ᗪᗴՏᗩᖴ𝐈𝐎Տ ᗪᗴ Տᗴᖇ ᑌᗰᗩ Տᗴᑕᖇᗴ𝐓ᗩᖇ𝐈ᗩ ᗪᗴ ᑌᗰ ᗷᗩᗪ ᗷ𝐎𝐘

"𝐌𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐨𝐧 "

Bom, como começo?

Sim, a exatamente um mês atrás, eu discuti com [Nome], já sei que eu sou um completo babaca e que eu fui muito idiota. Não precisa me dizer.

Mas em todas as vezes que eu era rude, [Nome] me perdoava mentalmente, mesmo eu nunca pedindo desculpas. Então sempre voltamos a falar do mesmo jeito de sempre e voltamos a ser amigos novamente. Só que dessa fez tinha sido diferente.

Eu fiz ela chorar! Sabe qual é o peso disso? Quando eu vi aquelas lágrimas saindo dos seus olhos, eu me senti o homem mais idiota do mundo, naquela hora eu preferia receber uma facada do que ver aquela mulher chorar por minha culpa. Eu nunca pensei que pensaria isso logo da pessoa que eu mais odiei no mundo, logo de [Nome]

Então nesse único mês tudo mudou, ela passou a ser distante, só falava o básico, não puxava assunto, não discutia comigo, não se preocupava como antes. Não dizia uma misera uma palavra.

Quando os meninos as chamavam para sair, para todos nós saíssemos como um grupo, ela rejeitava, certamente por que não queria ter mas um minuto perto de mim fora do seu trabalho. Enfim nossa relação estava uma bagunça, era como se estivéssemos pior do que no início, por que pelo menos naquela época, nos conversamos um pouco.

Então semana passada eu tomei uma atitude meio tosca, mas tomei. Enquanto nos estávamos falando por um chat em grupo, eu pedi desculpas para ela de forma formal explicando minha situação, e chamando ela para saír.

Por que dessa forma eu poderia pedir desculpas pessoalmente, e da forma que ela me respondeu certamente ela me perdoaria . Não estou fazendo isso para aliviar a minha dor, ou ter uma pose de bom samaritano, mas sim para a mesma me perdoar. Ver ela triste já doía, e saber que eu era aquele motivo, era muito pior.

Hoje é sexta feira, a mesma trabalhou normalmente. Nessa semana nos demos muito bem, possivelmente deve ser por causa das desculpas. Ela já estava feliz, já tinha aceitado sair com eu e o meninos, estava voltando a se preocupar e puxar novamente assunto.

Estava visivelmente que ela havia me perdoado, então eu estava fazendo, tentando de tudo para não errar novamente. Para não tentar ser rude novamente, quando eu ia ser grosso, eu contia as minhas palavras, para não machucar a garota. Eu queria evoluir, pois isso me machucava e machuca as pessoas a minha volta.

Por mais que ela estava feliz nessa semana, e voltado a falar comigo normalmente. Eu ainda não estava satisfeito, queria ainda sim pedir desculpas para ela , formalmente para que a mesma tenha total conciência que eu to tentando mudar. Mas eu ainda não entendo por que estou fazendo tudo isso, por ela...

Por esse motivo, eu estava na frente da casa dela, como a primeira vez. Como era sexta feira, a mesma não recusou. Estava de noite, era quase onze da noite. Sim chamei ela bem tarde, mas sei como a mesma gosta de madrugar e nunca dorme cedo, e a noite era a minha praia, eu podia ser quem eu era de verdade no anoitecer.

É parece bem clichê não é mesmo? Ksksk.

Então arrisquei mandar mensagem para ela, dizendo que eu a aguardava na frente da lojinha de conveniência que estava na esquina de sua casa. E a mesma para minha felicidade respondeu com um simples "já vou". Obtei por fazer isso sexta, já que amanhã é sábado , ela não trabalha. Mas não é como se eu tivesse a privando de algo.

Me encosto na parede da loja de 24 horas por dia, e começo a fumar um cigarro a espera da garota, enquanto eu segurava um capacete feminino da minha moto com a minha outra mão.

Até que em alguns minutos vejo a moça sair do prédio, [Nome] usava um moletom e calça jeans, estávamos no verão, mas a friagem da noite, deixava as coisas muito mais frias. Ela estava de tênis e seus cabelos castanhos estavam presos em um rabo de cavalo meio frouxo.

Eu vi ela antes que ela pudesse me ver, ela olha para os dois lados antes de atravessar a rua ao meu encontro, então eu aceno de longe na intenção que a mesma me avista-se e deu certo. A mesma da uma mini corridinha, e encosta na parede da loja ao meu lado.

-Oi, boa noite, fumando Lee Minho? - diz a mesma em um tom Sacartíco já que estava claro que eu estava fumando.

-Não, só estou dando uma cheirada no cigarro - falo entre risos e a mesma revira os olhos.

-Qual o motivo de me chamar aqui a essa hora? - diz a mais nova bocejando, de uma forma fofa fazendo eu sorrir de uma maneira desajeitada.

-Lembra que uma semana atrás eu te pedi desculpas pelo jeito que eu te tratei na festa de inauguração? Então eu vim pedir desculpas oficialmente- digo e a mesma abre a boca e fecha novamente.

-oh, nunca achei que Lee Minho falasse isso para mim pessoalmente - disse a menina e eu riu -Que bom que você não guardou suas desculpas para trás da tela, mas não precisava eu já havia te desculpado de qualquer forma.

-Eu sei, só quero realmente demonstrar meus sentimentos, e não dar desculpas vazias, quero te mostrar o verdadeiro eu, você topa ? -digo estendendo o capacete feminino na minhas mãos para a garota na intenção que a mesma aceitasse essa aventura.

-Eu topo,e aceito suas desculpas,e estou pronta para te ajudar nessa sua nova fase,nesse seu verdadeiro eu.- disse a mesma pegando o capacete e já pronta para colocar sobre sua cabeça.

Assim eu jogo meu cigarro no chão, piso no mesmo na intenção de apaga-lo. Coloco meu capacete, e ligo a moto que tanto eu amo, e espero a garota subir.

Eu estava animado, nervoso, ou ansioso, não sabia qual o sentimento certo naquela situação, era um misto de sentimentos. Eu só sabia que o que eu sentia quando estava perto dela, era muito mais do que bom. Era indescritível.

[Nome] sobe no automóvel rapidamente como se estivesse preparada para qualquer coisa, a mesma envolve os seus braços em minha cintura, e coloca sua cabeça encostada na minhas costas.

Me arrepio com seu toque repentino, aquele abraço meio desajeitado que era só no intuito de proteção em cima da moto, fez eu sorrir bobo de alguma forma, escuto a garota rir baixinho, como se soubesse que estava mechendo de alguma forma comigo.

Assim ligo a moto, escuto o barulho satisfatório do seu ronco, espero alguns segundos até o motor esquentar e dou a partida e já andando em direção a estrada sem excitação, fazendo [Nome] apertar o abraço e segurar firme na minha jaqueta de couro, fazendo novamente eu abrir um sorriso repentino.

Não demorou muito para eu levar [Nome ] para o lugar que eu queria, uma praia.

Nos morávamos perto de uma cidade litorânea, então sempre que eu podia eu iria para a praia chegar nos lugares meus preferidos do mundo principalmente no horário noturno, e está aqui com o [Nome] também podia proporcionar esse sentimento.

Era a mesma praia que tinha levado ela na primeira vez, como de costume o ambiente esta iluminado por conta de alguns postes e pela luz da Lua que refletia nas ondas do mar.

Havia alguns casais nesses horários sentados na areia da praia, não muito, mais só alguns. Isso me deixou de uma forma um pouco envergonhado, já que eu e [Nome] só estávamos ali como amigos ou colegas de trabalho.

Já que a Coreia era muito segura, era bem comum nesses horário mais tardios ter pessoas perambulando pelas ruas ou só descansando observando as estrelas na praia.

Estaciono a moto em uma rua perto da praia, pego um pano de costume, e coloco sobre a areia, a mesma ignora e tira seus tênis e começa a andar feito louca pela areia da praia.

Coloco minha sacola de cervejas que eu havia trazido sobre o pano que estava sobre a areia, já abrindo uma. Achas mesmo que eu conseguiria abrir meu sentimentos e pedir desculpas estando totalmente sóbrio? Pensou errado.

-Cuidado, você pode cair e se machucar - digo um pouco alto para a menina que estava correndo na minha frente.

-Sem problemas - diz a menina dando alguns risos.

Ela estava claramente feliz.

A luz dos postes e da Lua amarelada, refletiam sobre seus olhos castanholas escuros e sobre seus cabelos da mesma cor, e sobre sua pele parda.

Era como se tudo parasse, eu não ouvia mais ninguém falando a nossa volta, nem barulho de carros ou coisas do cotidiano Urbano, só os risos de [Nome ]e os barulhos da onda do mar . Era como se fosse por um instante nada mais importava para mim.

Balanço minha cabeça de uma forma freneticamente para afastar aqueles sentimentos de mim , mas pro incrível que pareça me aprofundei mais neles do que os afastei, ilario né.

-Já está bebendo? Não me diga que dirigiu até aqui bêbado? - disse a mais nova se sentando ao meu lado e pegando rapidamente uma latinha de cerveja

-Lógico que não , s/a, acha que sou louco nesse nível? - digo e a mesma ri.

-Acho, s/a? - disse [Nome] um pouco chocada por eu disser seu apelido repentino.

-É, tem algum problema eu te chamar assim? Pode dizer, se se sentir desconfortável eu paro imediatamente - falo levantando as mãos fazendo um drama, a mulher da um riso nasal e balança a cabeça negativamente como resposta.

-Esta tudo bem se você me deixar eu te chamar de Lino! - a garota se vira e eu respondo balançando a cabeça com um sorriso. -por que esta bebendo e por que me trouxe aqui?

-Seria muita incoveniencia minha desabafar sobre a minha vida e te pedir desculpas? Eu precisava não estar sóbrio para decidir isso.

-Claro, topa andar pela praia enquanto conversamos?

Disse a mais nova, levantando em um pulo, enquanto eu ainda estava sentado na areia da praia, a mesma estende sua mão para mim como uma chamada para andar com a mesma e para ajudar eu a levantar.

Eu seguro a sua mão e a mesma me da uma forcinha para levantar, assim em um toque um pouco envergonhado soltamos nossas mãos e continuamos andando em silêncio .

Sua mão estava quentinha por mais que estava muito frio por causa da brisa do mar, como um simples contato podia ter gerado uma arrepio no meu corpo? Eu queria pode continuar de mãos dadas com a garota a caminhada na areia toda.

Por que eu estava sentindo isso? O que eu e [Nome] temos? O que ela faz eu sentir? Que mistura de sentimentos é esse? Era só amizade? Ou eu sou doido? Ou é super normal amigos ficarem de mãos dadas?

-Bom, realmente me perdoe por ser rude é idiota com você na maioria das vezes, Minha mãe infelizmente faleceu a alguns anos na época eu já conhecia Han e Changbin -olho para o chão e sinto os olhares atentos da garota sobre mim -Meu pai tinha traído minha mãe, sempre traia, se casou com ela por status, já que ela era herdeira do conglomerado Lee, na hora que ela morreu de câncer, a herança toda da empresa passou para o nome do meu pai, infelizmente minha mãe era "cega" e amava muito meu pai. Eu chorava na época, meu pai sempre me bateu dizendo que um homem e um herdeiro de um conglomerado não deve chorar . Hoje em dia eu afasto todo mundo, pois acho que vão ser iguais a ele, independente se as pessoas se importam comigo ou não, hoje eu não me permito chorar, e fecho todos os meus sentimentos para si próprio, e para me defender sou isolado e rude. Bom eu nunca quis ser assim, eu sou legal juro, mas são circunstâncias que não foram cuidadas que geraram o que sou hoje. Só não faço terapia ou algo do tipo, por que meu pai não deixa. Enfim isso foi um pequeno desabafo.

Termino de falar com um suspiro, olhando para o chão, as lágrimas rolaram pelo meu rosto de uma forma incontrolável. Meu pai não estava ali, eu me sentia protegido chorando na frente de [Nome]

Eu nunca tinha chorado desde a morte da minha mãe na frente de alguém, se quer raramente eu chorava por que me sentia culpado por isso, me sentia fraco como meu progenitor dizia, então eu escolhia guardar as lágrimas para mim.

Só que com a brasileira, eu sentia, que eu não precisava me importar com isso, se estava sendo forte ou fraco. Sua companhia já me trazia segurança, conforto, um lugar seguro, para desabafar quando eu pudesse. Eu nunca havia sentido isso com ninguém ou perto de ninguém, [Nome] realmente era uma pessoa que eu nunca tinha visto, realmente era diferente das outras , ela me fazia apaixonado, seguro, e sorrindo bobo, e querer ser melhor, algo que nunca senti com alguém.

Ela me proporcionava novos sentimentos e emoções.

A mulher acaricia meus cabelos como uma forma de consolo, eu baixo a cabeça e sinto as lágrimas rolares que estavam acumuladas todos esses anos, não era um choro baixo, era um choro alto e aguniado.

-Ei, ta tudo bem - diz a menina e eu olho para ela -Seu pai não está aqui, pode chorar avontade. Não vou dizer que te entendo, nunca passei por uma perda significativa ou por isso, então seria mentira dizer que te entendo. Mas pode desabafar quando puder, e quando quiser, quando se sentir fraco, chorar não é ruim, faz bem pra alma. Ninguém é verdadeiramente forte se não chorar uma única vez quando sentir angustiado.

-Obrigado - digo secando as minhas lágrimas .

-Ah de nada, afinal estou aqui para isso.

-Agradeço pela sua companhia.

-Igualmente Lino - disse a menina meu apelido pela a primeira vez, o que vez meus olhos brilharem. Por que soava de um modo diferente nos seus lábios.

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𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒

Atualizei viu? Vou fazer uma fanfic do jisung futuramente em, um beijo pra vcs.
Esta revisado, comente, vote e siga para ajudar.
Tchau👋