𝟬𝟭𝟮 | 𝐭𝐡𝐨𝐫𝐧𝐬 𝐚𝐧𝐝 𝐡𝐲𝐛𝐞𝐫𝐧
— Tem certeza de que não há outro lugar adequado para enxergar esse tal reino? – perguntei enquanto Cassian terminava de arrumar o couro illyriano de seu uniforme – quer dizer, eu nem sei como chegar a primaveril sem ser voando com você.
—cavalos – ele disse
—e desde quando vocês tem cavalos? – perguntei estranhando
—não temos, Lucien tem – ele disse – e é com ele quem você vai.
Vi Lucien chegar com dois cavalos, exatamente iguais. Olhei para Cassian com uma cara de desconforto, eu mal conhecera Lucien semana passada.
—e você? – perguntei
—ele irá – Lucien disse – mas vai sobrevoar a Primaveril caso precisarmos de ajuda. – Cassian assentiu
—Bom, estou pronta para ir – a Illyriana, Eilsha, se aproximou de nós
—Ninguém a chamou – Cassian retrucou
—Eu mesma me chamei – ela disse – e para a sua infelicidade, voarei pela primaveril junto com você.
Cassian a olhou cansado e então assentiu para ela também. O mesmo desviou o olhar para a entrada onde Azriel e suas sombras estavam. Cassian piscou para mim e deixou o local atravessando para onde quer que iriamos.
—Vamos nos despedir, Lucien – Eilsha falou puxando a raposa para dentro da corte noturna
—Vim me despedir antes que vá para sua importante missão – Azriel falou se aproximando quando restou apenas nós e os cavalos ali
—Acha que estou pronta? – perguntei colocando minhas mãos em seu peito
—Você sempre esteve – ele disse levantando meu rosto enquanto sorria – ou talvez, quase.
Ele virou meu corpo de costas e segurou meus cabelos, os amarrou em um perfeito rabo de cavalo. Então, depositou um beijo em meu pescoço e me virou novamente.
—Agora esta pronta – ele disse sorrindo – nada pode te atrapalhar.
Nos beijamos e paramos quando ouvimos uma tosse. Lucien e Eilsha estava na porta. Quando me virei, a feérica atravessou para onde Cassian estaria e Lucien se aproximou.
—Hora de ir – ele disse
—Não morra – Azriel disse e eu assenti
O mesmo depositou um beijo em minha testa e logo Lucien me ajudou a montar no cavalo. Azriel sumiu com suas sombras e finalmente saimos da corte noturna.
《 ✮ 》
—Tamlin sempre foi possessivo assim? – perguntei depois que Lucien contou o porque não morava mais com o grão senhor da primaveril
—Não, Tam... – ele disse e engoliu seco – Tamlin era bom comigo, antes da Amarantha, antes...
Chegamos na primaveril, a mansão de Tamlin estava ainda pior do que eu vera da última vez. O que era bom, bonito, havia se tornado horrível, como se aquele lugar estivesse abandonado a séculos. Espinhos rodeavam todos os cantos daquele lugar.
Lucien e eu nos aproximamos na fronteira para observar o que precisávamos quando demos de cara com o grão senhor do território.
—Vocês não são bem vindos aqui – Tamlin disse – eu não vou permitir que fiquem.
—Precisamos da fronteira, Tam... Lin – Lucien disse – precisamos ver Hybern e nos preparar para guerra.
—Hybern não é inimigo, não pra mim, então não permitirei que espiem-os – o grão senhor engrossou a voz – deem o fora daqui, antes que...
Flechas envenenadas voaram das janelas de cima da mansão, por pouco não nos acertou. Uma armadilha, tínhamos ido direto para uma armadilha, estávamos nela nesse exato momento. Tamlin bloqueou a passagem para fugir.
Flechas voaram de volta para as janelas, rebatendo as envenenadas que vinham de lá. Feyre e Eilsha, combatendo-as do céu. Cassian de repente atravessou e pegou Lucien dali. Tamlin tentou impedir mas Cassian era mais rápido. Eilsha então desceu e ameaçou a atirar no grão senhor, o que não adiantou muito ja que o mesmo quebrou a primeira flecha que voou em sua direção.
—Eilsha, pra casa – Feyre deu a ordem
A fêmea ao meu lado, me segurou e me atravessou de volta para casa. Logo depois Feyre apareceu. Não havíamos ido para casa, para Velaris, estávamos na corte noturna, onde o círculo íntimo aguardavam.
Eilsha me soltou e imediatamente Azriel me segurou forte em seus braços, ele conferiu cada parte para ver se algo tinha acontecido comigo.
—Tamlin se aliou com Hybern – Lucien disse – como o esperado. Fomos direto para a armadilha.
—Agora não temos só um inimigo, temos dois – falei
—Sempre tivemos menina, Tamlin e Hybern sempre foram nossos problemas – Amren retrucou – nosso grão senhor sempre soube disso.
— E o que faremos então? – perguntei aflita
—Guerra – Rhysando soou o mais calmo possível – enfrentaremos a guerra.
—Não podemos fazer isso sozinhos, precisamos ... – Mor começou a falar
—Não vamos – Rhysand afirmou e olhou para Feyre
—Temos uma reunião marcada com os grãos senhores das outras cortes, sabíamos que isso talvez acontecesse e por isso nos preparamos – Feyre disse – agora precisamos que todos tomem cuidado e trabalhem conosco.
Todos assentimos e então Rhysand abraçou a esposa de lado. Respirei fundo e o grão senhor voltou a falar.
—Amren e Sara irão a corte estival amanhã – Rhysand disse
—porque minha irmã? – perguntei e a mesma me olhou
—tem algo dela lá e eu confio na mesma – Rhysand falou – sua irmã também nos ajudara Aurore.
Sara me olhou tranquila e assentiu, segurando minha mão vazia, ja que a outra abraçava o corpo de Azriel.
—Aurore e Eilsha, vocês irão comigo e Rhys para a reunião dos grãos senhores, Cassian também – Feyre falou – preciso que as Valkyrias cuidem de Velaris nesse meio tempo.
—Mor, acha que pode tomar conta da corte noturna e até mesmo da cidade escavada? – Rhys perguntou – precisamos do exército de seu pai e sei que ele irá ouvi-lá.
—Não posso garantir que eu queira – ela resmungou – mas farei isso por todos nós.
—Azriel e Lucien trabalharão juntos? É isso mesmo? – Cassian perguntou rindo
—Sem piadas – Rhys falou e Cassian se ajeitou – Sim, encontrem Vassa. Por favor.
—Ficarei em Velaris com as Valkyrias – Elain falou – cuidarei de Nyx enquanto estiverem fora.
Rhys e Feyre então assentiram.
《 ✮ 》
Azriel estava observando Velaris pela janela do meu quarto, senti que estava tenso. Ele deixaria Velaris vom Lucien pela manhã então veio se despedir antes.
—Nós vamos conseguir – falei me colocando atrás dele acariciando seus ombros
—Sempre conseguimos – ele colocou uma de suas mãos em cima da minha – Tem certeza de que quer enfrentar isso com a gente? Quer dizer, olha onde colocamos você, em meio de guerras e...
—Não é nada comparado a luta contra fome, Az – falei – eu quero, eu preciso e eu vou enfrentar isso com vocês.
—Eu sei, sua coragem me deixa orgulhoso – ele disse se virando para mim e me encaixando entre suas pernas – tenho orgulho de quem você é. Do que você faz. Mas, Aurore, se precisar lutar, matar pessoas, tem certeza de que faria isso por nós?
—Eu vou lutar, Azriel – afirmei com clareza dessa vez – Por mim, pelo reino, por você...
—Por nós – ele disse e eu assenti
Depositei um beijo em sua testa, logo Azriel abraçou meu corpo com toda sua força, estava me sentindo em casa. Eu estava em casa, com Azriel.
notas da autora:
e ai? vocês não fazem
ideia do quão feliz eu to
com todo o amor que
vocês estão dando aqui.
Vocês estarem lendo já
é muito bom e confortante
pra mim. obrigada!
bebam água!
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