019

~ Fim da Guerra ~

Comentem bastante!

Sentimentos são previsíveis da mesma forma que imprevisíveis. Sabemos deles por meio do nosso dia a dia, de nossos pais, tios, avós, vizinhos, amigos, livros, filmes e séries.

Sentir tais coisas é diferente. A proporção retratada nunca condiz com a realidade.

Amamos mais do que o visto, ou menos.

Comparação injusta, quando um grupo de pessoas não consegue transmitir metade do que sentimos na realidade.

Quando ouvimos que um dia estaríamos apaixonados e perdidos, não acreditamos. Ao menos, foi o que aconteceu com Lee Eunhyuk.

Ele havia visto seus pais se declarar por anos, demonstrar amor aos filhos a cada minuto, mas nunca se imaginou sentindo algo de tamanha maneira.

Ele conhecia a mulher nova do prédio verde, como todos conheciam. A versão de que ela era uma sobrevivente, a única Han sobrevivente de um ataque que a família sofreu, a estudante que havia sido torturada e se manteve viva.

Ela era silenciosa, nunca puxava assunto, ou tentava fazer amizades. Eunhyuk havia a visto conversar com um dos moradores certa vez, um que vivia com bíblia, mas mesmo assim, a Han nunca dava muita abertura.

Eunhyuk a cumprimentava todos os dias, quando se encontravam pelos corredores ou elevador.

Ela era linda.

Mas era apenas isso. Uma pequena atração física, ele nunca se aproximaria dela, e ela nunca se aproximaria dele.

Até tudo virar do avesso. E Lee Eunhyuk se apaixonar perdidamente por Han Moon, por ela e seu senso de justiça, suas promessas, sua sinceridade, teimosia, amor por luta, e ação.

O Lee admitia que tentou odiar no início, como ela o desafiava, olhando como se conhecesse seus pensamentos, e sentimentos. Ele precisava dela, não porque a achava bonita e a beijar o deixava leve, e sim porque tudo em sua vida se tornava tranquilo.

Suas brigas com Eunyu pareciam bobas, as soluções para os problemas do edifício se tornavam mais fáceis e escolhas óbvias. Lee Eunhyuk a escolhia, ele não pensaria duas vezes em expulsar alguém que a estressava ou colocava em perigo.

Moon se tornou tão preciosa quanto sua irmã.

Mais, seu coração gritava.

Sentiu tudo aquilo ao ouvir um grito estrondoso, quando ele e Hyun-su terminavam sua batalha.

Moon precisava dele.

Sua mulher precisava dele.

E ele estava indo até ela.

Lee Eunhyuk não iria pedir Han Moon em casamento. Não originalmente.

Quando escolheu a aliança, ao melhor, pediu a Hyun-su quando pegasse no apartamento de uma antiga vendedora de joias, sua ideia era um pedido de namoro.

Mas seu coração, mesmo que mentindo não a amar, queria mais. Desejava garantir que Moon seria dele, e apenas dele.

Seus passos eram tão rápidos, que nem mesmo Cha Hyun-su o alcançava, seus olhos antes frios parando no corpo estendido e sangrento da amada, tornando-se assassinos.

—— O neo-humano da minha neta...

A criatura a sua frente sorria, mas Eunhyuk não. Ele só sentia ódio.

Avançou contra uma das garras com facilidade, quebrando um dos tentáculos ao meio, o partindo como um pedaço de pano vagabundo.

Jang rugiu, mas Eunhyuk não precisou atacar novamente, seus olhos se fechando quando um clarão tomou conta do salão, enquanto Sun chegava até o local.

Todos os olhos indo diretamente a fonte de tal choque. Encontrando uma visão distinta de Moon, os olhos azuis, e sorriso maldoso.

Não se parecia com a mulher que sua versão humana amava. Na verdade, era muito semelhante, mas não era a mesma coisa, e Eunhyuk queria a sua Moon de volta.

—— O filho da puta que nos transformou em máquinas assassinas ——  disse a versão diferente de Moon, se aproximando com firmeza —— atacando uma neta indefesa novamente —— negou como se estivesse decepcionada, Eunhyuk tombou a cabeça sorrindo, enquanto o Jang de levantava irritado —— que tal atacar quem aguenta?

Sun se colocou ao lado da irmã, embora estivesse pálida e de olhos vermelhos, Eunhyuk sentiu a transformação dela vindo também, se colocando ao lado de Moon, se obrigando a encarar o inimigo e não a mulher que tanto queria ver se estava bem.

—— Vocês são fracas —— Jae-jun sorriu diabólico, sangue pingando de sua boca no chão —— Tenho vergonha de tê-las como netas.

Moon riu, engatilhando a arma novamente, seu lado humano passando algo a sua mente, que lhe fez gargalhar mais.

—— Eu acho que não...

Quando tinha seis anos, Sun se identificava com a Lindinha de Meninas Super Poderosas.

Elas eram tidas com as mais fracas de suas famílias. Mesmo que passando pelos mesmos treinamentos e missões, a Han mais velha nunca se sentia parea para os marcos de sua mãe ou até mesmo de sua irmã mais nova.

Moon tinha recordes a seu favor. Era a mais rápida, a mais inteligente e a favorita de seu avô.

A mais nova era a mais elogiada pelos treinadores, a que mais ganhava doces dos pais, e que tinha mais prêmios. Moon recebia mais atenção, amor e certamente fama.

Sun tinha medo de nunca ser boa o suficiente. Foi um alívio quando Moon anunciou que não seguiria no exército e sim faria uma faculdade, e um maior quando a caçula parou de treinar.

Achou que finalmente teria suas vitórias e soluções. E nunca se sentiu tão enganada.

Todos ainda preferiam Moon, lamentando sobre como ela era uma enorme perca para a DOE, e uma tristeza não ser mais Subtenente.

A única coisa que Sun teve e Moon não, foi o azar de ser uma infectada e não uma transformadora.

E mesmo assim, Han Sun, nunca odiou Han Moon. Sua caçula, sua melhor amiga e irmã. A menina que nunca desejou tanta atenção e aclamação e que sempre quis paz.

Que estava diante seus olhos, com os próprios se tornando azuis, enquanto atirava contra o avô novamente.

—— Nós sempre fomos melhor do que você. É por isso que sempre desejou ter por perto, não pelo poder em si, e sim para se sentir especial.

Jang estremeceu de ódio. E Sun sorriu para o plano da irmã.

—— Tão fraco que usou duas crianças para ser especial, tão estúpido que falhou em manipular duas menininha...

Sun encarou as costas do avô, notando um sinal ali. Uma voz gritou em sua mente, a fazendo se assustar.

A fraqueza! Atinge ali.

Sun franziu o cenho, como Moon fez tantas vezes. Aquela não era sua voz, não, não. Era diferente, como uma ordem que fez seu corpo se curvar em atenção, como uma pessoa obediente.

—— Tão fraco, que soube que se duas meninas falhassem, seu nome seria esquecido.

SUN! PRESTA ATENÇÃO NA CICATRIZ!

A mais velha encarou Moon, que mesmo com olhos azuis e postura diferente, ainda se parecia com sua caçula. Reconhecendo a voz.

—— Você é uma vergonha... duas meninas venceram você...

Jang Jae-jun avançou contra a neta mais nova, sendo repentinamente empurrado por Lee Eunhyuk que não demonstrava nada fora raiva, seu corpo sendo jogado contra os escombros.

O neo-humano sorriu satisfeito em afastar o perigo de Moon, vendo Jang tentar rastejar para se manter de pé novamente, estando desnorteado pelo golpe.

Dando o tempo e a oportunidade perfeita para Sun – uma cicatriz deixada por sua primeira transformação – a mais velha fincou suas unhas ali, ouvindo um grito estrondoso do mais velho.

—— Grita filho da puta —— Sun mandou, seus olhos vermelhos sedentos por vingança e sangue —— GRITA COMO FEZ MINHA IRMÃ GRITAR, PORRA! —— grita ela, cravando suas garras profundamente na cicatriz.

Jang ruge, sua forma colossal colapsando. Por um momento, ele volta à forma humana, os olhos piscando entre as netas. Nenhuma com nenhum reconhecimento e ele.

—— Você perdeu —— Moon sorriu para o que um dia foi seu avô, os olhos tremulando entre vermelho e castanho —— Porque na verdade, você que é fraco. Acabou sem meu sangue, sem sua filha, as netas e vai acabar sem a vida.

Sun sorriu para a irmã.

E Lee Eunhyuk tombou a cabeça para o lado, observando aquela versão de sua Moon.

Sorrindo um pouco. Ele soube, que amava tudo nela, todos seus lados e pensamentos.

Lee Eunhyuk segurou uma das mãos de Moon quando se sentou ao seu lado. Ambos de lado de fora do estádio, o único som sendo o de Jang Jae-jun sendo torturado por Sun, e o crepitar da fogueira ali.

Os olhos azuis sendo imediatamente substituídos por castanhos. Lagrimejantes e sofridos.

Eunhyuk não sabia como agir, mas já havia estado em situação semelhante, quando Moon demonstrava estar ferida.

—— Tudo bem querida —— tentou ser suave, a puxando para um abraço apertado, a cabeça dela em seu peito —— ele não vai te ferir Moon, nunca mais...

A Han soluçou, agarrando seu pescoço, como se fosse comprovar que ele estava realmente ali, com ela.

Eunhyuk deixou um pequeno beijo em sua cabeça, seus dedos acariciando a cintura dela.

Moon não sentia nenhuma dor, fora a emocional, seu corpo completamente recuperado, fora o medo. Medo não do avô, e sim do que não sabia sobre seus poderes, como conseguia controlar neo-humanos e infectados. O que significava tudo aquilo.

—— Não me deixa —— pediu dolorosamente.

O Lee sentiu uma sensação estranhamente ruim em seu peito, seus olhos acumulando uma água esquisita, enquanto a apertava mais em seus braços, como se fosse retirar sua dor.

—— Nunca mais —— prometeu sincero —— não vai se livrar de mim, Moon...

FELIZ 2025 PESSOAL!

Até o epílogo...

NÃO TO ACREDITANDO...


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