Capítulo 4 - parte 5 (não revisado)

Na engenharia, o Daniel apresentou o engenheiro chefe ao comandante. Benstok olhava abismado para os monstruosos reatores de antimatéria.

– Quanto tempo é necessário para trocar o motor dadas as circunstâncias atuais?

– Três dias, aproximadamente – disse –, não mais do que isso.

– Não temos esse tempo em absoluto – resmungou ele, preocupado. – Vejamos. O que precisa de ser feito em um planeta não é toda a obra.

– Tem razão, Almirante. Acho que a parte externa do conserto leva, no máximo, um dia.

– Nós vamos para o planeta. Pegue quantas pessoas forem necessárias para isso exceto os que estão auxiliando na enfermaria, mas tentem recuperar o propulsor estelar antes do prazo senão corremos umsério risco de virarmos picadinho.

– Sim senhor.

Daniel virou-se para o alienígena e disse:

– Comandante Benstok, nós vamos para aquele sistema procurar um planeta adequado para o reparo da nave porque há necessidade de pousrar. E a vossa nave atingida?

– Os reparos dela também vão demorar – respondeu o comandante do Povo das Estrelas, preocupado. – Agora, tudo vai depender de quantos dos nossos podemos juntar aqui e quantos inimigos teremos.

A frota reiniciou o seu percurso. A nave danificada não estava impedida de se mover, mas foi necessário reduzir muito a aceleração e velocidade final para que ela pudesse acompanhá-los sem ficar para trás. Por conta disso, o clima na nave solariana era de tensão e nervosismo. Todos os setores trbalhavam em regime de sobrecarga, em especial os ligados à defesa e à engenharia. No deck gigantesco onde ficavam as instalações fabris mais importantes, além dos reatores e outros maquinários para a nave, um verdadeiro exército de pessoas e robots trabalhava sem para. Dos primeiros, muitos tripulantes vinham emprestados de outros setores, etá da limpeza e alimentação. Na sala principal, o engenheiro chefe distribuia as tarefaz e, volta e meia, dava uma bronca em algum probre inocente cujo único erro era desconhecer qualquer coisa sobre engenharia. A tensão era tanta, que nem os robôs escapavam dos seus ataques.

– Tome cuidado com isso, sua máquina maluca – berou pela quarta vez. – Se essa peça quebrar, estaremos em sérios apuros. Onde estão as outras partes do motor sobressalente?

– Senhor – respondeu o robô solícito –, a minha programação básica exige que eu sempre tome cuidado com tudo o que faço. Caso deseje, posso deixar a peça aqui para alguém mais cuidadose pegá-la e transportá-la. Quanto ao resto das peças, estão na sequência de transporta para aqui exceto as que serão montadas por fora. Deseja que eu lhe entregue este concentrador de feixes?

– Você bebeum por acaso, seu robô maluco – barafustou o indiano, muito irritado. – Isso pesa oitocentos quilos. Por acaso acha que eu seria capaz de levantar tamanho peso do chão?

– Peço desculpas, senhor – disse a máquina sem se abalar com os comentários. – Um robô não precisa de beber. Eupensei que todos os seres humanos pudesse levatar estes oitocentos quilos, já que o meu construtor aquenta quatro vezes mais que isso.

– Como é que é? – perguntou Aditya engolindo em seco. – Você pensa que o almirante levanta mais de três toneladas? Mas que robô maluco!

– Perfeitamente, senhor – respondeu o robô, sempre calmo. – O almirante levanta cerca de três mil e quatrocentos quilos.

– Pois bem – disse Kami, paspero. – Um homem normal aguanta cinquenta vezes menos, então deixe de gracinhas e leve isso para o local indicado.

– Claro, senhor.

– E trate de se apressar.

– Não posso ir mais rápido, senhor, a menos que queira que o risco de acidente com esta peça aumente dois por cento.

– Se você não se virar e me levar isso agora memso para lá, quem vai ter cem por cento de chances de virar sucata é você, máquina dos infernos – berrou o engenheiro chefe.

– Claro senhor.

O robô virou-se e reomeçou o seu andar quando uma mão segurou o ombro e Aditya.

– Se o senhor continuar assim, a minha esposa vai precisar de lhe dar um sedativo, meu amigo – disse o almirante. – O senhor está sob forte stress, o que é bastante compreensivel.

– Acho que tem razão, senhor – disse o cheve com um suspiro profundo. – Mas agora não dá para parar.

– Senhor Kami, eu desejo que o senhor descanse agora por algumas horas. A navegação diz que vamos evar mais sete horas até chegar ao planeta e, quando estivermos lá, o senhor será imprescindível, só que estará de tal forma esgotado que não conseguirá fazer nada certo.

– Mas senhor...

– É uma ordem, chefe – disse Daniel, erguendo o dedo em riste, preocupado. – Eu ajudarei aqui até à sua volta e designarei um substituto.

– Está bem, mas apenas se me disser uma coisa...

– Chamaste, amor? - perguntou a Daniela, surgindo do nada e dando um susto no engenheiro.

– Oi, Dani. Quero que leves o senhor Kami para quatro horas de sona profundo e nem um segundo a menos. O que desejava saberm chefe?

– O que aquela lata velha disse é verdade? – perguntou o engenheiro, sem se aguentar –, que o senhor consegueme mesmo erguer mais de três mil quilos?

– O senhor devia saber que as máquinas desse tipo jamais mentem, Aditya – respondeu Daniel, rindo. – E ele não é uma lata velha. Nem mesmo tem seis meses! Podes levar amor. Quatro horas.

– Nem pensar, Três e olhe lá...

Daniel riu ao ver a esposa teleportar com o engenheiro chefe que ainda barafustava. Virou-se e voltou a ficar sério porque sentia a tensão nos tripulantes. O engenheiro chefe já devia vir nos limites da sua resistência desde antes de tudo acontecer porque era portador de grau baixo, motivo pelo qual não tinha tanta resistência, mas notava-se o desgaste aliado ao medo de ficarem presos tão longe de casa. Era certo que todos se voluntariaram para a missão uase suicida, para não dizer suicida de fato, mas, para a maioria, seria preferivel morrer a ficar longe dos seus.

Após determinar um substituto para o seu melhor engenheiro, ele foi para o segundo local onde a tensão era generalizada: a artilharia e comando de defesa. Ninguém notou a sua cheada pois teleprtara e a sala, quando em modo de pré alerta ou de confronto, sempre ficava na penumbra para facilitar a vizibilidade das telas que davam a volra à sala de lado a lado. Todas as cadeiras de comando de tiro estavam guarnecidas e algumas deles tinha mais de um homem ao lado, pronto para assumir em caso de necessidade. Na cadeira central, em um ponto mais alto, estava o chefe da artilharia, o Zulu. Ele, além de guranecer alguns computadores de tiro, ainda cuidava de várias outras coisas. A tensão do local era tão elevada que até parecia que saltariam raios de eletricidade, mas ninguém parecia prestes a colapsar, coisa que deixou o almirante mais tranquilo.

– Capitão – disse um dos correligionários. – Ache que nos safamos dessa?

– Alguma vez o senhor viu o nosso líder falhar? – disse outro colega, respondendo com uma pergunta. – Tenho a certeza que nos safaremos e ainda sairemos no lucro.

– Olha, gente – comentou um terceiro. – O almirante é a pessoa mais sensacional que eu conheço, mas ele não é Deus. É errado achar que ele resolve tudo porque não é verdade. Somos uma grande equipe e ele é apenas uma das cabeças.

– Pode até ser, meu irmãozinho, mas eu só arrisco o meu pescoço se ele está junto. Vocês deviam ver estatísicas e história. Nunca antes na história da humanidade nós tivemos batalhas com um número de perdas de zero ou próximo disso. O alimrante pode não ser Deus, mas faz milagres.

Zulu deu uma risada descontraida e olhou para uma tela. A seguir disse:

– No fundo, acho que vocês têm razão. Aquela refrega em Leônid não foi nada mole. – Ergueu a voz. – Zulu para Dani D I, está liberado para decolar após confirmação da ponte. A Dani D II vai voltar para a tripulação decansar enquanto o revesamento assume. Olho vivo, gente, ou viraremos picadinho.

– "Certo, Capitão" – respondeu o comandante do destroyer, ativando os antígravos. – "Já temos o aval da ponte."

– Boa patrulha – disse o chefe. – Celma, revese com Apolo e vá descansar três horas. Você também, Mineiro, troque com Zeca.

Dois dos soldados sentados levantaram-se e saíram quase aos tropeções enquanto um novo par assumia a função.

– Quanto tempo mais de voo, senhor? – perguntou um dos soldados.

– Mais quatro horas, mas nem pensem que o pouso implica relaxamento. Só estaremos tranquilos quando voltarmos para casa.

– Depois dessa, quero dormir pelo menos uma semana – resmungou um. Alguns colegas deram risadas.

Daniel não deixou que notassem que estava observando e desapareceu dali para verificar outros setores da nave. Apesar do esforço e da tensão absurda a que estavam submetidos, Zulu sabia administrar muito bem a sua equipe. Daniel confiava nele desde a primeira vez que o viu no festival dos dragões e agora ele dava provas do seu valor.

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