𝟬𝟮𝟯. REVOLUCIONÁRIOS NÃO PODEM VENCER
Jogadores, as luzes se apagarão em trinta minutos. Por favor, se organizem. Novamente, gostaremos de lembrar a vocês as regras do jogo. Qualquer jogador que desobedecer a partir de hoje as regras, será automaticamente eliminado. Repetindo, qualquer jogador que desobedecer a partir de hoje as regras, será automaticamente eliminado.
HWANG JUN-HO GEMIA DE DOR ao sentir a pequena adaga que Cho Junyu roubou escondido, perfurar a parte da lateral de suas costelas. Deitado em um dos beliches, o ex policial estava fazendo de tudo para ficar parado e não piorar as coisas. As pessoas mais próximas deles observavam a cena um pouco de longe para não atrapalhar, mas com medo de que o homem também morresse. A bala havia perfurado sua carne e se alojado ao lado da quinta costela, bem próximo do pulmão. Por sorte, quando os guardas movimentaram o corpo do homem de qualquer jeito, a bala não parecia ter prejudicado o órgão vital. Então, assim que chegaram no dormitório, a primeira coisa que Ko Tae-min fez foi carrega-lo até uma cama e ele e Junyu começar os primeiros socorros.
Junyu não era médica, claro, mas os militares tinham aulas de primeiros socorros e uma delas, era como conseguir tirar uma bala alojada no corpo e estancar o local.
─ Eu vou tentar tirar agora, não se mexe. ─ A Cho ordenou friamente. Seus pensamentos estavam em como salvar seu marido, tentando esquecer a cena de Gi-hun morrendo na sua frente. Ela não podia errar, não podia perde-lo e para isso, teria que ser tudo perfeito.
─ Tudo bem, eu seguro ele. ─ Taemin disse, pousando um dos braços nas pernas dele, para que não se movesse e a outra, usou para segurar a mão do homem. Ele não sentia nenhuma vergonha era o que podia fazer naquele momento. Apoiar o homem, ou melhor, seu indiretamente irmão, que lhe salvou.
A militar respirou fundo, sabendo que aquela era a hora para acabar com isso. Então, cirurgicamente, se deixou ser fria e usou a ponta da pequena adaga para retirar o projétil de bala alojada nas costelas do homem. O corte um pouco profundo feito para que fosse melhor de vizualizar começou a sangrar. Geum-ja logo correu para perto deles, usando um casaco jogado no chão para colocar em baixo, ajudando a limpar o local. Quando a bala finalmente foi retirada, Junyu começou o outro processo. Junhee trouxe para ela um fino grampo de cabelo e a linha de alguma roupa que ela havia separado, como a Cho pediu. A senhora jogou um pouco de água em cima do casaco e enxugou o local, dando visibilidade do corte para Junyu.
Seguindo com uma agulha e a linha para fechar o ferimento de forma completamente improvisada, Junyu evitou avisar que faria isso, pois sabia que seria pior. Portanto, seguindo o que aprendeu, enfiou a ponta da agulha na pele de Junho e costurou seu ferimento aberto com calma. Ele gritava de dor, fechando os olhos e respirando muito fundo para tentar controlar... parecia impossível. Ter levado o tiro havia incomodado menos do que agora. Mas ele suportaria... ele precisava suportar. Ele precisava ficar bem e se recuperar para cuidar de sua esposa e do bebê que estava na barriga dela. Precisava ficar bem para viver e sair dali em três dias. Como sair de outra maneira aparece tava ser impossível, o jeito, era ganhar os jogos ─ ou esperar que o milagre acontecesse e os outros lhe achassem.
Finalizando a sutura improvisada, Junyu passou um pedaço grosso de uma camiseta branca, ao redor de seu peitoral, na altura do corte e pressionou, fazendo um curativo. Hwang Junho puxou o ar lentamente ao relaxar o corpo de vez no colchão. Não era o mais confortável, mas Junyu havia colocado um alguns travesseiros em baixo dele, fazendo ficar mais confortável.
─ Aqui, Jun-yu, pra limpar as mãos e o rosto do Jun-ho. ─ Junhee havia enchido algumas garrafas de água mineral vazias, com água da torneira, caso eles precisassem.
Ela agradeceu, limpando primeiramente as mãos e depois, usando a própria mão para passar água no rosto do marido. Suado e um tanto febril, achou uma boa ideia lavar seu rosto e colocar um pano com água gelada ou na temperatura ambiente na testa do mesmo. Para diminuir a febre e refresca-lo. Ao olhar para o lado, Junyu percebeu que Taemin não tinha soltado sequer a mão do Hwang, e tão pouco Junho largou a dele. Em meio ao clima pesado, deu um pequeno sorriso, quase inexistente.
─ Obrigado pessoal. ─ Com lágrimas nos olhos, mas tentando se controlar, agradeceu. ─ Agora só tenho que observar se vai ficar tudo bem com ele. O Junho precisa descansar e vocês também.
─ E amanhã? ─ Daeho perguntou, preocupado. ─ Como ele vai jogar amanhã?
─ A gente dá um jeito. ─ Respondeu a mulher, mesmo sem saber que jeito eles dariam. ─ Taemin, você pode ficar com ele, por favor? Eu preciso ir no banheiro.
─ Não precisava nem pedir. ─ Ele sorriu, tentando passar confiança e acariciou o braço dela. ─ Não vou sair daqui, pode ir.
Os demais jogadores se afastaram, dando espaço. Junyu depositou um selinho nos lábios do marido, acariciou rapidamente a cabeça do mesmo e seguiu para o banheiro.
Taemin sentou-se no chão, ao lado de Jun-ho e o encarou. Seus coração naquele momento estava tão confuso, com tantas emoções, que não sabia o que dizer. Ele queria muito falar, queria muito expressar algo, mas não conseguia. Apesar da descobrir que tinha um irmão, um biológico por parte de um dos pais, a único coisa que ele conseguia sentir naquele momento era raiva. Estranho para alguém que acabará de conhecer um parente tão próximo, mas compreensível devido a situação. Hwang In-ho havia feito tudo de ruim. Para ele, mas principalmente para duas pessoas que fizeram diretamente parte da vida do mesmo. Como ele conseguia ser tão cruel com a própria família?
Não tinha do que sentir felicidade ao saber que Hwang In-ho era seu irmão.
─ Se pensar tanto assim sua cabeça pode explodir. ─ Disse Junho baixinho, com a voz rouca e cansada. O Ko arregalou os olhos, o encarando.
─ Não deveria ter feito isso. ─ Apesar de agradecido, a última coisa que ele queria era ver alguém arriscar sua vida por ele. O Hwang tinha uma esposa e seria pai, na cabeça de Taemin, ele não deveria ter feito se envolvido. ─ Você quase morreu.
─ E você ia morrer, então só me agradece. ─ Sussurrou o ex policial, sem arrependimentos de ter lhe salvado. Ficava triste por Seong Gihun, ele não merecia aquele fim, mas também o agradecia imensamente por ter feito o que ele não conseguiria, salvar Cho Junyu. ─ Eu sou mais forte que você.
Junho também estava morrendo de medo de morrer, mas não diria isso em voz alta.
─ Obrigado, Jun-ho.
Taemin apertou a mão dele uma última vez e a largou, encostando suas costas na borda do beliche. Ele encarou as próprias mãos, mexendo com as unhas. O cabelo ondulado caia sob o rosto, escondendo um pouco seu olhar. Os braços estavam apoiados mas pernas dobradas, com os joelhos para cima. Junho abriu os olhos lentamente, virando o rosto na direção do ex militar e o encarando. Pensativo, ele, que era apenas um ano mais novo que o Hwang, não sabia muito bem reagir quando seus sentimentos estavam em jogo. Costumava ficar em silêncio, achando que não saberia como inciar aquela conversa. Isso o deixava louco.
─ Não precisa ficar estranho comigo, é esquisito. ─ Junho deveria descansar, mas não estava conseguindo. Tanto por causa do Ko, quanto por causa de Junyu. ─ Acho que só dá pra ver como vai ser quando sairmos daqui. Por enquanto, vamos só continuar o que estávamos fazendo.
─ Brigando? ─ Indagou Taemin, zombando.
─ Virando amigos. ─ Nenhum dos dois sabia se essa poderia ser a melhor palavra para ser usada sobre a relação dos dois, mas classifica-la daquela forma era um grande passo. ─ Não interessa se o In-ho vai continuar com isso, a gente tá aqui com você.
Só de pensar que Hwang In-ho havia mandado matar o próprio irmão, deixava o coração de Jun-ho em pedaços. Agora, ele não podia fazer mais nada. Não tinha como salvar alguém que não gostaria de ser salvo e arriscar os outros por algo incerto. Se Inho largaria de vez sua vida antiga, tudo bem, ele iria seguir a dele.
( . . . )
Cho Junyu odiava perder ─ principalmente quando se tratava de pessoas. Ela passou por muitas fases de sua vida em que presenciou entes queridos e amigos indo embora. Em maioria, morrendo. Mesmo sendo durona e sabendo que a vida era feita de perdas e seu trabalho era feito de superações, ela nunca se acostumaria com o fato de perder alguém. Aprendeu a sobreviver em meio as perder e abandonos, tendo que fingir que estava tudo bem para seguir em frente e não fazer as outras pessoas caírem na depressão. Ela precisava ser forte por ela e pelos outros. Cansativo, mas necessário. Junyu nasceu com não apenas o espírito, mas a responsabilidade nata de uma líder.
As lágrimas desciam pelas bochechas de Junyu desesperadamente, energicamente tomada pela emoção de ter perdido Seong Gi-hun e quase ter visto seu marido morrer. As mãos, apoiadas no mármore da pia apertaram o local, tentando descontar a raiva e frustração que sentia naquele momento. Gihun não deveria ter morrido... ele não merecia morrer. Todo esforço que o homem teve todos esses anos, procurando o jogo e fazendo de tudo para acabar com ele e salvar outras pessoas... tudo isso... e ele havia morrido. Aquele homem, apesar de agora ter parecido alguém frio e sério, na verdade, era gentil. Ele queria ajudar. O mundo o mudou, mas não o fez perder a bondade em seu coração.
Kim Jun-hee entrou no banheiro quase vazio, o point de encontro deles fora do dormitório e viu Junyu aos prantos. Ela se aproximou calmamente, abraçando a mulher de lado. A garota, cinco anos mais nova, lhe confortou do jeito que conseguia. A Kim não teve muito amor familiar, então precisou desenvolver seus sentimentos sozinha, mas foi surpreendida nos jogos quando encontrou pessoas que estavam ao seu lado. Pessoas que lhe deram carinho e cuidaram dela. Que a fizeram acreditar que valia a pena ter amigos ou alguém legal para compartilhar.
─ Sinto muito, Jun-yu. ─ Junhee disse, sabendo que ela conhecia Seong Gihun fora dos jogos. Ela também havia ficado triste, pois o homem tinha lhe ajudado quando a mesma mais precisou.
Aquelas palavras também foram ditas relacionados para Hwang In-ho, já que, agora, os jogadores já sabiam que o ex jogador 001 era o líder do jogo. Park Jung-bae havia contato a todos o que aconteceu, como Seong Gihun morreu, como Hwang Junho se machucou e que o ex jogador estava disfarçado. Revelando, assim, seu segredo.
Junyu levantou a cabeça e passou a mão no rosto. A expressão cansada necessitava um auto-cuidado e principalmente, uma boa noite de sono. Junhee aproximou suas mãos do rosto dela e enxugou suas lágrimas, passando os dedos delicadamente pelos traços finos e bem marcados do rosto da Cho. A mais velha fez um biquinho, como uma criança chateada e a deixou cuidar dela. Quem dera fosse apenas os hormônios da gravidez, implorando por carinho ou por uma comida gostosa. Ela estava, literalmente, no pior lugar em que poderia estar e vivendo coisas que nunca gostaria de viver.
─ Deve ser muito ruim... ─ Continuou Junhee, sobre o mesmo assunto. Ela não daria muito papo para isso naquele momento, pois já estava quase na hora de ir dormir. Além do mais, Junyu precisava colocar a cabeça no lugar e dormir um pouco. ─ Mas você precisa descansar. Amanhã podemos falar disso se você se sentir melhor, irmã, não acha?
A palavra irmã pegou Cho Junyu completamente de surpresa. Ela arregalou os olhos, recebendo um sorriso doce de Kim Junhee, que queria dizer exatamente o que ela estava imaginando: Junhee já deveria saber que as duas eram irmãs com a mesma mãe biológica.
─ Como você descobriu? ─ Indagou a Cho.
─ Quando você e os rapazes foram trazidos de volta pelos guardas, você deixou cair uns papéis... ─ Junhee terminou de enxugar as lágrimas de Junyu, colocando o cabelo dela para trás. ─ Eu não queria ler, mas acabou que na hora que eu peguei um dos papéis, eu vi a ficha com meu nome. Então eu li e... bom, foi fácil de entender.
─ E o que você achou? ─ Junyu estava louca para saber a opinião de Kim Junhee sobre isso. Era simplesmente empolgante saber que as duas eram irmãs. ─ Eu não quero fazer nenhuma pressão! Não me entenda mal, é só que... eu sempre quis saber como era ter uma irmã.
Por mais que a morte de Seong Gihun nunca fosse esquecida por Junyu, ela não poderia mentir que saber como seria sua relação com Junhee daqui para frente lhe causava certa ansiedade. Sua amizade com a garota começou desde cedo no jogo e foi tão fácil se comunicar com ela, tão límpido e natural, que as duas simplesmente tornaram-se melhores amigas em tão pouco tempo. A presença feminina mais próxima que Junhee teve de uma melhor amiga foi Oh Hyojeong, mas ela morreu. Então, essa era a primeira vez em muito tempo que ela conseguia ter uma amizade feminina tão legal.
─ Sinceramente? ─ Junhee falou, causando ansiedade. ─ Eu gostei muito. ─ Um sorriso bobo surgiu nos lábios da mais nova, envergonhada. ─ Eu te admiro muito, Jun-yu. Não poderia estar mais feliz em ter você como minha irmã.
─ Eu também fiquei muito feliz, Junhee.
As duas abraçaram-se instantâneamente, acomodadas em um extenso calor que percorria por todo corpo. Seus braços apertaram as costas uma da outras, impedindo totalmente que se separassem ─ forte o suficiente para aquecer, mas não o suficiente para machucar. A barriga de Junhee impedia que ela se aproximassem mais, mas não incomodava em absolutamente nada. Na verdade, o fato das duas estarem grávidas só deixava o momento ainda mais agradável e cheio de esperanças. Elas tinham uma família viva, uma irmã. Poderiam ter a companhia uma da outra daqui em diante. Junhee mais nunca seria sozinha e Junyu, tinha uma nova chance de cuidar de outro membro de sua família e aproveitar cada momento ao seu lado.
─ O meu pai ia atrás de você, mas... ele acabou entrando aqui.
─ O senhor Cho sabia de mim? E iria me procurar?
─ Sim, ele descobriu pouco antes de vim. ─ Junyu balançou a cabeça positivamente. ─ Tenho certeza que você iria gostar dele. Cho Sang-woo foi o melhor pai do mundo!
─ Por isso a filha dele é a melhor do mundo também. ─ Disse a Kim, soltando uma pequena risada.
Jogadores, as luzes vão se apagar em cinco minutos.
─ Jun-yu, vamos deitar. ─ Junhee segurou a mão dela. ─ Amanhã conversamos mais, ok?
─ Tudo bem. ─ Concordou, um pouco mais calma. Ela estava mesmo cansada e já preocupada com Junho. ─ Mas não fica muito longe. Não vou deixar nada acontecer com você.
─ Eu também não vou deixar nada acontecer com você.
Hwang Junho e Ko Taemin, que conversavam algo baixinho, encararam automaticamente as mãos juntas das duas quando elas se aproximaram. Olhos inchados, dando a entender que com certeza estavam chorando, mas com semblantes menos devastados.
─ Boa noite, Junhee. ─ Junyu passou a mão no cabelo da irmã mais nova, acariciando e se despedindo. ─ Boa noite, Taemin.
─ Então ela já sabe? ─ Se não soubesse, o Ko teria deixado uma surpresa no ar. No entanto, ficou claro que Kim Junhee sabia que elas eram irmãs. As duas balançaram a cabeça, concordando. ─ Parabéns pra vocês duas. Vocês até que combinam, sabe? Nos nomes... nesse jeito...
─ Que jeito? ─ Questionaram, as duas, uníssonos.
─ Nada não. ─ Deu de ombros, mudando e assunto. ─ Vou dormir aqui no meio, caso precise de...
─ Não vai não. ─ Junhee o repreendeu. ─ Vai descansar.
─ Não precisa, eu tô ótimo!
─ Eu ia pedir a você pra dormir comigo... sabe, eu tenho tido muitas insônias e desde aquele dia que dormimos perto um do outro eu consegui dormir... ─ Elas olhou para os próprios pés, se fazendo de coitada. De fato, ela tinha dormindo melhor junto dele. ─ Mas já que você não quer, tudo b...
─ Nossa, que dor nas costas! ─ Ele apontou para as próprias costas, se levantando do chão automaticamente. ─ Você tem razão, preciso dormir em uma cama. Vamos.
Junhee revirou os olhos, batendo no braço dele. Junyu soltou uma risada e até mesmo Junho, ainda com dor, conseguiu rir da presepada de Ko Taemin.
─ Boa noite, pessoal. ─ Disse Junhee.
Os dois se deitaram na cama do lado. Junhee e Taemin mantiveram um espaço confortável entre eles, sem ultrapassar os limites por enquanto. O Ko não queria apressar as coisas, mas estava feliz que Junhee confiava nele para cuidar dela e do bebê. O velho travesseiro que a garota gostava de abraçar estava no meio dos dois, mas mesmo assim, ainda era um momento íntimo. Um passo que os dois deram e que demonstrava que ambos provavelmente tinham o mesmo sentimento escondido dentro deles.
Cho Junyu se aproximou do marido e verificou sua temperatura, preocupada ─ felizmente, estava bem melhor do que antes. Ela tirou o pano da testa dela e estendeu no beliche, pegando outro pano limpo e molhando um pouco com água para limpar o suor que havia saído. Quando o rosto de Junho estava completamente limpo, ela jogou seus cabelos para o lado, dando espaço para que ele não tivesse nada incomodando. Junho acompanhava cada passo da esposa, admirado o quão bem ela sempre cuidava dele. Mesmo com a expressão séria enquanto verificava se o curativo dele estava tudo bem, era lindo. Ele a achava a mulher mais linda do mundo e se sentia amado ao receber atenção nos mínimo detalhes.
Por mais que não quisesse, Junyu o fez tomar alguns goles de água e comer o resto do pão que guardou da última refeição. Satisfeita em vê-lo bem tratado, a mulher se deitou ao seu lado, fazendo um agrado uma última vez e verificando se ele estava completamente coberto. Apalpando cada centímetro dos dois lençóis que colocou, para deixá-lo aquecido.
─ Satisfeita? ─ Perguntou Junho, brincando com ela.
─ Você ainda tem humor pra ficar fazendo piada, Hwang Junho.
─ Meu amor, por favor, eu estou bem. ─ Ele disse com a voz rouca, virando o rosto para observa-la. Junyu voltou aquele semblante triste e preocupado, o que também o deixava triste. ─ Eu tenho a melhor médica do mundo.
─ Eu achei que ia perder você. ─ Mais uma vez, as lágrimas rolaram pelos olhos de Junyu. Ela havia chorado tanto, que não sabia mais como parar. ─ Eu não posso perder você... nós não podemos perder você.
A Cho levou a mão esquerda de Junho por dentro da camiseta que usava e pousou em sua barriga. O Hwang passou a mão, para lá e para cá, com um sorriso viciante no rosto, aproveitando cada momento em que seu sonho se tornava cada vez mais realidade. Ele deixou que uma lágrima também escapasse dos olhos, emocionado. Não poderia estará mais feliz, do que estava naquele momento ao imaginar ser casado com Cho Junyu e ter um filho com a mulher que ele mais amava.
─ Eu te amo muito, Junnie.
─ Eu também amo muito você, Jun.
─ E eu também amo muito nosso bebê... ou nossos bebês.
─ E eu também amo muito ele... ou eles.
Os dois sorriram, juntos.
─ Não queria te preocupar. ─ Disse Junho, fazendo um pequeno esforço para ir mais para frente e dá um selinho na esposa. ─ Mas vou ficar bem. Eu te disse, nunca vou te deixar.
─ O que a gente vai fazer, Junho? ─ Ela já estava sem ideias. Saber quais eram os próximos jogos ajudava, mas saber quais eram era exatamente o problema. Porque todos eram terrivelmente ruins para alguém que estava gravemente ferido.
─ Vamos pensar em algo. ─ Respondeu, sem querer perder as esperanças. ─ A gente vai sair daqui.
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