↳Cɑpítulo 13



Dois meses se passaram desde a morte de Chifuyu, seus colegas e melhor amigo estão curando a ferida deixada por sua partida. De minha parte apresentei o projeto que fizemos juntos, gostaria de ter algo para comemorar que passamos, é triste saber que ele estava no último ano de formatura, tão perto de realizar seu sonho e tudo mais ele queria alcançar foi tirado dele em apenas alguns segundos.

Comecei a pensar nisso, a vida é tão efêmera, algo ou alguém pode tirá-la de você num piscar de olhos. Não sabemos por quanto tempo estaremos aproveitando este mundo.
Sofremos por pequenas coisas e perdemos tempo valioso, perdemos dias, às vezes anos.

Fechamos a boca quando deveríamos falar e falamos demais quando deveríamos permanecer calados.

Recusamo-nos a dar o abraço que o nosso coração tanto exige de nós porque algo em nós impede essa união ou recusamos dar um beijo caloroso só “porque não estamos habituados a isso” e não dizemos o que gostamos porque pensamos que o outro saiba automaticamente o que sentimos.

Reivindicamos o que não temos ou o que não temos o suficiente. Cobramos dos outros, da vida, de nós mesmos, e nos consumimos, comparando nossa vida com a de quem tem mais.

E então o tempo passa. Passamos pela vida e não vivemos, sobrevivemos, porque não sabemos fazer mais nada. O pior, ou o mais engraçado, a meu ver, é que até um descuido bobo seu pode acabar com a sua existência, como tropeçar em uma casca de banana ou engasgar com a própria saliva.

Depois desta tremenda reflexão, como eu digo: quem tem medo de morrer, que não nasça. Esta é a minha justificativa quando estou prestes a fazer algo que certamente terminará mal, mas quem pode tirar o que dancei?

Por outro lado, a polícia tem investigado o assassinato, porém, nestes meses não conseguiu nada, pois não houve testemunhas, não foi encontrada a arma com a qual cometeu o crime, as câmeras não captaram nada desde então. aquele beco estava em um ponto cego. Em suma, não há nenhuma pista que leve a polícia a encontrar o culpado, mas todos sabem que o assassino não é um idiota, pois pode-se perceber a quilômetros de distância que o homicídio foi meticulosamente planejado para que não houvesse vestígios.

Baji e Kazutora ajudaram a investigação em tudo que puderam, pois são eles que mais conheciam o loiro. Comigo e Rumi nós os apoiamos moralmente, não quero nem imaginar como deve ser perder seu melhor amigo, um companheiro de vida.

─ Isha? Está me escutando?

─ Hah? - Eu balancei minha cabeça para clarear meus pensamentos - Não, me desculpe, o que você estava me dizendo?

Agora estávamos no meu quarto, tínhamos terminado as aulas e decidimos passar a tarde no meu apartamento já que era sexta-feira, e claro, compramos mantimentos para não morrermos.

─ Eu te disse que você está estranha, você está muito distraída há algumas semanas - ele bebeu seu refrigerante - Você mudou seu estilo de roupa para um mais "reservado". Suas notas caíram, não tanto, mas você nem se preocupa com isso. Você dificilmente sai, antes de passar todo o tempo fora. De qualquer forma, sinto que não é você. Está tudo bem?

Desde que ela namorou Kazutora-kun ela tem sido assim. Ela presta atenção em tudo, não se distrai nem um pouco. Seu estilo de vestir é ousado sem perder a elegância, quem a visse diria que ela não é uma “puta” como classificam quem “mostra demais”; Agora suas roupas a cobrem mais, ela quase não usa mais saias, shorts ou blusas sem mangas, algo que ela adora.
Suas notas são tudo para ela, ela é muito perfeccionista, na menor mudança de nota ela trabalha o dobro para não baixar a média, e agora a média dela caiu dez centésimos, demais, e ela não fez birra . Ele adora sair, seja para um parque ou para uma festa, não gosta de ficar muito tempo em casa. -ela pensou preocupada.

─ Não sinto essa mudança - Encolhi os ombros descartando e comecei a listar com os dedos, suspirei ─ Primeiro, me sinto distraída com os exames e toda essa coisa do Matsuno-kun. Segundo, esse estilo é mais confortável para mim, além disso o Tora gosta, ele diz que eu fico mais bonita e que não preciso mostrar tanto só para ficar bonita, o que ele tem razão. Terceiro, os exames são difíceis, nem sempre posso tirar A, não há problema em cometer erros de vez em quando, além disso, minhas notas ainda são altas. Quarto, estou prestes a me formar e ser médica veterinária, devo deixar esses costumes porque eles podem me prejudicar no futuro se eu trabalhar na minha profissão, tenho que focar nisso e na minha relação com o Tora, ele também deixou aqueles costumes à parte, por isso apoiamos um aos outro. E quinto, sim, estou bem, e para que você não se preocupe tanto, amanhã vou jantar na casa dos meus pais.

Ela nunca pensou assim, o que mudou? ─ Rumi pensou ─ Espero que o namoro deles não tenha nada a ver com sua transformação repentina.

Ru suspirou e olhou para mim séri!.

─ Me escute Isha, se algo de ruim acontecer com você ou algo te incomodar, me diga, ok? Seja sua família ou Kazutora-kun. Se você me disser que está tudo bem, vou acreditar, mas você nunca ouviu falar? Nunca! Não duvide da minha amizade com você e que sempre contará comigo para qualquer coisa. Não importa se são três da manhã, estarei ao seu lado. Não importa se eu tiver que cruzar o Oceano Pacífico para ver você, eu o farei.

Eu sorri e a abracei com força. Não sei por que ela me conta isso, mas eu nunca duvidaria dela, ela é a melhor coisa que me aconteceu desde que nasci. É lindo ter ao seu lado alguém que te apoia e quer com todo o seu ser se preocupar com você. Tê-la comigo é um presente que guardo com minha vida.

─ Não seja boba, eu e Keisuke estamos preocupados - nos separamos do abraço ─ Sabe, você pode contar para qualquer um de nós o que está acontecendo com você. Bom, eu tenho que ir, minha mãe vai me matar se eu não chegar antes do anoitecer, tenho que ajudá-la com o jantar de aniversário da Kiki.

─ Mande parabéns para sua irmãzinha, e me perdoe por não ter ido. Você está carregando o presente dela? Espero que gostem, vocês não sabem o quanto eu luto para conseguir aquela mala cheia de maquiagens das marcas que vocês gostam.

─ Ela vai adorar, não se preocupe.

A acompanhei até a recepção, onde ela saiu de táxi. Ao entrar novamente em meu apartamento, me dediquei a arrumá-lo enquanto ouvia música e cantava como a senhora que sou.

Você sabe o que estou pensando, vejo isso em seus olhos

Você odeia me amar, você odeia quando chora

Você tem medo de ficar sozinho, principalmente à noite

Tenho medo de sentir sua falta, isso acontece comigo o tempo todo

Eu não quero sentir isso, não suporto o amor

Tento encontrar uma razão que nos separe

Não está dando certo, porque você é perfeito e sei que vale a pena.

Eu não posso ir embora, oh

Mesmo que estejamos passando por isso e isso faça você se sentir sozinho

Tenha em mente que eu morreria por você

Amor, eu morreria por você, sim

A distância e o tempo entre nós nunca vão me fazer mudar de ideia, porque, amor

Eu morreria por você

Amor, eu morreria por você, sim

The Weeknd - Die for you

↳Narrador onisciente.

─ Ela canta lindamente - olhou para o céu ─ Então você morreria por mim, anjinho? –A última coisa foi dita num murmúrio que só ele ouviu.

─ Não me diga que você colocou cam-

─ Sim, como diabos você acha que eu sabia que aquele loirinho estava na casa dela? - Ele o interrompeu e olhou para ele com uma expressão divertida.

─ Droga, isso é outro nível – o de óculos soltou uma risada limpa enquanto lhe entregava uma garrafa de cerveja.

O da tatuagem a recebeu e lhe deu um longo gole para conversar.

─ Além disso aquela vadia notou a mudança da Annaisha, ela está virando um maldito obstáculo, Baji percebeu mesmo assim e eles não são tão próximos assim - ele suspirou e tirou os fones de ouvido enquanto colocava o celular no bolso - Mas não meu anjinho, e isso é melhor. Espero que você não me pegue, por favor, aproveite-os.

─ Você é um maldito manipulador - brincou Kisaki.

─ Por que bater nela e assustá-la se posso manipular a mente dela como desejo? Estudá-la por mais de um ano me ajudou um pouco, apesar de ser uma menina com caráter, sua mente é fraca. Não ter tido um namorado antes ajuda, ser seu primeiro amor me deu acesso a lugares que ela nem conhecia.

─ Tudo por amor?

─ Tudo por amor.

─ O que você fará se ela descobrir?

─ Ela não vai descobrir, e se descobrir, vai entender.

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