63-

—OLÍVIA?—abri os olhos rapidamente e assustada, mas por sorte, era só Bert. —A gente vai se atrasar. Levanta logo!—Ele tentava puxar meus pés para que eu saísse logo da cama. —Eu tô te chamando a meia hora.

—Se atrasar pra que?—Perguntei confusa e querendo voltar a dormir.

—Pro treino, ué.

—Bert...—Respirei fundo arrumando o meu cabelo e me sentei na cama.—Eu não vou.

—O que? Mas você disse que...

—Foi só um talvez, Bert. Eu não posso aparecer lá depois de tudo. —Bert me lançou um olhar triste, mas eu não podia voltar pra la, nem se eu quisesse.

—Mas Olívia... Por favor.

—Sinto muito, mas não vai rolar. Eu te ajudo a treinar em outros lugares, tá bom? Eu prometo. 

—Mas eu pensei que você iria treinar lá comigo e com o sensei.

—Mas... não dá Bert. Agora vai se arrumar, eu te levo pro treino, pode ser?—Ele apenas concordou com a cabeça cabisbaixo e entrou no banheiro.

—Olívia, me empresta uma blusa sua?—Bert saiu do banheiro.

—Eu não. Por acaso você é pobre?

—Vai logo.

—Pega no guarda roupa. —Bert abriu a porta e começou a bagunçar tudo, apesar de ter me incomodado iria deixá-lo mexer, depois era só obrigá-lo a arrumar.

Depois eu nos arrumamos, saímos do quartos e encontramos Becky descendo as escadas.

—Ah oi, Olívia. Eu estava pensando...

—Não interessa. —cortei a fala dela e puxei Bert para fora daquela casa. Entramos no carro sem dar nenhuma palavra, até Bert dizer algo quando estávamos quase chegando no dojô.

—Por que você não tenta falar com eles?

—Eles quem? —Perguntei confusa.

—Os seus "meio irmãos"—Ele fez aspas com os dedos.—Eles só querem conversar mas você nunca deixa.

—Eles não são pessoas legais, Bert.—Respondi tentamos cortar logo esse assuntos.—Chegamos. Eu volto pra te buscar depois.

—Tem certeza de que não quer...

—Já disse que não. Eu tenho que fazer outra coisa. Podemos ir tomar sorvete depois.

—Ta bom.—Bert desceu do carro e entrou no "dojô"
🥋

Respirei fundo pensando se o que eu iria fazer estava certo. Obviamente não estava, mas eu precisava ter uma ocupação pra ficar longe de casa.

Entrei pela porta do Miyagi-Do procurando o senhor LaRusso. Estava quase vendo os outros do dojô quando ouvi barulho de um carro e me virei para olha, era o Senhor LaRusso chegando, fiquei mais aliviada de poder falar com eles sem todos verem.

—Sr. LaRusso que bom que chegou. —Disse assim que ele desceu do carro, de primeira ele me olhou confuso, mas logo em seguida abriu um sorriso. Anthony também desceu do carro. —Ah, e aí pirralho.

—O que você faz aqui?—Ele perguntou confuso vindo me dar um abraço, o que foi extremamente estranho, nem Bert era assim. —Pensei que você fosse do Presas de Águia.

—É sobre isso que eu vim falar com o seu pai.

—Anthony, me espere lá dentro.—O Sr. LaRusso fez um sinal com as mãos para que Anthony entrasse é assim ele fez. —Então... o que foi?

—Jhonny me proibiu de participar do torneio.

—Por que?—Larusso arqueou uma sobrancelha.

—Digamos que é por causa de alguns problemas pessoais, mas esse não é o ponto. Será que o Senhor deixaria eu participar pelo Miyagi-Do?

—Isso não é apenas para irritar o seu pai, não é?

—Não, claro que não. —Ok. Talvez eu estivesse mentindo só um pouquinho.—Eu só quero ter alguma coisa a mais pra fazer.

—Tudo bem. Não posso deixar que você lute já que seu pai a proibiu, mas pode ajudar nas habilidades. Vamos querida, entre. Vou pegar uma kimono pra você.

—Obrigado, Senh... sensei LaRusso.

Adentrei o dojô e logo vi Sam que estava falando com Demetri enquanto o mesmo segurava dois sais em suas mãos.

—Ah oi, Olívia. Veio falar com o Eli?

—Sim, mas não. —Respondi enquanto ia para o lado deles.—Eu faço parte do Miyagi-Do agora.

—O que?—Sam e Demetri disseram em uníssono.

—Finalmente você percebeu que aqui é o lugar certo pra você.—Demetri mexia as armas enquanto falava o que quase me acertou uma vez.

—Eu vou ali falar com o Falcão, tá bom.—Me afastei lentamente com um sorriso forçado é um leve medo de ser esfaqueada. —Eli!

—Olívia? O que tá fazendo aqui?

—Jhonny me proibiu de participar do torneio, então vou participar pelo Miyagi-Do.—Fui sincera para Eli, não contaria a verdade para ninguém além dele e do Sensei.

—O que? Por que?

—Ele disse que eu tô me drogando de mais, mas não é verdade, você sabe disso. —Falcão apenas suspirou e abriu os braços para um abraço.

🥋

—Merda! Eu esqueci de buscar o Bert. Tenho que ir.—Olhei no relógio vendo que já estava atrasada.

—Eu precisava falar com você sobre uma coisa.

—Me fala por mensagem. Foi mal, tenho que ir.

Sai apressada de lá parando em frente a fábrica abandonada e mandei uma mensagem para Bert avisando que tinha chegado, o mesmo respondeu rápido pedindo para eu entrar, apenas disse que não, mas ele insistiu e disse que Jhonny não estava lá, não estava acreditando, mas mesmo assim entrei,

—Bom trabalho hoje. —Tentei me esconder assim que ouvi a voz de jhonny. —Coloquem gelo! E a amanhã a gente continua! Campeão, sua mãe quer que a gente faça um jantar em família. Não chega tarde.—Jantar em família? Ok...

Assim que Jhonny saiu eu apareci podendo ver Bert e Mitch sentados segurando um saco de gelo em suas partes íntimas.

—Deve ser bom ser o preferido do sensei.—Mitch se levantou e colocou o pacote que segurava nas mãos de Miguel.

—É, ele te coloca pra ninar?—Bert fez a mesma coisa que o Mitch e logo em seguida parou do meu lado.

—Ai, Miguel, que nojo. Você não viu aonde eles colocaram isso? —Disse jogando os pacotes com gelo da mão dele. —Vamos, Bert.

—Olívia, espera. Tenho que falar com você.

—Bert, espera no carro.—O garoto me obedeceu é assim que ele sumiu do meu ponto de vista me virei para Miguel.

—O sensei pediu para eu te avisar que ele e a minha mãe estão namorando. —Miguel disse de uma vez, já imaginava que um dia isso iria acontecer —Ele tentou te ligar pra contar mas você não entendeu nenhuma ligação.

—Eu estava ocupada.—Ocupada treinado em outro dojô. —Tenho que ir. Te vejo depois.

—Beleza.

Entrei no carro com Bert e fomos para a sorveteria apenas cantando algumas músicas que tocavam no rádio. Assim que chegamos fizemos nossos pedidos.

—Sensei me contou umas coisas sobre você, Olívia.—Arregalei os olhos com a fala de Bert.—Eu sei que você usa drogas.—Bert disse tudo aquilo com uma naturalidade.

—O que? Bert, você não pode falar dessas coisas em lugares públicos.

—Por que você não para?

—Uma boa pergunta. Agora chega desse assunto.

—Você é uma viciada?

—O que? Não? Eu paro quando eu quiser. Eu só não quero. Bert, chega!—Como meu pai tinha descoberto isso? Provavelmente foi Miguel quem contou para ele.

—Que tipo você usa?—Ele parecia realmente curioso, mas eu não iria responder.

—Não se faz esse tipo de pergunta para as pessoas. Então toma o seu sorvete logo.

—Você usa maconha ou coca...

—Menino, para com isso.—Interrompi ele.—As duas.—Respondi entredentes rapidamente pois sabia que se eu não respondesse ele não me deixaria em paz.

—Por que você usa?

—Isso aqui virou um interrogatório?—Arquei as sobrancelha enquanto Bert revirou os olhos. —Pra esquecer dos meus problemas.

—Que problemas? Juro que não vou contar pra ninguém. Só quero saber.

—Meu pai, o Cobra Kai, meu irmão, minha mãe, o povo que infelizmente vive na minha casa, o Eli e várias outras coisas que você não precisa saber.

—Olívia. —Bert se inclinou na mesa e sussurrou:—Onde você consegue drogas?

—Bert! Eu não vou te contar. Você não é uma pessoa confiável.

—Porque você não tem amigos, muito menos amigos traficantes, então aonde consegue?

—Eu tenho amigos que ninguém sabe tá bom? Agora podemos pelo amor de Deus falar sobre coisas normais?

—Claro. Hoje o sensei...—Bert começou a contar tudo o que tinha acontecido.

E naquela noite em que eu estava sozinha em casa Bryan entrou no meu quarto e ele não tinha boas intenções...








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Demorei mas postei amém
Oq acharam do capítulo?

Gostaram da capa que a Rafakkkj  fez pra mim?

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