• 𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟽 •
EU GOSTO DE VOCÊ !
• Por, Catherine...
— Tom? — eu estava muito bêbada mesmo, ou era ele?
Eu não fazia ideia de como meu rosto estava, mas provavelmente a coisa estava feia. Meus olhos deviam estar inchados, meu rosto vermelho...Eu estava me sentindo um lixo e ele ainda vem para piorar tudo.
— Eu posso entrar? — seu olhar era preocupado.
— O que você quer? — perguntei de uma vez. — Já não me humilhou o suficiente? Vai embora! — tentei bater a porta, mas ele a segurou.
— Cath...— insistiu. — Eu quero conversar, por favor...— ele ainda segurava a porta.
— Eu não quero falar com você! — tentei mais uma vez fechar a porta, mas dessa vez ele se colocou bem na minha frente.
— Eu não vou sair daqui até você me escutar! — ele não iria desistir fácil.
Com muito esforço eu saí de perto dele, cambaleando pelo quarto. Logo pegando a garrafa em cima da mesinha.
— Não vai falar nada? — Tom veio atrás de mim.
— Vai se fuder! — respondi. — Agora você quer conversar, jura? Conversa com aquela piranha lá! — virei a garrafa na boca.
— Cath...Larga essa garrafa. Eu sei que fui arrogante e...
— Estúpido, babaca, imbecil, filho da puta...VOCÊ É UM FILHO DA PUTA! NÃO QUERO CONVERSAR, NÃO QUERO OLHAR NA SUA CARA, VAI ATRÁS DA MEGAN...DA LEA QUE SE FODA, MAS SAI DE PERTO DE MIM! — surtei.
Tentei andar até a cama, mas cai no chão no meio do caminho.
— Você tá bem? — Tom veio tentar me levantar.
— Me deixa! Eu sei me virar..— tentei levantar de novo e cai.
— Mas que coisa, me deixa te ajudar e larga essa garrafa! — pegou a garrafa da minha mão, colocando em qualquer canto.
— Eu não preciso de você, me dá a garrafa! —tentei pegar mas ele não deixou. Ele me levantou nos colocando um de frente para o outro.
— Você está bêbada, Cath...Está agindo como uma criança! — seu olhar era de reprovação.
— EU TO AGINDO COMO CRIANÇA? EU PEDI A PORRA DA SUA AJUDA? NINGUÉM TE CHAMOU AQUI! EU TE ODEIO...ODEIO COMO ME TRATA, SE EU QUISER BEBER EU BEBO! — gritei novamente.
— PARA DE GRITAR COMIGO! EU NÃO VIM AQUI PARA ISSO, PARA DE AGIR COMO CRIANÇA, VAMOS CONVERSAR CARALHO! PARA DE SER DRAMÁTICA! — ele gritou de volta me surpreendendo.
Dei um tapa na cara dele. Seu rosto viro e ele me olhou com um olhar indecifrável.
Eu estava com muita raiva, não iria deixar ele falar assim comigo de novo.
— VAI SE FUDER! VOCÊ NÃO FAZ IDEIA DE COMO EU ME SINTO. NÃO FAZ IDEIA DE COMO VOCÊ ME DEIXA PUTA. TUDO O QUE EU FAÇO É PARA TE PROTEGER CARALHO, PORQUE EU ME PREOCUPO COM VOCÊ!
EU ME PREOCUPO IGUAL UMA IDIOTA, ENQUANTO VOCÊ ME TRATA COMO CRIANÇA!
VOCÊ NUNCA MAIS LEVANTA A VOZ PARA MIM. COMO VOCE DISSE, EU NÃO SOU NINGUÉM PARA VOCÊ! — joguei as palavras dele contra ele mesmo.
Comecei a dar tapas em seu peito, o que provavelmente não estava fazendo nenhum efeito nele, já que ele e o dobro do meu tamanho. Mas não importava, eu só queria descontar minha raiva nele.
— VOCÊ FAZ EU ME SENTIR UM LIXO, ME TRATA COMO UM LIXO, E EU NAO SEI PORQUÊ MAS EU AINDA CORRO ATRÁS DE VOCE! EU SOU UMA IDIOTA, IDIOTA POR ME PREOCUPAR COM VOCÊ, EU SOU UMA IDIOTA PORQUE EU GOSTO DE VOCÊ, CARALHO! — admiti.
Tom segurou meus braços ficando a centímetros do meu rosto.
— CHEGA! JÁ CHEGA! DESCULPA, EU NÃO QUERIA TER DITO AQUILO! ME DESCULPA, EU NÃO DEVERIA TER TE TRATADO DAQUELA FORMA!
ME DESCULPA SE EU FUI UM FILHO DA PUTA!
EU SÓ NÃO QUERO TE MACHUCAR, POR FAVOR ME DESCULPA!
Eu praticamente desabei em seu peito, comecei a chorar compulsivamente. Tom me apertou contra ele e me abraçou forte. Eu sei que disse que não olharia mais na cara dele, mas eu não consigo...
É mais forte do que eu!
Tom fazia carinho no meu cabelo enquanto ainda me abraçava. Eu agarrei sua cintura com força e escondi meu rosto em seu peito.
— Me desculpa ter feito aquele escândalo, você está certo. Eu não sou nada sua, não tenho que me meter na sua vida! — falei com o rosto em seu peito ainda.
— Hey, olha para mim...— puxou meu rosto levemente. — Nunca mais diga isso. Você é importante pra mim! Eu que fui um babaca com você.
Você é uma das mulheres mais importantes da minha vida, não viveria sem o seu jeito, seus sermões, seus conselhos...
Até mesmo os seus ciúmes, Cath.Porque você é importante para mim e eu gosto de você! — confessou.
Espera, eu nunca disse que estava com ciúmes, disse?
— Eu nunca disse que estava com ciúmes, Tom..— olhei nos olhos dele.
— Jura? Porquê eu pude ver nos seus olhos, Cath... — deu um sorriso.
— Tudo bem...Desculpa, eu não sei o que deu em mim eu...
— Tá tudo bem, só não vamos mais discutir está bem? — fez carinho no meu rosto.
— Por favor...Me desculpa ter te dado um tapa.— passei a mão em seu rosto.
— Eu mereci, tudo bem.— sorriu para mim.
Lindo, agora estava tudo bem...Ou melhor, deveria estar. Mas por que eu sinto que falta alguma coisa?
Ter ele tão perto me deixava vulnerável.
Eu não podia estar sentindo aquilo.
— Fica perto de você, faz eu sentir uma coisa... — pensei alto.
— O que? — ele perguntou confuso.
AI MEU DEUS! EU NÃO ACREDITO QUE DISSE ISSO...EU PENSEI ALTO DEMAIS!
— Hum...É...Que dia é hoje mesmo? — tentei disfarçar.
— Cath, Eu ouvi muito bem. — insistiu. — E que coisa é essa que você sente? — se aproximou mais do meu rosto.
— É...Eu vou tomar um banho, já volto! — saí de perto dele e fui para o banheiro atropelando tudo pela frente.
Entrei no banheiro e fechei a porta. Me olhei no espelho, e quase levei um susto. Eu estava horrível, pior do que eu imaginava.
Me encolhi no chão e tentei raciocinar aquilo tudo que estava acontecendo.
Preciso me controlar, eu não deveria ter bebido essa garrafa sozinha. Mais que merda! Por que ele faz isso comigo?
♥️
Tomei um banho bem demorado, precisava estar um pouco mais consciente e também queria que Tom já tivesse ido embora. Não sei como olhar na cara dele ainda.
Me enrolei na toalha e respirei fundo antes de abrir a porta.
Caminhei em silêncio até o quarto, e levei um susto ao ver ele deitado na cama.
Tinha uma bandeja com algumas torradas e café, provavelmente ele pediu na cozinha. Ele tinha tirado seu paletó e aberto uns botões de sua camisa.
De alguma forma aquela era a cena mais fofa e sexy que eu já tinha visto na minha vida.
Com muito cuidado, me sentei na cama e peguei a bandeja. Comi lentamente para que ele não acordasse.
Assim que acabei de comer, coloquei a bandeja em qualquer canto e fui colocar alguma roupa. Fui para o banheiro me trocar. Na volta, Tom ainda estava em sono profundo.
Com muita calma eu tirei seus sapatos, e cobri ele. Apaguei a luz e deitei ao seu lado.
Fiquei bem ali do ladinho dele, acariciando seu cabelo. Como ele podia ser tão perfeito? Lea tem muita sorte, ter um homem desses acordando todos os dias do seu lado deve ser mágico...
Pena que eu não sou a Lea.
Me aproximei de seu ouvido e disse:
— Eu acho que me apaixonei por você! — confessei.
• Flashback Off
💕
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