𝙘𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 𝙙𝙚𝙯
Faltavam poucos minutos para o horário que Falcão tinha combinado de passar na casa de Sarah, e a garota tinha ficado pronta fazia poucos minutos. Para aquela ocasião ela tinha escolhido uma blusa branca, uma saia preta e uma jaqueta jeans.
Não podia negar que estava nervosa, mesmo que eles se vissem quase todos os dias, só que não era a mesma coisa. A sensação de estar a sós com a pessoa que gosta sempre a deixaria nervosa, não importa se já tivessem se beijado.
Sempre sentiria aos borboletas em seu estômago ao ficar perto dele.
— Você está perfeita, filha. — Emma disse, fazendo a garota sorrir e olhar mais uma vez para si mesma para se certificar se a roupa tinha ficado realmente boa.
— Tô bem mesmo? — ela perguntou só pra ter certeza.
— Já disse que está maravilhosa. — elogiou mais uma vez. — Sabia desde quando você trouxe ele aqui pra fazer um trabalho que tinha algo entre vocês.
Sarah revirou os olhos dando risada do comentário de sua mãe.
— Não tem nada entre eu e ele. Somos só amigos. — explicou e sua mãe cruzou os braços.
— Amigos não vão a um encontro juntos. — argumentou, a deixando sem palavras.
Por sorte foi salva pela campainha que foi tocada. Com certeza era Eli, por isso se despediu de sua mãe e foi em direção a porta, e quando a abriu deu de cara com o garoto que ao vê-la abriu um sorriso.
Seus olhos caíram imediatamente nela e sua mente só conseguia pensar em como ela estava perfeita para aquela noite.
— Oi Eli. — Sarah disse ficando um pouco envergonhada por conta do olhar dele.
— Oi loira, você está... — demorou um pouco para elogiar porque tentava buscar em sua mente um adjetivo que pudesse descrever o tamanho de sua beleza. — Muito gata. Muito gata mesmo.
A elogiou pausadamente, fazendo a mesma sorrir, e dar um selinho nele.
— Você também está muito lindo. — elogiou de volta. — Então, vamos?
A mesma fechou a porta atrás de si, e parou bem ao lado dele.
— Vamos.
Entao eles passaram a caminhar e ao olhar para frente deu de cara com um carro e pelo que ela sabia o mesmo não tinha um, então olhou para ele com um semblante confuso.
— Como conseguiu? — ela perguntou se referindo ao automóvel.
— Segredo meu. — respondeu indo em direção a porta do lado do passageiro, e abriu para que a mesma entrasse. — Acho que você vai gostar de onde vamos.
— Não vai mesmo me dizer? — perguntou mais uma vez mesmo já sabendo a resposta dele que só balançou a cabeça negando.
Ela era curiosa demais, por isso odiava quando tentavam a fazer surpresa. A dúvida sempre a corroia por dentro.
— Vai ter que esperar só mais um pouquinho pra saber, loira. — disse assim que entrou no carro.
Antes mesmo de Eli estacionar o carro a loira já pode ver que o mesmo tinha escolhido um parque de diversões para ser o local do primeiro encontro deles. Ela tinha adorado aquela ideia, afinal, quem não gostava de parques de diversão?
Assim que saíram do carro e se aproximaram do local não conseguiu esconder a sua animação. Já tinha ouvido falar desse parque, mas nunca tinha tido a oportunidade de ir até lá.
— Você acertou muito escolhendo esse lugar. — Sarah revelou e ele pareceu suspirar aliviado em ter acertado em sua escolha.
A loira só conseguia olhar agora para a grande roda gigante, que com certeza deveria ter uma vista linda lá de cima.
— Ainda bem, não sabia se você curtia esse tipo de coisa. Então isso foi realmente um risco que eu resolvi correr. — contou, e então ela pegou em sua mão.
— Agora vamos que tô louca para rodar isso aqui tudinho. — contou animada e saiu arrastando o garoto pelo parque.
Eli nada disse apenas deixou que ela escolhesse o que queria fazer no parque. Primeiro foram ao carrinho de bate bate, e depois escolheram tentar um tiro ao alvo, com o objetivo do garoto tentar conseguir o ursinho de pelúcia que ela tinha gostado.
— Vamos fazer uma aposta? — Eli deu a ideia.
Sarah colocou as mãos na cintura, e só pela cara dele sabia que tinha segundas intenções por trás daquela aposta. Mas nunca negaria aquela ideia, porque ela era muito competitiva, e sempre que podia esse seu lado aflorava.
— E qual seria essa aposta? — quis saber.
— Vamos fazer assim, se eu conseguir você me dá um beijo. Mas se eu não conseguir, eu te dou um beijo.
A garota caiu na risada, porque independente do resultado da brincadeira ele sairia ganhando o que tanto queria. Ela também queria aquilo e adorou quando o mesmo sugeriu.
— Bem espertinho você. — deu um soquinho no ombro dele que também riu. — Mas, eu aceito a aposta. Com tanto que quem vencer escolha um lugar para o beijo, porque não quero que seja aqui no meio de todo mundo, tem que ser algo especial.
Ele fingiu pensar por alguns segundos, a fazendo revirar os olhos pela demora.
— Analisei e acho que essa é uma ótima cláusula para a gente por na nossa aposta. — concordou com a ideia da loira. — Já tenho um lugar, e como vou ganhar vai ser nele mesmo que você vai me beijar.
— isso é o que vamos ver, gatinho.
Ela segurou no queixo dele, e passou o seu dedão pelo lábio do mesmo que apenas acompanhava cada passo dela com o olhar.
Eli finalmente começou a sua batalha para conseguir pelo ursinho, e ao conseguir acertar três vezes o alvo a sua vitória logo veio. Junto ao ursinho que a garota tratou de pegar assim que o homem que trabalhava na barraca lhe entregou.
— Desculpa, quem mesmo você disse que iria ganhar? — ele perguntou em um tom provocativo.
— Cala boca e me leva logo pro lugar que escolheu pra eu pagar a aposta. — pediu agarrada no ursinho de pelúcia.
Ele riu, e segurou na mão dela a levando até a roda gigante. Aquela que a garota estava olhando desde que chegaram. Ela só conseguia pensar que não poderia ter lugar melhor para isso, e que ele realmente tinha levado a sério quando disse que tinha que ser algo especial.
Assim que chegou na vez deles de conseguir entrar no brinquedo, a loira viu Falcão conversar algo com o cara que comandava e também lhe entregando alguma coisa. Não questionou quando ele voltou e só entrou junto dele.
Logo sentiu a movimentação e que estavam subindo, devagar o que a fazia conseguir apreciar atentamente cada detalhe que iria aparecendo conforme iriam ficando mais longe do chão.
— Dá pra ver a cidade quase inteira daqui. — Sarah disse observando.
— Essa vista é realmente linda. — concordou com ela. — Mas não tanto quanto você.
Depois do comentário a garota o olhou e largou o ursinho que ainda segurava ao lado dela, passando a curtir apenas a visão dos olhos dele.
Aquela noite estava estrelada, mas nada agora parecia conseguir competir com o brilho dos olhos dele. Aquele momento estava perfeito, até eles chegarem ao ponto mais alto da roda gigante, que foi quando o brinquedo parou.
Fazendo ela desviar o olhar dele para ver o que estava acontecendo.
— Ei, lembra eu que escolhia o lugar do nosso beijo. Quis que fosse aqui e bem com essa vista linda. — ele disse segurando no queixo dela, fazendo a mesma virar seu rosto e voltar a encará-lo, que tinha seu olhar nos lábios dela.
— Então foi isso que você fez quando estava conversando com aquele cara. — ela se tocou, e ele deu um sorriso.
— Eu sempre dou um jeitinho de conseguir o que quero.
Sarah aproximou ainda mais o seus rosto, colando suas testas uma na outra, conseguindo sentir a respiração descompassada dele contra o seu rosto.
— Só que agora vai ser eu que vou dar um jeitinho de conseguir o que quero. — soltou aquela frase que o garoto até iria responder mas não teve tempo para isso. Ela tinha sido mais rápida.
Isso porque a loira quebrou a pouca distância que ainda existia entre seus lábios, começando com um selinho. Ao sentir os lábios dele contra os seus, sentiu novamente as borboletas voltarem a fazer festa no seu estômago, ainda mais quando o selinho se transformou em um beijo lento mas intenso. Eli pediu passagem com a língua, a loira logo cedeu sentindo a mão dela apertar sua cintura, enquanto ela tinha uma em sua nuca, e outra em seu rosto.
Tudo parecia acontecer em câmera lenta, e os dois pareciam curtir como nunca a companhia um do outro, se separando apenas quando o ar começou a fazer falta. E encerraram o beijo com três selinhos, o que fez a garota sorrir no meio do beijo.
— Aposta cumprida. — Sarah disse enquanto eles ainda mantiam suas testas coladas.
— Não sei se realmente me convenceu, acho que você vai ter que repetir. — brincou arrancando um sorriso dela que após isso juntou seus lábios novamente, sentindo a mão dele apertar a sua cintura mais uma vez.
Com certeza aquele momento tinha sido especial.
Depois de seu encontro com Eli, a loira tinha acabado indo até o dojô em busca de notícias sobre se o sensei tinha conseguido fazer o Cobra Kai voltar a poder disputar o campeonato regional. E quando chegou no local acabou tendo a surpresa de Miguel chegando exatamente na mesma hora.
— Só trago boas notícias sobre o meu encontro com o Eli. — contou a loira com um sorriso no rosto. — E você sobre o seu encontro com a Samanta?
— Eu trago notícias muito boas. — respondeu claramente animado também.
Os dois amigos entraram no dojô dando de cara com o sensei Lawrence.
— Quem é o cara? — Miguel perguntou animado para o mais velho.
— Eu sou o cara. — Johnny respondeu e só depois foi reparar na animação do garoto. — Pera aí, você também é o cara?
— Eu sou o cara. — Miguel respondeu ainda mais animado.
O mais velho então passou a olhar para Clark, vendo que ela também estava empolgada.
— Então você também é o cara? — perguntei a garota.
Ela riu e assentiu com a cabeça.
— Arrasei no encontro. — Sarah contou aos dois.
— Eu arrasei na reunião do comitê. — Johnny contou.
E agora os três se olhavam animados pelo mesmo motivo.
— O Cobra Kai tá dentro? — Miguel perguntou.
— Nós estamos de volta, filhote. — Johnny disse.
Os três então se abraçaram, comemorando que agora o dojô poderia participar de uma competição de verdade.
— Vou pegar um refri pra mim e pro Miguel, quer una cerveja? — Sarah perguntou ao mais velho.
— Não, isso pede um brinde de verdade. — o homem respondeu e foi até a sua sala deixando os dois jovens ali esperando, e voltou com uma bebida que eles não conseguiram identificar o que era, e o homem serviu um copo para cada um. — Isso é bebida para os vendedores de verdade.
Sarah bebeu um pouco da bebida fazendo uma careta por conta de ter um gosto forte, já Miguel continuava encarando o copo sem nem ter encostado a boca.
— Bebe, vai fazer crescer pelo no saco. — o sensei disse e a garota o olhou assustada.
— Isso é bom? — Miguel perguntou.
— Meu deus vocês são completamente malucos. — a menina concluiu. — Vamos fazer um brinde. Ao Cobra Kai.
Agora uma nova etapa estava prestes a começar para eles naquele dojô.
NOTAS.
Acabei me empolgando e talvez esse capítulo tenha ficado grande demais kkkkkkk
Não consegui me controlar e tive que fazer tudo ser perfeito no primeiro encontro deles, e também precisava colocar o detalhe do Cobra Kai passar a se preparar para o regional.
Mas é isso, vejo vocês no próximo capítulo❤️
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