74-
Hoje estava um dia até que ensolarado. Robby me chamou para ir a um parque a aquático, tinha um pequeno problema, os caras do Cobra Kai também iriam, mas o maior problema era que o Miguel tinha feito o mesmo convite minutos antes. Disse a Miguel que iria pensar e não sabia o que responder a Robby.
— Robby? — Voltei para a ligação depois de alguns segundos em silêncio. — Posso te contar uma coisa e você promete que não vai falar para o Cobra Kai inteiro?
— Não prometo nada.
— Então eu não vou. — Respondi rápido e escutei ele suspirar.
— Ah não, Liv, você seria a minha carona... tá bom, eu prometo. E eu nem ando mais com a galera do Cobra Kai.
— Jura mesmo?
— Juro. Fala logo.
— Então, a galera do Miyagi-do e os queridinhos do papai vão estar lá também...
— Mas não é possível... eles estão perseguindo a gente?
— E como eu vou saber? Mas enfim, passo pra te buscar em meia hora.
— Tá bom, não se atra — o interrompi desligando o celular.
Joguei o mesmo na cama e fui em direção ao meu guarda-roupa. Abri uma gaveta de biquínis, observei cada um, mas nenhum me agradou.
Peguei um azul claro e vesti, coloquei uma camiseta e um shorts por cima do biquíni. Peguei uma bolsa com tudo que eu precisava e abri a porta do meu quarto esperando não achar ninguém. Mas com a sorte que Deus me deu acabei dando de cara com Becky, por um momento tinha até esquecido da existência dela.
— Olívia! Oi! — Ela sorriu e eu levantei uma sobrancelha.
— Oi. — Respondi meio seca.
— Tudo bem? Aonde você está indo?
— Pra uma boate. — Sorri forçada. — Até mais!
Desci as escadas indo direito para a garagem e entrei no carro pronta para ir buscar Robby. Assim que cheguei na casa do garoto, buzinei uma vez pra ele saber que eu já tinha chegado, mas se passaram uns cinco minutos e nada dele aparecer, então buzinei mais e mais até ele aparecer, assim que o vi saindo pela porta sorri e parei de buzinar.
— Finalmente! — Ergui as mãos para o céu.
— Cala a boca! Eu tava terminando de me arrumar. — Robby entrou no carro com cara de bravo.
— Você teve meia hora pra se arrumar.
— Ta bom, mas você sabe quando tempo demora pra arrumar o meu cabelo? Não, não sabe. — Robby cruzou os braços e eu gargalhei.
— Acho que você deveria abrir uma salão de beleza.
Seguimos o caminho conversando sobre coisas aleatórias. Chegamos no parque, eu estacionei o carro e fomos em direção a entrada.
— Olha só, não se meta em briga, não bata em ninguém, nem — fui interrompida.
— Tá bom, você tá pior que a minha mãe.
— Eu só não quero que você de uma de doido e ataque todos os meus amigos.
— Relaxa. Agora que sai do Cobra Kai virei da paz. — Ele fez um sinal de paz com as mãos e eu ri.
— Até parece.
— Oi Tory! — Robby me deixou falando sozinha e foi atrás da garota, fui atrás já que ainda não tinha visto ninguém conhecido.
Comecei a me arrepender por ter ido atrás de Robby assim que eles deram um selinho, quis sumir dali naquele instante.
— Oi, Tory. — Sorri meio sem jeito.
— Oi, Olívia, quanto tempo. — Ficou uma clima bem estranho, mas Tory logo o cortou. — Como foi o México? Aproveitaram a praia?
— Pra falar a verdade eu fui assaltada na praia. — Respondi e Robby me olhou surpreso
— É... não foi esse tipo de viagem, mas resolvemos alguns problemas. Só que alguns ainda tão pendentes. — Robby estava falando de Miguel obviamente. Dei um live tapa em sua cabeça, talvez não tão leve assim.
— Desculpa, força do hábito. — Sorri forçada. — Talvez seja um sinal pra não falar merda.
— Que merda foi essa? — Robby me olhou erguendo uma sobrancelha.
— Foi mal. Podem ter o seu momento de casal, eu vou dar o fora, tchauzinho. — Acenei para os dois e sai dali indo em direção a Yasmine, Moon e Samantha.
Anthony estava ali em frente parado, babando em Yasmine, credo. Me aproximei do mesmo e empurrei sua cabeça para baixo. Ele se virou até mim devagar e me olhou de cima a baixo.
— Eca Anthony, da pra parar de manjar minhas amigas? — Samantha parou de ler o livro e se virou para nós.
— Não, não, eu não tava sabe... manjando. — Ele tentou se explicar mas foi uma tentativa falha e logo saiu dali.
— As vezes seu irmão me assusta, Samantha. — Comentei me sentando do lado dela.
— Ele também me assunta. — Ela arregalou os olhos e eu ri.
— Ele começa o ensino médio no outono né? — Yasmine perguntou com um sorriso de quem queria aprontar alguma coisa. — Vamos zoar ele? Depois você comenta que eu perguntei se ele tá malhando. — Eu e Moon rimos, mas Samantha permaneceu seria.
— Credo, vocês são nojentas, me incluam fora dessa.
— E ai, amiga, como tá o lance de autodescoberta? — Moon mudou o assunto.
— Olha tá melhor do que eu esperava. — Sam respondeu. — Eu tô curtindo focar só em mim, sem aquela coisa de caratê ou de drama amoroso.
Me deitei na cadeira e coloquei meus óculos apenas observando a conversa dela e rezando para não ficar parecendo um pimentão depois desse sol.
— Olívia! Você veio. — Era Bert. Sorri para o mesmo e me sentei na cadeira para que ele pudesse sentar do lado.
— E ai, gata. — Antes que pudesse responder algo para Bert reconheci aquela outra voz. Falcão. Junto com o Miguel.
— Eu esqueci totalmente que eles estavam vindo. — Moon se virou para Samantha enquanto os dois se aproximava de nós.
— Tudo bem. — Sam disse. Mas pra mim não estava tudo bem.
— Certeza? Eu falo que a gente se vê depois. — a única coisa que eu queria nesse momento era que eles fossem embora.
— Não, Moon, é sério. Uma hora isso ia acontecer. — Como que a Samantha consegue estar tão calma? — E ta de boa. Por que o Miguel e eu somos amigos.
— E ai meninas. — Falcão se sentou ao lado de Moon e deu um selinho.
Espera! Um selinho? Será que eles tinham voltado? Meu queixo caiu assim que vi a cena. Não era possível.
Senti a mão de Bert encostar no meu queixo e fechar a minha boca.
— Olívia, que tal a gente ir naquele tobogã que eu te falei? — Ele sugeriu se levantando.
Me levantei também e segurei na mão de Bert, fazendo todos olharem pra mim.
— E-eu acho que vou lá perguntar se o Anthony ta malhando. — Puxei Bert para sairmos de lá.
— Olívia, espera aí. — Escutei Falcão me chamar mas não dei ouvidos.
Caminhei com Bert até um toboágua enorme, ele me encarou com um sorriso como se falasse pra eu ir, rapidamente neguei com a cabeça.
— Não, nem inventa.
— Vai, Olívia, não quero ir sozinho. — Bert me olhou e foi como se seus olhos brilhassem.
— Quer ir sim, vou estar te apoiado, mas de longe. Vai lá. — Fiz um sinal indicando para ele ir para a fila, o mesmo revirou os olhos e foi.
Enquanto Bert estava na fila esperando para escorregar observei ao redor do parque. Vi Anthony escorregar para sair de uma piscina e soltei uma risada.
O garoto olhou para os lados envergonhado e saiu fingindo que nada tinha acontecido.
Vi os caras do Cobra Kai se aproximarem e fiquei mais atenta, isso com certeza não ia dar bom.
— Olívia! — Bert me chamou. Ele já estava pronto para descer do brinquedo. Assim que ele escorregou, jogou um monte de água na minha cara.
Pisquei algumas vezes, chocada e tirei a água cheia de cloro dos meu olhos.
— Você viu? — Bert veio todo animado na minha direção. — Parecia que eu estava voando.
— Eu vi. — Sorri e virei meu olhar para onde Anthony estava.
O pessoal do Cobra Kai colocou várias boias no Anthony, o Kenny o chutou fazendo com que ele caísse na água. Falcão se aproximou deles.
— Bert, vem. Vamos ver a briga mais de perto. — O chamei e caminhamos para perto de todos.
— Peraí, Kyler, ele precisa de outro corte de cabelo pra lembrar com quem ele tá falando. — Kenny entrou na frente de Kyler e falou com o Falcão.
— Vai mesmo encarar o campeão, garoto? — Falcão perguntou. É sério mesmo que ele esta desafiando uma criança?
Eles continuaram com as provocações até Tory se levantar e intervir.
— Pra trás. — A mesma empurrou o Falcão e eu puxei Bert para o lado dele.
— Não se mete nisso.
— Qual é o problema? Ficou com medinho, campeão? — Kenny disse com um certo deboche.
— Cala a boca vocês dois. — entrei no meu da conversa.
— A não ser que vocês queiram levar uma surra, é melhor ficsr do seu lado do parque, bem longe da gente. — Tory se aproximou de mim tentando me intimidar.
— E aí, campeão. — Uma criança totalmente desconhecida chamou a atenção de Falcão, aquilo provavelmente o fez perder a vontade de brigar.
— Beleza, podem ficar desse lado sem problemas, o nosso lado é muito mais maneiro mesmo. — Falcão saiu e agarrou meu pulso e me puxou junto.
— O que você acha que ta fazendo? — Perguntei e ele parou de andar e me olhou.
— Só tava te tirando de lá, simples.
Dei as costas para ele sem dar nenhuma resposta e foi até um quiosque para tentar pegar alguma bebida.
— Olívia, eu vou ali sentar com o pessoal, tá bom? — Bert se aproximou de mim.
— Vai, lá. Depois a gente se vê.
— Seu filho? — O garçom perguntou e eu levei um susto, mas logo entrei na personagem.
— Sim, uma gracinha, não é? — Sorri.
— É mesmo. Quantos anos você tem? — O cara perguntou e eu tentei fazer uma conta na cabeça para que não desse muito na cara que estava mentindo.
Se Bert tinha quinze, eu poderia ter 29, mas ele parece ser mais novo, então se eu disser que ele tem doze, posso falar que eu tenho 25 anos.
— Vinte e cinco. — Respondi e o cara me olhou surpreso.
— Nem parece. Enfim, o que vai querer?
Olhei o cardápio sem muita animação, não tinha nada muito interessante.
— Pode ser apenas Whisky com energético. — Ele concordou e foi fazer a bebida.
— Aqui está. — Peguei o dinheiro para pagá-lo mas ele discordou. — Relaxa, é por conta da casa. Qualquer dia a gente podia dar uma volta na cidade. Eu também sou pai solteiro.
— A sim, claro. Vamos marcar qualquer dia. — Sorri forçadamente, mas desmanchei o sorriso assim que dei as costas para o velho.
Procurei Bert pelo parque e o avistei sentando com o Mitch e com a Devon. Me aproximei deles e parei ao lado de Bert.
— Isso é ridículo, eu esperei o verão inteiro para ir naquele tobogã. — Mitch reclamou, era a única coisa que ele sabia fazer.
— O Falcão falou que a gente não pode ir, aquele é o lado do Cobra Kai. — Bert disse levemente irritado.
— Eu ainda não acredito que eles ficam com essa besteira de lados, pelo amor de Deus gente, estamos em um parque aquático. — Resmunguei me sentando ao lado de Bert e colocando meu copo no chão.
— É, a gente vai deixar eles decidirem tudo por aqui? — Devon questionou. — A gente tem tanto direito quanto qualquer outra pessoa.
Concordei com a cabeça, procurei meu copo no chão e percebi que o mesmo não estava mais lá. Olhei para o lado e Bert estava perto de encostar os lábios na bebida.
— Tá ficando maluco? — Perguntei pegando o copo de volta.
— Qual foi, Olívia, a gente tem quase a mesma idade. — Bert bufou revirando olhos.
— Eu tenho quase dezoito enquanto você não tem nem dezesseis ainda.
Devon nos encarou e se levantou de pressa, Mitch e Bert se levantam também logo indo atrás da garota, não me restou outra escolha a não ser ir atrás deles.
Passamos por, Miguel e o pessoal, eles estavam em um silêncio mortal, graças a Deus não estava lá com eles.
Nos aproximamos do tobogã que eles queriam ir, suspirei olhando o tamanho, só iria se me pagassem. Mas não demorou muito para o pessoa do Cobra Kai chegar.
— O que estão fazendo aqui? — Kyler perguntou se aproximando de mim.
— A gente só quer ir no tobogã, então da licença. — Respondi o empurrando de leve.
— Que eu saiba esse não é o lado de vocês.
— Você jura? — Fingi surpresa. — Só nos deixa passar e depois sumimos do lado de vocês. — Tentei passar mas Kyler acabou me empurrando e pegou bem nos meus peitos, filho da puta.
Fiquei em choque por alguma minutos, aquilo me deu tantas lembranças que senti meus olhos encherem de lágrimas. Quando voltei ao normal, percebi que todos estavam discutindo e empurrando uns aos outros.
Robby e Tory logo se aproximaram e separaram a discussão. Mas não resolveu muita coisa, já que logo voltou a briga. Falcão e Miguel se aproximaram também.
Tudo ficou em silêncio quando escutamos o som de um apito.
— Parem! — O homem gritou. — Todos vocês, ou serão expulsos.
— Beleza, a gente não pode ficar no mesmo lugar, então o que a gente vai fazer? — Miguel perguntou.
— Não da pra brigar, se não seremos expulsos, alguma ideia?
— Uma corrida? — Bert sugeriu e todos olharam para o tobogã.
— Eu to dentro. — Falcão se pôs à frente.
— Eu também. — Essa foi a fez de Tory falar.
— Beleza, é campeã contra campeão. — Só de escutar a voz de Kyler pude sentir meu olhos encherem de lágrimas de novo.
— Quem ganhar fica com o parque.
— Fechado, você não vai ganhar.
Todos se afastaram novamente ficando apenas eu e Robby ali, o encarei e assim que ele percebeu meus olhos cheios de lágrimas ele veio até mim, limpei o rosto enquanto pensava em uma desculpa.
— O que foi? Aconteceu alguma coisa! — Robby perguntou preocupado.
— Não é nada. — Sorri. — Sera que você pode me emprestar sua camiseta?
— Claro, vamos ali.
O segui até onde ele estava sentado antes da confusão, ele me entregou a camiseta e eu agradeci logo a vestindo
— Tem certeza que tá tudo bem? Você tava tão feliz de manhã.
— Relaxa.
— Aposto que o seu namoradinho vai perder. — Robby sorriu e empurrou meu ombro de leve enquanto caminhávamos até onde todos estavam.
— Eu também acho. — Dei de ombros.
— O que? Não! Assim não tem graça.
— Claro que tem. E ele não é meu namorado, não mais.
— Você tá com essa cara de bunda por causa dele? — Robby parou de andar e me encarou.
— Até parece. Vamos logo.
— Então você resolveu colocar uma roupa? — Kyler disse e me encarou de cima a baixo. — Tava parecendo uma Putinha só com aquele biquíni. — Apenas abaixei a cabeça e fiquei em silêncio.
— Ei. — Robby o empurrou. — Olha com quem você ta falando.
Meu irmão me puxou para perto de Bert e saiu para falar com Kenny.
— Vocês estão prontos? — Kyler começou a falar. — Qual deles vai ser o campeão dos campeões? 3, 2, 1, já!
Alguns gritavam o nome de Tory, já outros gritavam Falcão, até alguns desconhecidos que não tinham se quer pisado no dojô.
Todo esse lance com a corrida era tão desnecessário. Seria tão mais fácil se eles simplesmente convivessem juntos, ou ignorassem a existência um do outros, parece que eles insistem em ter essa rixa.
Não demorou muito para que alguém de tornasse campeão. Tory chegou primeiro e segundos depois Falcão.
— Vocês trapacearam! Tinha um furo na minha boia. — Falcão gritou.
Olhei para Robby para ver se ele sabia de algo. Todos começaram a gritar "trapaceiros" e Falcão saiu da piscina indo em direção a Kenny.
— Ai, idiota, eu sei que foi você. — Falcão disse se aproximando do mais novo.
— E tu vai fazer o que?
— Eu não vou te atacar primeiro, esquece. É você que não tem coragem. — Falcão chegou ainda mais perto de Kenny, fazendo com que ele recuasse para trás, mas logo tentou acertar Falcão, que desviou do soco.
Eles começaram uma luta onde Kenny so atacava e Falcão so defendia. Quando o Falcão atacou pela primeira vez, Robby foi correndo e empurrou o mais velho na piscina. Miguel apareceu e empurrou as costas de Robby.
— Baixa sua bola. — Miguel disse encarando Robby.
— Quer lutar? — Robby perguntou tentando intimidar Miguel.
Mas antes que qualquer um pudesse atacar, o segurança do parque apareceu com aquele apito irritante de novo.
— Eu quero todo mundo agora pra fora do parque.
Todos bufaram e reviraram os olhos. Não tinha muito o que fazer a não ser dar o fora.
— Esperai. — Robby puxou meu braço. — Não vai nem me pagar uma casquinha?
— Você é tão pobre que não tem dinheiro pra uma casquinha?
— Eu sou. Ajuda seu irmão mendigo Olívia.
— Ajudo, mas só dessa vez. — Disse indo até onde ficava os sorvetes. — Você quem deveria pagar a casquinha, eu que te trouxe até aqui.
Fui para o banheiro me trocar, mas devolvi a camiseta de Robby antes. Não o vi quando sai do vestiário, então mandei uma mensagem avisando que esperaria no carro. Passou alguns minutos e Robby entrou no carro irritado e bateu a porta com força
— O que foi? Não tem geladeira em casa? — Perguntei.
— O seu papai apareceu.
— Então vamos dar o fora daqui o mais rápido possível.
Depois de deixar o Robby em casa fui direto para a mim, abri a porta e vi que estavam todos reunidos na cozinha.
— Que isso? Jantar em família? — Perguntei ironicamente e me escorei no balcão.
— Tipo isso. — Minha mãe respondeu. — Senta ai com a gente.
Não sei o que se passou pela minha cabeça, mas aceitei.
— E esse olho vermelho? Tava fumando? — Bryan perguntou. Como ele ainda tem coragem?
— Sim. Com a vadia da sua mãe aliás. — Respondi com um sorriso sínico.
— Olívia! — Minha mãe me repreendeu.
— Tá bom, foi mal.
— Nós estamos planejando uma viagem em família. — Paul começou.
— Você tem duas opções: Ir com a gente, ou ficar na casa do seu pai. — Minha mãe continuou.
— E onde está a opção de ficar em casa cuidando do gato?
— Ele vai com a gente, não se preocupe.
— Inferno. — Suspirei. — Podem ir na viagem de família feliz de vocês, eu fico com o Jhonny. — Era a opção menos pior. — Não é como se eu fosse da família mesmo.
— Mas, Olívia, nós te consideramos da família, você é como se fosse uma filha pra mim. — Paul tentou me confortar.
— Eu sei, sou eu quem não me considero da família.
—————-
Se as pessoas que pediram pra eu voltar não comentaram nada aqui eu sumo por mais tempo ainda
E é isso.
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