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" EU SOU profissional quando falamos de bebidas, ninguém nunca me venceu no Brasil, e não vão me ganhar aqui " — Carol.







Maria Carolina passou o jogo inteiro com os olhos fixos em Héctor Fort. A cada movimento dele no campo, seu coração acelerava. Quando ele fez uma assistência precisa para Balde, ela não conseguiu se conter. A vontade de pular da cadeira e gritar de alegria era enorme, mas ela se conteve, deixando um sorriso discreto escapar, enquanto olhava para o campo com brilho nos olhos.

Do outro lado, Héctor sabia que ela estava lá. A cada sorriso dela, quando o time dele marcava, um sorriso sutil se formava nos seus lábios. Ela estava tão empolgada, tão envolvida com o jogo, e ele, por mais que tentasse focar no que estava acontecendo no campo, se pegava distraído olhando para ela.











" Héctor Fort "








O jogo estava pegando fogo. Balde marcou um gol incrível após minha assistência, e o time parecia estar finalmente no controle. Mas nem tudo foi perfeito. Fermin perdeu uma chance de gol clara, um chute que foi milagrosamente defendido pelo goleiro adversário, Lopes. Por sorte, Pau Prim fez um golaço mais tarde, nos garantindo a vitória.

Do outro lado, o Real Madrid também estava lutando duro. Vini Júnior e Bellingham marcaram para eles, mas se não fosse a defesa maravilhosa de Lopes, o jogo teria tomado outro rumo. Mesmo assim, saímos vitoriosos.

Com a vitória, a equipe começou a planejar a comemoração. Normalmente, as festas aconteciam na casa de Ferran, mas agora que ele estava em um relacionamento sério, o bar era o novo destino.

Depois de um banho rápido no vestiário, vesti minha roupa, ansioso para ver a menina de cabelos castanhos com quem esbarrei mais cedo. Quase não conseguia pensar em outra coisa. Mas antes que eu pudesse sair, meus amigos me chamaram.

——— Vai sair apressado assim, cara? — Pablo Torre brincou, me empurrando no ombro. — Vai ver namoradinha?

——— Vai se foder, Pablo. — Eu sorri, tentando passar por ele, mas ele me bloqueou novamente.

——— Quem é a "azarada"? — insistiu, com aquele sorriso malicioso.

——— É a Maria Carolina — falei, lembrando dela com um sorriso nostálgico. — Quero ver se consigo conversar com ela.

——— A irmã do Bellingham? — Raphinha riu. — Desiste, cara. Ela já tem dono.

——— Não se preocupe, vou dar um jeito. — Dei de ombros, me achando.









" Maria Carolina "






Ao chegar em casa, a euforia pela vitória do time de Héctor ainda estava no ar, mas Bellingham não parecia muito interessado em continuar a festa. Depois de um rápido abraço, ele se despediu e foi dormir. Eu, por outro lado, já estava me arrumando para sair.

Escolhi uma calça jeans ajustada, uma camisa de manga longa que, por sorte, acabava ficando um pouco cropped e uma jaqueta puffer branca. O look, mesmo simples, me deixava confortável, mas ao mesmo tempo estilosa. Completei com um par de Vans, que estavam fazendo o maior sucesso entre os jovens por aqui.

Meu rosto estava levemente maquiado, só o essencial: um pouco de base, rímel e um batom nude. Soltei o cabelo, que estava com algumas ondas naturais, e olhei no espelho, me sentindo bem. Peguei as chaves do carro de Bellingham e saí para conhecer um pouco mais da cidade.

Cheguei ao bar perto de casa e, ao entrar, esbarrei em uma garota alta, de cabelos castanhos e com um sorriso fácil.

——— Opa, quase nos batemos! — ela disse, rindo.

——— Acontece! — respondi, sorrindo de volta. — Você conhece algum bar melhor por aqui? Sem ofender esse, claro.

Ela deu uma risadinha.

——— Você vai me sequestrar? — brincou.

——— Claro, sou stalker. — Sorri, me divertindo. — Sou Maria Carolina, mas pode me chamar de Maria.

——— Pode me chamar de Mandi — ela respondeu, piscando. — Agora, o que você está esperando? Vamos sair daqui?

——— Quero sair sim! — disse, ansiosa para explorar a cidade. — Me mostra algum lugar legal por aí.

Ela sorriu e me levou por algumas ruas da cidade, explicando um pouco sobre os lugares e a cultura local. A cidade era linda, cheia de charme e vida, e eu estava adorando a companhia de Mandi. Finalmente, chegamos a um bar com karaokê, onde o ambiente era animado e acolhedor. Era um lugar dividido: um lado com o karaokê e o outro com um bar e alguns jogos.

——— Vamos ao bar primeiro, Mandi? — sugeri.

— Só se você topar perder na brincadeira de virar copo! — ela provocou, com um sorriso travesso.

——— Você vai ver! — respondi, bagunçando os cabelos dela, rindo.

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