━━━━ JANTAR EM FAMÍLIA parte 1

{ ouçam o capítulo com a música, por favor }

"Eu nunca vi um futuro tão desastroso quanto o seu" 

A frase da Vidente ressoa pelo resto do dia na minha mente, mesmo não acreditando nesse papo de clarividência ou coisa do gênero, ela parecia realmente assustada seja com o que tenha visto no meu futuro! 

Desastroso… 

A palavra volta a repetir com força, a sensação que senti ao tocar na mão dela não foi um truque barato de rua, e se ela… 

— Pode parar, So-hyun! — Ordeno a mim mesma. 

Nunca que vou acreditar nesse papo! Qual é? Vidente? Agora só volta acreditar em Deus, criatura! 

Uma batida insistente me tira dessa zona perigosa de pensamentos. O melhor que faço é esquecer essa ida ao Shopping! Aquela mulher era apenas uma farsante! 

— Senhorita… — Somin uma das tantas empregadas que Su-mi insiste em manter me chama receosa. 

Já posso imaginar o porquê disso. Somin é a única entre os empregados que me trata como legítima dona de toda essa merda de casa! Os demais agem como se eu não existisse, eles temem Su-mi e suas filhas, para eles, elas são as donas, e eu… a  órfã problemática. Mas é claro que eles agem diferente quando o meu pai está — o que é raro de acontecer — nestes poucos dias que ele vem para casa sou tratada como gente. 

Nos outros… 

Bem, eu fico no sótão. 

E como meu querido papai chegará hoje, fui mandada para o quarto das irmãs malvadas. O que significa que não vou pregar os olhos por segurança. Sendo sincera não acho que me matariam, tortura psicológica faz mais o estilo delas. 

— O seu patrão chegou ? — Questiono já que Somin continua parada na entrada da porta. 

Ela está estranha… 

— Não, ainda — Ela pára receosa — A senhora quer vê-la no escritório. 

Aish! 

— Suas irmãs não falaram com ela hoje! — Ela explica rapidamente, com certeza viu meu nervosismo. 

Ser chamada nunca é bom sinal. E geralmente acontece por causa das minhas irmãs postiças. Su-mi age como se eu não existisse, se não estiver no caminho dela durante o dia, poderei fazer minhas refeições tranquilas, o problema sempre são as cobras de suas filhas. Tanto Hyo-Rim como Seung-Hye tem como objetivo de vida tornar a minha um inferno. Então, se elas tiverem a oportunidade de destruírem minha vida, elas farão sem pensar.

Não que pensar, seja algo que elas fazem com frequência…

No início eu me perguntava o porquê de me odiarem tanto, mas com o passar do anos, entendi que elas são simplesmente más mesmo. Ou elas se sentem ameaçadas, porque aceitando ou não, eu ainda sou a filha legítima do Senhor Soo Dong-Suk, traduzindo a única herdeira.

— Okay, Somin. Eu já irei descer. 

Ela me olha uma última vez, antes de sair. Até a empregada sabe que estou ferrada. Levanto da cama fofa com um jogo de cama caro de um tom de azul bebê, meu favorito. Se não fosse a companhia desagradável, eu até gostaria do quarto. Uma coisa é indiscutível, elas têm bom gosto, algo que herdaram da mãe. Su-mi era modelo quando conheceu meu pai em uma das suas inúmeras viagens. Ah, detalhe; ele era casado ainda com minha mãe! 

Esse o principal motivo por odiá-la tanto. Su-mi era uma velha conhecida da minha mãe, não eram melhores amigas mas estudaram juntas no fundamental, e ainda mantinham contato. Ela sabia da doença incurável da minha mãe, e mesmo assim aceitou ser amante do meu pai! Não que o próprio não tenha sua parcela de culpa, uma enorme eu diria!

Os dois tornaram os últimos meses de vida da minha Omma um martírio! Meu pai não escondia seu caso sórdido! Ele estava deslumbrado pela Su-mi, e por isso, minha Omma foi humilhada, todos sabiam, era ridicularizada pelas pessoas que chamava de amigos! Por isso odeio essa família, o sobrenome que carrego, e é ter que fazer parte de um grupo de pessoas egoístas e más! 

Meu único sonho é ir embora. Para bem longe de toda riqueza e podridão que cerca essa maldita família! 

É só o que desejo! 

[...] 

— Está atrasada! — Su-mi  repreende impaciente, mas seus olhos não estão em mim ainda. 

— Desculpe-me, Senhora — O pedido sai atravessado, fecho as mãos com forças, que quase sangra por conta das minhas unhas nas carne. 

Tento disfarçar meu nervosismo e raiva, apesar que ficará bem claro se olhar nos meus olhos. 

Odeio Su-mi assim como ela me odeia. 

Qualquer um conseguiria ver isso. 

Ela está sentada elegantemente na cadeira do meu pai, como se fosse seu trono, e eu uma rela camponesa imunda! Seu olhar é frio e deixa evidente seu desprezo, ela me avalia com desdenhe, mas noto a forma com seu olho treme levemente. Ela está possessa de raiva! Por dentro dou cambalhota de alegria!

Posso até não dizer o que está entalado, mas não significa que serei obediente a você, Su-mi. É essa frase que espero transmitir com uma afronta, e pelo o tiqui insistente, creio ter conseguido meu pequeno objetivo. Por isso, aliso meu vestido de forma premeditada, quero vê-la ferver de raiva, mesmo que isso signifique que ficarei o resto da semana sem jantar! Hoje vale a pena. Afinal é meu maldito aniversário! 

O vestido que Su-mi olha com claro ódio mal disfarçado, pertence a minha Omma. Era um de seus favoritos, tenho a lembrança de brincar com ele, mesmo que sempre acabasse caindo por ser grande demais no meu corpo infantil. Era divertido a fantasia de ser uma princesa, era leve. 

Somente eu e minha Omma naquele conto de fadas. 

— O que pensa que está vestindo?!   — Ela exige. 

O tom sempre calmo e falsamente gentil, desaparece. 

Cadê a posse de boa madrasta agora?

— Um vestido, Senhora. Gostou? — Para provocá-la dou uma rodadinha. 

— Escuta aqui, sua maldita… 

Su-mi é interrompida com uma batida agitada na porta. Vejo minha madrasta mudar a fisionomia num passe de mágica, suas feições voltam a ser indiferentes e belas. 

— Entre — Permite num tom educado, mas posso ver o esforço tremendo que faz. 

O tique em seu olho esquerdo prova isso. 

Minha vontade é de gargalhar diante da sua raiva, mas continuo quieta no meu lugar, como a afilhada perfeita. 

Vamos ver quem perde a posse primeiro, Su-mi. 

Receosa a governanta entra, seu olhar recai sobre minha pessoa primeiro, vejo seus olhos aumentarem de tamanho ao ver meu vestido — Ou talvez ela só esteja surpresa por me ver decente — lhe dou um falso sorriso, o que parece assustá-lo também, pelo jeito deixei uma péssima impressão. 

— O que foi agora? — Su-mi questiona impaciente. 

Omo! Cadê a boa madrasta sempre calma e gentil? 

Nervosa a pobre governanta desata a falar. 

— O Senhor acaba de chegar e exige vê-la, Madame. 

E o tique piora. Minha querida madrasta perde a cor, por um instante penso que vai ter um treco ou algo do tipo, mas, infelizmente, não sou tão sortuda assim. Su-mi me olha raivosa antes de sair, um olhar que entendo como; tirei este maldito vestido agora! 

Talvez eu tenha o meu primeiro aniversário decente! E o presente será ver o desespero de Su-mi. 

{...} 

Meu coração está acelerado como se tivesse corrido uma maratona, mas eu sei que se trata do meu pai, quero ver seu olhar; ele vai reconhecer o vestido? Vai se sentir nem que seja um pouquinho culpado? Uma vez ouvi que parecia com minha falecida Omma, por isso, desejo que ele veja essa semelhança também hoje! Que sinta um pouquinho da dor que sinto ao vê-lo sendo feliz sem ela! Sem seu! Que Ele relembre da mulher que prometeu fidelidade e amar até os seus malditos dias de vida! 

O tormento dele será meu presente também. Por esse motivo, coloco meu sorriso mais largo e feliz, o mesmo sorriso que minha Omma costumava usar para recebê-lo em casa, faço proveito pela primeira vez das aulas de etiqueta que tive na infância, desço as escadas com lentidão, é tanto para causar uma entrada triunfante como para evitar quebrar o pescoço por causa dos saltos ridiculamente altos que uso hoje, me pergunto como as megeras das minhas irmãs consegue fazer isso sempre? 

A primeira a me ver é  Seung-Hye, a infeliz está linda como sempre, usando suas roupas de grife e sorrindo como a princesa que finge ser. Uma princesa sem coração no caso! Sinto um prazer descomunal ao ver seus olhos brilharam de raiva e surpresa, ela está ao lado da víbora da sua mãe, que logo me nota também. Eu poderia morrer agora, que iria feliz ao ver seu desespero, mas eu ainda desejo atormentar um pouco suas vidas miseráveis. 

Agora já no final das escadas, peço forças mentalmente a minha Omma para fazê-los pagar pelo mal que nos fizeram. Infelizmente, meu pai ainda está de costas para mim, agarrada ao seu braço está Hyo-Rim rindo de alguma coisa que o mesmo disse. A família perfeita, penso com um gosto amargo. 

Não é hora para sentimentalismo, recordo a mim mesma. 

É hora do show. 

Boa noite Família









Demorou atualizar mas o capítulo tá recheado de emoções, ando sem tempo e até ânimo para escrever/ atualizar as histórias, por isso, peço perdão pelas demoras.

O próximo capítulo não vai demorar muito, e será intenso também. Por favor não esqueçam de votar, e se possível comentar algo legal também ( pode ser uma crítica construtiva ou sugestão ) E o mais importante é conhecer mais vocês, e saber se estão gostando da história. Até o próximo capítulo, bjsss.

Ps: e essa cena final lembra vocês de algumas novela ou só eu tive essa impressão? Kk

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