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Acabei de receber uma ligação do meu pai me chama de para almoçar. O que era estranho, por que nós ainda não estávamos totalmente resolvidos, mas como teria que passar uns dias com ele resolvi aceitar o convite. Ele também tinha convidado Robby, eu teria que dar uma carona para ele, como sempre.

— O que será que ele quer dessa vez hein? — Robby me pergunta com as mãos no bolso, seu rosto em uma carranca habitual.

— Não sei. — respondo dando de ombros e tirando meu celular do bolso. — Se eu soubesse não viria, mas quando vi restaurante...

Chegamos em um restaurante e nos sentamos em uma mesa. Brincava com o guardanapo enquanto meu irmão mexia em seu celular.

— Olívia, você precisa mesmo fazer isso? – pergunta incomodado com o barulho que faço apenas para o irritar.

— Por que? — questiono continuando. — isso te incomoda? — perguntei abrindo um sorriso.

Soltei uma risada o vendo a um passo de lançar o celular em meu rosto mas logo o sorriso se cessa ao ver e Miguel lá, na nossa frente...Fiquei surpresa.

— Oi, Miguel! — Sorri novamente para o mesmo e Robby levantou o olhar dando de cara com Miguel.

— Deixa eu adivinhar. Seu pai também te chamou pro almoço?

— Chamou. — Robby respondeu seco.

— Um clássico plano do Jhonny Lawrence — digo rindo comigo mesma fazendo ambos os rostos virarem pra mim. — Ah, foi mal, podem continuar com a briguinha de vocês.

— E ele não falou que eu tava vindo? — Miguel perguntou.

— Não. — Robby se levantou pronto para ir embora.

— Espera Robby. — Me levantei também pronta para o seguir mas Jhonny apareceu.

— Pra onde estão indo? — Meu pai perguntou. — Sentem ai! Me escutem por um minuto.

Miguel se sentou, Jhonny pegou uma cadeira e sentou entre os dois.

— Eu menti pra vocês virem aqui. — Jhonny começou. — Depois do parque aquático eu sabia que vocês não viriam de boa. Eu sei que vocês estão de mal humor por que terminaram com as namoradas... e namorados.

— Eu não terminei com ninguém. — O interrompi e os três me encararam. — Não tenho nada pra terminar...— no mesmo instante meu celular toca provavelmente uma ligação de falcão pelo toque, eu rapidamente desliguei.

— Isso é...— Miguel começava mas eu logo o calo fazendo com que todos os olhares parem em mim.

— Perderam o olho?

— Enfim... — meu pai retorna — e como o que aconteceu no México pareceu um pequeno passo na direção certa. Eu achei que a gente podia fazer outra viagenzinha.

— Uma viagem? Pra um shopping do outro lado do bairro? — Robby disse com uma animação contagiante.

— Seu corpo pode estar no shopping amigo. — Apareceu um garçom. — Mas seu paladar tá preste a fazer um tour pelo velho continente. Esse cara sabe do que eu tô falando.

— E eu sei mesmo. — Jhonny concordou.

— Não importa para onde nós vamos, o berço do prazer culinário aguarda. Vocês querem um Alfredo? Bum, estamos em Roma. Ravioli? É a Toscana. — O garçom não parava de falar e estava começando a me irritar. — Mas temos que voltar aqui par a lasanha de chocolate. Porque, como o beisebol e a raspadinha de refri, só no nosso país. — Ficou um silêncio mortal, enquanto nos quatro encarávamos o garçom. — ... Olha, eu vou trazer uma festinha de breadsticks quentinhos. Eu já volto. É vapt-vupt.

— Já foi tarde. — Revirei os olhos assim que o garçom saiu.

— Qual é? O cara se esforça à beça, e vocês, com essa cara? — Disse Jhonny, mas no fundo ele sabia que ninguém estava ligando para o garçom.

— Eu não to bravo com o esforço dele. — Disse Miguel.

— Não é breadstick que vai constar isso. — Robby disse e Jhonny o olhou com uma certa cara de deboche.

— Ta falando porque não provou o breadstick daqui. Uma mordida, e vai esquecer, porque estavam bravos um com outro. — Revirei os olhos assim que Jhonny terminou de falar. — Cuidado pra não ficar cega.

Cutuquei Robby para falar algo em seu ouvido.

— Pra falar a verdade eu nem lembro por que vocês estão brigados. — Robby me fuzilou com os olhos e eu dei de ombros. — desculpa..— dei de ombros murmurando.— só quis dizer...

— Eu acho que nunca vou esquecer disso. — Comentou Miguel.

— Eu também não. — Robby ignorou totalmente o que eu tinha falado e se levantou pronto para ir embora.

Miguel também saiu, então só restava eu e Jhonny ali. Aproveitei a oportunidade para falar que teria que passar o verão com ele.

— Então... — Comecei. — A mulher com quem você resolveu ter uma filha vai viajar com a outra parte da família, e eu, para não morrer de fome, sede e frio, vou ter que ficar na sua casa no verão. — Fiz joinhas com as mãos, peguei minhas coisas e sai antes que o mesmo respondesse.

Sai do restaurante a procura de Robby, que estava me esperando em frente ao meu carro.

— Você nem tenta dar uma chance pra ele né. — Me escorei no carro ao lado de Robby e comecei a procurar um cigarro na minha bolsa. Completamente bagunçada.

— E você também não.

— Eu tentaria se ele pelo menos ligasse pra mim. — Ascendi o cigarro e Robby me olhou com uma cara de julgamento.

— Você não tinha parado?

— Nunca parei, só dei um tempo, meu querido. — Pisquei pra ele e entrei no carro. — Vai fazer o que no verão? — Perguntei assim que ele entrou no carro.

— Vou ficar no Jhonny. — Robby suspirou.

— A não, não, não, não. Eu vou ter que dividir meu quarto com você? — Disse indignada.

— Eu cheguei lá primeiro, você vai ter que dormir no chão. — Robby abre um sorriso.

— Eu morei lá por meses! Nunca que eu vou dormir do chão, nem que me joguem. Hoje quando eu for para lá você vai meter o pé da minha cama.

Dei partida no carro pronta para ir para a casa. Hoje eu teria que fazer uma mala para levar na casa do Jhonny.







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Se tiver algo sem sentido vcs me avisem pq eu não lembro mais oq rolou na série 🤙

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