❦ ℙ𝕒𝕣𝕥𝕖 05
🦋 | Demorei um pouco porquê eu tinha desanimado, mas com uma viajem de 5 dias sem net resolvi dá uma olhadinha na obra e a criatividade tomou conta me fazendo criar capítulos novos. Então, espero que gostem.
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"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar."
William Shakespeare
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Foi no momento que tudo que Lúcifer me ensinou sobre de como eu deveria pensar, tomou conta de mim por completo fazendo-me sentir com um poder superior, junto com ele um gosto de "maldade" na ponta de minha língua.
Quando criança, via como meu pai governava o inferno. Como ele se sentia após ver como as pessoas não gostavam de pagar pelos pecados que tinham cometido na outra vida.
- Você colhe o que planta. - Dizia ele quando percebia que eu estava ali bem encolhida no canto vendo todo o ocorrido do pecador se repetindo várias vezes, ouvindo eles gritarem "De novo não, eu me arrependo, eu posso melhorar" mas no final, nós sabíamos que o ser humano sempre escorregaria de uma forma diferente para o pecado, fazendo-o errar novamente.
O desejo banal era forte, a carne era fraca.
A vida de Helena estava praticamente em minhas mãos, pediria em troca sua lealdade pela humanidade e ela saberia o resultado se tivesse a ousadia de me trair algum dia.
- Podemos ter uma conversa bem civilizada aqui, mas eu não pretendo e nem prometo te tratar diferente, será do meu jeito ou você não terá nada. Como você sabe sou filha do pior demônio e eu não tenho espaço para bondade. - Ergo minha cabeça, lançando um olhar para que me leve ao pé da letra.
Ariel me olha entendendo que eu não iria fazer nada de um jeito carinhoso e fácil como ela mesma faria. Ela baixa a cabeça tristonha, mas já compreendendo tudo que eu poderia fazer ali seria de um jeito doloroso.
- Você não pode ficar aqui, precisarei de minha mãe e... você já sabe. - Digo a Ariel que afirma desviando o olhar de pena para Helena e volta para mim.
- Você vai ajudar ? - Pergunta com sua voz suave.
- Vou ver o que eu posso fazer, não se preocupe. Quer que eu te deixe na barreira?
- Eu sei o caminho. - Sorrir já virando para os passos.
- Ariel! - A chamo e na mesma hora ela vira. - Shiiiiu... - Faço um sinal com o indicador na próximo a minha boca para que ela não conte nada a ninguém. Ela assente e então some de vista.
- Você parece se dar bem com ela, será que realmente não existe nada de bom aí? - Helena diz me fazendo franzir o cenho.
- E você? Merece a mesma bondade que ela tem de mim? - Pergunto a lembrando que tentou me matar, a mesma cora abaixando a cabeça.
Dou passos para me aproximar e cruzo os braços
- Chamarei por minha mãe, e ela verá se isso tem jeito.
- Certo. - Diz um tom sussurrado
Enquanto a não mais humana trocava as vestes, dei-me o trabalho de chamar um dos mensageiros para que pudesse levar o meu chamado pela minha mãe até ela.
Sentei debaixo da árvore mais próxima que tinha ali, suspirando impacientemente. Ela sabia que eu odiava esperar por muito tempo. Meu passa tempo momentâneo estava sendo os insetos que eu estava esmagando com um galho.
Esmagando o maior inseto, sinto o chão estremecer leve, observo atentamente a nova presença saindo do próprio.
Não acredito no que vejo, uma raiva misturada com surpresa toma conta de mim. Aquela figura alta, dos ombros largos e corpo malhado da pele pálida, parada bem ali na minha frente. - Quem o ver agora, nem parece que reina o inferno. - Ajeitando botões do meio do blazer preto, me olhando com um sorriso de orelha a orelha. Nunca disfarçando os olhos avermelhados e obscuros com as chamas que há no fundo, os mesmo olhos que consegue pôr medo em qualquer um.
- Minha princesinha infernal. - Diz Lúcifer abrindo os braços para um comprimento, mas desvio no mesmo instante.
- O que você está fazendo aqui? - Não que eu esteja com raiva pôr não ter ido me acompanhar até o portão, mas não era dele que eu precisava naquele momento.
- Eu vim ver minha filha e ajudá-la no que ela tanto precisa e me desculpar por ser tão ausente. - Sorri vindo em minha direção.
Reviro os olhos, então olho para Helena que se encontra com uma expressão horrenda atrás dele. Ele me olha e vira com curiosidade para onde eu estava a olhar.
- O que temos aqui. - Caminha até a mesma a deixado corada assim que passa suas mãos pelos cabelos dela. - Um demônio criado. - Sorri novamente
- Sou Helena, Senhor. Eu pedi ajuda de sua filha para que eu pudesse me tornar uma mortal. - A garota diz com a voz rouca e baixa.
Eu chamei minha mãe, porque ela teria pelo menos um pingo de piedade e daria um jeito de ajudar a garota. Meu pai por outro lado, brincaria com ela e no final, ou a levaria para o inferno ou a mataria ali mesmo.
Já sabia o destino de Helena, e eu não iria poder fazer nada.
- Aaah, então minha Dara disse que ajudaria você. - Me encara com um olhar divertido.
- Não, ela não disse que me ajudaria, mas veria o que podia fazer. - Vejo seu olhar levantar disfarçadamente para mim.
Agradeci mentalmente por não ter feito promessas.
- Então vamos fazer um joguinho. - Meu pai passa pelas minhas costas parando ao meu lado. - Vamos, amor?
- Claro, porque não? - Ainda com os braços cruzados observando a cara confusa de Helena, concordo com contragosto com a ideia idiota de meu pai.
- Me fala sobre você e um motivo bem comovente para que eu a torne mortal. - A garota se abraça e começa a contar.
Uma vez um cara pediu a vida eterna, então meu pai perguntou qual era o maior desejo maligno do humano e o que seria capaz de fazer para ter. Então o mesmo respondeu:
- Eu seria capaz de matar alguém para ser rico e ter uma vida desejada. - Disse sem tirar os olhos de meu pai, como se tivesse sendo hipnotizado.
Meu pai sorriu com a resposta do homem, sabia que isso era um dos maiores pecados que alguém poderia cometer, então assim que o humano percebeu o que tinha acabado de dizer, ficou horrorizado. Meu pai dizia que era o seu desejo mais profundo e que ele não poderia negar.
Com o peso na consciência pelo o que queria, disse que tinha se arrependido e que não queria mais fazer pedidos ao meu pai. Com a paciência curta, Lúcifer mostrou sua verdadeira face.
- Arrependimentos? Eu acho que não. - Sorriu com malícia de maldade entre seus lábios.
O homem com medo se jogou do prédio mais alto de sua cidade, espalhando tudo o que tinha no corpo humano no chão. E no fim, acabou se encontrando com o meu pai no inferno. Tendo sua vida eterna, mas de uma forma diferente, ele sentia a dor sendo multiplicada toda vez que se jogava repetida vezes do mesmo prédio, só que no inferno.
Como eu sei? Eu estava lá.
Já estava exausta das perguntas que Lúcifer fazia para Helena, eu já sabia de tudo, mas não queria me dá o trabalho de relatar toda a bendita história da garota.
Mas descobrindo agora que o pai dela era humano e fazia pouco meses que tinha falecido. Então viveu sozinha naquela chalé grande na montanha, eu não conseguia sentir nada além de pena.
O que ela realmente quer?
- Dara, meu amor. Quer fazer a honra? - pergunta Lúcifer fazendo gesto com uma das mãos dando passagem.
- Tanto faz. - Digo aproximando-me de Helena com passos lentos e curtos.
Levo minha mão esquerda em seu queixo, o levantando para que me olhe atentamente.
- O que você deseja? - Pergunto ao sussurro e calma sem tirar os meus olhos do seu.
- Eu quero morrer, não quero mais sofrer mais do que já sofri. - Fico confusa com sua confissão, me afasto lentamente olhando para meu pai que sorri com nostalgia pelas palavras dela. A mesma me olha assustada, com os olhos cheios de desespero.
- Dara...eu... - Diz tentando achar palavras em meio ao medo.
- Acabe com o sofrimento dela, filha. - Idealiza meu pai.
- Ela vai pra onde? - Pergunto.
- Criados só evaporam, ela não irá pra lugar nenhum
Agora tudo estava fazendo sentido...
Helena recua um passo diante de mim, olha para Lúcifer fazendo um sinal de afirmação com a cabeça e volta a me olhar
- É o seu desejo mais profundo... - Digo embargada, mas com consciência.
- Eu entendo, mas também sei que lá no fundo você não quer fazer isso...em algum lugar você não é como seu pai, assim como eu, você também pode encontrar uma pequena luz, Angel, Nefer e Ariel talvez sejam ela. - Sinto algo dentro de mim e não consigo decifrar o que seja.
As palavras dela me tocou levemente e de repente Angel veio em minha mente, seu rosto, seu sorriso e o jeito de como ele, Ariel e Nefer se aproximaram mesmo sabendo como eu era e de onde eu vim.
- Pode fazer o que tem de fazer... - Vejo que lágrimas correm pelo seu rosto, já conformada de seu destino, Helena pega minha mão pondo em seu peito.
Fecho os olhos já puxando uma corrente de energia quente e sobrenatural por todo o meu corpo, sinto chamas subir e me consumir rapidamente. Para ser rápida e não ouvir a dor da garota, já lhe transformo em pequenas cinzas.
Vento deu um favor de levar para o pequeno riacho que levaria embora junto com as correntes de águas onde estávamos, deixando sobrar uma pequena quantia em minha mão. Encaro sem demonstrar expressão alguma, virando minha mão para que não sobre mais nada dela ali.
Eu não conseguia pensar em nada, tudo começou a passar como flash em minha cabeça e isso me deixava tão intrigada, não conseguia entender de forma alguma o que se passava em minha mente.
- Eu preciso voltar. - Digo sem me virar para olhar para a cara do meu pai.
- Você como sempre me deixando orgulhoso. - Sinto suas mãos tocarem meu ombro.
- Eu não fiz isso por você. - Digo tirando suas mãos de mim, me afastando para voltar para Guardions...
Helena já tinha perdido tudo, sua imortalidade impedia que ela pudesse seguir em frente e chamar minha atenção talvez para ela seria uma solução, me irritar para acabar matando ela seria um meio dela conseguir o que queria. Dizer que amava alguém...Ela queria dizer que amava o pai, a mãe. E sei como é se sentir sozinha, eu não fiz isso por ele, eu fiz por ela.
Eu não sei decifrar o sentimento que estar me dominando, mas eu estava deixando isso me acumular por dentro, enquanto a outra parte escura tentava lutar contra tudo que me fazia sentir viva...
Eu queria ter Ariel e Nefer por perto como irmãos que eu nunca tive.
Eu queira manter Angel por perto, me permitindo amar pela primeira vez alguém que talvez também pudesse me amar da mesma forma...
Eu estou disposta a deixar meu destino, e meu pai querendo ou não vai ter que aceitar.
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🦋| Eu sei que sumi e peço desculpas por me desleixar, eu juro que vou terminar essa fanfic, andam me cobrando capítulos novos também kkkkkkk
DARA TA COMEÇANDOOO A SE ACEITAR!
• Então como comemoração, vão deixando seus VOTOS, não custa naaadinha 💖
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