Eu estou na casa do meu pai, mesmo não morando aqui eu não saio desse lugar. O Miguel estava parecendo um neném gigante por causa da estratégia que o meu pai criou.

—Ta pronto ou não?—Perguntou meu pai.

—Odeio isso. É ridículo.

—O que tem de ridículo nisso.

—Ele tá parecendo um bebê gigante!—Disse rindo, enquanto o Miguel disse praticamente a mesma coisa.

—Do jeito que tá choramingando, parece um bebezão mesmo.

—Não tem um jeito mais... casca grossa de fazer isso?—Perguntou o Miguel.

—Acha que bater o pé em um show te deixa pronto pra algo mais casca grossa?—respondeu meu pai sendo até meio grosso.—Sua perna ainda tá com medo! Pronto pra ficar de pé?

—To.—disse o Miguel desanimado.

—Legal. Um, dois... três. Vai.

Meu pai soltou a corda mas o Miguel caiu.

—Tudo bem. Foi uma queda bem melhor.

—Tem como uma queda ser melhor?—Perguntei me sentando no sofá.

—Hora do intervalo.

—Ai... a minha mãe tem falado muito de você.

—É mesmo.—Sempre desconfiei que meu pai gostava da mãe do Miguel.

—Ela agradeceu por me levar naquele show.

—Disse mais alguma coisa?—Perguntou meu pai parecendo interessado.

—Por que quer saber? Tá gostando dela?—Perguntei sorrindo maliciosa.

Olhei para o computador, tinha um texto enorme digitado. Ele estava escrevendo um livro? Se for a biografia dele, ele vai preso.

—Pai, você tá escrevendo um livro ou algo do tipo?—Perguntei.

—Eu não, isso é uma mensagem de Facebook.—Disse meu pai voltando com dois refrigerantes.

—Que?

—Isso? Pra quem?—Perguntou o Miguel.

—Bom é... uma garota da minha escola. Ali.

—Esperai... a Ali? Tipo a Ali?

—Aquela Ali?—Perguntou o Miguel e meu pai concordou com a cabeça.—Caramba isso é demais! Isso é muito... Peraí você não vai mandar isso né?

Ele não disse nada, mas deu para saber a resposta só pela cara de tacho.

—Ta ficando louco né? Você não pode mandar isso.—Eu disse.

—Por que não.—Perguntou meu pai tentando entender.

Pendi minha cabeça para trás a suspirei, como é lerdo.

—Por que tem 8 páginas e tá em caixa alta.—Disse o Miguel.

—Você sabe usar a pontuação correta?—Perguntei para confirmar.

—Qual é. Eu tenho 35 anos de coisas pra falar, saco?

—É só falar aos poucos. Puxa assunto sobre o passado e vai mandando em textos pequenos os seus 35 anos de história.—Falei pegando o refringente da mão de Miguel.

—E mensagens menores são bem mais legais. Isso aí parece desesperado. É meio bizarro.

—Além disso quem vai ler um texto desse tamanho? Fora que mandar isso seria como curtir todas as fotos dela.

Meu pai intercalou olhares entre eu, Miguel e o computador.

—Ah não.. não não não.

—Qual é, bicho! Eu gostei das fotos! E tem um botão exatamente pra isso. Por que eu não ia clicar?

—Porque ela vai ver isso.—Eu disse.

—Beleza eu me empolguei, tá legal! Olha ela colocou uma carinha na mensagem

—Quer dizer emoji?—Perguntei.

—É isso aí, da na mesma. Tem até uma bochecha vermelha. Ela tá ficando com calor? Ela tá com febre? O que eu devia fazer com isso?

—Ou ela tá com tesão.—Disse sem pensar.

—Calma, é só um sorriso.

—Deixa eu ver.—Miguel pegou o computador e começou a mexer.—Olha ela escreveu que quer saber o que você tem feito. Bom. Isso é bom.

—Bom? A única coisa que ele tá fazendo fazendo é tentando fazer você andar, não que isso não seja bom.—Eu disse, mas eles pareceram não escutar.

—Vamos montar um perfil maneiro pra você. E aí você manda uma mensagem mais legal para ela, tá bom? Primeiro a gente coloca umas fotos. Você tem alguma?

—É. Eu tenho fotos.—Disse meu pai, isso ia ser interessante. —Tudo bem não sai daí.

—Então né, eu acho meio difícil...

—"não sai daí" —Disse meu pai rindo.

—Qual a probalidade dessas fotos serem descentes?—Perguntei.

—zero. Ei, me ajuda a subir na cadeira?

—Claro.

Fui lá e peguei a cadeira. Quase morri mas consegui por o Miguel direito.

Meu pai voltou com uma caixinha, tirou duas fotos e entrou para o Miguel. Até me sentei melhor para ver.
Essas duas fotos eram... ridículas. As duas sem camisa, uma ele estava bronzeado e nas pedras, a outra no meio do mar.

—Eu só tenho essas. Não tirei muitas depois do colégio.

—Percebi...—Murmurei.

—Ta... é... beleza. Você tem alguma que tá usando uma camisa?—Miguel perguntou.

—Tenho.—Meu pai respondeu simples. —O que acha dessa?

Ele entregou uma foto que meu Deus. Era uma camisa que parece que foi esticada até quase rasgar.

—Meu senhor amado.—Disse batendo a mão na testa.

—Tá. Essa...

—E se a gente tirasse fotos novas?—Sugeri.

—Tipo de hoje em dia?—Perguntou meu pai.

Não.

Iria responder com a educação que ele me deu, mas o Miguel respondeu primeiro.

—Eu não sei se eu quero passar óleo no corpo agora.—Disse meu pai...? Tô em dúvida se realmente sou filha dele.

—Que?—Eu e o Miguel disse juntos.

—Óleo de bebê melhora tudo.

—Primeiramente: as fotos vão ser com camiseta, então não precisa passar óleo nem nada do tipo.—Expliquei.

—Eu pensei em fazer uma pegada mais contemporânea. Que tal isso?

—É!—ele estralou os dedos—Vamos ver do que a Ali gosta e a gente faz a mesma coisa.

—Eu acho que não é isso que o Miguel quis dizer...

—Nada de ioga.—Ele continuo dizendo —Pode ser foto com o cachorro.

—Aonde você vai arrumar um cachorro?—perguntei.

—Sua mãe não tem um?

—É um gato!

—Da na mesma.

—Não.

—Será que o aquário deixaria eu ficar perto dos golfinhos?

—Claro que sim.—Disse com ironia.

—Depois a gente revela tudo. —Jhonny estava ficando animado.

—O que? —Perguntou o Miguel.

—Pé na tábua Speed Racer. Bora lá.

Saímos de casa, e agora que começa a sessão de fotos. Isso ia ser lindo.

——-Avissos
Gente desculpa a demora, tava vendo o filme da my little pônei Kwkdkdkekekek
Mas enfim, eu tenho duas perguntas importantes para vocês, então respondam pfv

Vocês querem que a Olívia beije o Miguel? Se sim, já vou avisando que vai ser só um beijo é nada a de mais.

Ao mesmo tempo que eu quero que isso aconteça eu fico em dúvida, então vocês decidem.
E outra coisa. (A mas importante⚠️)

Tava pensando em fazer um hot para fechar a temporada, mas eu morro de vergonha. Então... vocês querem que eu faça ou melhor não?

Vão ler minha fic nova!!