05
" — PARA DE encher a porra do meu
saco, se fode inútil — Héctor "
" Héctor Fort "
Eu estava no bar, ainda pensando em Maria Carolina. Tentei me distrair com meus amigos, mas não consegui deixar de olhar para ela. Vi quando ela entrou, com sua energia contagiante, e percebi que estava tomando uma dose de tequila. Ela não parecia nem um pouco afetada pela bebida. E, por mais que eu tentasse, não conseguia parar de olhar.
———— Aposto 70 euros que ele vai levar um fora! — Yamal comentou, me provocando.
———— Eu aposto 100 que vou beijá-la! — respondi, confiante, sem pensar duas vezes.
———— Se prepara para me pagar, bonitão! — Yamal riu, mas eu não estava nem um pouco preocupado.
———— Meninos, parem com isso. Coitada da menina. — Lewandowski tentou nos dar uma lição, mas não pude evitar.
————Quando éramos mais jovens, todo mundo fazia isso. Nunca deu em nada. — Pedri comentou, dando de ombros.
———— Robert está certo, vai dar merda. — Gavi, mais sério, alertou.
———— Para de ser velho, Gavi! — Pedri bateu no ombro dele.
———— Vou ganhar meus 70 euros. — Olhei para Yamal. — Fechado, um mês de garantia?
———— Duas semanas no máximo. — Yamal sorriu, fazendo o acordo.
Fui até Maria Carolina, que estava lá com uma dose de tequila na mão, com o sorriso travesso. Aproveitei o momento para começar a conversa.
———— Meu celular quebrou, sabia? — falei, tentando parecer casual.
Ela me olhou, seus olhos brilhando de curiosidade.
———— Desculpa, posso te dar dinheiro para um novo. — Ela disse, sorrindo, mas com um tom irônico.
———— Não quero seu dinheiro. — Falei, desafiador. — Quero uma rodada de bebida com você.
———— Você acha que eu aguento? — ela riu, com um tom irônico.
———— Brasileira, deve ser mole igual o irmão — provoquei, sabendo que isso a faria querer provar algo.
———— Não fala do meu irmão, porra! — ela me xingou, batendo as mãos na mesa, claramente irritada.
———— Ah, vocês dois são fracassados. — Falei, sabendo que estava conseguindo mexer com ela.
———— Garçom, mais seis copos! — Maria Carolina mandou, enquanto Amanda arregalava os olhos.
———— Maria, vamos embora, você está bêbada. — Amanda tentou puxá-la para longe, mas ela não queria.
———— Tô ótima! Só quero mostrar para esse escroto que eu sou melhor do que ele, igual ao meu time. — Maria Carolina puxou minhas bochechas, me incomodando.
———— Pronta para perder, brasileira? — falei, provocando ainda mais.
Ela pegou o copo e virou de uma vez. O desafio estava lançado.
———— Eu sou profissional em bebidas, ninguém me vence no Brasil. — Ela sorriu, se preparando para mais uma rodada.
Eu a observei, ciente de que essa competição estava apenas começando. Mas algo me dizia que, no final, a noite ia tomar rumos inesperados
.
⚽️
Maria acordou com o som estridente do despertador cortando o silêncio do seu quarto. A cabeça pulsava dolorosamente, e a sensação de náusea a fazia querer voltar para a cama, mas ela sabia que não podia. Levantou-se lentamente, quase tropeçando, e foi em direção ao banheiro. O banho quente parecia ser a única coisa que poderia aliviar a sensação de ressaca, mas mesmo sob o jato da água morna, sua mente estava distante. Ela ainda estava tentando digerir a noite anterior, ou melhor, as consequências dela.
Ao terminar o banho, se olhou no espelho. A maquiagem estava um pouco borrada, e os cabelos estavam bagunçados, como se ela tivesse sido sugada por uma maré de festa e, agora, estivesse tentando voltar à realidade. Maria suspirou fundo, sabendo que tinha que encarar o dia. Tomou seus remédios matinais — um para a enxaqueca, outro para os efeitos do álcool — e se forçou a sair do banheiro.
Quando entrou na sala, o cheiro familiar de café e ovos mexidos invadiu suas narinas, fazendo sua barriga roncar, apesar da ressaca. Mesmo tonta, ela caminhou até a mesa onde Bellingham estava preparando o café da manhã. Ele estava de boa disposição, como sempre, e olhou para ela com um sorriso calmo.
———— Bom dia, Maria, dormiu bem? — ele perguntou, colocando uma xícara de café na frente dela.
Ela tentou sorrir, mas a dor de cabeça não permitiu. Sua voz soou falhada, um reflexo perfeito do seu estado interno.
———— Dormi sim... — disse, se sentando à mesa e apoiando a cabeça sobre os braços, na tentativa de diminuir a sensação de vertigem.
Bellingham observou com uma expressão de preocupação, sem disfarçar a apreensão.
———— Você saiu para beber, Maria Carolina? — ele perguntou, os olhos cautelosos. Sabia que seu pai ficaria furioso se ela tivesse passado mal por causa disso.
Maria levantou a cabeça com esforço, tentando aparentar mais controle sobre si mesma do que realmente sentia.
———— Não, não saí... — disse, mas a voz ainda estava abafada e rouca. Ela pegou a xícara de café com mãos trêmulas e tomou um gole rápido, na esperança de que a bebida quente trouxesse algum alívio.
Bellingham parecia não se convencer completamente, e colocou uma embalagem de analgésico sobre a mesa.
———— Já tomou os remédios para enxaqueca? Eu tenho um cefáliv aqui, caso precise — ele disse, pegando o frasco e deixando-o ao alcance dela.
Maria pegou o frasco com um suspiro, despejando todo o conteúdo no café sem pensar muito. A sensação de desgosto que ela sentiu ao fazer isso foi rapidamente abafada pela necessidade de sentir-se um pouco melhor.
———— Parece que a noite foi agitada — Bellingham comentou, rindo baixinho, mas sem zombar. Ele parecia genuinamente curioso sobre o que aconteceu, ainda mais considerando o quanto ela parecia abatida.
Maria tentou se recompor, mas a lembrança de sua noite tumultuada e o sentimento de refluxo a fizeram perder a compostura novamente. Ela fechou os olhos, sentindo seu estômago revirar.
———— Não, não... Eu saí com uma amiga. Só isso — Maria tentou desviar o assunto, mas a palidez de seu rosto não deixava esconder o desconforto.
Antes que pudesse se recuperar, uma onda de náusea a atingiu com força. Ela levou a mão à boca e, em pânico, se levantou da mesa. Mas foi tarde demais. Correu para o banheiro, mal conseguindo manter a dignidade, e logo se viu apoiada na pia, vomitando tudo o que tinha ingerido na noite anterior. As lágrimas começaram a escorrer pela sua face, a mistura de dor física e a frustração de se ver em uma situação tão humilhante.
Bellingham, que ouviu o som do choro, foi atrás dela. Ele a encontrou encostada na parede do banheiro, a cabeça baixa, soluçando com os olhos fechados. O coração dele apertou ao vê-la tão vulnerável.
———— Quer conversar, Maria? — ele perguntou com suavidade, se ajoelhando ao lado dela e puxando uma mecha de cabelo para trás da orelha dela, com um gesto protetor.
Maria apenas chorou mais forte.
———— Eu só... odeio vomitar. — ela disse, entre soluços, a voz falhada de tanto chorar. — Eu... prefiro ser atropelada, sei lá, do que passar por isso.
Bellingham, apesar da brincadeira no tom, sabia que aquilo não era fácil para ela. Ele a abraçou com ternura, sentindo que, embora fosse mais novo, ela se sentia confortável com ele para mostrar seu lado mais frágil.
———— Eu sei, Maria, eu sei. — Ele a segurou por um tempo, tentando oferecer algum conforto. — Eu vou te ajudar, você não precisa passar por isso sozinha. Eu sei também que não estamos falando de vômito,
Ela o olhou por um momento, os olhos ainda marejados.
———— Eu sei, mas minha mãe me mandou aqui para mudar os meus hábitos. E sinto que nunca vou mudar... — ela disse, com um suspiro, tentando se afastar um pouco da ideia de que tudo aquilo poderia ser temporário.
Bellingham sorriu, mais uma vez se sentindo como se fosse o irmão mais velho e protetor.
———— Eu te acho uma menina incrível, Maria. E olha, você está aqui há apenas dois dias. Eu acho que já fez mais progresso do que pensa. — Ele a abraçou novamente, com uma força tranquilizadora. — E eu tô com você. A gente vai passar por isso juntos.
Ela sorriu, enxugando as lágrimas e se sentindo um pouco mais leve.
———— Obrigada, Jude. — Ela respondeu, com um sorriso sincero, e finalmente se sentiu mais calma.
.
Héctor acordou cedo, sentindo-se revigorado apesar da noite longa. Ele se trocou rapidamente, ansioso para começar o dia, e foi em direção à cozinha para um café da manhã rápido. Sua mãe estava ali, preparando algo simples, e quando ele a viu, não pôde deixar de sorrir.
———— Bom dia, mãe! — Ele disse, beijando a bochecha dela enquanto pegava uma xícara de café.
Ela o abraçou, seu olhar carinhoso, como sempre.
———— Oi, filho! Dormiu bem? — Ela perguntou, com um sorriso caloroso.
———— Dormi sim, mãe. E você? — Héctor se serviu de café e sentou-se à mesa.
———— Ótima, graças a Deus. E como foi com seus amigos ontem? — Ela perguntou, curiosa.
— Foi bom. A gente conversou bastante, deu pra dar umas risadas. — Ele respondeu, mas não estava muito afim de entrar em detalhes sobre a noite.
———— Que bom, filho. Sabe, quando eu tinha sua idade, eu era bem sapeca — ela disse com um sorriso de quem se lembrava da própria juventude.
Héctor revirou os olhos, desconfortável com a conversa.
———— Mãe, eu ia comer, sabe? — Ele respondeu, tentando cortar o clima.
Ela riu da reação dele.
———— Você é muito engraçado, meu filho. Vai aproveitar, tá? — Ela brincou.
———— Vou pro CT agora, mãe. Te amo. — Ele se levantou para se despedir.
———— Mas ainda está cedo, filho! — Ela disse, pegando um pedaço de pão para ele. — Come alguma coisa.
———— Não estou com fome, obrigada. Preciso passar na farmácia. — Ele disse, gentilmente recusando.
———— Não me diz que você engravidou alguém, meu filho... — Ela disse, com os olhos arregalados.
Héctor ficou vermelho de vergonha, rindo constrangido.
———— Não, mãe, para com isso! — Ele exclamou, se sentindo ainda mais desconfortável com a situação.
Héctor foi até a farmácia comprar os remédios para a dor na perna, ainda sentindo a lesão de um treino anterior. Quando entrou na farmácia, o sino da porta tocou e ele levantou os olhos, apenas para dar de cara com ela.
———— Olha quem está aqui, minha stalker. — Ele disse, com um sorriso malicioso, se aproximando.
Maria Carolina o empurrou levemente.
———— Quem é você mesmo? — Ela respondeu, tentando manter a compostura.
———— Engraçadinha, você sabe muito bem quem eu sou. — Ele riu, querendo provocar ainda mais.
Ela revirou os olhos.
———— Preferiria não conhecer. — Ela disse, já irritada. — Dá licença.
Héctor então, com um sorriso travesso, pegou um pacote de camisinhas que estava perto de Maria e o colocou na mesa à sua frente.
Ela sentiu uma fúria subir pela garganta, mas não conseguia negar a sensação estranha de querer estar no lugar da garota que ele usaria a proteção. Isso a deixou ainda mais irritada.
———— Qual é a prostituta da vez? — Ela perguntou, com uma pontada de ciúmes.
Héctor riu, sem se importar com o que ela estava pensando.
mds que saudades de escrever isso!
Votem e compartilhem!
...
leiam!!! 🙏🙏🙏🙏
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top