017
“You’re my person.” Mertina minhas eternas médicas favoritas, sinto muita falta delas... GA
As irmãs entraram lado a lado na sala, diante delas um câmera e a inspetora tão falada na noite anterior, e ao lado direito de onde a mais velha se posicionou, Berlim apenas a encarou.
Woo-jin, a inspetoria, perguntou algo que sinceramente não entendeu, mas sinalizou para a câmera que estava bem, sua testa para e ficando claramente confusa quando a caçula começou a chorar copiosamente, de forma falsa, já que conhecia Anne mais do que tudo em sua vida, mas aquilo pareceu afetar a investigadora que resolveu se aproximar.
Amara se afastou um passo ao notar Tóquio impedir aquele movimento, sendo a primeira a sair pelo corredor, tendo duas mãos fortes em seus ombros.
Aquilo foi um desastre estranho, e a Kim estava ansiosa para entender o que havia acontecido.
Berlim soltou sua refém favorita suavemente, antes de mudar a atitude e puxar uma nota recém impressa das mãos de Anne, com escrita pequena e reconhecível para seus olhos acostumados a caçula.
Decidiu chamar de sorte quando Tóquio as mandou para outra sala. Sabendo que por Berlim, aquilo não passaria impune.
—— Idiota —— sibilou em meio a um sinal de palavrão, sua garganta coçando ao dizer aquilo, sem costume de usar sua voz. Sua mão acertando o braço da irmã com força.
—— Porque esta me batendo? Não fiz nada de errado. Só quero sobreviver. —— dizia irritada enquanto sinalizava.
"Eu disse para deixar de ser burra e parar de agir quando tudo o que tem que fazer é ficar quieta e esperar até que isso tudo acabe!"
Suas mãos se movimentaram com tanta rapidez, que ela só teve certeza de ser entendida pela expressão de raiva no rosto da outra.
—— Não é porque você está toda felizinha aqui que eu também estou! Pare de ser egoísta Amara!
A frase doeu. Não podia negar.
Ainda mais quando sabia que não era, deixou de viver sua própria vida para cuidar de Anne, nunca pode sair para festas, ou fazer loucuras, sempre obedecendo e seguindo ordens.
Se tinha uma coisa que sabia, era que egoísmo não se encaixava em suas características, e foi por este motivo que acabou por dar um tapa estralado no rosto da mais nova, sendo puxada por Helsinque para longe no mesmo instante.
A mão ardia e os olhos transmitiam ódio enquanto tentava se manter parada o mais longe possível de Anne, evitando revirar os olhos para a cena que a inspetora causava, com uma lista armada, mostrando a todos, inclusive a ela, o rosto do policial como se fosse um funcionário do local.
—— Você, menina —— disse próxima à ela, a fazendo entender toda sua fala, os olhos da mais velha demonstrando nervosismo, tentando passar importância para a Kim mais velha —— Viu esse homem? Sabe dele?
Queria gritar hipócrita com toda a força, se mantendo quieta e negando com tudo que havia dentro de si. Sua cabeça balançando de um lado para o outro.
Uma movimentação ao lado chamou sua atenção, para um pequeno revirar de olhos, quando sua querida irmã resolveu gritar algo, que alimentou a investigadora, parecendo que tinha finalmente alcançado o que queria.
Era a cena necessária para o grande teatro armado.
Ela sorriu colocando a mão na frente da boca, imitando uma tosse, quando Berlim fez um grande papel de parecer perdido e assustado, como se tivessem caído na armadilha da polícia, quando era na real o contrário.
—— O QUE DEVERÍAMOS FAZER?
Tinha que admitir, o homem era um bom ator, e transmitia o que o público precisava ver, alguém que pulso firme e sem medo, que fala sempre o que precisam ouvir, que parecia ser um líder intocável e real.
—— Vocês nos obrigaram...
Amara escondeu o sorriso sacana quando observou o policial infiltrado ser arrastado para o centro do salão. O rosto dele estampado em derrota, surpreendendo os reféns e a polícia, estragando todo o plano da inspetora e aumentando a popularidade dos assaltantes, uma jogada de mestre, que acabaria com a moral dos que deveriam proteger aos reféns.
Amara observou como até o câmera estava surpreso.
Ela mal conseguia esconder o quanto gostou daquilo, quando seus olhos encontraram os de Berlim, e reconheceu ali alguém em que ela confiava, quando notou que sua irmã não importava mais e sim aquele grupo que não conhecia a menos de cinco dias.
Berlim ergueu uma sobrancelha para a Kim, discretamente. E foi satisfatório para a mulher ver Anne, que tinha uma das bochechas vermelhas pelo tapa anterior, confusa em ver o agente vivo.
No entanto, havia algo de errado ali, ela não parecia alguém que perdeu tudo, como se tivesse ganhado algum ponto que mantinha as escondidas. Também tão bom quanto, foi ver a derrota estampada no rosto da inspetora enquanto saia da casa da moeda, após uma fala impactante de Berlim.
Aquilo era uma guerra.
E pela primeira vez as irmãs Kim não estavam do mesmo lado.
Nem olhou na direção de Anne quando os reféns foram mandados para a sala de descanso, tinha um pequeno receio de parecer debochada demais ao encarar a mais nova. Apenas seguiu Berlim, para devolta da sala, se contendo para não correr de tão ansiosa para ver Rio.
Além deles, Denver e Nairóbi também se colocaram ali, a espera de um contato do professor, para lhes dizer como se saíram.
"Aquilo foi incrível! Você tem jeito com as câmeras"
A mensagem foi passada para o antigo líder, que observou enquanto o Hacker tentava ligar a TV do local, Berlim tentou esconder o sorriso brincalhão da garota, que tinha facilidade em capturar emoções, e foi usando deste pequeno dom, que Amara resolveu se arriscar, passando os braços em volta da cintura do maior.
Dizer que os outros ficaram confusos seria amenizar as caretas, ainda mais quando viram o norte-coreano retribuir o aperto, deixando a Kim quase sentimental, ao notar que aquele homem tão instável e perigoso, já fez mais por ela do que o próprio pai.
Berlim apoiou a cabeça sobre a dela, sorrindo para a pequena figura.
—— Tá bom, né?
Rio nem se conteve em puxar a menor para longe do homem mais velho, causando risos divertidos no restante do grupo que zombaram ser ciúmes do mais novo, fazendo Amara gargalhar contra o peito do rapaz que ficou envergonhado em demonstrar aquela insegurança. Ela disse horas antes que gostava dele, então não precisaria se preocupar com seu companheiro de equipe, que se juntou aos demais para brincar com a vermelhidão que envolvia o rosto de quem ainda não soltará a garota.
—— Amara é toda sua Rio —— disse o norte-coreano se sentando em uma das cadeiras posicionadas —— Não vou roubar sua namorada.
—— Acho bom —— resmungou baixinho ainda apertando sua garota contra si.
Estavam em todos os canais, vídeos e opiniões rodando em cada canto do país e do mundo, chamavam Berlim de suposto líder e assim como o plano pedia, diziam que a polícia havia cometido um erro, que colocou a vida dos reféns em perigo. Era gratificante ver todos seus novos amigos tão felizes, até mesmo o mais frio deles.
Ainda sentada no pequeno sofá, ao lado de Rio que ria muito do que uma nova jornalista dizia, ela sorriu quando Tóquio entrou na sala, dizendo algo sobre a TV.
Pouco depois, para uma mistura de tristeza e também risos da equipe, a fonte de informações deles foi desligada, e Amara sentiu o coração se encher de amores quando a líder deles também disse a Berlim que havia se saído bem.
Amara mandou beijos para ambos.
Uma euforia tomou conta de todos ali, inclusive dela, quando foram informados por Moscou que havia achado terra, significando que o túnel por onde eles sairiam estava indo bem, e Nairóbi completou a maré de boas novas ao dizer que as impressões acabariam em breve, os fazendo calcular três dias para sair da casa da moeda.
Abraçada a Rio, ela se sentiu tão alegre que pode jurar que nunca havia experimentado tal sensação sensação toda sua vida, a liberdade estava batendo em suas portas, em breve tanto ele quanto ela seriam livres de seus pais, e começariam uma nova fase juntos.
Tóquio também a abraçou, sinalizando que estava muito feliz e aliviada, e também ganhou um beijo da bochecha de Nairóbi que não se importava de que aquela ali era uma refém, Denver a pegou no colo novamente para as gargalhadas do grupo que achava divertido o laço criado entre eles, e até Moscou passou o braço em torno dela, felizes.
Buscou o olhar de Berlim rapidamente enquanto o grupo ligava para seu real líder, para contar como estavam indo, e o encontrou sorrindo de forma nervosa para ela, que seguiu o encarando até notar como suas mãos tremiam, um pequeno pânico se instalando ao se lembrar da conversa que teve com Rio no dia anterior, e a pergunta que foi calada quando o norte-coreano a puxou para outro abraço, logo em seguida escrevendo em um papel avulso achado sobre a mesa:
"Vamos sair daqui!"
Amara sorriu de volta, não se esqueceria de cuidar do homem mesmo que a distância, mas também não o encheria naquele momento que deveria ser apenas de alegria, sabendo que apenas o irritaria, e não ganharia qualquer resposta útil, se deixando levar pela euforia de Nairóbi que puxou a garota para dançar consigo, a comemoração de que tudo sairia como o planejado.
A calmaria antes do plano deles ser descoberto.... o final daquele episódio me deixou irritada em não ter a continuação logo, o que custa postar todos os episódios juntos? Ou dar uma data prevista?
Cada dia mais difícil ser dorameira, uma terapia cairia bem...
Os últimos capítulos tiveram frases das minhas séries favoritas. Qual a de vocês?
Enfim pessoal,
Beijinhos de luz para quem quiser 🌙
By: BlackTurion
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