A mudança.
- LARI! TRÁS SUA MOCHILA POR FAVOR? -Grita Morgana, nossa mãe.
- Tô indo, mãe. -Diz a Lari, ao meu lado.
- Se você gritasse, levava uma travesseirada. -Pego o travesseiro.
- Haha, e eu te dava um chutão! -Levanta a perna.
- LARISSA!
Minha irmã desceu as escadas e foi até a nossa mãe.
Oi, sou a Lavínia, ou como minha família me chama: Lavi.
Tenho uma pirralha mais nova, Larissa. Eu amo ela. Somos bem parecidas, odiamos as mesmas coisas, gostamos das mesmas coisas, brigamos, lutamos juntas. Enfim, confio mais nela do que na minha mãe. Nos damos bem.
Eu tenho 12 anos e tô de mudança, não tô animada, nem triste, só quero ir pra um lugar onde seja calmo.
Minha mãe, Morgana, é uma mãe perfeita. Mas tem seus defeitos. Se separou do meu pai ao ver que ele estava tratando ela diferente por conta do trabalho. Digamos que ela é...dramática.
A nossa mãe teve a decisão da casa com nós duas. A gente não tá se mudando por acaso, a gente tá se mudando por que a minha mãe quer ficar perto de onde seu namorado novo mora. Não gostamos muito dele. Mas nossa mãe tá feliz, então não posso fazer nada.
Eu amo preto, tipo, amo mesmo.
Espero que meu quarto seja todo preto.
- LAVÍNIA!! -Grita minha mãe.
- Já vou! -Desço as escadas.
- Já arrumou a Mayla?
- Ih, ainda não.
- Vai lá arrumar as coisas dela. E as suas?
- As minhas já.
- Mãe, aqui minha mochila. -Diz Lari, entrando na cozinha.
- Maravilha. Coloque no carro, meu amor. -Diz minha mãe, com um sorriso.
- Vou lá arrumar as coisas da Mayla. -Subo as escadas, ouvindo minha mãe gritar.
- NINGUÉM COLOCA NADA NO MEIO ENTRE VOCÊS, POR QUE A MAYLA VAI LÁ!
Arrumei a mala da casa da Mayla e coloco a Mayla em um porta-gato pequeno.
A mala de casa:
No lugar do canto do berço:
E sim, tem roupas pra Mayla.
Após arrumar tudo, inclusive minhas coisas, pego a Mayla, sua mala e as minhas coisas e vou pro carro. Lari já estava lá. Eu me sentei no banco ao da direita, na janela. Lari na esquerda, e Mayla no meio.
A mudança levava umas três horas. Eu peguei meu livro favorito "Academia de Vampiros" e fiquei lendo.
- Lavi, sério que você vai ficar lendo ou vai conversar comigo? -Diz Lari.
- Tá. O que você quer conversar? -Fecho o livro, mas com o dedo polegar na página.
- Hm. Sei lá.. -Eu ia abrir o livro.- Calma! Éh...o que você mais vai sentir falta?
- Com certeza, da nossa casa. Ela era grande. Agora vamos pra uma casa pequena. E da Emilly, vou sentir falta da minha amiga. -Digo, ficando triste.
- Ah, vou sentir falta da Maria também. Mas acho que ela vai ficar bem sem mim. Eu é que não vou ficar bem sem ela. -Lari Fica triste.
- Ai, não é por que o povo não gosta de você aqui em Juazeiro que o pessoal não vai gostar de você lá em Castanheiras.
- Será? -Diz cruzando os braços e olhando a janela.
- Eu tenho certeza. Eles não são bobos, idiotas, vagabundo que não merecem viver, que nem os daqui, minha irmã.
- Concordo com você, Lavi. -Diz minha mãe.- Eles são tudo isso que você falou. E mais. Só não falo por que sua irmã é novinha.
- Meu Deus, vocês nem conhecem eles e tão julgando horrores. -Diz Lari, olhando pra gente e rindo.
- Claro. -Diz Morgana.- Eles não são meus filhos, por que se fossem falaria pior.
- Não dúvido. Se até da gente você fala. -Digo.
- Tive uma ideia, e se quando chegarmos a gente ver um filme, com pipoca e brigadeiro pra esquecer isso? Eu, vocês e meu namorado. -Diz minha mãe, com um sorriso.
- Ah...por que não? -Diz Lari, me olhando.
- Concordo. Vai ser legal. -Digo, olhando pra Lari. Ela pega o celular e eu pego o meu.
Nos olhamos e sorrimos, eu logo guardo meu celular e nós três ficamos falando, cantando, conversando e etc. Enfim, nós três temos um relacionamento incrível.
Depois de três horas, chegamos na tal casa.
- É uma casa pequena, eu sei. Mas olhem pelo lado bom, agora vocês não se perdem dentro dela. -Ela fala olhando pra Larissa.
- Foi só uma vez! -A menor se defende, enquanto eu rio.
- Uma vez que fez a gente se preocupar com seus gritos. Uma vez que a gente não esquece. -Digo.
- Nossa, vocês são chatas, hein!
- Olha o respeito que você tá falando com a sua mãe.
- Desculpa.
- Vão escolher o quarto de vocês.
Saímos correndo como duas doidas. Eu escolhi o final do corredor, a direita. A minha irmã escolheu o da minha frente.
Arrumei tudo, com ajuda da minha mãe.
(Tá rosa, mas é tudo preto)
Esse canto tem as coisas da Mayla, e tá escrito "Mayla" na parede.
Tô animada até. Eu e a Lari nos encontramos depois de termos arrumado os quartos.
- Posso ver seu quarto, irmã? -Pergunta Lari.
- Claro, maninha. Pode entrar. Você é bem vinda no meu quarto. -Ela corre até lá.
- Sua cara mesmo, viu? -Ela diz, com uma cara de tipo: "aff."
- Claro. Agora vou ver o seu quarto. -Corremos até lá.
- SEM CORRERRRR! -Berra a minha mãe.
- TÁ BOM! -Gritamos.
- SEM GRITARRRRRR!
A gente ri em silêncio.
Cheguei no quarto dela. Todo vermelho. Ela ama.
- Você fala de mim, mas o seu é a sua cara. -Olho pra ela com um olhar de, tipo: "fala sério, depois fala de mim."
- Fica quieta, vai! -Da um soco de leve no meu braço, e eu faço cosquinha nela, que começa a rir muito. -Pa-par-para! Kakakakakakaka!
- Tá bom, tá bom. Tô saindo. Vou conhecer o bairro, você vem? -Digo indo até a porta.
- Espere por mim! -Ela corre atrás de mim.
A gente ia sair, e eu pego minha carteira, tiro o dinheiro e fico andando com só R$50,00. Já que pode ser que se eu for assaltada, eu não sou totalmente roubada. Só cinquenta reais tá bom.
- MÃE, TAMO SAINDO! -Grita Lari.
- TÁ! NÃO GRITEM!
A gente saí e começa a rir.
- "Tá nAUm GRIteM" -Eu zoo e a gente ri. - Que hipocrisia. Ela grita e a gente não pode.
- Mana, o que é "hipocrisia"?
- Quando eles falam um negócio e, simplesmente, fazem a mesma coisa. Mas dizendo que não pode. -Explicação mais fácil pra ela entender, por que se eu falar do meu jeito ela não vai entender nada.
- Ata.
- Véi, olha a praça. Que top. -Digo depois de um tempo andando.
- Um parquinho! -Diz Lari.- Lavi, me leva lá?
- Levo. Vamos lá.
Ambas fomos até o parquinho, me sentei em um banco e ela foi brincar, ela tava no trepa-trepa quando do nada ela chega em mim chorando.
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Dimitri.
- Então, estão dizendo que os ataques dos Pedalzera aumentou essa semana? -Diz Ian, se segurando na Ellen.
- Larga de ser medroso, Ian! É. É isso ai. -Diz a Nath.
- Ai, meu Deus! E agora? -Diz a Ellen, abraçando o Ian de volta.
- Agora? Agora a gente luta contra eles! -Diz Nath, batendo na mesa da casa dela.
- Não vai dar certo. -Diz Ian.
- Vai, sim. -Digo.
- Algum plano, Nath? -Pergunta a Ellen, olhando pra ela.
- Não...não ainda.
A gente começa a pensar juntos. Andando pra praça, ainda pensamos, vemos as crianças correndo. Pedalzera.
- Ei, Emanuel! -Nath o chama e ele se vira.- Tão fugindo do Pedalzera?
- Não! Uma menina quase quebrou o braço do Lukas! -Ele diz e sai correndo.
Uma...menina?
A gente chega lá e vê uma menina que aparenta ter nossa idade, sentada, virando a cabeça pro céu.
- Deve ser ela. Ei! -Grita Nath.
Ela olha pra gente.
A gente anda até ela.
- O que você pensa que ta fazendo? Por que quase quebrou o braço do Lukas? -Diz a Ellen, indo pra trás da Nath.
- Braço de quem? -Diz a garota loira.
- Do Lukas. Por que fez isso? O que você pensa que tá fazendo? -Digo.
- Primeiramente, quem são vocês?
- Nath.
- Ellen.
- Ian.
- Dimitri.
- Segundamente, quem vocês pensam que são pra virem aqui falar assim comigo, sem saber o motivo de eu ter feito isso? -Eu ia falar, mas ela fala novamente.- Terceiramente, quem liga? Eu não fiz isso por querer. Ele que derrubou a minha irmã de propósito do trepa-trepa!
- E como você sabe que foi de propósito? -Pergunta Ian.
- Por que eu vi.
- Você não precisava ter sido grossa assim com a gente. -Diz Ellen.
- É verdade! Você não precisa ser grossa com a gente! -Diz Nath, já irritada.
- Você fala como se eu ligasse para o que você acha. -Bicha grossa.
- Ai, não fala assim com ela! -Digo.
- Ah, o namoradinho vai defender a namoradinha? -Diz a loira.
Garota chata.
- Fica na sua, garota! -Pedaladas aproximando. Ô, ódio.
- Amiguinha nova, esquisitos? -Trapaça.
- Ela não é nossa amiga. E nunca será! -Diz Nath, irritada.
- E não quero. -Diz ela.
- Peça desculpas pro garoto!
- Claro, eu vou pedir. Não precisa dizer duas vezes. O que eu fiz foi errado. -A loira diz, com um sorriso angelical. Até agora tava falando horrores da gente.
- Sério? -Diz Ellen.
- Não. -Ri. - Caíram direitinho. Sempre caem.
- Isso não vai ficar assim! -A Nath sai, me puxando.
Ian puxa Ellen e a gente saí.
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Lavínia
Crianças irritantes. Fala sério.
- Wow. Então, o que você fez? -Pergunta um garoto grandão.
- Quase quebrei o braço de um mlk aí.
- Sério? -Um menino pequeno pergunta, com um sorriso.
- Gostei de você, quer entrar pros Pedalzera? -Pergunta uma menina grande.
- Como assim "Pedalzera"?
Eles me explicaram, e legal, vou mandar no lado Vila todo, junto com eles!
- Eu topo. Com uma condição.
- Qual?
- Que a minha irmã tenha passe livre pra brincar no mesmo lugar que a gente, ou sem a gente. -Digo, gesticulando com as mãos.
- Certo. Acordo feito.
- LARISSA! -Chamo minha irmã, que desce do escorrega.
- Chamou, mana?
- Essa é a minha irmã, Larissa. Lari, esses são os Pedalzera. -Ela se assusta.
- Eu já ouvi falar deles e...
- Relaxa, mana. Você tá livre deles.
- Pode ir em qualquer parquinho, mesmo com nosso adesivo. -Fala Trapaça, deixando minha irmã feliz.
- Obrigada! -Ela a abraça, que olha estranho pra gente, mas retribui.
- Vai brincar, vai, Lari. -Digo e minha irmã vai.
- Afinal, qual o seu nome?
- Lavínia? -Digo estranhando, já que já tinha a falado.
- Não. Um apelido.
- Enganação. Você é ótima em enganar pessoas. -Diz Fedê.
- Obrigada. Eu sei disso. -Pisco pra ela.
- Beleza. Enganação, bem vinda aos Pedalzera! Tem bicicleta? -Diz Chilique.
- Tenho um skate.. -Digo.
- Serve. -Diz Muke.
A gente foi andando e eles me mostraram o QG. Minha irmã, óbvio que foi junto.
Chegamos lá no QG, era uma casa abandonada, mas quem liga?
- Legal. -Digo entrando na casa.
- Ahn, não é perigoso? -Diz a Lari, me abraçando.
- Se for ou não, é legal. -Digo, olhando em volta.
- Usa isso, Enganação. -Me entrega luvas pretas.
- Valeu.
- E toma esse broche aqui, Lari. -Fedê pega um broche e entrega pra minha irmã. Era um broche com o simbolo dos adesivos, ou seja, o símbolo dos "Pedalzera".
- Use sempre antes de sair de casa, pra você mostrar que é nossa protegida. Não só da sua irmã, nossa também. -Diz Trapaça, minha irmã sorri.
- Obrigada, Trapaça!
- Bem, o que vamos aprontar agora, Trapaça? -Pergunta Chilique.
- Que tal...bagunçar o CEC?
- Vamos nessa! -Diz Fedê.
- Ahn..e eu? -Pergunta Lari.
- Pode ir pro parquinho. -Digo.- Qualquer coisa, nos procure no CEC.
- Ok. -Diz minha irmã.
A gente bagunçou o CEC, jogando bola pra todo lado, pegando os bambolês e prendendo em lugares distintos, as raquetes por todo lado, as redes também.
- Hahah! -Ri Trapaça.
- Ia ser legal vê a reação deles. -Diz Muke.
- Verdade. Ahn, Enganação, o que você tá fazendo?
- Colocando uma câmera escondida pra gente ver? Dãhh.
- Isso ai, Enganação! -Diz Trapaça.
Depois de colocar a câmera, a gente saí correndo e eu ligo o meu tablet, pra gente ver a cena deles.
- Quem fez isso? -Fala um idoso.
- Não sei, Hélio. -Diz um moço.
- Bom, vamos arrumar as coisas.
Eles começaram a arrumar, a cara de susto deles nos fez rir muito.
- E agora, como a gente tira a câmera? -Pergunta a Fedê.
- Deixa comigo. -Diz Chilique.
- Isso foi incrível! -Digo.
Até o próximo capítulo!
Tô no início ainda, então me falem se a personalidade parece a dos personagens. Se não parecer, por favor, me falem como é a personalidade de cada um.
Amo vcs, chiquilovers.
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