²⁹|Sem complicações, apenas prazer

    — Obrigada por me deixar dormir aqui — agradeço a Lorelei ao encontrá-la na cozinha do seu apartamento.

— Você não me disse por que precisou dormir aqui. — Olhos castanhos curiosos me encaram.

    Em vez de responder a pergunta por trás do seu olhar, ocupo um banquinho na ilha e aceito a xícara de café que ela me dá. Preciso de muita cafeína para entrar nesse assunto.

     Lorelei entende, pois não me pressiona por uma resposta enquanto bebemos nossos respectivos cafés. Tiro esse tempo para dar uma olhada no seu apartamento. Não tive oportunidade de olhar direito ontem porque fui direto para o quarto de hóspedes que Lorelei me deixou passar a noite.

    Mas seu apartamento é bonito. Muito maior do que o meu e com uma vista panorâmica de Chicago. Parece que saiu de uma revista. Quase todos os seus móveis são brancos, com algumas ressalvas como os quadros chiques nas paredes e alguns jarros de plantas e uma estante complexa, mas minimalista com alguns portas-retratos e outras coisas. Sua cozinha é americana, permitindo que tenhamos uma vista completa da sala e da sacada. Há um corredor, onde ficam os quartos e banheiro e uma outra porta que imagino que seja a despensa.

— Você tem um lindo apartamento — comento, não para fugir do assunto, mas porque é realmente bonito.

     Lorelei apoia os antebraços no mármore, olhando em volta. Seus olhos parecem tristes.

— Caleb e eu compramos juntos. Fiquei com ele quando nos divorciamos.

— Como era o casamento de vocês? — Espero não estar me intrometendo muito. Não quero que Lorelei se feche de novo, por isso irei respeitar se ela não quiser conversar sobre isso.

    Mas parece que ela nem precisa considerar se falar sobre isso comigo já não é demais.

— Feliz. Éramos muito felizes, mas acabou. Sempre acaba, não é? — Lorelei dá de ombros, como se não fosse nada. Mesmo achando que tem mais coisa por trás disso, não insisto no assunto. — Doeu, mas eu consegui seguir em frente, eu acho. Pelo menos eu estava conseguindo, mas faz uns meses que Caleb tem falado sobre voltar, dar uma nova chance para nós.

— Ele está te pressionando?

— Não exatamente. Saímos para jantar mês passado. Como amigos, ele disse. Mas nos beijamos quando ele me deixou em casa. E agora ele quer outro encontro. Eu estou… confusa.

— Há outro homem confundindo seu coração? — Talvez ela tivesse deixado minha pergunta passar se meu tom não estivesse cheio de insinuações.

    Lorelei semicerra os olhos, sabendo exatamente a quem estou me referindo.

— Não.

    Ergo minhas mãos em sinal de rendição.

— Entendido.

    Novamente, minha amiga suspira, soltando suas tranças do coque alto que ela fez.

— Não sei se quero voltar com Caleb. Não sei se quero… passar por tudo aquilo de novo. — Eu não sei o que "aquilo" quer dizer, mas antes que eu pergunte, ela muda de assunto. — Falei muito sobre mim. Sua vez agora.

    Gemendo, escondo meu rosto em minhas mãos.

— Precisamos mesmo falar sobre isso?

— Sim. E iremos. Mas antes, acho que devemos chamar reforços. — Pega seu telefone.

— Genevieve? — suponho. É nossa única amiga em comum.

— Sim. Não podemos deixar aquela fofoqueira de fora.

    Dou uma leve risada. É verdade. Ela provavelmente me mataria se eu deixasse para contar a ela depois.

— Na verdade… — Lorelei abaixa o celular, seus olhos brilhando com um toque diabólico. — Eu tive uma ideia melhor.

— Devo me preocupar?

    Ela sorri.

— Não, mas é melhor preparar o seu bolso.

     Droga. Dinheiro realmente é uma preocupação.

☠️

     Apesar de ser segunda-feira, Lorelei argumentou que nós três provavelmente temos muitas horas sobrando na empresa para tirar um dia de folga. Ela e Genevieve realmente podem tirar uma folga quando desejarem, mas eu não tenho tanta flexibilidade assim. Como secretária dos meus melhores amigos eu não teria esse problema, mas com Khalil é totalmente diferente.

    Falei isso para elas depois que Genevieve chegou e trouxe algumas roupas para mim, mas as duas mandaram Khalil se foder. Não com essas palavras, mas foi basicamente isso.

    Então eu desliguei meu telefone depois de mandar um e-mail avisando que tiraria uma folga.

    Agora as meninas e eu estamos no carro de Lorelei dirigindo para um SPA. Foi ideia dela.

— Tudo bem. Acho que você já pode falar o que tá rolando. — Genevieve enfia a cabeça entre os assentos do banco do motorista e do passageiro. Ela perdeu no pedra, papel e tesoura, então está sentada atrás.

— Transei com Khalil — solto a bomba de uma vez.

— EU SABIA QUE ISSO IA ACONTECER UMA HORA OU OUTRA! — a maluca grita no meu ouvido, tirando seus óculos escuros. — Como foi? Quando foi?

— Isso tem a ver com essas marcas no seu pescoço e nos seus pulsos? — Lorelei me olha de relance enquanto dirige. Ainda bem que ela está calma. Já teríamos sofrido um acidente se fosse Genevieve dirigindo.

    Toco meu pescoço, onde ainda é possível ver as marcas de dedos. Usei blusa de gola alta e mangas compridas ontem, mas hoje estou usando um vestido de Genevieve. É de alcinhas, então não tem como esconder as marcas.

— Foi um pouco… intenso — murmuro. Quero rir desse eufemismo.

— Não vou julgar. Depois da minha primeira vez com Eros, Bruno achou que ele tinha me agredido — Gen comenta, observando as marcas em meus pulsos.

— Sério? — Lorelei e eu perguntamos ao mesmo tempo.

— Uhum. Nunca contei isso a Eros porque, bom, vocês sabem, a mídia sempre quis pintá-lo como um monstro. Eu não queria piorar tudo. — Ela bate palmas de repente. — Mas isso não importa mais. Na verdade, só mostra que os homens Blackburn são uns brutos.

— Ok, agora estou imaginando Anthony e Enrico nessas situações. — Faço uma careta. É como pensar no meu pai e no meu irmão fazendo sexo. — É bizarro.

— Enrico eu não sei. Mas o Anthony… Sabe, ele não me engana com aquele jeito de golden boy.

    Nós duas encaramos Lorelei.

— Por que vocês estão olhando para mim? — questiona.

— Você não tem nada a acrescentar a essa conversa? — Arqueio a sobrancelha.

— Não. E pela milionésima vez, nada nunca aconteceu entre a gente.

    Genevieve e eu murmuramos um "Hummmm".

— Achei que estávamos falando sobre você, Kate.

    Com a alfinetada nada sutil de Lorelei, solto um suspiro.

— Não tem muito o que contar…

— Ah, não vem com essa! — Genevieve me interrompe. — É o Khalil. Vocês vivem em pé de guerra. Você já declarou mais de uma vez que o  odeia. Então, como isso aconteceu? Você de repente caiu no pau dele?

— Você era muito menos intrometida quando era solteira — resmungo.

— Não me enrola. Lembra que você me fez descrever o tamanho do pau do Eros?

— Qual o tamanho? — Lorelei pergunta de repente. Nós duas olhamos surpresas para ela. — Quê? Vocês fizeram tanta questão que eu abandonasse o meu mantra de separar o pessoal do profissional. Então, agora quero saber tudo.

— Ok, é um bom argumento — Gen elogia, então afasta suas mãos no que seria o tamanho do pau do Eros.

— Agora eu entendo porque você vai se casar com ele.

    Nós três explodimos em risadas.

    Quando nos acalmamos, conto um resumo de como foi para as meninas. Óbvio, deixo de fora toda a parte do jogo e que ele me algemou contra a minha vontade. Também não repito as coisas que ela disse ou como aos olhos de outra pessoa aquela situação pode ter sido… problemática. Resumindo, foi isso que eu contei a elas: um resumo. Faltando algumas partes, mas não importa.

    Não guardei tudo o que aconteceu para mim por medo das meninas me julgarem. Não contei porque me sinto possessiva em relação a isso. É pessoal demais, eu acho. Além disso, não sei se eu conseguiria colocar em palavras. Não estou sendo romântica, pelo amor de Deus. Mas o que falei para as garotas é verdade: foi intenso, mais intenso do que qualquer outra transa que eu já tive.

    Eu deveria estar furiosa. Eu até estou, porque Khalil invadiu minha privacidade e porque ele é tão irritante e convencido, mas… Ele também está certo em ser tão convencido assim, por mais que eu odeie. Nenhum homem me levou ao limite como ele fez. Minto, Khalil não me levou lá, ele me empurrou, me forçou até eu ceder.

    E eu gostei de cada porra de segundo.

    No entanto, não sei o que fazer agora. Khalil sempre foi pegador. Mesmo com aquela mulher, Bree, e aquele homem, o Pax, constantemente em sua vida, ele sempre foi visto com outras pessoas. Nunca teve um relacionamento sério.

    Então por que ele parece tão empenhado em me manter? Não vou ser tola de achar que existe algum sentimento envolvido, mas ele realmente acha que vou ser seu brinquedinho para sempre?

— Estamos aqui para relaxar. Por que você está com essa cara? — Lorelei questiona, horas depois, quando estamos na piscina aquecida interna do SPA.

    Nós três recebemos noventa minutos de massagem quando chegamos. Foi maravilhoso. Eu me sinto tão relaxada agora que é como estar flutuando nessa piscina. Almoçamos também. Eu não sei qual pacote Lorelei escolheu, mas eu estou amando tudo isso. Fazia tempo que eu não tirava um tempo para cuidar de mim. E sendo realista, depois das últimas semanas, eu estava precisando.

    Mas apesar de todo o relaxamento que as massagens deram, alguns assuntos pendentes ainda ficam voltando à minha mente. No momento, é Khalil.

— Não sei o que fazer com Khalil — confesso, tomando um pouco do coquetel.

— Ele quer, sabe, repetir a dose? — Genevieve pergunta.

— Ele queria que eu fosse para o apartamento dele ontem. — Aponto para Lorelei com minha taça. — Por isso dormi na sua casa. Sabia que se eu dissesse "não" a ele, ele daria um jeito de me convencer. E eu não sou de ferro. Não ia resistir a ele. — Sou honesta porque mentir para mim mesma não me levará a lugar nenhum. — Precisava de tempo para pensar.

— Você deu um perdido nele — Lorelei contesta com um sorriso. — Sua safada.

    Dou risada e jogo água nela.

— Quer saber o que eu acho? — Gen pergunta depois de um momento.

— Manda.

— Continua com ele. — Notando minha incredulidade, minha amiga dá de ombros. — Você não gosta de relacionamentos. Ele também não. Vocês podem muito bem só usar um ao outro. Sem complicações, apenas prazer. É a analogia da batata, só que melhor.

— Que analogia é essa? — Lorelei ergue as sobrancelhas, perdida.

    Enquanto Genevieve explica a ela, penso nas suas palavras. Parece fácil, mas nada com Khalil é fácil. Poderíamos, sim, manter isso casual. Sem compromisso. Podíamos até marcar dias certos para transar. Seria perfeito, certo?

    Exatamente por isso ele não aceitaria, pois como ficou comprovado, o objetivo de Khalil é complicar a minha vida.

☠️

    Deixamos o SPA apenas no final da tarde. Foi um dia maravilhoso, apesar dos pensamentos que ficavam voltando a me importunar. Ainda não decidi o que farei com Khalil, mas pensarei sobre isso mais tarde.

    O SPA me deixou com um sentimento de cansaço bom. Não lembro a última vez que tive essa sensação. Me sinto tão bem que até decido cozinhar. Nos últimos tempos tenho comido comida de delivery e me odiando com o que isso faz com o meio ambiente. Mas eu simplesmente não tinha tempo ou cabeça para preparar uma refeição sem ter certeza que não iria queimar.

    Enquanto preparo o escondidinho de legumes, me sirvo de uma taça de vinho, suspirando de prazer. Me sinto nas nuvens.

     Um pouco mais tarde, quando estou assistindo CSI com Warrick, sinto que minha paz está prestes a ser ameaçada após ouvir a campainha tocando. São 21h, em plena segunda-feira. Eu deveria deixar tocando, mas lembro que ainda não liguei meu celular, então pode ser alguma emergência.

    Pausando a série, levanto do sofá e vou atender o interfone.

— Espero que seja importante — digo para quem estiver lá embaixo.

Kate?

    Faço uma pausa, reconhecendo a voz.

— Lúcio? — Franzo as sobrancelhas. O que ele quer? A última vez que nos falamos foi no Palace, quando fui ao clube atrás de Alexander e Lúcio disse que ele não estava, então me mandou embora.

Tenho uma entrega para você.

— O que é?

Sou apenas o mensageiro. Você desce ou…

— Estou descendo. — Confiava em Lúcio quando morávamos no complexo, mas onze anos se passaram, não estou doida de deixá-lo subir até meu apartamento.

    Corro até o quarto e visto uma calça, já que eu estava apenas de calcinha e camiseta. Também ponho um moletom. Não apenas porque o tecido da minha blusa é muito fino, mas também para esconder a minha arma, que ponho na cintura. Apenas por precaução.

     Levo no máximo três minutos entre sair do meu apartamento e a descida de elevador. Quando abro o portão, Lúcio está lá, me esperando.

    Em sua mão tem um pacote. Só pode ser coisa de Alexander.

— Não sabe mesmo o que é? — questiono, ainda olhando o pacote grosso e marrom.

— Não. — Em vez de me entregar logo, Lúcio fica me encarando.

— Tá um frio do caralho aqui. Vai me dar isso ou não?

— Por que você voltou, Kate?

— Não voltei…

— Porra, conta outra. Você sabe que ele não vai te deixar ir agora que tem você de volta.

    Cruzo meus braços, não gostando como isso soou. Alexander não me tem coisa alguma. Depois que eu parar de agir como uma criança se escondendo do bicho papão, terei uma conversa séria com Alex. Ele já me contou o que aconteceu com meus pais. Era tudo o que eu queria saber. Agora acabou. Eu não quero voltar para essa vida. Seja ele meu tio ou não.

— E como isso é da sua conta? — pergunto a Lúcio. Estou sendo fria com ele e ignorando toda a amizade que um dia tivemos, mas é porque não quero envolvê-lo nisso. Além do mais, não tenho mais certeza se ele é confiável.

— Me preocupo com você. Você foi a coisa mais próxima de uma família que eu já tive. — Seus olhos emotivos me deixam com culpa.

    Lúcio não gostava de falar muito do seu passado, mas o pouco que sei é que o pai dele tinha uma dívida com Alex. Porém, quando o homem morreu, não tinha ninguém para pagar a dívida. E como Alexander nunca aceitaria ficar no prejuízo, ele pegou Lúcio e disse que ele trabalharia até pagar a dívida do pai. Lúcio só tinha dez anos, então. Ele trabalhou para Alex por anos, mas mesmo após pagar a dívida do pai, ele continuou nessa vida porque era tudo o que ele sabia fazer.

    Por isso acredito nele quando diz isso. Ele também foi a coisa mais próxima de família que eu tinha naquela época. Depois de Alex, é claro.

— Tudo o que você precisa saber é que não sou mais aquela garota — garanto a Lúcio. — Alex não vai me influenciar. Ele só tem informações sobre o meu passado. Apenas isso.

     Depois de um momento, Lúcio assente. Eu sei que ele não acredita cem por cento em mim, mas confia que não serei idiota.

— Posso te dar um abraço? — pede, então.

    Hesito por um segundo, mas dou um passo à frente e envolvo meus braços ao seu redor. Ele cheira a pólvora e perfume, bem diferente de anos atrás, mas ainda consegue ser familiar de alguma forma.

— Tenha cuidado e não acredite em tudo o que ele diz.

    Sinto arrepios em todo o meu corpo com a seriedade que ele diz essas palavras, mas anuo.

— Se cuida você também.

    Depois de beijar meus cabelos, Lúcio me entrega o pacote.

— Boa noite, Kate.

— Até logo.

   

     De volta no meu apartamento, vou direto para o meu quarto e pego um abridor de cartas na minha mesa de cabeceira. Quando finalmente abro o pacote, encontro uma pasta grossa.

    Confusa, começo a folhear as primeiras páginas, encontrando fotos, datas, localizações… Logo fica claro para mim que isso aqui se trata de um dossiê. Todas as informações do homem que matou meus pais estão bem aqui em minhas mãos.

     Claro que Alex não me deixaria em paz depois que falei que não queria vingança. Tenho vontade de mandar de volta e acrescentar uma mensagem escrita "Vá se foder, idiota", mas uma coisa me chama atenção.

Cedric Sutton
Verdadeiro nome: Cedric Kavanagh.
12/03/1983
Filho de Cormac Kavanagh.

Máfia Irlandesa.

Ocupação atual;
CEO da Sutton Corporation.

Filhos;
Gavin Sutton.

Passado;
Traficante de armas
Estudou Direito na NYU.

Nasceu em Dublin; Irlanda, mas
se mudou para os EUA quando ainda
era criança (1990) e mora aqui desde então.

É estimado que tenha matado pelo menos 400 pessoas.

Desde 2001, desligou-se dos negócios da família.

    Há mais informações. Muito mais. Mas meus olhos focam na sua foto. Eu já vi esse homem antes.

    Pego a caixa com as coisas da minha mãe, que guardei no guarda-roupa. Nunca mais mexi nela desde aquele dia. Depois que acho o álbum de fotos, vou até a última fotografia.

    Lá está, o mesmo homem, Cedric Sutton – ou Kavanagh, aparentemente –, sentado ao lado da minha mãe comigo em seu colo.

    Quando vi essa foto, presumi que fosse meu pai, mas estava enganada. Alex disse que Cedric e minha mãe eram amigos, certo? Que ele se apaixonou por ela, por isso a matou. Enquanto olho para essa foto, me pergunto como ele teve coragem. Não apenas de matar uma pessoa que ele dizia amar, mas tirar uma mãe da sua filha.

    Aquela angústia em meu peito se mistura com uma raiva gélida que começa a crescer em meu coração.

    No meu passado, eu fiz coisas das quais não me orgulho, mas muito pouco me arrependo. Eu fui o soldado de Alex, uma arma letal que ele moldou com cuidado. Quando saí, achei que tinha deixado isso para trás, mas enquanto encaro a foto deste homem, já não tenho tanta certeza. As coisas que passam pela minha cabeça, todas as formas que eu poderia fazê-lo sofrer…

    Quando pego no sono depois de passar horas lendo todas as atrocidades que esse homem fez, digo seu nome antes de dormir.

Cedric Sutton. — É uma promessa.

    Uma promessa de morte.

☠️

Eu sei, eu sei, foi um capítulo pequeno, me perdoem

Espero que tenham gostado mesmo assim

Tô amando essa amizade das meninas🤧♥️

Até terça...SE PREPAREM🙃

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2bjs, môres♥

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