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NOTAS INICIAIS
001: olá, beijinhos, aqui iniciamos nossa fase prisão, onde haverão risadas, dores e lágrimas.
• Outra coisa que queria comentar: obrigada por todos aqueles que comentam e votam nos capítulos publicados. Recentemente batemos 90K de leituras e isso me deixou extremamente feliz. Vocês fizeram isso acontecer, obrigada!
Sem mais enrolação, tenham uma boa leitura!♡
18 𝖽𝖾 𝖺𝗀𝗈𝗌𝗍𝗈 𝖽𝖾 2011
Hannah Grimes
Acordo com o beijo doce de Daryl em meu rosto, provavelmente se despedindo. Ou me acordando, como eu pedi para que ele fizesse ontem a noite. Murmuro palavras incertas, afundando meu rosto em seu peitoral coberto por uma camiseta de botões.
— bom dia, Hannitah! – ele sussurrou, a voz rouca bem perto do meu ouvido. Beijou carinhosamente minha têmpora direita, acariciando meu cabelo. — vamos, amor, tem que levantar ou a guarda irá ficar vazia.
Agarro seu corpo, o puxando de volta para a cama junto a mim. Me prendo a ele, o segurando comigo no colchão macio daquele quarto.
— mas eu não quero que você vá. – minha voz saiu baixa, sonolenta e manhosa. Ele solta um riso rouco, me abraçando com mais força. — vou ficar preocupada, não gosto de me preocupar.
— confio em você e sei que ainda estará aqui quando eu voltar. Que tal fazer o mesmo e acreditar que eu vou voltar para você no fim do dia, em?
Abro os olhos, encontrando suas lindas íris azuís encarando as minhas. Daryl me deu um sorriso pequeno, a barba rala roçando contra meu queixo e bochecha, colando seus lábios aos meus em um ato rápido.
— também não gosto de te deixar sozinha, ainda mais quando Glenn e Rick estarão comigo e não aqui com você, mas é por algo maior. Uma boa causa.
Saber que Daryl também se disponibilizou para procurar pela minha garotinha foi algo incrível e agoniante ao mesmo tempo. O amei ainda mais, mas me preocupo por suas buscas sem resultados. Eu me lembro muito bem como acabou a última busca organizada em que ele participou. Me apareceu com uma flecha na costela e um tiro de raspão na cabeça.
Hoje eu ficaria responsável pela segurança do grupo junto à Maggie e Lara. Rick, Daryl e Glenn vem nos treinando para isso há algum tempo e finalmente acham que estamos prontas para liderar algo assim. Mas é claro, sob a supervisão do meu grande amigo, T-dog.
— vamos, querida, levante.
Era como se Daryl estivesse convencendo uma criança de que o dia seria muito bom e por isso ela deveria acordar mais cedo. Mas eu me recuso a levantar e acabar com qualquer clima amoroso entre nós dois. O início do dia é um dos únicos momentos em que temos privacidade para expressar nosso afeto um pelo outro. Mas eu sei como hoje é um dia importante, e é por isso que acato ao pedido do meu namorado.
O solto após muito esforço, levantando o tronco do corpo com preguiça, levantando os braços para me espreguiçar, bocejando. O hálito não estava um dos melhores, o que me faz querer levantar mais rápido. Deixo Daryl para trás, indo em busca da minha grande amiga, escova de dentes. Tem sido uma grande luta encontrar creme dental perante ao apocalipse, mas estamos nos dando bem em relação a isso. Invado o banheiro que Carol já usava, parando em frente a pia extensa, passando o creme em minha escova.
— bom dia, meu bem. – a mulher desejou, doce como sempre.
— bom dia, Carol.
A higiene matinal feminina normalmente acontece neste banheiro, uma bagunça e tanto para apenas escovar os dentes. Não demorou muito para as irmãs Greene aparecerem, seguidas por Lori, Lara e Camila. Logo aquele lugar se tornou pequeno para tantas mulheres, apesar de ser um banheiro consideravelmente grande.
Não demorei mais do que o necessário, saindo dali junto à minha pequena pimentinha, Cami. Pela manhã a garota é calada, o que eu sou muito grata, pois não sou muito sociável neste período e o meu trabalho é ser a melhor tia para os meus sobrinhos.
Entretanto, Camila segue preferindo o tio Daryl do que a mim nos últimos dias, então foi totalmente tranquilo quando ela soltou minha mão e atravessou a sala correndo quando viu meu namorado.
— ponto para o Daryl outra vez. – murmuro, os alcançando.
Ele sorri com a criança no colo, que parecia bem conunicativa agora. Estou perdendo o posto de melhor tia para um Dixon, isso é quase impossível.
— vai dar bom dia para o tio Rick, meu amor. Nós vamos sair em cinco minutos e você só vai vê-lo outra vez no fim do dia, é melhor se apressar.
Novamente é como se a minha atração por este homem crescesse ainda mais. A cada palavra trocada entre Daryl e minha sobrinha é como se ele me conquistasse ainda mais, se tornando cada vez mais interessante.
— pare de conquistá-la, eu estou ficando para trás. – resmungo quando suas mãos agarram minha cintura. Ele ri, beijando meu rosto.
— precisa aceitar que ela prefere o tio Daryl agora, amor. – rolo os olhos em ironia, selando nossos lábios. — estou saindo, mas isso não significa que vou deixar você se alimentar mau na minha ausência. Eu tenho olhos dentro desta casa, Isabel, acho bom você fazer todas as suas refeições.
— ah, é claro, senhor Dixon. – ele me olha, não aprovando meu tom brincalhão. — tome cuidado lá fora, estarei te esperando no fim do dia.
Ele me abraça, deixando que eu acomode minha cabeça em seu peitoral. Recebo um beijo no topo da cabeça, me causando um sorriso pequeno, o apertando um pouco mais. Deus, como eu odeio me despedir, mesmo sabendo que ele voltará para mim se conseguir.
A voz calma de Glenn ecoa o cômodo, chamando por Daryl. Ele entrelaça sua mão a minha, me levando junto à ele por todo o caminho até a porta da frente. Carl estava lá, se despedindo do pai com uma carinha triste enquanto era convencido de que o tempo passaria super rápido.
Dou um meio sorriso a Glenn, que faz o mesmo enquanto abraçava a namorada. Não sei o que houve ontem, mas a conversa que tivemos melhorou nossa convivência dentro da mesma casa. Pelo ou menos não nos ignoramos como antes. É um bom começo. Lori segura a mão do filho, que finalmente liberou Rick de suas preocupações e eu pude enfim abraçá-lo pela primeira vez naquele dia.
— hey, cabeça oca. – murmuro, seu braço direito agarrando meu pescoço enquanto deixava um beijo em meu cabelo. — tenha cuidado, panaca.
— o mesmo vale para você, bananinha. – Rick diz meu apelido de infância pela primeira vez em anos, é quase que nostálgico. — te adoro, Hannah, sei que vai se sair bem na sua primeira vez liderando a guarda.
Sorrio para ele, deixando um beijo em sua bochecha. Meu irmão me dá um sorriso pequeno, se afastando. Sabe muito bem que sua confiança era algo importante para mim. Sempre foi. Assistimos eles saindo, acenando para nós enquanto adentravam o único carro que utilizamos para viagens, o de Rick.
[...]
Minha posição era ao lado sul da casa, na janela dos fundos. Lara ficou com a parte da frente e Maggie era responsável pela garantia de que o nosso campo estivesse limpo. Carl me alcança, levantando a mão para um comprimento formal, como se fosse um adulto.
— se divertindo com o trabalho? – ele pergunta, esticando o prato com dois sanduíches de carne de esquilo e tomate. — a mamãe mandou eu trazer um lanche. E eu sei que você odeia ovo, então fiz um sanduíche com o que sobrou do jantar.
Sorrio para ele, deixando a arma de lado e aceitando o prato que me foi oferecido. Carl se senta ao meu lado, encostando as costas na parede de madeira enquanto ainda me olhava.
— obrigada, amor. Aceita um? – ele afirma, adquirindo um dos sanduíches para si. — me conta, como você está hoje?
— bem, eu acho. – dá de ombros, abocanhando o pão. — e você, tia? Seus olhos continuam fundos e as olheiras só aumentam.
Dou um riso nasal, abaixando a cabeça enquanto nego. Carl é esperto, observador. É óbvio que ele sabe tudo o que venho passando porque ele também passa pelo mesmo sofrimento, mas é o único que consegue ver em meus olhos quando estou mentindo.
— é, eu não ando no meu melhor momento mesmo. Mas a alimentação está boa. – ele ri me vendo morder o pão. Estica o copo de água para mim, me oferecendo um gole. — e as coisas entre os seus pais?
— péssimas, eu acho. Eles não dormem na mesma cama, não se beijam ou abraçam mais e estão sempre brigando. – suspira, desapontado. — acha que vão se separar?
Lori e Rick estão passando por umas boas discussões desde que meu irmão revelou que matou Shane após ele oferecer perigo ao grupo. Eu já ouvi a história dele milhares de vezes e tenho certeza de que Rick fez o melhor que pôde para a nossa segurança. Mas parece que Lori não aceitou isso muito bem.
— seus pais estão juntos há mais tempo do que você vive, eles já passaram por coisas assim antes. Aposte suas esperanças no bebê. Com sorte, será ele quem irá salvar a gente.
O sorriso de Carl cresce ao me ouvir falar de seu irmãozinho. O bebê de Lori têm nos encorajado a muitas coisas no último ano, e é ele quem move o irmão mais velho para a luz. Pelos olhinhos brilhantes de Carl, eu não tenho dúvidas de que essa criança vai ser muito amada dentro e fora da família.
— você acha que é menino ou menina?
Quando eu estava prestes à respondê-lo, o ronco do motor de um carro ecoa a estrada, nos deixando atentos. Corro para a janela da frente, onde minha irmã estava alojada, bisbilhotando junto à ela. Para a nossa felicidade, eram os meninos quem haviam voltado mais cedo.
— está tudo bem, querido, é o seu pai. – informo ao Carl, que estava apreensivo na porta do quarto. — já pode guardar sua arma.
Ele sorri, colocando a pistola de volta ao coldre improvisado em sua calça. Deixo Lara para trás, descendo as escadas junto ao meu sobrinho. Daryl me encontra ainda no topo da escada, me acompanhando com seus olhos. Rick sorri animado.
— arrumem suas coisas, nós encontramos um lugar.
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001: eu entro em desespero quando percebo que estamos quase chegando aos 50 capítulos e nem na prisão eles pisaram ainda.
002: ai gente, sério, que saudades da Giulinha. Não aguento mais ela longe, vou ter que trazer de volta.
003: para os que não me acompanham no tik tok, saibam que lá eu solto uns spoilers bem chocantes de vez em quando. O usuário é @cadelinha_da_cohan
Beijinhos da Malu!💋
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