🐻Capítulo 11🐰

- Você dormiu com minha filha?!

Um grande estrondo foi ouvido por toda a casa, Chaeyoung havia dado um soco em Jisoo, que permaneceu imóvel, com os lábios tremendo. Outro golpe, agora no nariz, esse golpe conseguiu quebrar seu lábio. O sangue escorria pelo rosto da garota de cabelos roxos, ela não sabia o que dizer para ela.

Chaeyoung chegou antes da viagem, encontrou ela e Jennie fazendo sexo no quarto dela, tudo aconteceu muito rápido.

A menor estava num canto da sala, intimidada pela raiva da mãe, que não parava de agitar a outra mulher enquanto gritava insultos que ela não conhecia até aquele momento.

- N-não, não é como-

- CALA A BOCA DEGENERADA! - Outro tremor mais forte. Chaeyoung manteve a mandíbula tensa e a raiva em seu ser era palpável - Como você pode pensar em fazer sexo com minha FILHA?! Você tem merda na cabeça?! É uma menina!

Jisoo ia responder, mas ficou em silêncio com medo em todo o seu ser. Ela não consegui dizer nada. Ela não sabia como se defender, era verdade.

- RESPONDA, KIM!

Ela podia ver a fúria nos olhos da Park mais velha, ela fechou os próprios olhos com força quando viu a mais velha tomar impulso para atacá-la novamente e quando ela abriu os olhos novamente ela viu sua sala de estar.

Ela se levantou com a respiração irregular e o coração batendo forte no peito. Sua testa e mãos suavam.

Um pesadelo, foi um pesadelo.

- Merda... -  Ela conseguiu dizer com mais calma, sabendo que era um sonho, ela ainda tocou o rosto dela em busca de vestígios de sangue ou de um golpe. Ela olhou para baixo e encontrou um problema. - Eu deveria estar chateada, não animada. Foda-se - Ela insultou, olhando para sua ereção.

Não foi a primeira vez que teve esse sonho, teve vários desde que começou a beijar Jennie com mais frequência. A preocupação de ser descoberto porque isso em si era errado, em qualquer sentido. Chaeyoung e Lisa deixaram confiantemente sua filha pequena porque elas conheciam a Kim e elas acreditavam que nada de ruim aconteceria com sua filha estando com ela, e tudo o que ele faz é conter a vontade de fazer algo que não deveria com aquela garota.

Sim, tantas coisas aconteceram em dois meses, muitas. E se a melhor amiga dela descobrisse que ela estava beijando a filha? Não, ela não a perdoaria. Ela foi capaz de ver a prisão numa visão, não seria algo muito louco.

Em um de seus muitos sonhos ela estava presa por causa da menor. Parecia tão real que era assustador, só que em um, Jennie a incriminou por algo que ela não fez e ela teve que cumprir uma pena injustamente, seu sonho terminou com ela voltando para a menor depois de fazê-la passar por isso. Pelo menos ela tinha certeza que aquela Jennie do sonho não tinha nada em comum com a garota hormonal que passa entre as pernas sempre que pode. Embora ambas a tenham feito passar pelo inferno à sua maneira.

Ela viu sua casa em um silêncio mortal. Talvez o sonho a tenha deixado atordoada, pois seu cérebro demorava a mover as engrenagens e explicava por que havia tanto silêncio.

- É verdade, ela não está aqui.- Ela sentou no sofá onde antes dormia.- Ela está com aquela idiota.

Com idiota ela quis dizer Im Nayeon, ela não entendia, mas não gostava daquela garota. Mas com que direito ela diria isso a Jennie? Não tinha nem motivo, só que ela era muito próximo dela, só isso, assim como elas se viam demais, mas eram amigas, era normal. Não houve razões válidas.

- Talvez ela goste.- Ela finalmente deixou escapar, sentindo algo parecido com raiva em suas palavras. - Provavelmente é normal. Aquela garota é muito bonita, não sei por que isto me incomodaria.- Ela raciocinou.-Mas então por que ela está flertando comigo se ela tem aquela garota? - Ela cuspiu novamente com aborrecimento.

Jisoo discutiu consigo mesma por mais tempo do que o necessário. Mesmo ela não entendia o motivo de estar com raiva, ou seja, ela nem gostava de Jennie para começar. Ela não deveria ter se incomodado. Mas ela estava.

Ela se levantou do sofá irritada e foi até a cozinha tomar um copo d’água; ficar conversando sozinha por tanto tempo fez com que sua garganta ficasse seca. Bebeu três copos até sentir que eram suficientes, procurou alguma fritura na prateleira, mas não encontrou, então lembrou que Jennie tinha alguma coisa escondida.

Ela pode substituí-los mais tarde, talvez nem perceba. Ela entrou em seu quarto procurando a mochila onde uma vez os viu e sim, lá estavam eles. Mas um objeto chamou sua atenção, ela não queria ser intrometida.

- Dane-se, ela viu minha cueca.- Ela pegou o que parecia ser uma folha de papel amassada, o que que chamou sua atenção foi que não estava na lata de lixo, mas sim entre seu esconderijo. Por quê? Ela desdobrou a página com curiosidade.

"Eu gosto de você há muito tempo e não sei como te dizer."

Ela franziu a testa, de quem era aquilo? Não, além do mais, a quem foi endereçado? Isso importava? Seu aborrecimento foi ainda maior quando viu o remetente, que estava em cartas cuidadosamente escondidas.

"Nay <3"

- Nay, espera, é por isso que elas se veem muito? Não, então por que, não, eu não entendo nada.- Agora, agora ela tinha um motivo para sua irritação com aquela garota, mas se as coisas eram assim e aquele bilhete era para Jennie, por que diabos Jennie estava flertando com ela? dela? Ela não gosta? Ela gosta? Ficou confusa precisava de alguma forma saber tudo sobre isso, aparentemente, confissão.

- Já cheguei!

Ela ouviu da entrada de sua casa, ela estava parada no canto da cozinha comendo ramen. Ela nem estava focado no que estava fazendo, primeiro naquele sonho e depois naquele bilhete.

- Jisoo, eu te chamei, por que você não responde? – A menor perguntou com um beicinho enfeitando o rosto. Isso quebrou a mais antiga.

- Desculpe, estava pensando em algo.- Ela justificou.

- Espero que isso seja mais importante do que eu - comentou ela com uma pitada de aborrecimento na voz.

- Algo assim.- Kim respondeu, terminando seu ramen e lavando seu prato, braços finos rodeando delicadamente sua cintura. Ela sentiu uma coceira no estômago, que se transformou em desconforto. Separou-se de Jennie com pouca delicadeza. - Eu... vou dormir.

Quando ela estava prestes a sair, ela sentiu alguém levá-la de volta. Ela sentiu a mão de Jennie segurar a sua.

- É cedo...

- Estou cansada. - Ela retirou abruptamente a mão e saiu da cozinha sem jeito. A garota observou a garota mais velha sair com clara confusão. Se há algumas horas elas estavam bem, estava tudo bem entre elas, o que aconteceu?

Quando ela entrou não percebeu que suas coisas estavam fora do lugar, sua mente cheia de perguntas não a deixava focar em outra coisa que não fosse sua unnie.

- E agora o que eu fiz? – A frustração na pergunta dela era óbvia. Eu não fazia ideia.- Não, não vou deixar assim.

Ela se levantou da cama com determinação e com passos firmes foi até o quarto de Jisoo.

O som da porta se abrindo abruptamente assustou a garota mais alta que estava lendo em sua cama. O referido livro estava ao lado dela, ela o jogou de susto.

- J-Jen?

- Unnie, o que eu fiz com você? - Perguntou direta.

A coreana mais velha ficou nervosa ao ver o rosto preocupado da outra garota.

- N-nada, estava um pouco cansada, só isso.- Explicou sutilmente.

A mais nova se aproximou de sua cama e sentou-se de um lado de onde Jisoo a encarava, os orbes cor de mel da menina atrapalhando as decisões da outra. Ela pegou uma mecha do cabelo dela e colocou atrás da orelha, aproveitando para acariciar sua bochecha, Kim a deixava a todo momento. Mesmo sabendo das intenções da garota com ela, ela não fez nada enquanto juntava seus lábios se juntavam em um beijo doce.

"Ela é como um pesadelo fofo." Ela pensou enquanto seus lábios colidiam com os dela. Jennie era previsível naquele momento, então Jisoo sabia quando seria certo impedi-la.

E se esses pesadelos fossem uma previsão? Chaeyoung iria matá-la sem hesitar, mas ela não estava aqui, nem a Tailandesa. Não, Jennie naquele momento só estava com ela, era dela.

Esse pode ter sido um pensamento possessivo, mas ela se importava? Claro que não. Ela se deixou beijar até que a mão da garota procurou um determinado lugar que era familiar demais para Jisoo. Ela a parou ali.

Estranhamente hoje ela não insistiu, ela parou a mão enquanto ainda beijava e roubava os suspiros de Jisoo.

"Será minha." Esse pensamento não foi de Jisoo, foi de Jennie.

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