1. the last first day
Chuvoso. Foi assim que começou o dia de vinte de janeiro, o famigerado e tão aguardado (mas nem tanto assim) primeiro dia de aula de dois mil e dezenove. Não vou mentir, eu não estava nem um pouco afim de ver os mesmos rostos de todos os anos na mesma escola de sempre. Enfim, é a última vez que penso assim, já que este é o último ano.
Cansado, me levanto meio arrastado para ir ao banheiro. No espelho, o reflexo do mesmo Noah Urrea com sono denunciava a minha falta de coragem para iniciar o dia. Poxa, este é um clima perfeito para dormir, e eu não estou nada preparado para ver aqueles desconcertantes olhos azuis de Josh Beauchamp, mas ao mesmo tempo, sinto falta de o observar de longe enquanto a aula rola. Nunca conversamos, apenas o necessário por sermos da mesma turma. É melhor assim, eu acho. Eu, com certeza, não saberia o que dizer mesmo.
Já cedo eu tenho tanto para falar, e não conto a ninguém. Acho que é por isso que escrevo tantas cartas e não as envio. Ele não é o único destinatário, mas tenho medo de ele não me olhar mais com aqueles lindos olhos dele. Deixar que alguém leia minhas cartas e me conheça no mais profundo eu é uma ideia que me assusta. Confiar a alguém todos os meus segredos e pensamentos é horrorizador.
Enfim, ao verificar meu celular e ver o horário percebi que deveria me apressar mais. Sina vem me buscar e sempre reclama que eu enrolo demais. Não que eu não saiba dirigir, mas vir com ela e nossos outros amigos é sempre mais reconfortante.
Algum tempo depois já posso ouvir a buzina de seu carro e alguns chamados como "iremos chegar tarde!" ou apenas um "se apresse!". Pronto, pego o necessário (e as cartas, nunca as deixava para trás) e entro no carro, já ouvindo reclamações por parte da coreana Heyoon. Algo curioso sobre nossa amizade é que todos temos nacionalidades diferentes e sabemos falar a língua do nosso país, mesmo que não tenhamos morado por muito tempo nesses países. Sina é alemã, mas veio para os Estados Unidos ainda criança. Heyoon é coreana e veio não faz muito tempo, uns dois ou três anos, no máximo, por exemplo. Enfim, apenas algo que me convenci de que seria legal.
Ao chegarmos, ainda estava com aquele mesmo pensamento de mais cedo. Pensava muito nele e no quanto ele me fazia bem por apenas estar ali, feliz. Agora, estava mais nervoso que nunca. Droga, por quê eu estava assim se nem sequer falaria com ele?
Já na sala, encontramos nossos lugares e nos acomodamos neles. Aqui tinha a visão perfeita dele. Ele sempre foi encantador, mas hoje especialmente, ele estava diferente. Um diferente bom. Aquele moletom sempre o deixava mais fofo e mais despojado, e o mesmo converse vermelho que sempre chamava atenção por onde pisava estava limpo. Ok, eu preciso escreve uma carta.
<3 <3 <3
oii! Não se esqueçam de votar e deixar o feedback de vocês nos comentários para me direcionar, ok?
as cartas serão (quase) sempre em capítulos diferentes, podendo ou não ter uma continuação depois dela ou vir ao final do capítulo. prestem atenção no que ele escreve nas cartas, futuramente pode ser importando, certo?
espero que tenham gostado!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top