ᴀ ᴍᴀɪs ᴅɪғíᴄɪʟ ᴅᴇᴄɪsãᴏ

Aᴜʀᴏʀᴀ Vᴀʟᴇɴᴛᴇ
1996


     Eu sabia que ela teria um bom futuro, do qual eu não poderia fazer parte mesmo que ansiasse por isso, mas ainda assim eu preferia livrá-la do que viria a seguir.

     Eu sabia que eles seriam cruéis mesmo ela sendo apenas uma bebê, eu sabia que era a melhor decisão, mesmo que doesse.
 

   John era bom e cuidaria dela assim como já vinha cuidando de mim e do nosso pequeno embrulho de amor.
    Hope dormia no meu colo enquanto eu cantava para ela, tão linda, tão pequenina, tão delicada, tão humana, os olhos tão claros como os meus e os cabelos castanhos como o do pai.
     Eu a amava tanto, eu achava que era regada de sentimentos, mas após seu nascimento eu soube o que é amar de verdade, dentro de mim a dor de não poder vê-la crescer queimava mais a cada segundo, mas eu não iria mais me iludir, eu era o que sempre fui e isso nunca iria mudar, eu estava me matando e sabia disso.
     Desde o nascimento de Hope eu não havia colocado uma gota de sangue na boca, seis meses sem me alimentar eu estava franca e começava a adoecer.
     Eu vivi o amor, e vivi como uma pessoa normal por quase um ano, e foi o período mais incrível de toda minha existência, eu fui a vampira mais realizada da minha existência, mas ainda assim era uma vampira e por mais que eu quisesse não poderia negar minha origem.
     O sangue me atraia e não me alimentar estava me secando por dentro, eu iria morrer de qualquer maneira, então que fosse com a minha filha em um lugar seguro.
     Eu sabia que Jace iria cuidar da minha pequena princesa, eu enxerguei em seus pequenos olhos a promessa, a gratidão, o compromisso.
     Ele tinha meu carinho e respeito por isso, eu o amava por cuidar dela na minha futura ausência.
    Infelizmente eu nasci em um ninho de cobras, ainda criança fui mandada para a iniciação e desde cedo fui ensinada a matar, essa era minha natureza, por mais que eu a rejeitasse, mas o grande problema agora é que minha filha e John corriam perigo comigo por perto.
     Eu precisava me afastar, eu precisava me curar, me alimentar.
     Toda vez que John vinha eu parava de respirar e quando o fazia, pra ele não estranhar, eu tinha que me segurar ao máximo.
     Eu odiava ser assim, odiava ser quem eu era, mas não é como se eu pudesse escolher.
     Me levanto da cadeira de balanço e coloco minha filha no berço, ela mexe suas pequenas mãozinhas e eu choro por ter que tomar a decisão mais difícil da minha vida.

     Voltar.
     A deixar.
     Não a vê-la crescer.

     Eu sabia o que me esperava, mas eu tinha que voltar, estava condenada a de qualquer maneira.

— Eu te amo tanto minha filha. —  acaricio sua cabecinha. — E te amarei para todo o sempre. — choro

     Minha alma doia com a decisão dura do destino, mas quanto a isso eu não tinha mais o que fazer senão aceitar.

ᴏʜ ᴍɪɴʜᴀ ɢᴇɴᴛᴇ, ǫᴜᴇ ᴛʀɪsᴛᴇ, ᴇᴜ ɴᴇᴍ ᴛᴇɴʜᴏ ᴍᴜɪᴛᴏ ᴏ ǫᴜᴇ ғᴀʟᴀʀ ɴãᴏ,
ᴍᴀs ᴀᴍᴀᴍᴏs ᴀ ᴀᴜʀᴏʀᴀ ♥️

ᴠᴏᴛᴇᴍ ᴇ ᴄᴏᴍᴇɴᴛᴇᴍ ᴍᴜɪᴛᴏ ᴍᴏʀᴛᴀɪs.
ᴇᴇᴇᴇ ᴠᴀʟᴇᴜᴜ

ᴍúsɪᴄᴀ ᴅᴏ ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ: ɴᴏᴛ ᴀʙᴏᴜᴛ ᴀɴɢᴇʟs - ʙɪʀᴅʏ 

ᴅɪsᴘᴏɴíᴠᴇʟ ɴᴀ ᴘʟᴀʏʟɪsᴛ ᴅᴏ ʟɪᴠʀᴏ ɴᴏ sᴘᴏᴛɪғʏ, ʟɪɴᴋ ɴᴏ ᴘʀɪᴍᴇɪʀᴏ ᴄᴀᴘíᴛᴜʟᴏ.

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