O guarda entrou na cela e agarrou Margoth pelo braço direito, ele era gordo e estava bêbado, contudo era forte e suas mãos eram gigantescas.

— Sua bruxa desgraçada! Vou te mostrar o que você merece!

Margoth tentava desesperadamente fugir, se debatia e gritava desesperadamente enquanto o homem cambaleante de sono, mas decido por sua perversão, prosseguia tentando tirar sua roupa.

Margoth olhou bem nos olhos da mulher, que obviamente não era vista pelo guarda, a Morte prosseguia sorrindo e apenas acenou com a cabeça enquanto seu olhar indicava determinação.

Ela entendeu perfeitamente o que tudo aquilo significava, retirou da lateral de sua roupa o vidro, entregue pela mulher, e com toda sua força cravou no pescoço de seu algoz. O sangue se alastrou enquanto o homem em pânico sentia a vida deixar seu corpo.

Quando Margoth percebeu a morte estava em pé ao seu lado e a ofereceu à mão para levantar. Sentiu que a mão daquela mulher era fria como gelo e macia como algodão.

— Essa é sua oportunidade, Margoth. A cela está aberta e esse era o único guarda da prisão. Posso te dar um último conselho? — Assustada, ela apenas a fitou com os olhos esperando que prosseguisse. — Pegue a carruagem que está abandonada na rua em frente a prisão e siga até amanhecer para o sul, lá tem belas fazendas, comida e paz. Boa sorte e até nosso próximo encontro, Margoth.

Desesperada ela correu para fora da cela, mas a Morte ainda tinha algo a dizer.

— Margoth!

— Sim! — Ela respondeu assustada.

— Seu irmão Pierre está em casa essa noite, certo? — Ela consentiu com a cabeça. — Que bom saber, tenho uma visita marcada com ele, ainda nessa manhã.

Margoth sorriu e correu para fora da prisão o mais rápido possível.

Fim.

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