ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ᴠɪɴᴛᴇ ᴇ ᴅᴏɪs

Depois de tantos dias eu finalmente tinha recebido alta.

Durante as semanas que eu fiquei internada no hospital recebi a visita de meus amigos, já tinham todos ido embora, assim como a minha família.

Desde a conversa que eu e Victor tivemos, praticamente não nos falamos mais. O único diálogo entre nós é " você está bem?" "sim".

Eu estava no apartamento dele no momento, como ele havia combinado com a minha mãe, agora eu vou morar aqui novamente para que Victor me ajude com toda essa situação. Eu confesso que não estou gostando muito da situação, mas é aqui ou na clínica!

Eu amo esse apartamento, foi meu lar por meses mas o problema é o fato de ele só ter um quarto. É claro que a meses atrás isso não era problema algum, agora que estamos separados e em uma situação um pouco complicada isso vai ser difícil.

Durante esse tempo que fiquei no hospital não cheguei perto de drogas - tirando os medicamentos, claro - e eu estou quase surtando por causa disso.

Eu já passei pela recuperação uma vez e sei o jeito que eu fico com isso. Meu stress aumenta, fico sentimental, com crises de raiva e ansiedade a mil. Basicamente quero matar qualquer pessoa que estiver a minha frente.

Antes de virmos para casa, passei no meu dormitório e peguei as minhas coisas. No momento estou arrumando tudo na minha parte do guarda roupa.

Victor entra no quarto com um prato em uma mão e um copo de suco em outra. Reviro meus olhos já sabendo que aquilo era pra mim.

Bárbara - você vai voltar com isso? - continuo a guardar minhas coisas enquanto ele coloca o prato em cima da cama.

Victor - com isso o que?

Bárbara - essa insistência para que eu coma. É um saco.

Victor - é um saco mais eu faço isso pro seu bem - encaro ele - não adianta fazer essa cara, você sabe que é verdade. Anda senta aqui pra comer!

Bufo e me sento na cama. Pego o prato em minhas mãos e sinto vontade de vomitar quando encaro toda aquela comida.

Victor - uma colherada de cada vez, coma no seu tempo e com calma - agarro o garfo e levo um pouco de comida até a boca, mastigo devagar e engulo - está indo bem.

Eu devo ter demorado uns quarenta minutos para comer. Quando acabei queria colocar tudo pra fora mas o idiota não saía do meu pé.

Deito na cama puta de raiva e puxo a coberta para mim com arranco.

Victor - e aquele seu namoradinho ? - ele da um sorriso de lado e deita a cabeça no travesseiro.

Bárbara - Victor, não me estressa!

Victor - só estou tentando ter uma conversa passiva com você.

Bárbara - ele não é meu namorado, está longe diss- dou de ombros - Mas e a sua namoradinha? - pergunto me referindo a garota da boate.

Victor - tá aqui do meu lado - ele ri e eu viro de costas para ele.

Bárbara - boa noite Augusto! - levo a mão até o abajur e o desligo.

Victor - boa noite princesa.

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