Capitulo 15.
- Miguel! - Desço as escadas às pressas.
- Alice! Sua barriga não esta pequena para você ficar correndo dessa maneira. - Lisa balançava Elisa nos braços.
- Você viu o Miguel? - Perguntei.
- Ele saiu muito cedo. Pensei que você soubesse.
- Eu sabia, mas eu queria desejar boa sorte.
- Talvez ele não queria te acordar, você é a grávida mais acabada que eu já vi. Você já olhou sua olheiras? - Lisa caminha para a escada.
- Muito obrigada. - Sinto água escorrer pela minhas pernas - Ah, meu Deus!
Levanto a saia do meu vestido mostrando a poça que se faz no chão.
- Lisa, está tudo bem. - Me afasto da poça tentando mostrar que estava tudo bem para Lisa.
- Ivo! - Lisa grita.
Elisa começa a chorar nos seus braços e finalmente começo a me contorcer pela dor.
- Majestade, o que aconteceu!? - Ivo vinha correndo da cozinha, não reparou a poça e acabou escorregando nela. - Quem deixou essa porcaria molhada?
Caio na gargalhada e ao mesmo tempo faço cara de dor.
- Ivo, se eu não tivesse parindo meu filho agora eu juro que ficaria rindo de você o dia todo, mas por favor me ajuda. - Me apoio nele.
- Calma, majestade! Guardas! Ajudem! Rápido! - Ivo grita.
- Lisa, fica aí com Elisa. Ivo vai comigo né? - Olhei para Ivo.
- Aí meu Deus! Não vejo um parto dês do seu. - Ivo me ajuda a ir para a carruagem junto com os guardas, não posso negar que a dor que eu sinto é enorme mais Ivo me disse que uma princesa finge está bem.
- Você viu meu parto? - Ivo e eu entramos na carruagem e ela logo é colocada em movimento.
- Acha que foi quem que socorreu sua mãe?
- Meu pai não estava?
- Estava viajando. - Ele força um sorriso - Você não está sentindo dor?
- Quer que eu fale a verdade?
- Não, seja forte. Nunca se esqueça você é uma princesa.
- Estou tentando me lembrar com essa dor. - Faço careta.
- Os guardas já se preparam, sabem que essa casa vive cheio de grávidas.
- Não é bem assim. - Sorrio - E você não vai ter filhos?
- Não posso ter. - Diz Ivo.
- Porque você é estéril? - Pergunto.
- Não, porque sou gay mesmo. - Ivo sorrir e balança a cabeça negativamente.
- Desculpa...
- Está tudo bem... Apenas inspire e expire.
A carruagem para em frente ao hospital real, alguns médicos me ajudam a colocar na maca. Seguro na mão de Ivo e imploro com meu olhar para que ele fique na sala de parto comigo.
A saia do meu vestido é rasgada, vejo quando Ivo olha de cara feia para o doutor. Seguro forte a mão de Ivo.
- Faça força! - Grita o médico.
Faço força e grito ao mesmo tempo. O médico pede mais uma vez e assim eu faço.
- Já estou vendo a cabeça. - Meus olhos se enchem de lágrimas. Miguel poderia está aqui - Faça força!
Faço força mais uma vez, escuto um choro fino, olho para Ivo e seus olhos estão brilhando de emoção.
- É um menino. - O doutor coloca no meus braços um bebê ensanguentado, ele tem os cabelos dourados assim como de Melinda, ele abre os olhos devagar e vejo o verde dos seus olhos assim como os meus.
- Ele é lindo. - Lágrimas escorrem dos meus olhos - Meu Arthur. - Beijo a testa do meu bebê.
(***)
Coloco o bebê ao meu lado na cama, não o deixaria dormi só depois do que aconteceu com Melinda e muito menos sem Miguel aqui.
O bebê dorme tranquilamente e fico ao seu lado o admirando.
- O papai volta daqui a um mês e tenho certeza que irá trazer sua irmã, ela é linda assim como você, meu pequeno Arthur. - Beijo sua testa e fico o admirando até cair no sono.
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