𝙘𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 𝙫𝙞𝙣𝙩𝙚 𝙚 𝙨𝙚𝙩𝙚


A cena de Miguel caindo da escada não parava de se repetir na cabeça de Sarah. E mesmo se fechasse os olhos e respirasse fundo ainda conseguiria ver o seu amigo jogado na escada. A falta de informação sobre ele agora que estavam no hospital depois de terem feitos exames para ver se mais ninguém tinha se machucado depois daquela enorme confusão, a garota se mantia ali a espera de no mínimo uma informação. A única coisa que ela sabia era que ele estava desacordado ainda.

Falcão também tinha passado um bom tempo ao lado da namorada mas assim que sua mãe chegou a mesma o convenceu a irem para casa. O garoto não queria ter saído do lado da namorada sabia que ela precisava de alguém ao seu lado naquele momento mas não teve escolhas. Mas prometeu a ela que a ligaria para conversarem mais um pouco.

Um pouco distante dela, a mesma conseguia ver a mãe de Miguel que chorava sem parar. A garota também derrubava algumas lágrimas, mas o estado da mais velha não tinha nem comparação ao dela. Se ela como apenas uma amiga sentia uma preocupação que estava a corroendo, nem conseguia imaginar então o que a mãe dele estava sentindo naquele momento.

— Sarah, tá tudo bem com você filha? — a garota escutou a voz de sua mãe e a mesma a abraçando. Depois de alguns segundos ela saiu do transe que estava e encarou a mulher a sua frente.

— Eu tô bem. Mas o Miguel mãe ele caiu bem na minha frente.... — Sarah não conseguiu completar a frase e novamente sua mãe a abraçou, dessa vez mais apertado e novamente as lágrimas ficaram mais intensas.

— Vem, vamos pra casa. Você precisa descansar um pouco. — Emma, sua mãe disse e ela saiu do abraço balançando a cabeça negativamente.

— Não, eu preciso ter notícias do Miguel, ele é meu amigo e... — Sarah iria dizendo mas foi interrompida.

— Te prometo que vou fazer de tudo para conseguir ter notícias pra você, mas agora realmente temos que ir pra casa. Você precisa, filha. — Emma insistiu, a garota suspirou então.

Ela foi convencida e deixou o hospital ao lado de sua mãe. O caminho até sua casa foi silencioso, ela não se sentia preparada para comentar sobre tudo que tinha acontecido ainda. E talvez aquilo demorasse um pouco. Tudo que ela queria naquele momento era um lugar calmo, e de um bom banho para tentar colocar as suas ideias no lugar.

Assim que pisou seus pés em casa foi direto para o banheiro tomando um banho quente e demorado. Depois de colocar uma roupa confortável ela se jogou na cama, e pensou em ligar a TV teve certeza de que não seria uma boa ideia, com certeza os noticiários deveriam estar falando sobre o que aconteceu com seu amigo na escola e tudo que ela queria era esquecer de tudo aquilo.

Ela estava deitada na cama encarando o teto sobre sua cabeça quando escutou algumas batidas na porta.

— Filha, tem uma pessoa lá em baixo querendo te ver. — sua mãe abriu a porta e disse, fazendo a mesma se sentar na cama e franzir o cenho.

— É o Eli? Se for pode mandar ele subir. — Sarah respondeu.

— Não é ele, é um tal de John Kresse. — sua mãe contou e isso despertou uma enorme curiosidade na garoto que rapidamente se levantou da cama.

O que será que John Kresse estaria fazendo lá? Pelo que ela sabia ele tinha ido embora depois de não ter dado certo a parceria com Johnny Lawrence no Cobra kai.

Ela saiu do quarto e desceu as escadas rapidamente o encontrando sentado no sofá da sala de sua casa. Assim que a viu o homem se levantou e a loira deu alguns passos, ficando mais perto dele.

— O que veio fazer aqui? — Sarah foi direto ao que queria saber, sem fazer nenhum tipo de joguinho.

— Bom, eu vim aqui chamar uma das melhores lutadoras do Cobra Kai para voltar a treinar. Nós precisamos mais do que nunca estar preparados para os próximos confrontos que vão nos esperar. — Kresse começou a dizer. — Então, o que tem a me dizer?

Pensar em karatê fez novamente a cena de Miguel caindo aparecer em sua mente, e então ela prendeu os lábios, sentindo um nó se formar em sua garganta. Não queria transparecer que estava mal na frente do homem então tentou ser forte. Tanto em relação a controlar seus sentimentos, quanto ao dar a sua resposta para o convite dele.

— Desculpa, mas vou dar um tempo de karatê. Depois dessa confusão toda acho que é o que eu tenho que fazer. Pelo menos até eu me sentir melhor. — Sarah respondeu, cruzando seus braços na altura do peito.

— Tem certeza? Os inimigos não vão pensar dessa forma. Eles não vão querer saber quando você vai estar bem para atacar. Se continuar no Cobra Kai pode se tornar uma lutadora melhor ainda e ser imbatível. Mas a escolha é sua. — Kresse insistiu naquilo.

— Eu realmente acho que essa não é a hora para voltar a lutar e ainda tem o Miguel. Não vou conseguir me concentrar enquanto o meu amigo estiver em coma no hospital. — Sarah se manteve firme em sua posição, mas na mesma hora uma dúvida se formou em sua mente. — Mas e o Johnny? Vai continuar treinando o Cobra Kai?

— Johnny Lawrence não faz mais parte do dojô. Os alunos agora vão ser treinados por mim. Mas já que a sua escolha é dar um tempo eu respeito. Mas saiba que o Cobra kai sempre vai estar de portas abertas para você. — John disse e a garota apenas concordou. — Vou indo agora. Mas pense melhor no meu convite, quem sabe não mude de ideia.

O homem foi em direção a porta, a loira o seguiu. Ela abriu a porta e John Kresse saiu de sua casa, mas antes que o mais velho pudesse realmente ir embora a mesma disse.

— Acho difícil eu mudar de ideia. Meu verdadeiro sensei sempre vai ser Johnny Lawrence. Enquanto ele estiver fora, eu realmente não vou lutar karatê. — Sarah contou e viu uma certa raiva aparecer no olhar dele.

O mesmo só deu as costas para a garota, e a mesma fechou a porta de sua casa, ficando alguns segundos encostada na mesma, até a sua mãe aparecer na sua frente, com certeza deveria querer saber o que o homem foi fazer ali. E o que ele tinha para conversar com a garota.

— O que ele queria? — Emma perguntou para a mais nova.

— Veio me chamar pra voltar pro Cobra Kai. Mas eu não confio nada nesse homem, e também não consigo lutar com toda essa situação do Miguel. — Sarah explicou.

— Acho que você fez o certo, melhor ficar mesmo sem karatê durante um tempinho. — a mais velha concordou.

Sarah retornou ao seu quarto, e sabia que agora em diante as coisas não seriam nada fáceis de se enfrentar. Ela sentia como se uma grande confusão em sua vida fosse começar, mas torcia para que isso fosse apenas coisa de sua cabeça.

NOTAS.

E com isso chegamos ao final do ato 2, acho que sexta-feira posto o primeiro capítulo do ato 3, então fiquem atentas❤️

Espero que tenham gostado desse final, e vejo vocês no ato 3 que se eu for dar um spoiler falaria que é só tragédia😁

Até a próxima...

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