009
~ Um talvez ao matrimônio ~
Comentem muito! Leiam outras fics minhas...
Quando a conheceu, era tão pequena e frágil, que desejou a adotar, levar consigo para o restante de sua vida, vestir com as melhores roupas, ajudar na escola, aconselhar na vida. No entanto, Gu-won a lembrou que não poderiam se envolver tanto com humanos.
Ki Si-young gostava se Ga-young. Ela era uma mulher decidida, forte e talentosa, mesmo que obcecada pelos dois, também era uma boa amiga.
A guardiã observava a dança com atenção, um sorriso alegre no rosto, se deixando esquecer os problemas de antes. Deixando que o contrato ficasse de lado, os matrimônio, Do-hee e até Gu-won.
Ela agora vestia uma calça jeans escura, uma blusa azul escura e um blaizer preto para completar, bebendo de alguma bebida alcoólica que havia em sua sala. Usando um tênis confortável em seus pés, para que não houvessem bolhas nos dias seguintes, sem saber até onde sua falta de poder poderia afetar seu dia a dia.
Quando Ga-young notou a guardiã ali, acabou por sorrir mais, se entregando a coreografia. Todas aquelas cores e significados enchendo o coração da Ki, deixando seus olhos felizes e amorosos, como se aquela tela a ser pintada afastasse os momentos cansativos de antes, um amuleto.
Enquanto as duas se mantinham presas aquele momento delas. Gu-won lidava com muita pressão, estando com um questionamento em mente a dias. Quando foi contado e ele sobre filmes humanos famosos, em que as mulheres se apaixonaram pelo guarda-costa e o melhor amigo, desde então desconfiado a cada mínima aproximação de Do-hee ou Si-young.
Ele estava em negação com o pedido, já tinha uma promessa eterna com sua guardiã, sentia não precisar do mesmo com uma mera humana.
—— Será que a Si-young está brava? —— indagou ao amigo enquanto assinava mais um contrato, irritado com a atividade.
—— Porque estaria? Ela é sua guardiã, vai te apoiar em tudo... certo?
—— É mesmo —— acenou balançando a cabeça, como se conseguisse espantar pensamentos —— Você não sabe...
Ninguém ali sabia. Não era surpresa que todos achassem que eram dois solteiros poderosos, e não um casal secreto, que não agia como tal. Gu-won apenas ignorou as perguntas seguintes, antes da porta de sua sala se abrir repentinamente.
Logo atrás de uma Jin Ga-young transtornada, estava sua melhor amiga, e esposa, os olhos arregalados e sussurrando que não era culpa dela. As duas estavam apenas conversando quando a humana viu uma notícia e saiu com a espada da sala de treinamentos, fazendo a Ki a seguir nervosa.
—— Essa mulher deve ser realmente maluca, não é?
A guardiã correu para o outro lado do demônio, como se ainda pudesse o defender. Mesmo que mais bêbada do que antes, devido ao alto nível de Soju que a dançarina ofereceu a ela, que aceitou alegremente, odiando estar sem seus poderes que a deixam sóbria o tempo inteiro.
—— Abaixa isso, querida —— pediu agitada, suas mãos levantadas como escudo, embora tremendo.
O telefone do demônio tocou, deixando os outros três curiosos e atentos. Gu-won atendeu a chamada de Do-hee, no que pareceu ser uma ligação rápida, antes de encarar a Ki e depois a Jin, que ainda apontava sua espada a eles.
—— Por favor —— a guardiã pediu novamente, usando sua melhor voz doce —— sabe que se matar ele, eu morro também, certo?
Era mentira. Mas Ga-young pareceu aceitar aquilo, abaixando sua arma lentamente. Os três suspiraram aliviados, sendo Si-young a primeira a demonstrar felicidade, se sentando na poltrona que tinha ali, os olhos quase fechando em comemoração.
—— Você vem comigo.
Si-young negou com a cabeça. Relaxando na poltrona.
Os olhos se arregalaram e soltou um som de surpresa ao de sentir levantada, Gu-won a levando porta a fora como se fosse uma noiva, para a surpresa dos humanos na sala, e maior ainda dela, enquanto era chamada de teimosa pelo demônio.
■
Definitivamente odiava carros. Se obrigando a beber mais enquanto o amigo dirigia até o Rio Han, onde supostamente encontrariam Do-hee, que provavelmente estaria brava com o não recebido.
Eles estavam sendo cercados de todos os lados, não havia uma cláusula de que estavam impedidos de se casar com outras pessoas, mas tinha a de permissão, os dois deveriam concordar com aquilo. Na época, eles nem se imaginavam recebendo aquele pedido de outros seres, haviam aceitado que seria apenas os dois para o restante de suas existências.
Gu-won ainda reclamava de sua teimosia, e tentava, sem sucesso, tirar as garrafas de Soju das mãos de sua guardiã. Lembrando a mulher que ela sempre deveria estar sóbria e recendo um castigo do silêncio como resposta.
—— Está agindo como uma criança —— bateu contra o volante levemente, ganhando um revirar de olhos —— isso tudo porque não te carreguei? —— pareceu confuso —— fiz isso agora a pouco, deveria estar falando comigo...
Si-young zombou. Sua cabeça encostada na janela, o álcool descendo pela garganta, ela ainda queria falar para ele sobre a visita inesperada que recebeu, contar que estavam sendo observados, e talvez admitir estar com ciúmes. Já que ao pensar bem, não sabia se queria outra pessoa o chamando de esposo.
—— Kiki —— apelou para o apelido, demonstrando então estar nervoso pelo afastamento, não acostumado aquilo —— Me diz o que fazer...
Si-young culpou o álcool, pelas lágrimas que quase saíram de seus olhos, mas segurou, decidindo beber mais. Quando o carro estacionou, ela pode ver a humana ali, esperando ele, que demorou a sair do veículo, esperando qualquer sinal de que ela o seguiria, como sempre.
—— Se você sentir que vai passar mal, me avise...
A Ki acenou. Então apenas observando o demônio caminhar até a humana.
Gu-won então suspirou antes de começar a conversar com Do-hee. Dizendo que gostaria de ser solteiro, ainda escondendo a verdade, dela, e oferecendo uma carona a ela.
Si-young ficou feliz em vê-la se aproximar do carro, mais do que o comum, se lançando sobre a humana contente, essa que retribuiu o abraço confusa, olhando para o demônio em busca de respostas.
—— Está bêbada —— disse simplesmente, apontando para algumas garrafinhas espalhadas pelo banco de trás.
—— Só estou meio melancólica —— se defendeu, saltando para o banco de trás, feliz em sair da frente.
Gu-won observou pelo retrovisor, tentando entender o comportamento da melhor amiga, antes de ligar o carro. Do-hee achou a versão bêbada da amiga adorável, quase disposta a rir daquilo, se não tivesse sido recusada em casamento pela segunda vez no mesmo dia.
A guardiã acabou dormindo assim que entraram em movimento, deixando eles conversar. Mas seu sono não estava suave como geralmente, e sim coberto de uma névoa assustadora, era como se ela estivesse presa a uma caixa, conseguindo ver a chave de saída, sabendo que haviam pessoas a observando, mas sem saber como agir.
Gu-won freou o carro para acordar Do-hee, os olhos checando Si-young para ger certeza de que continuava a dormir, ainda apagada pelo álcool.
—— Cuida dela —— orientou a humana, quando foi deixava na porta do apartamento —— Acho que está apenas carente, você é a pessoa que mais conhece ela, então apenas converse e ouça...
—— Não preciso que me ensine a lidar com Si-young —— se defendeu —— ela é minha responsabilidade.
—— Então seja responsável —— brigou pela última vez, entrando em casa.
O demônio então saiu dali. Entre ser rápido para chegar até a guardiã e atento ao verificar se a humana estava segura.
Quando chegou até o veículo, decidido a não deixá-la dormir em um apartamento sozinha, o demônio cobriu o corpo dela com seu terno. Um sorriso involuntário ao vê-la abraçar o tecido, e cheirar ele.
—— Não me deixa —— sussurrou a mulher, o deixando confuso.
—— Eu nunca vou deixá-la —— prometeu, sabendo que estava dormindo.
O demônio respirou fundo, a pegando no colo com carinho, levando-a para sua cama. Deixando um beijo em sua testa, antes de deixá-la dormir em paz, embora não a deixando sozinha, sentado ao lado dela, uma de suas mãos segurando a da mulher.
Nos dias que se seguiram ao velório da senhora Ju, Ki Si-young sentia-se estranhamente cansada. Cada movimento parecia exigir um esforço monumental, e a energia que sempre a acompanhara parecia estar se esvaindo lentamente. Ela sabia que algo estava errado, mas não conseguia identificar exatamente o que era.
A culpa a consumia. Desde a visita de BlackTurion, a líder dos guardiões, Si-young não conseguia parar de pensar na proposta que lhe fora feita. Anular seu casamento com Jeong Gu-won e esquecer que algum dia tivera algo com ele. A oferta aterrorizante. E o pior de tudo era que ela não conseguia contar a Gu-won sobre isso.
—— Ele já tem problemas suficientes —— murmurava para si mesma, encarando seu reflexo no espelho, decidindo qual batom passar ——Não posso sobrecarregá-lo com mais isso.
Mas a verdade era que a culpa estava corroendo-a por dentro. Ela se sentia traindo Gu-won ao manter esse segredo, e a sensação de estar perdendo seus poderes só piorava a situação. Cada dia que passava, ela se sentia mais fraca, mais distante do que costumava ser.
—— Preciso ajudá-lo a recuperar seus poderes —— disse, olhando fixamente para seus próprios olhos —— Eu prometi proteger você —— sussurrou, como se Gu-won pudesse ouvi-la através do espelho.—— E vou cumprir essa promessa, não importa o que aconteça.
Com um suspiro profundo, Si-young afastou-se do espelho e saiu do quarto. Gu-won logo estaria no prédio para buscar ela e Do-hee, e sabia que o caminho à frente seria difícil, mas estava pronta para enfrentá-lo. Afinal, ela era uma guardiã, e guardiões não desistiam facilmente.
Ao chegar ao térreo, passando as mãos pelo vestido azul claro que usava, longo que cobria o salto branco escolhido, encontrando Gu-won e Do-hee a esperando, já no veículo, apressou seus passos, entrando no banco traseiro, logo passando o cinto de segurança pelo corpo.
—— Bom dia —— saudou os dois.
—— Bom dia —— sorriu a Do, virando seu corpo para analisar a mais velha —— gostei do vestido, essa cor fica boa em você.
—— Ela só usa azul quando está pensativa —— interrompeu o demônio, cortando o clima bom entre as duas, os olhos estudando a amiga pelo retrovisor —— o que tanto pensa?
—— Nada —— mentiu sorridente, voltando sua atenção a Do-hee em seguida —— branco combina com você, ilumina sua pele e ressalta seu sorriso.
Do Do-hee acabou com as bochechas vermelhas, olhando para o lado de fora, deixando a Ki contente pelo feito, e Gu-won bufando pela cena.
Eles estavam lentamente se acostumando um ao outro, a manias e conversas. O que deixava tudo mais fácil, no entanto, não era menos estranho quando o demônio pediu a mão da humana, para aparentemente nada. Mas a guardiã se recusava a dizer algo, sentindo a familiar magia dele invadir seu corpo e a deixar mais leve, a neblina de antes deixando sua mente por alguns segundos.
■
Ki Si-young estava sentada em sua sala, concentrada em um desenho detalhado. Seus dedos deslizavam habilmente pelo papel, criando linhas e formas que se transformavam em um belo vestido de noiva. Era um pedido de Do Do-hee, que havia decidido ir a um encontro às cegas em busca de um marido para garantir a herança que havia ganhado. Embora Si-young estivesse focada em seu trabalho, seus olhos frequentemente se desviavam para Gu-won e Do-hee, que estavam revisando os vídeos de segurança na tentativa de encontrar o culpado pelo envenenamento da senhora Ju.
A sala estava silenciosa, exceto pelo som suave do lápis de Si-young e os cliques do mouse enquanto Gu-won e Do-hee navegavam pelos arquivos de vídeo. A tensão no ar era palpável, e Si-young sentia uma inquietação crescente em seu peito.
—— Si-young, pode vir aqui um momento? —— chamou Gu-won, interrompendo seus pensamentos.
Ela se levantou, deixando o desenho de lado, e se aproximou de Gu-won. Mal teve tempo de encostar no amigo antes de sentir uma sensação estranha. De repente, os três foram teletransportados para uma sala apertada. O coração de Si-young batia rápido demais, e ela não sabia para onde olhar, se para Gu-won ou para Do-hee.
—— Gu-won, o que está acontecendo? —— perguntou Si-young, tentando manter a calma, enquanto a humana reclamava que havia falhado novamente.
—— Estamos testando os poderes —— disse tão baixo quanto ela, colocando um dedo em sua boca, a impedindo de falar mais.
Si-young tentou acalmar seus próprios nervos enquanto analisava a situação. A sala era pequena, com paredes de metal e uma única porta. Não havia janelas, e a iluminação era fraca, criando sombras que dançavam nas paredes.
Haviam três humanos do lado de fora, parecendo estar em meio a uma fofoca.
—— Não acham estranho, a Senhora Do e o Senhor Jeong?
—— Como assim? Achei que ele era namorado daquela modelo...
—— Pra mim está claro, que eles estão juntos.
—— Fala sério —— reclamou o outro.
Si-young teve vontade de se enterrar, sentindo Gu-won pressionar mais sua boca, quase a empurrando sobre Do-hee. Eles estavam próximos de mais para seu pobre coração, que batia rápido de mais para seu gosto, e costumes.
Os três estavam quase se derretendo naquele espaço. Ouvindo eles teorizar sobre os três, o calor subindo por seus corpos, a Ki sentia até suas bochechas se aquecer.
—— Isso já chega...
Os três concordam, em busca de uma maneira de tentar sair daquela situação vergonhosa. Si-young acabou tropeçando nos pés de Do-hee, as fazendo bater no armário atrás delas, o corpo de Gu-won pressionando seu peito, enquanto a humana agarrava sua cintura. A guardiã não sabia se estava no céu ou no inferno, ouvia a risada de sua chefe irritar seu sentido auditivo.
Virando seu rosto ainda nervosa, a guardiã bateu seu nariz contra o de Do-hee, que também tinha os olhos arregalados. Si-young não pode evitar encarar seus lábios por um segundo, engolindo em seco, Gu-won segurou sua mão, entrelaçando seus dedos, para enfim teletranportar eles.
A Ki se jogou no banco ao lado do demônio tentando recuperar sua dignidade. Ela se levantou ainda perdida para seguir a humana, sua mente ainda agitada.
—— Não vai me tocar —— Do-hee avisou ao demônio —— todo mundo já acha que estamos namorando...
—— Quem me dera —— disse para si mesma, tocando o peito para sentir a agitação do coração, sua própria mão ainda tremendo.
—— Disse algo, Si-young? —— o demônio perguntou realmente confuso.
A guardiã negou, um sorriso no rosto, correndo para se afastar deles. Aquilo estava saindo de controle.
Até 👋🏻
Si-young assim:
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