando, até mesmo o meu perfume.
Por isso nunca acreditei nas suas palavras e agora é difícil acreditar quando Jhonny me fala esse tipo de coisas.
— Tudo bem, você vai acabar se acostumando com o tempo. -Recebo um beijo rápido e andamos até o rio de mãos dadas.
— Não vai trocar de roupa? -Indago curiosa.
Antes mesmo que possa obter uma resposta, Jhonny retira a bermuda juntamente com a blusa e arregalo os olhos em surpresa levando alguns segundos para compreender que ele já estava com uma sunga por baixo da roupa.
— Babaca, me assustou! -Murmuro sem deixar de olhar para o seu corpo cheio de tatuagens.
Caralho...
Jhonny me dedica uma risadinha antes de ir até a barraca que vai compartilhar com Julio para deixar as suas roupas.
Pode parecer imaturo da minha parte, mas ainda não sei se estou preparada para dividir um espaço tão pequeno com ele. Por mais que deseje isso a cada momento.
— Fecha a boca para não acabar babando, amiga. -Julieta sussurra no meu ouvido e viro meu rosto dando de cara com o seu sorriso sacana.
— Pensei que não viriam nunca. -Mudo de assunto e ela passa o braço por cima dos meus ombros.
— Enquanto colocava o biquíni, Julio meio que me fez uma visitinha no banheiro, então... já sabe. -Giro os olhos e nego com a cabeça.
— Vocês dois não se cansam não? Ainda bem que você vai dormir comigo hoje, senão seria obrigada a escutar certas coisas. -Brinco com a feição séria.
Julieta solta uma gargalhada e cruza os braços.
— Quando você e o bad boy tatuado finalmente transarem, tenho certeza que vai mudar de pensamento. -Declara baixinho. — Agora, aproveite para olhar bem o seu gato, porque de noite você é minha, sua gostosa. -Pisca um olho e franzo o cenho rindo.
— Como seja, agora se me der licença, estou com calor. -Corro até o pequeno píer e paro derrapando antes de chegar no final.
— É claro que está com calor! -Juli grita e Jhonny me observa enquanto caminha de volta na nossa direção.
Para escapar do seu escrutínio, pulo de uma vez dentro do rio e quase solto um gemido ao ser banhada pela água morna e refrescante.
Em questão de segundos, os três se juntam a mim e nadamos sem parar até o cansaço.
Jhonny segura a minha cintura me abraçando por trás e apoia o queixo na minha cabeça deixando que nossos corpos se movam ao ritmo da água.
Ficamos nessa posição, apenas aproveitando o contato enquanto Julio e Julieta brincam de guerra de água como duas criancinhas felizes.
Me sinto tão tranquila, tão descontraída que por um bom tempo esqueço do meu passado, de tudo o que aconteceu comigo e me concentro apenas no presente.
Nas mãos de Jhonatan deslizando pela minha cintura, coxas e barriga em um movimento constante, da sua respiração acelerada como se ele quisesse se controlar tanto quanto eu e principalmente da sensação de que pela primeira vez na vida estou com pessoas que realmente me querem por perto e que tenho certeza que não irão me machucar.
A noite não demorou para chegar e resolvemos acender uma fogueira para assar alguns marshmallows enquanto contamos histórias de terror como nos filmes americanos.
O braço de Jhonatan descansa sobre meus ombros e escutamos Julio contar animado sobre o assassino da serra elétrica.
Julieta está tão assustada que chega a ser engraçada a sua expressão. Os olhos esbugalhados, a boca entreaberta e os dedos unidos aos do namorado provavelmente apertando-os mais do que deveria, mas Julio não demonstra sequer se importar.
Ela me olha curiosa, talvez tentando entender porque não estou do mesmo jeito.
O que minha amiga não sabe, é que historinhas como essas já não me assustam mais.
Não depois do terror que eu vivi pessoalmente.
As bebidas acabam, e os garotos se oferecem para ir buscar mais.
Não quisemos deixar tudo do lado da fogueira para não correr riscos, e assim que eles se afastam, Julieta praticamente corre e se joga em cima de mim.
— Ai! -Resmungo segurando-a para evitar uma queda.
— Nem a pau eu vou ficar do lado de lá sozinha. -Seus olhos varrem o lugar em apreensão.
— Não tem mais ninguém aqui além de nós quatro, Juli. -Aliso seus cabelos para tentar acalmá-la enquanto ela se senta no meu colo.
— Como você sabe? Nos filmes sempre pensam o mesmo e olha só como terminam!
Caio na risada e ela rebate com uma carranca.
— Qualquer coisa, os garotos dão uma surra em quem aparecer. -Afirmo divertida. — Por falar nisso, me desculpe por ser empata foda de vocês. -Suspiro aproveitando para mudar de assunto e tentar distraí-la.
— Pare com isso, Ava, não há nenhum problema em querer dormir comigo. Pode ficar tranquila, Julio e eu não estamos chateados.
Sorrio me tranquilizando.
Continuo falando sobre qualquer coisa que não tenha a ver com assassinos nem serras elétricas até que os meninos voltam cada um com duas garrafinhas de suco nas mãos.
— Aqui, o de laranja acabou, só tem de goiaba. -Jhonny informa dando um beijo na minha bochecha.
— Tudo bem, eu gosto desse, obrigada. -Abro a tampinha e bebo um longo gole.
Ainda está geladinho e fecho os olhos desfrutando do sabor adocicado.
Decidimos parar de contar histórias de terror e passamos para as vergonhosas.
Todos contam situações que passaram em apuros, mas ninguém me pergunta nada e agradeço internamente por isso.
Durante um bom tempo da minha vida eu não a vivi como deveria.
Apenas segui ordens de outras pessoas e isso me impediu de criar lembranças que poderiam ser comemoradas em um futuro. As únicas coisas boas que me recordo, são as noites em que escapei com Lana para fugir da minha realidade e ter que contar essas experiências, significaria ter que explicar os motivos por trás dessas ações e tenho certeza de que fazer isso acabaria com o clima ameno da noite que está ficando cada vez mais refrescante.
Um ventinho corre pela floresta e não sei ao certo, mas posso jurar que sinto aquele cheirinho de chuva.
Oh não.
— Jhonny, acho melhor irmos para as barracas, parece que vai... -começo a falar, mas a minha voz fica praticamente apagada pelo trovão estridente que ressoa de supetão pegando todos por surpresa.
Julieta solta um gritinho assustado e Julio tenta tranquilizar a namorada que pula em cima dele de forma desajeitada me fazendo rir.
De repente, uma cortina de chuva cai sobre nós apagando a fogueira em segundos e tudo vira uma confusão.
Enquanto lutamos para pegar nossas coisas, acabamos praticamente encharcados e sinto um puxão no meu braço que me força a correr até a minha barraca.
A chuva está tão forte, que apenas uma vez que entramos, percebo que vim com Jhonny e não com Julieta.
Consigo escutar os seus gritinhos animados desde a barraca dos garotos e sinto um aperto na boca do estômago.
— Fique aqui, irei trazer Julieta para que possam se trocar e dormir. -Ele se move até a entrada.
Nesse momento, minha boca seca, contradizendo ao que acaba de acontecer, as palmas das minhas mãos começam a suar, meu coração bate cada vez mais rápido e finalmente entendo o que está acontecendo.
Não quero que Jhonatan saia e me deixe aqui com Julieta.
Então criando coragem, seguro seu braço e puxo seu corpo de volta para dentro sob o seu olhar confundido.
— O que foi? Aconteceu alguma coisa? Entrou algum inseto aqui? -Ele pergunta olhando para todos os lados.
Me aproximo lentamente e prendo seu rosto entre minhas mãos trêmulas.
— Fica. -Peço em um sussurro e ele arregala os olhos.
— T-tem certeza? -Pela primeira vez desde que o conheço, Jhonatan fica sem saber como agir.
Movo a cabeça para cima e para baixo em resposta e ele tenta conter um sorriso, mas é completamente em vão.
— Hã... é melhor você tirar essa roupa... -ele engole em seco — quero dizer, está toda molhada, não quero que pegue um resfriado. -Concordo ainda em silêncio e ele se vira para que eu possa tirar a blusa e a bermuda de moletom e trocá-las por um pijama fininho depois de me secar bem.
— Pronto. -Sussurro. — Agora há um pequeno problema, você não tem nenhuma roupa aqui, como vamos resolver isso? -Indago tragando saliva.
— Hum... -Jhonny aponta para a minha toalha. — Me empresta?
Estendo a peça para as suas mãos e assim como ele, fico de costas esperando que termine de se trocar.
Embora tenhamos nos tocado algumas vezes, nunca nos vimos sem roupa.
E isso sequer foi escolha minha.
— Pode se virar. -Sinto seus lábios no meu pescoço e seus braços me puxam para trás me fazendo colidir com seu peitoral musculoso.
— O que você está aprontando, heim? -Zombo ao passo em que seus dedos apertam a minha cintura por cima da blusa fina.
— Nada... é que sabe, alguma vez li por aí que para que não soframos uma hipotermia, temos que ficar assim, abraçados. -Deixo escapar uma risadinha nervosa e ao mesmo tempo ansiosa. — E no momento, estou morrendo de frio, Ava.
NOTA DO AUTOR
Hellooooo amores da minha vida!
Demorei, mas cheguei kkkkk
O que vcs acham que vai acontecer no próximo cap?
Sim, eu sei que parou numa parte bem... intensa.
Mas não precisam se preocupar que mais tarde eu posto o resto,
se não conseguir hoje, posto amanhã cedinho!
Espero que tenham gostado,
Não se esqueçam de votar e comentar!
Amo vcs🥰
Bjinhossss BF🖤🖤🖤
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