Capítulo 2 parte 2 (rascunho)
A garota desistiu de ficar na piscina e, quando o sol baixou, colocou uma canga e levou uma cadeira de praia para debaixo da árvore, voltando a ler o seu tablet com toda a calma enquanto também ouvia música com os fones de ouvido. Estava bastante distraída quando uma sombra lhe chamou a atenção. Ela ergueu os olhos da tela e viu o mesmo jovem de antes, arregalando os olhos, maravilhada. Ele era perfeito demais e bem ao seu gosto. Musculoso, tronco em "V" e pernas muito fortes. Os cabelos não eram tão loiros quanto os da vizinha que antes estava com ele, mas já dava para o chamar de loirinho. Os olhos, não conseguiu ver por causa da distância, mas o resto era tão perfeito que parecia uma obra de arte feita para si sob encomenda. Pousou o tablet e suspirou fundo, prestando atenção em cada detalhe do novo garoto da região.
Ele passou por ela sem que se desse conta e deu meia volta quando chegou às rochas, reiniciando a sua corrida. A garota não resistiu e ficou parada, observando aquele monumento à beleza, na sua modesta opinião.
Não muito tempo depois, ele reapareceu para repetir o processo e ela começou a ficar ainda mais atenta, aguardando que aparecesse de novo. Ele fez isso algumas vezes até que parou bem na frente da árvore, mas ainda não havia notado a moça, que estava mais afastada e do outro lado. Parou e começou a fazer alongamentos e ginástica enquanto ela apenas observava.
A moça deu um suspiro mais alto e, talvez porque a música estivesse trocando ou outro motivo qualquer, o jovem levantou o olhar e deparou-se com ela que viu finalmente os seus olhos; cinzentos, lindos e penetrantes.
― ☼ ―
Arthur então deparou-se com a coisa mais perfeita que alguma vez presenciara. Como ele costumava dizer, ela só não era mais linda e gostosa por falta de espaço. Magra, olhos cor de âmbar, cintura fina e pernas bem torneadas. Os cabelos eram castanho-claros, ondulados e os ombros delicados, seguidos de seios na medida certa. Estava de biquíni e a canga era semitransparente, mostrando o quão perfeito era o corpo da garota, tão perfeito que nem a prima era páreo para aquela fada à sua frente. Tudo naquela garota exalava perfeição... e ela olhava para ele. Estasiado, Arthur sorriu e disse:
– Oi, desculpa, mas não tinha te visto e espero não ter atrapalhado. Estava me exercitando. O meu nome é Arthur, e tu?
– Sou Anna – respondeu ela, sorridente. – Tu moras por aqui?
– Oi, Anna – disse, feliz. – Não moro aqui. Os meus tios é que moram e convidaram a mim e aos meus pais para passar um mês e pouco aqui. Eu tenho o hábito de correr todos os dias e aproveitei a sombra da árvore para fazer alongamentos e ginástica. E tu, moras por aqui?
– Sim, ali – respondeu, apontando com o polegar por cima do ombro para a casa de trás –, mas ficarei apenas até Fevereiro. Meu pai pretende mudar, só que ainda não se decidiu para onde. Infelizmente, vivemos viajando por causa do trabalho dele.
– É, isso tem um lado legal, mas também pode incomodar um pouco ao fim de algum tempo. Sabes, sou fascinado por essa casa. Ela parece até as casas de cinema.
– Se tu quiseres, outra hora eu te mostro. É mesmo uma casa linda e vou sentir muita falta dela.
– Bem, Anna, foi um grande prazer te conhecer, mas preciso de tomar um banho e me preparar para o jantar. Adorei te conhecer.
– O prazer foi meu, Arthur, aparece quando quiseres. Às vezes estou na piscina e basta chamar. Tchau.
O jovem saiu dali nas nuvens, pensando sem parar na vizinha da prima. Era a garota mais linda e perfeita em que ele pousara os olhos. Já que a moça foi tão receptiva e gentil, ele pensava em uma forma de se aproximar mais dela e até conquistá-la. A sua cabeça tecia planos e alternativas, mas a verdade é que não tinha ideia de como se aproximar dela. No final, concluiu que talvez bastasse ser natural e deixar acontecer.
No jantar, o tio aproveitou para fazer um churrasco e ficaram se divertindo no jardim. Mariana apareceu com duas latas de cerveja e estendeu uma para ele, sorridente.
– Aproveite que nossos pais deixaram.
– Tu sabes que eu não costumo beber muito, né, Nanica? – perguntou, debochado. – Na verdade não tem como saberes porque antes nenhum de nós tinha autorização. Mas, por ti, eu vou tomar... só pra te acompanhar gatinha safada.
– É por isso que eu te amo, meu lindo – disse, brindando com a lata e sentando-se ao seu lado. – Morar aqui é simplesmente um paraíso. Não sei por que motivo os seus pais não mudam para cá. Acho Porto Alegre meio sem graça.
– Porto Alegre é uma cidade legal, guriazinha, e tem coisas maravilhosas. Mas admito que aqui é bem melhor. Infelizmente, o trabalho do meu pai é lá e não há filiais nem no Rio nem em Niterói. Sabes, eu queria mesmo era conhecer o mundo todo.
– Claro, quem não gostaria! – a garota levantou-se e puxou o primo, fazendo acompanhá-la. – Se você fizer isso, vou escondida na sua mala. Vamos petiscar algo. Gosto dessa música...
Sem aviso prévio começou a dançar, fazendo Arthur acompanhá-la. Quando chegaram à mesa onde assavam a carne, atacaram logo um pedaço, enquanto Mariana pegava mais duas latas. Sentaram-se a comer e divertiam-se muito, quando Arthur se deu conta que tinha tomado umas cinco cervejas e estava um pouco tonto. Deu boa noite e subiu para o quarto, fazendo a higiene, despindo-se e deitando-se.
Não soube o quanto dormiu nem quando adormeceu, mas acordou com a prima abraçada a ele, beijando-o no pescoço, rosto e boca enquanto se insinuava encostando o corpo nele.
– Mas bah, guria, como tu entrou aqui se eu tranquei a porta? – perguntou espantado e sentindo o corpo reagindo. – Caramba, tu estás pelada. Nós somos primos!
– Bem, você também tá pelado e prontinho para mim – respondeu Mariana, rindo.
– Eu durmo nu e por isso tranco o quarto. Como tu entraste?
– Ora, meu amor, eu escolhi os quartos de vocês. Este quarto tem uma porta secreta que liga com o meu. O meu pai fez assim para quando minhas amiguinhas vinham dormir aqui. Pra quê tanta preocupação agora com esse negócio de sermos primos. Há dois anos, a gente brincou bastante e só não transamos.
Arthur notava a sua resistência minada, em especial quando sentiu os seios da moça esfregando nele. Sem pensar, levantou a mão e acariciou um deles, enquanto ela o beijava na boca de forma intensa, forçando a pélvis contra a sua coxa e deixando o coitado mais elétrico. Ela levantou-se um pouco e levou o seio para a boca dele, ao mesmo tempo que pegava a mão do primo e punha no seu sexo, enquanto ela pegava o dele e gemia baixo. A garota foi se encaixando devagar e voltando a beijar Arthur, enquanto ele dizia, sem muita convicção:
– Isso não está certo, Nanica, sem falar que eu ando a fim de uma garota. Aiiiii... vai com calma!
A moça, cheia de desejo não perdoou Arthur e fê-lo entrar dentro dela, forçando um pouco a relação.
– Você pode gostar de quem quiser. Aqui é só físico e entre nós – disse enquanto fazia movimentos de vai e vem, mais calma. – E não se preocupe que não vou engravidar.
A resistência do primo cedeu, em especial por causa do álcool, artimanha da Mariana. Ele abraçou-a e começou a beijar a moça, agarrando os seios e as nádegas. Pouco depois, virou-a, ficando ele por cima e acelerando os movimentos. Meia hora depois, ambos estavam deitados lado a lado, fazendo carícias um no outro.
– Gostou? – perguntou Mariana, aconchegada no seu ombro.
– Sim, foi muito bom e foi a primeira vez para mim, mas eu não me sinto bem tendo feito isso. Por isso tu me encheste de cerveja, né?
– Ora, só nós dois sabemos. – Deu uma risada e acrescentou. – Claro que enchi você de cerveja. Então, como é essa garota que você tá a fim?
Mariana não obteve resposta e notou que Arthur adormeceu. Satisfeita, abraçou-o mais forte e adormeceu junto. Ela adorava o primo, não o amava, mas adorava-o e desejava aquilo desde quando tinha quinze anos.
Ambos acordaram ao mesmo tempo, ainda muito cedo, e Mariana deu um jeito de se aproveitar mais um pouco, mas não transaram por falta de tempo. Após o banho, desceram para a sala e os pais de ambos já estavam de pé, tomando café.
– E aí, Arthur – perguntou o tio, debochado. – Muita ressaca?
– Sem ressaca, tio, por quê?
– É que a nossa intenção era deixar você fraquinho para podermos derrotá-lo.
– Mas que baita cara de pau – brincou o jovem. – Nem todos vocês juntos podem comigo. Isso com ou sem ressaca.
– Essa eu quero ver – disseram os pais de ambos ao mesmo tempo. Depois, o tio Otávio acrescentou. – Então antes do almoço, vamos eu, seu pai e sua prima enfrentar você e chutar o seu traseiro. Prepare-se.
– Combinado.
Quando estavam a sós, Mariana perguntou:
– E a garota que você tá a fim?
– O nome dela é Anna e mora naquela casa – disse, apontando para a última residência do condomínio.
Mariana arregalou os olhos, impressionada. Boquiaberta, olhou para a última casa e, depois, para o primo.
– Cê tá dizendo que a geladeira ambulante se chama Anna e conhece você? – perguntou, sem entender. − Vocês já se conheciam? O sotaque dela parece mesmo de Porto Alegre!
– Por que motivo geladeira ambulante? – perguntou o primo, franzindo o sobrolho. – Tás com ciume dela?
– Ciúme só um pouquinho. – Mariana riu. – É que essa garota não fala com ninguém, ninguém mesmo. O Marcus ficou encantado com ela e a mina virou as costas na cara dele sem dizer um ai. Depois, mandou ele catar a turma dele. Eu me apresentei para tentar fazer amizade e ela ficou calada como se eu não existisse. Depois, mandou-me embora. Pense numa menina antipática.
– Que estranho! – exclamou Arthur. – Eu tava correndo ontem e, quando terminei, parei para fazer alongamento naquela árvore. Ela estava lá, sentada em uma espreguiçadeira lendo, mas só a vi depois. Daí conversamos um pouco e ela foi super gentil, até me convidou para aparecer lá quando quisesse!
– Que contraste! – comentou a prima, espantada. – Vai ver ela gostou de você. Também, só uma louca não gostaria. Marcus vai ficar roxo de inveja, quando souber.
Arthur riu e recostou-se em uma das espreguiçadeiras, olhando para o horizonte. Fechou os olhos e sorriu, pensando na garota. Alguns minutos depois, ouviu um murmúrio no ouvido.
– Assim, eu vou ficar com ciúme, gato, muito ciúme.
Arthur abriu os olhos devagar, mas logo após sentiu algo muito gelado na sua cabeça escorrendo pelos ombros e saltou da cadeira, assustado e olhando para a prima que tinha um jarro de água gelada nas mãos. Ela riu, mas ele ficou zangado e disse:
– Sua diaba safada. – Saiu em perseguição da Mariana, mas ela fugiu, rindo. Quando estava encurralada, a garota disse, derrubando o resto o jarro em si própria:
– Pronto, você está vingado, não precisa mais ficar zangado.
Arthur acalmou-se e acabou rindo ao mesmo tempo que Mariana o abraçava. Abanando a cabeça, ele tirou a camiseta e colocou em cima de uma das mesas para secar ao sol.
– Sou realmente forçada a concordar com a minha, filha, Arthur – disse a tia –, você tá mesmo muito gato.
– Assim, vocês me deixam sem jeito, caramba...
– E se fosse uma certa vizinha... – provocou Mariana, brincalhona.
– Que vizinha? – perguntou a mãe do Arthur.
– A garota mais bela e intransponível desta cidade, a vizinha da última casa. Parece que ela gostou do priminho!
– Sério, Arthur? – perguntou o tio –, cara essa garota é deslumbrante, mas não fala com ninguém. O máximo que faz é um aceno de cabeça, sempre séria. Espero que tenha sorte, mas não se anime muito para não quebrar a cara.
– Caramba, tudo o que eu fiz foi conversar cinco minutos com ela quando terminei a minha corrida.
– É, e ela convidou o priminho a aparecer por lá.
– Até parece que você tá com ciúmes, filha! – disse o pai, debochado.
– Mas é claro que tô – respondeu, brincalhona. – Ele é o meu gatinho que só vejo de vez em quando e vem a garota roubá-lo de mim?! Jamais!
Mariana viu a cara perdida do primo e caiu na risada. O tio disse para Arthur.
– Já que todo mundo fez a digestão, que tal aquele desafio?
– Parece que estão com muita pressa de apanhar. Não querem esperar o Marcus voltar para não ficar muito desequilibrado para vocês?
– Nós chutamos o seu traseiro primeiro e, depois, chutamos de novo quando o Marquinhos chegar.
– Isso eu quero ver. Talvez seja melhor nós irmos para a areia de modo a não estragar nada, mas já vou avisando: não terei clemência com ninguém.
– Sabia que cão que ladra não morde? – perguntou a prima, rindo.
– Sabia, por isso não costumo falar nada, mas precisava avisar vocês...
― ☼ ―
Anna olhava para aquela manhã ensolarada e bonita. Graças à brisa do mar, estava bastante fresco. Colocou uma canga e uma regata cor-de-rosa e foi passear na beira da praia, molhando os pés na água muito fria. Passou na frente da casa da garota que se chamava Mariana e sentiu-se mal por ser tão fria com ela, mas isso fê-la lembrar-se do primo da moça e, inconsciente, sorriu, pensando naquele garoto lindo de morrer.
Bem nessa hora, a moça viu a garota dar um banho de água gelada no primo e fugir, rindo sem parar. Eles davam-se muito bem e eram felizes, coisa que ela desconhecia desde que nascera. Abanou a cabeça e continuou a caminhada, sentindo prazer na areia molhada. Pensava sem parar no Arthur e não sabia se deveria se aproximar dele, uma vez que só o veria por um mês, talvez pouco mais que isso. Mas a questão era que ela nunca antes teve esse sentimento tão forte que aconteceu quando o viu fazendo exercícios. Ele era lindo, perfeito, tudo o que ela pedira a Deus... mas a menina estava sempre mudando de casa e não tinha como construir raízes. Do que adiantaria se apaixonar pelo homem perfeito se sempre acabaria distante dele e, naquele caso, era certo que isso aconteceria, uma vez que ele não era de lá.
Deu meia volta e retornou na direção de casa. Ainda estava distante quando observou que Arthur descia para a areia e era seguido por dois homens mais a prima. Não foi difícil identificar o pai dela, que conhecia desde que se mudou, e o pai do garoto, uma vez que eram bem parecidos. Notou que os três fizeram um semicírculo e prepararam-se para atacá-lo, que ficou na defensiva. A garota estranhou que ele enfrentasse três pessoas ao mesmo tempo, sendo que dois eram adultos e ficou curiosa. Anna foi caminhando junto à rebentação e parou quando estava de frente para eles. De braços cruzados, observou o jovem lutar. Ele era tão bom que nenhum dos três conseguia tocá-lo. Veloz, Arthur acertava um enquanto se defendia dos outros dois, tudo isso ao mesmo tempo. Não demorou muito e golpeou a prima, que caiu e, antes que ela se levantasse, derrubou o pai e o tio em menos de três segundos.
– Querem apanhar mais? – perguntou ele, rindo e Anna derreteu com a sua voz.
– Acho que aprendi a lição – disse o tio, levantando-se. – Muito bom, meu rapaz, muito bom mesmo.
Arthur viu uma sombra pelo canto do olho e virou-se para o mar para se deparar com a menina que conhecera ontem, observando-os. Alegre, sorriu e estendeu a mão, acenando. Ela retribuiu ao cumprimento e sorriu para ele, que deu meia volta e aproximou-se da moça.
– Caramba – murmurou o pai de Arthur, impressionado. – Mas que pedaço de mau caminho mais bem-feito!
– Eu falei pra vocês – disse o tio, rindo. Pôs a mão no ombro do cunhado e abraçou a filha, retornando para casa.
Arthur chegou perto dela, virado em sorrisos.
– Oi, Anna, tu estás linda demais!
– Oi – respondeu ela, sorrindo –, sabes, eu não gostaria de te enfrentar; não mesmo.
O jovem riu alto e disse:
– Eu nunca brigo, então não te preocupes. Estavas passeando? – perguntou. – Posso te acompanhar?
– Claro – respondeu, voltando a andar. Foram conversando coisas triviais, basicamente fazendo perguntas um ao outro sobre as suas vidas e pessoas, conhecendo-se melhor e ele soube que ela era gaúcha, de Porto Alegre, mas a mãe era americana. Os dois sentaram-se em uma rocha baixa, no fim da praia e ficaram quase uma hora conversando até que Arthur achou melhor retornar por causa do almoço. Quando Anna ia entrar, ele segurou a sua mão e disse:
– Anna... sabes... posso te ver mais vezes? – perguntou, ansioso. – Eu sei que ficarei apenas um mês e pouco aqui, mas queria te conhecer melhor porque eu gostei muito de ti...
– Claro – disse ela de olhos brilhantes. Aproximou-se e beijou a sua face. – Estarei naquela árvore, quando terminares de correr.
Arthur deu-lhe um abraço rápido e caminhou para casa, louco de alegria e com os olhos brilhantes. Mal entrou, foi tomado de assalto por toda a família. A prima riu e apontou o rosto dele:
– Já tem até marca de batom – mostrou, debochada. – Pelo jeito o priminho gato não perde tempo.
Vermelho, o jovem apressou-se a limpar a face, enquanto o tio dizia:
– Quer dizer que Arthurzinho fez o milagre de descongelar a miss geladeira.
– Vocês estão sendo injustos com ela – ripostou, enérgico. – A Anna é um doce de pessoa...
– Mas então por que ela sempre evita todo mundo?
– Não sei, mas posso perguntar quando tiver mais intimidade. Ela comentou que tá sempre mudando de casa e disse que em Fevereiro já vão mudar. Talvez seja por isso, sei lá.
– Caramba, filho, estou para ver guria mais linda!
– É verdade, pai – comentou Arthur, distraído. – Ela é mesmo linda demais e até a Mariana perde para ela.
– Sai, seu safado – ripostou a prima, fingindo-se de zangada e dando-lhe o pequeno tapa no lombo. – Ela não é mais bonita que eu coisa nenhuma. Somos de belezas diferentes.
– Tá bom, Nanica – respondeu Arthur, rindo. – Afinal, tu também vives no meu coração.
– Bígamo! – provocou a moça.
– Pra isso, eu precisaria de ser casado com as duas – ripostou, debochado.
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