08














" — OLHA VOCÊ não é tão chato como
eu achava, mas também não se ilude — carol "



















——— Oi, caro... digo, Maria Carolina — Héctor se corrige rapidamente, fazendo Carol soltar uma risadinha.

——— Oi, Héctor — ela responde, mas logo troca de expressão, ficando com um semblante irritado. — Infelizmente, pode entrar.

——— Mesmo você dizendo que tinha comida, trouxe japonês — Héctor diz, levantando a sacola com os alimentos na mão.

——— Eu não gosto de sushi — Carol brinca, só para ver a reação dele.

— Ah... — Héctor responde, visivelmente desconfortável.

——— Tô brincando, passa aqui — ela estende a mão para pegar a comida, e Héctor sorri aliviado. — Vai entrar ou vai ficar aí, parado, que nem um bobo?

——— Tô indo, calma — Héctor entra e fica parado, sem saber o que fazer. — Posso sentar?

——— Pode sim, uai. — Carol responde com seu sotaque, dificultando a compreensão de Héctor.

Eles se sentam no sofá, e o silêncio pesa entre eles. Nenhum dos dois tem coragem de iniciar a conversa, e o ambiente fica desconfortável.

Héctor suspira, quebrando o silêncio.

——— Maria Carolina, eu sinto muito — ele fala, olhando para ela com sinceridade. Carol para de comer sushi e o observa. — Não era minha intenção que você fosse parar na capa de revista.

——— Mas aconteceu, né? — Carol responde, com uma leve mordida no sushi, tentando não parecer tão afetada.

——— Eu já pedi desculpas, lembra? — Héctor repete, meio sem saber como continuar.

——— Desculpas. — Carol sorri de canto. — Te humilhar na frente de todos os seus colegas de trabalho foi meio pesado, né?

Ela começa a rir, lembrando das expressões dos colegas de Héctor.

——— Ah, vai se ferrar, Carolina, eu passei a maior vergonha — Héctor coloca as mãos no rosto, visivelmente constrangido ao recordar o momento.

——— Eu te perdoei, não basta? — ela provoca, com um sorriso travesso.

——— Até eu me decompor, eles vão me zoar até não poder mais — Héctor diz, virando os olhos.

Os dois começam a rir, o clima descontraído se espalhando pelo ambiente, enquanto ambos relembram a besteira que fizeram.

...

——— Maria, que tal a gente assistir a um filme? Já resolvemos as coisas, certo? — Héctor pergunta, um pouco mais relaxado.

——— Ah, nem vem com isso. A ideia era resolver e você já ir embora — ela responde, levantando-se e indo em direção à porta.

——— E o sushi? Vai embora comigo também? — Héctor provoca, com um sorriso torto.

——— Só um filme, depois o sushi vai embora tranquilo — Maria diz, correndo para o sofá e se jogando ao lado da comida.

——— Você escolhe o filme, vai — ele diz, entregando o controle remoto para ela.

Héctor observa Maria enquanto ela começa a procurar algo para assistir. O clima entre os dois ainda está meio tenso, mas ele não consegue deixar de provocá-la.

——— Não tá achando o filme meio sem graça? — ele pergunta, se aproximando um pouco, tentando fazer a conversa seguir.

——— Um pouco — ela responde, percebendo o olhar dele. — Tá querendo alguma coisa, é?

——— Talvez — ele diz, com um sorriso travesso, deixando claro que não está falando só de filme.

——— Nem pensar — Maria revira os olhos, mas com um sorriso divertido. — Você vai precisar de muito mais do que isso para me conquistar.

Héctor fica mais perto, e Maria, sem perder a oportunidade, passa as unhas levemente pelo pescoço dele, fazendo um arrepio correr pela pele dele.

——— Sabia que, às vezes, inimigos têm que se entender um pouco melhor, né? — Héctor fala, tentando descontrair, mas de um jeito meio provocador.

——— Isso foi o que? Um conselho ou uma desculpa esfarrapada? — Maria gargalha, sem muito acreditar naquilo.

——— Eu diria que é uma boa desculpa — ele responde, se ajeitando um pouco mais perto. — E você pode me testar, se quiser. Colocar toda essa raiva e... essa energia aqui — ele diz, apontando para o próprio peito, com um sorriso malicioso.

——— Tenta de novo, Héctor — ela diz, virando-se de volta para o filme e ignorando a provocação, mas não sem um sorriso disfarçado.



















quero ver todo mundo votando hein.
eu tô tipo... no México! Amei aqui.

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