007
É ruim quando tudo o que você quer é ser sincera, mas sabe todas as consequências que isso traria.
By: momento meu ainda magoada.
²⁰²⁴: chorei tanto nesse dia LLKKKK reler me trás péssimas lembranças.
—— Se afasta da minha irmã ou eu atiro!
Rio soltou um riso de escárnio enquanto ainda mantinha os olhos fechados, tinha até mesmo esquecido que a outra estava ali, e agora estava irritado por dois motivos, o primeiro que tinha alguém apontando uma arma para ele e o segundo, que essa mesma pessoa havia o impedido de beijar Amara, que abriu os olhos confusa quando sentiu o toque das mãos quentes saírem de seu rosto, apenas para os arregalar em pânico quando observou a cena.
—— Vai atira —— suspirou em tédio —— Eu disse pra atirar —— puxou a arma para perto de seu peito —— VAI ATIRA!
E ela tentou, para o pavor de Amara que se levantou em um pulo e o suspirar de Rio, que tinha aprendido bem a lição.
Anne pareceu confusa quando a arma não disparou, e ainda mais quando sentiu o objeto ser empurrado para o chão, que foi de onde o assaltante a pegou para apontar diretamente a mais nova naquele ambiente, que entendeu, com o sentimento crescente de raiva, que o empurrão havia sido dado pela própria irmã.
—— Pro chão —— ordenou alto —— mandei ir pro chão! —— Ela se deitou ali, irritada, lançando um olhar de traição para Amara —–— o que você tem na cabeça? Sabe atirar? E se atingisse a sua irmã? Você sabe o que poderia causar a ela? Você pensa nela?
Ele nem sabia o porque de estar com tanta raiva, por uma situação que nem havia se tornado real, mas apenas a ideia de ver a garota ali, ainda mais ferida, fazia seu sangue ferver como nunca antes.
E Amara, ainda assustada e sentindo o pé reclamar do pequeno salto anterior, sentiu o coração pesar ainda sobre o olhar magoado da caçula, e se perguntou o porque de ter feito aquilo, a resposta que encontrou foi uma real incógnita.
Rio entrou na sala de supervisão arrastando as duas irmãs consigo, vendo seu colega de equipe e outra refém no local, sem entender o que tinha acontecido, e ainda irritado com a cena de antes.
—— O que estão fazendo aqui?
—— Nada.
Os três pararam para ver os que saiam, sem qualquer resposta, e Amara aproveitando da situação puxou a caixinha de leite, que foi jogada por Denver para Rio, fazendo o mais alto sorrir para ela, sabendo que a garota estava com fome.
—— Não prefere que eu esquente para você? —— perguntou devagar, mas apenas recebeu negação enquanto ela mancava em direção a cadeira de antes para se sentar, os olhos brilhando quando encontrou um pacote de bolinho fofo na mesa de vigilância, também pegando para si.
Rio queria ter aquela cena gravada, só para rever quando se sentisse triste, e sorrir novamente.
—— Também quero comida —— a adolescente disse tentando chamar a atenção para si, ganhando um olhar de tédio do homem que apontou para que ela se sentasse em outra cadeira e jogou um dos outros pacotes para ela, sem nem olhar em sua direção mais.
—— Agora não enche a porra do meu saco!
O único som na sala eram os de Amara que comia como se nunca tivesse visto aquilo em sua frente, cutucando Rio para perguntar se poderia comer outro dos bolinhos, e abrindo o pacote rapidamente, ele se manteve na cadeira ao lado, os olhos na tela do computador, as vezes voltando a olhando de esguelha, a dúvida frequente do "e se", tivesse beijado ela, como seria dali por diante?
Ele havia se cansado de ter aquela garota ali, e então a arrastou de volta para a sala de antes.
Enquanto isso, Amara ficou por ali mesmo, sentada no pequeno sofá ao lado da cadeira do rapaz que prometeu que logo voltaria, ela batia as unhas na mesa, causando um som que nunca conseguiria ouvir, apenas sentir, aquela agonia que causava arrepios.
Sabia que sua irmã não estava contente por ter a empurrado, nunca em toda sua vida tinha sido contestada, e também tinha consciência de que beijaria um de seus sequestradores, ansiava por aquele momento como se fosse a coisa mais importante, algo dentro de si gritou que tinha traído Anne, que havia escolhido ao Rio acima de tudo, e esse pequeno sentimento só aumentava a cada segundo, principalmente ao se dar conta de que a partir daquele momento estariam separadas, coisa explicada pelo moreno, que fez questão de dizer que não deixaria a mais nova colocar Amara em risco mais.
Cansada de apenas ficar parada ela andou pelo local, vendo a pequena sala conjunta, com computadores, pastas, mesas, um bebedouro pequeno e um micro-ondas, se perguntou se tudo era feito ali mesmo, de volta ao principal cômodo ela encontrou dois telefones, ainda mais câmeras conectadas para a transmissão ao vivo, ela conseguia imaginar uma tela pintada sobre o espaço, chamaria de "O Qg" o problema é que até mesmo em sua pequena demonstração artística, uma pessoa surgia, já que ele estava sentado à mesa, os olhos quase fechando de sono e cansaço e um grande tédio visível em sua postura corporal, mas era só aquilo, uma ideia de desenho.
Rio voltou com uma bolsa de gelo, franzindo as sobrancelhas ao vê-la sentada em sua cadeira, com os olhos atentos a tela do computador, ele a achava linda. Para chamar a atenção da garota, bateu em cima da mesa com os dedos, sorrindo com suavidade quando conseguiu alcançar seu objetivo, já que Amara levantou o olhar assustada, pensando ser algum dos assaltantes que não sabia que estava ali, porque sim, ele havia decidido que ela permaneceria consigo, sem contar nada aos demais.
—— Vamos fazer uma compressa no seu pé —— indicou para o gelo que carregava e quando ganhou um aceno, e se preparou para contar outra coisa, o telefone tocou e ele atendeu imediatamente.
Amara não ouviu nenhuma detalhe, mas sabia que estava divertindo ele, já que sorria tanto que seus olhos quase se fechavam, ela se sentiu triste ao constatar que nunca ouviria sua risada, que imaginou ser ótima, também não saberia a sensação de o ouvir falar ou saberia como é fazer uma ligação, a não ser por vídeo e com quem a entenda. Empurrou os sentimentos tristes para dentro de si quando notou que ele já havia desligado, e que a encarava sorrindo brilhante, se inclinando em direção a ela no processo, ela sentiu a garganta secar e a respiração travar quando ele se aproximou tanto que pode sentir, novamente seu hálito contra si, e desta vez não tinha Anne no lugar.
Fechou os olhos em apreciação quando sentiu os lábios dele contra os seus, doces e gentis, levando a mão esquerda para os cabelos encaracolados e macios do hacker que suspirou aprovando, enquanto cercava a cintura da garota com seus braços, a levantando no processo, sempre cuidando para que não apoiasse no pé torcido.
Ele pediu espaço para um beijo de língua, aceito de bom grado pela garota, que puxou levemente os cachos dele, Amara se sentiu queimando por dentro, como se seus ossos estivessem derretendo de tanta luxúria, ela se comparou a uma boneca de pano naquele momento, sabendo que só estava de pé porque ele a mantinha assim. As testas ainda unidas enquanto os lábios já separados se mantinham vermelhos e levemente inchados, ambos sorrindo um para o outro, presos em uma pequena bolha que poderia estourar facilmente, não eram um sequestrador e uma refém, apenas Amara e Rio.
E saiu a notícia, que o mundo não acreditou...
Até daqui a pouco 🙃🙃🙃
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