Capítulo 5: Apresentação e Futuro Prometido

O salão do Red Keep estava iluminado com a luz suave da manhã, filtrada através das janelas adornadas com tapeçarias dos Targaryen. O ambiente estava tranquilo, uma calma que contrastava com a tensão dos eventos recentes. O Rei Viserys I, sentado em uma cadeira acolchoada, mantinha os gêmeos recém-nascidos, Visenya II e Maegor, em seu colo, envoltos em mantas delicadas.

Viserys, com um olhar de orgulho e um toque de ansiedade, observava os pequenos que, embora ainda tão vulneráveis, carregavam o peso da expectativa e do futuro da Casa Targaryen. O rei havia convidado seus filhos mais novos, Aegon II e Helaena, para conhecê-los, buscando criar um vínculo entre os irmãos e estabelecer uma visão para o futuro da família real.

Aegon II, com apenas cinco anos, entrou no salão segurando a mão de sua ama de leite. Seus olhos azuis brilhavam com curiosidade, e sua expressão era de uma mistura entre entusiasmo e timidez. Helaena, com três anos, seguia logo atrás, seus cabelos loiros presos em tranças e seu vestido de seda balançando suavemente com seus passos.

— Papai! — Aegon exclamou, seus olhos fixos nos gêmeos no colo do pai. — Quem são esses bebês?

Viserys sorriu, um sorriso que refletia uma tentativa de afeto para com seus filhos menores, embora a profunda conexão que ele sentia com Rhaenyra fosse inegável.

— Estes são seus novos sobrinhos, Aegon. — Viserys respondeu, sua voz carregada de um orgulho paternal. — Esta é a sua sobrinha Visenya II e este é o seu sobrinho Maegor.

Helaena, que estava segurando uma pequena boneca, aproximou-se timidamente e observou os gêmeos com olhos grandes e curiosos.

— Eles são bonitinhos, papai. — disse Helaena, sua voz doce e cheia de encantamento.

Viserys acariciou a cabeça de Helaena, um gesto de carinho que parecia um pouco forçado, mas ainda assim carinhoso.

— Sim, minha filha. Eles são muito especiais. — Viserys concordou, ajustando os gêmeos em seu colo para que Aegon e Helaena pudessem vê-los melhor.

O rei sabia que precisava criar um senso de unidade entre os irmãos mais velhos e os mais novos, e esta era a primeira oportunidade de estabelecer essa conexão.

— Aegon, Helaena, — começou Viserys, tentando encontrar a forma certa de apresentar os futuros laços familiares. — Eu gostaria que vocês soubessem que, no futuro, Helaena se casará com o Príncipe Maegor e Aegon se casará com a Princesa Visenya II.

Aegon olhou para o pai com um olhar confuso, enquanto Helaena parecia absorver a informação com uma quietude contemplativa.

— Mas, papai, por que devemos casar com eles? — perguntou Aegon, seu tom refletindo a simplicidade da infância.

Viserys hesitou por um momento, ciente de que a verdade sobre alianças e a política dinástica era complexa demais para crianças tão jovens.

— É uma forma de manter nossa família unida e fortalecer a Casa Targaryen. — Viserys respondeu com cuidado. — Esses casamentos ajudarão a garantir que nossa família continue forte e unida.

Helaena olhou para o pai, sua pequena mão estendendo-se para tocar a manta que cobria Visenya II.

— E eles vão nos ensinar coisas? — perguntou ela, sua voz cheia de inocência.

Viserys sorriu, tocando o rosto de Helaena gentilmente.

— Sim, eles vão aprender muito com vocês, assim como vocês aprenderão com eles. — disse ele. — É importante que vocês se conheçam e se tornem próximos desde agora.

Enquanto Viserys tentava manter um semblante caloroso e acolhedor, ele sabia que seu afeto por seus filhos mais novos não era tão profundo quanto o que sentia por Rhaenyra. No entanto, ele se esforçava para demonstrar um carinho genuíno e criar uma base sólida para o futuro.

Aegon, ainda intrigado com a ideia do casamento, olhou para os gêmeos com um olhar de curiosidade.

— Eles vão brincar com a gente? — perguntou ele, a excitação de criança clara em sua voz.

Viserys sorriu com um toque de nostalgia.

— Claro, Aegon. — respondeu ele. — Eles ainda são muito pequenos agora, mas um dia vocês poderão brincar juntos e se divertir.

Helaena, que ainda observava os gêmeos com um olhar carinhoso, finalmente falou.

— Eu quero que eles sejam felizes. — disse ela, sua voz suave e sincera.

Viserys se sentiu tocado pela simplicidade e bondade de sua filha. Ele sabia que as crianças não entendiam totalmente as complexidades do reino e das alianças políticas, mas sua inocência e sinceridade eram um lembrete da pureza que ele desejava proteger.

— Eles serão, Helaena. — Viserys assegurou, sua voz cheia de um tom protetor. — E vocês também terão um papel importante em tornar esse futuro o melhor possível para todos nós.

O momento foi interrompido pela entrada de um dos conselheiros, que se aproximou para informar Viserys sobre um assunto urgente.

— Majestade, — disse o conselheiro com uma reverência. — Há um assunto que requer sua atenção imediata.

Viserys, percebendo que a reunião com os filhos estava chegando ao fim, fez um gesto para que o conselheiro esperasse. Ele se levantou, segurando Visenya II e Maegor em seus braços enquanto seus filhos mais velhos observavam com atenção.

— Muito bem, — disse Viserys, olhando para Aegon e Helaena. — Por agora, devemos cuidar dos assuntos do reino. Vocês podem brincar com os gêmeos mais tarde, ok?

Aegon e Helaena assentiram, embora sua excitação ainda estivesse evidente. Eles se aproximaram para dar um último olhar aos gêmeos antes de se afastarem com sua ama de leite.

Viserys observou seus filhos se afastarem e suspirou. Ele sabia que sua tarefa de criar uma dinastia forte e unida era um desafio constante. Mas, pelo menos por agora, ele esperava que esses momentos de conexão familiar ajudassem a cimentar os laços que seriam essenciais para o futuro da Casa Targaryen.

O capítulo termina com Viserys se voltando para o conselheiro e deixando o salão com um sentimento misto de responsabilidade e esperança. A Casa Targaryen estava prestes a enfrentar novos desafios, e o futuro dos gêmeos e das futuras alianças ainda se desenhava com complexidade e promessa.

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