008
Ignorar a dor ajuda a passar ou estamos apenas a alimentando, deixando que nos consuma aos poucos, nos tornando verdadeiros reféns dos nossos próprios sentimentos!?
Eles mal escondiam os sorrisos e olhares alegres, nem mesmo enquanto ele a ajudou com o gelo, transparecendo ainda mais quando Amara se deitou no pequeno sofá do local, com os olhos fixos nele, que cuidava de observar os reféns pelas câmeras, fazendo caretas engraçadas toda vez que via Anne, para a diversão da outra garota ali.
Rio sentiu o peso da caderneta em seu bolso, uma rosa, com a letra desenhada de Amara na capa, indicando a quem pertencia, na volta do caminho que percorrerá com Anne, seus olhos pararam no pequeno objeto chamativo que tinha sido levantado em uma das pequenas mesas ali, talvez por alguém que tenha o achado no chão, ele pegou com a intenção de ajudar a Kim e acabou por esquecer momentaneamente com toda a situação do beijo e do pé.
—— Eii —— se virou na cadeira, fazendo a garota se sentar no sofá para conseguir ler o que ele dizia.
Se fosse possível ele tiraria uma foto do momento em que os olhos de Amara pousaram na caderneta em suas mãos, como brilharam e ela abriu outro sorriso espontâneo, esticando a mão para receber a tão especial forma de se comunicar, que tanto sentiu falta nas últimas horas. Puxou a caneta que ainda manteve consigo, abrindo na próxima folha útil da papelaria rosa, para agradecer corretamente, o coração derretendo de gratidão e amores, ele sabia como ser marcante em sua vida.
"Muito, muito obrigada mesmo! Se puder fazer algo para agradecer só me dizer"
Rio puxou uma caneta vermelha de cima da mesa, pegando o bloco de folhas da mão da Kim, para que pudesse responder também de forma escrita:
"Consigo pensar em uma forma de o fazer..."
Ao ler as palavras Amara levantou o olhar muito interessada, parecendo realmente inclinada a fazer qualquer coisa por pura gratidão, mas não era um favor que ele estava prestes a pedir, e ela entendeu assim que o viu aproximar seus rostos novamente, de repente tão ansiosa quanto ele por outro contato, quando a porta se abriu e ambos se afastaram tentando disfarçar, ao notarem Berlim estreitando o olhar entre eles.
—— Aconteceu alguma coisa?
—— Nada —— negou o mais novo, tentando focar de volta no trabalho, enquanto notava Amara se ajeitar nervosamente no pequeno sofá —— o professor me perguntou a mesma coisa pouco tempo atrás —— informou, enquanto o líder se sentava em sua própria cadeira, uma pergunta silenciosa entre eles —— a irmã dela não colabora, então decidi afastá-las....
—— Um pouco de pressão —— sorriu o norte-coreano, aprovando com a cabeça a ideia —— e de quebra consegue passar mais tempo com a sua paixão, certo?
Rio não sabia como responder, negar seria mentir, mas confirmar poderia dar problemas inimagináveis, não foi preciso o fazer, já que o telefone tocou novamente e Berlim ficou sério ao falar com o professor.
—— Rio —— chamou assim que desligou o telefone.
—— Sim?
—— Ficou de olho na sua namoradinha o tempo todo?
—— É claro —— confirmou imediatamente, a confusão transparecendo em seu rosto, deixando Amara agitada —— Porque?
—— Alguém aqui de dentro está em contato com o mundo lá fora —— ditou se levantando —— e se não é Amara, então temos que descobrir quem...
Mesmo com a fala de Rio, Berlim só deixou que a garota saísse da sala após uma revista com detector de metal, que não apitou nada fora o colar que usava, com a bandeira da Coreia do Sul de um lado e dos Estados Unidos no outro, presente de boas vindas quando chegou de volta ao país. Ela foi novamente carregada por Rio, até a sala onde sua irmã se encontrava, e suspirou triste quando Anne se recusou a olhar em seu rosto, parecendo ainda magoada, nem quis imaginar se soubesse que além de ter o ajudado anteriormente, também havia o beijado.
O líder deles parecia ter um fraco por apresentações públicas, ser o centro das atenções, talvez tivesse sido uma criança com pouco palco para afetos, não importava muito, já que havia moldado um adulto que gostava da sensação de passar medo aos demais.
Rio apenas deixou Anne na fileira, antes de guiar Amara para uma cadeira colocada ali minutos antes, distante da irmã, levando a sério a fala de Tóquio para que evitasse firmar o pé no chão, ele mesmo sabia que poderia ser mais grave caso não tomassem os devidos cuidados.
Berlim desceu as escadas com um novo discurso na ponta da língua, e Amara podia não ouvir, mas conseguia sentir muito bem sensações ao redor, e pode sentir o quanto todos ali estavam com medo do que viria a seguir, não tinha ideia de quem estava com o relógio, mas sabia que não viria apenas um susto a seguir, não com aquele homem no comando. E ela torceu para estar errada, principalmente quando viu quem estava com o objeto, Misun não parecia uma má mulher, nem mesmo ter condições de algo tão caro, e chorava, com tanto pavor que Amara mal percebeu suas lágrimas também comecerem a escorrer.
Notou como Denver e Rio pareciam contra a posição do líder, como a Yun parecia tremer, e implorar chorando ao ser arrastada dali, não precisava de audição para deduzir que iriam a matar, na verdade quase agradeceu por não ouvir algo, quando todos os outros reféns ali se assustaram com um som alto.
Planos.
Não estava nos planos.
Tinham regras a seguir, dentre elas as que mais gritavam na mente de Rio, eram as de não ter relacionamentos pessoais e nada de feridos ou mortos, se sentia um fracasso, porque enquanto voltava da sala de impressões sabendo ter uma morte no assalto, parou para buscar Amara, a levando consigo para a sala de vigilância.
Amara estava nervosa, mal sentia a dor no pé de tão assustada, Misun estava com ela horas antes, na mesma sala e agora estava morta, a Kim tremia levemente, e sua mente avisou que era apenas choque, relaxando quando sentiu os braços de Rio rodear seu corpo, se aproximando ainda mais dele em busca de conforto, algo para a lembrar de que estava bem e viva.
Tóquio entrou na sala com tudo, tão agitada que mal notou o casal abraçado, puxando o telefone para as mãos, e a Kim não entendeu bem a situação, mas parecia que Rio não queria a deixar fazer isso, quando o líder deles também entrou com dois outros homens armados que a deixou ainda mais medrosa, fazendo com que inconscientemente fosse para trás da outra mulher e de Rio.
—— Estou atrapalhando algo relacionado ao amor?
Foi o que a mais nova entre eles conseguiu ler antes de uma pequena briga se instalar no local, Rio ainda se mantendo em frente ao pequeno corpo da garota, que não parecia uma ameaça a nenhum dos outros ali, ao contrário da outra mulher, que levou a mão até sua arma presa a perna, fazendo duas armas a mais serem apontadas para si, deixando a Kim tremer em desespero puxando o hacker mais para frente de seu corpo, como se fosse um escudo para a esconder da realidade assustadora.
Tóquio parecia quebrada, e Amara gostaria de a confortar, mesmo que sem saber como, ainda mais quando a mulher saiu da sala parecendo derrotada. Berlim pareceu atender a uma ligação, que a Kim não sabia de onde vinha ou de quem, mas descobriu, um minuto depois, que passará uma missão a Rio e que seria sua ajudante silenciosa, quando apenas os dois foram deixados para trás.
"Vou analisar coisas que só a polícia deveria ver, quer me ajudar?"
"Claro :)"
Primeiro, sentiram minha falta?
Segundo, como foi o Natal de vocês?
Terceiro, ganharam presentes?
Me: Sim, um vinho Chileno e duas taças novas da mamis, e um salto do meu pai. Meu irmão me deu um brinco novo, e ganhei muitos chocolates de outros familiares.
Quarto, qual seu personagem predileto de La casa de papel coreia?
Me: Denver 🤍 inclusive quase escrevi uma fic sobre ele.
Quinto, qual seria o nome de cidade de vocês?
Me: acho que Veneza...
Enfim
Até Breve 🌙
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