21.
Com tudo quase pronto, Chanyeol além de pedir por um único dia a mais para poder passar com Chungha, fez o promotor prometer que continuaria protegendo a mãe de Kim, assim como ela e também sua mãe que, finalmente seria livre das garras de Suyeon.
Chanyeol voltou para casa rapidamente assim que deixou o livro de contas com Jooheon, queria descansar e estar bem disposto na manhã seguinte para passar o dia com Chungha, afinal, não sabia quando fariam aquilo de novo, e se fariam. Quando chegou, ouviu o barulho da tv ligada e ao se aproximar da sala a garota – novamente – dormia enquanto lhe esperava. Tirou a blusa de frio que usava a jogando no sofá livre e em seguida se aproximou de Kim, – dessa vez – a pegando no colo e levando até seu quarto para que dormisse confortavelmente.
Logo que Chungha sentiu o corpo ser colocado sobre a superfície macia, acabou por acordar.
— Chanyeol?
— Oi, eu só estou te colocando na cama. Volte a dormir. – Terminou de colocá-la na cama.
— Você tá bem? Chegou em segurança? – Mesmo sonolenta perguntou sobre seu bem estar, sempre se preocupava quando ele saía.
— Sim, estou. Só preciso de um banho. – A assegurou de que estava bem. — Pode dormir despreocupada agora. – Ajeitou o cobertor sobre ela.
Chanyeol beijou sua testa e estava prestes a deixar o quarto quando sentiu o toque delicado de uma das mãos de Chungha sobre seu braço. Parou e a olhou.
— Se eu te pedir pra ficar aqui essa noite, você fica? – Chungha sentia seu coração apertado por razões que a própria desconhecia, gostaria de tê-lo por perto; sentir sua respiração, ouvir seus batimentos cardíacos e ter certeza de que ele estava bem, ao seu lado. Chanyeol sorriu e acariciou seu rosto.
— Sim, eu vou tomar banho e já volto.
Chungha concordou, Chan deixou o quarto em seguida. O homem caminhou até sua suíte e se despiu, jogando as vestimentas no cesto de roupas sujas. Se colocou sobre a água quente e por um instante ficou ali, parado, sem fazer qualquer movimento. Sua mente estava uma enorme desordem e seu coração estava doendo, não seria fácil fazer o que estava prestes a fazer. Seria simples se ele nunca tivesse desenvolvido afeto por Chungha, o que felizmente ou não, havia acontecido. Contudo, teria que se sacrificar por ela e sua progenitora, assim como pela sua mãe. Apesar de tudo, estaria tudo bem desde que isso trouxesse felicidade para elas, também sentia que tinha que ser punido pelas coisas que fizera, mesmo que fosse obrigado a executá-las.
Respirou fundo e terminou de se lavar diligentemente, não queria deixar Chungha o esperando por muito tempo, então se apressou. Logo que já estava devidamente vestido com um de seus pijamas, deixou o quarto e foi até o de Kim. Abriu a porta e adentrou devagar se juntando à ela debaixo do cobertor, assim que notou a presença do rapaz ao lado se virou em sua direção e o abraçou, Chanyeol a aproximou mais de si, deixando que a mesma deitasse a cabeça em seu peito. Assim ficaram até adormecerem completamente.
• • •
O dia fora bem aproveitado. Assistiram filmes e jogaram jogos bobos, sem preocupações. Mas como tudo que é bom dura pouco, o dia passou depressa e Chanyeol só queria que houvesse um jeito de desacelerar, somente para poder passar um pouco mais de tempo ao seu lado.
— Você precisa se cuidar, Chungha. – Chanyeol disse aleatoriamente enquanto ela guardava as cartas do baralho dentro da embalagem. Parou de imediato para encará-lo. — Mesmo quando eu não estiver aqui.
— Chanyeol?! – Disse seu nome em repreensão. — Não fale assim, é assustador. – Kim começou a se sentir um pouco nervosa.
— Desculpa, mas ainda sim, se cuide ok? Me prometa.
— Por acaso tem algo que eu não esteja sabendo? – Park negou, gostaria de contar à ela mas não conseguiria. — Então não me assuste assim, meu coração é fraco. – Tentou aliviar a tensão que estava sentindo com um comentário bobo sobre seu coração.
Mas de nada adiantou, a feição de Chanyeol ainda era tão séria.
— Você ainda não me prometeu.
— Eu prometo Chanyeol. – Estava preocupada e tensa, mas prometeu já que parecia importante pra ele.
— Obrigado. – Park a abraçou repentinamente. — Eu só quero que você fique bem e seja bastante feliz. – Manteve o abraço.
— Chanyeol você tá parecendo aquelas pessoas que vão morrer ou desaparecer pra sempre, sério, você tá me assustando. – Ele a abraçou mais forte.
— Eu só me preocupo com você, não entenda de outra forma.
— Então me prometa também, que vai se cuidar e ser bastante feliz.
— Eu te prometo. – Se for possível. — Você tá chorando? – Perguntou ao sentir o tecido da sua camiseta começar a umedecer e Chungha ficar calada. — Chungha?
Ameaçou se afastar para olhá-la mas ela o segurou, mantendo o abraço.
— Só estou um pouco sensível hoje. – Péssima desculpa.
— Chungha?
— Sim?
— Eu te amo. — Chanyeol sussurrou – pela primeira vez – que a amava.
Ao ouvi-lo finalmente se afastou e o encarou, talvez quisesse ter certeza de que ele estava falando sério, seus olhos estavam com um brilho diferente do habitual e Chanyeol estava sério. Havia sido uma declaração repentina que a pegou completamente de surpresa, mas Chungha sabia que sentia o mesmo em relação à ele. Tinha aprendido a amá-lo, mesmo com todas as divergências.
— Eu também amo você. – Chanyeol tomou a liberdade e a beijou quando ouviu as palavras saírem de sua boca, haviam soado tão doces e sinceras.
— Obrigado por gostar de mim.
Se beijaram por mais algum tempo e se abraçaram, a declaração inesperada fortificou ainda mais o laço entre eles. Yeol não tinha planejado aquela declaração, as palavras simplesmente deixaram seus lábios. Não se arrependia de dizer como se sentia, principalmente por saber que ela se sentia da mesma forma. Estava grato por, apesar de tudo, ela o amar.
Diferente da noite anterior, dessa vez Chanyeol quem pediu que a garota dormisse com ele. Gostaria de passar a última noite dele em liberdade ao seu lado. Foram para a cama mas não dormiram de imediato, conversaram sobre assuntos aleatórios e planos para o futuro. Discutiram até sobre casamento e filhos, aquela conversa era tão boa e dolorosa ao mesmo tempo, claramente aqueles planos não seriam seguidos.
Isso devastava Park Chanyeol.
Assim que decidiram dormir, não demorou muito pra que o cansaço viesse e suas pálpebras pesassem, os obrigando a fechá-las finalmente.
Durante a noite, Chungha acordou sentindo a garganta seca então se levantou devagar, fazendo todo o possível para que Chanyeol não acordasse, pretendia ir até a cozinha pegar um copo d'água. No entanto, por parecer estar sempre em alerta, ele abriu os olhos rapidamente quando sentiu o mínimo de movimentação no colchão. Kim sussurrou que precisava beber água, tranquilizando o rapaz que havia acordado meio atordoado.
Sorriu ao achar a cena engraçada e deixou o quarto, caminhando até a cozinha.
Pegou um dos copos de vidro e encheu até um pouco mais da metade, levando até a boca e saciando a sede que a atrapalhou dormir.
Ainda segurava o copo na altura dos lábios quando – finalmente – olhou ao redor e viu um homem de roupas pretas e máscara de poeira. Sua primeira reação diante o enorme susto que havia levado foi gritar e soltar o copo no mesmo instante, o deixando cair e se estilhaçar no chão.
O homem era de estatura inferior a Chanyeol, seu porte físico era mediano. Chungha não o conhecia, mas já imaginava o motivo pelo qual ele estava lá; por ela. Gostaria muito de gritar desesperadamente por Chanyeol, mão não conseguia dizer uma palavra sequer. O choque a deixou completamente muda e sem reação.
O rapaz aproveitou o estado em que Kim se encontrava e foi pra cima dela, pronto para tapar a sua boca. Uma de suas mãos foram até sua garganta e então, Chanyeol que havia escutado o grito e som de vidro se quebrando correu até a cozinha.
— Junmyeon! Solta ela! – Mesmo com toda vestimenta e de costas, Chanyeol o reconhecia facilmente.
Ele a soltou, assim que ouviu o Park. No entanto, a atingiu com um soco no estômago, fazendo Chungha desmaiar com a dor forte que sentira. A última coisa que viu antes de cair no chão foi a imagem de Chanyeol correndo até ela.
Desesperado, Park foi para cima do rapaz que acreditava fielmente ser Junmyeon e lhe desferiu um soco. Após ser atingido, o rapaz também foi pra cima de Chanyeol e então começaram a troca de golpes.
Park fez questão de arrancar a máscara do homem, somente para ter certeza de que era realmente Junmyeon e como já esperava, estava certo. Voltaram a se atingir e Kim percebendo que estava em desvantagem, sacou uma das facas que havia escondido em um coldre preso ao tornozelo e, voltou a atacar Chanyeol que não havia percebido a ação de Kim uma vez que, tocava o supercílio que escorria sangue e se recuperava do último soco que havia levado.
Junmyeon sequer cogitou e avançou para cima de Chanyeol, se aproveitando do momento e cravando a faca em seu abdômen. Park não conseguiu se mexer ao ser atingido, seus lábios se entre abriram enquanto sentia a dor insuportável que o objeto lhe perfurando estava causando. Se curvou um pouco levando a mão com dificuldade até o local, Kim a forçou contra o abdômen de Yeol um pouco mais fazendo-o dar alguns passos pra trás, assim, encontrando a mesa de centro da sala de estar tropeçando e caindo sobre a mesma que, cedeu no mesmo instante por conta do peso e impacto com que Chanyeol caiu sobre ela.
— Sinto muito .. – Ouviu o homem sussurrar enquanto o encarava todo machucado sobre os restos do que um dia foi uma mesa de centro.
Park sentia os estilhaços machucarem seu corpo, sentia o tronco queimar e teria sorte se não fosse perfurado pelos cacos de vidro também. Junmyeon o deixou caído sobre o centro da sala e correu até Chungha que ainda estava desacordada. Chanyeol tentava se levantar, mas sentia dores demais e a faca parecia adentrar ainda mais conforme seu abdômen se contraía nas tentativas frustradas de se levantar. Estava desesperado, precisava fazer algo, enfrentou a dor absurda e conseguiu levantar o tronco minimamente, o suficiente para ver o outro levando Kim nos braços, de qualquer forma, como se ela fosse um pedaço de carne em um açougue.
Sua tentativa de se levantar falhou, ele tentou mais uma, duas, três e quatro vezes, voltou a falhar. O desespero havia tomado conta, Chanyeol começou a chorar em desespero por não estar conseguindo se levantar, por não conseguir impedir que Junmyeon a levasse, por não ser capaz de a proteger. Não podia gritar ou chamar a polícia, seria problemático demais já que teria de explicar a história toda, perderiam tempo demais.
Com muita dificuldade e dor, conseguiu se sentar, a ferida parecia sangrar mais e mais conforme ele se mexia.
Olhou para os lados, procurava o celular que tinha certeza ter deixado na sala e o encontrou sobre o sofá, entre um assento e outro, apesar da dor se esticou e conseguiu alcançá-lo, gemeu voltando a tocar o abdômen sentindo dor, tocou a tela com as mãos manchadas de sangue e ligou pra Jooheon.
— Chanyeol?
— Jooheon.. – A voz de Chanyeol estava falha e ele chorava inconsolável — Levaram ela, salve-a, por favor. – Era possível notar o desespero em seu tom de voz, a dor piorava conforme os segundos passavam e ele sabia que não conseguiria se manter acordado por muito tempo.
— Chanyeol, o que houve? – Jooheon havia ficado visivelmente nervoso e Chanyeol ainda mais desesperado.
— Eu fui esfaqueado, porra. Um dos caras do Suyeon levou a Chungha, eu preciso que você a salve.
— MERDA! Aguenta firme, eu tô indo praí agora!
— Não, não venha pra cá, vá atrás dela e a ajude. — Gritou em desespero e agonia. A dor era gigantesca e Chanyeol já havia perdido uma grande quantidade de sangue. — Salva ela, por favor.
Não conseguindo suportar mais, deixou o celular deslizar de suas mãos e seu tronco voltou ao chão, por mais que tentasse não tinha forças pra sequer se manter acordado. Seus olhos começaram a se fechar lentamente enquanto a voz de Jooheon do outro lado da linha que gritava repetidamente seu nome ficava cada vez mais distante.
»»»»»
Sinceramente eu senti agonia e nervoso escrevendo esse capítulo, me deu até dor se estômago e não é meme!
Algum palpite sobre o que vai acontecer?
Estamos quase chegando em 10k, espero alcançar essa marca logo e, quero agradecer antecipadame! Obrigada meu amores, nada disso seria possível se não fosse por vocês, eu sou muito muito grata mesmo! LUV U ALL ❤
Espero que tenham gostado – se for possível – do capítulo. Não se esqueçam de votar e deixar aquele feed backzinho pra eu saber o que estão achando da história!
Enfim, obrigada por ler, XOXO 🌸
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