18-
O Sensei estava pronto para dar início ao jogo mas foi interrompido por uma voz masculina.
—Eai, galera, foi mal atrasado.—disse o gordinho.—O trânsito de hoje tava o verdadeiro inferno. Coloquei o "Coyote Creek" no GPS e não apareceu nada.
—O que você fez cara?—Perguntou o sensei.
—Ah isso aqui?—perguntou tirando o óculos. —Eu decidi chutar o pau da barraca, igual o Falcão. Sinistro.
Eu e o Eli nos entreolhamos tentando não rir.
—E agora em diante, podem me chamar... de arraia.
—Beleza, gordinho. Ele tá com vocês.—Disse o sensei para o Kreese.
—Fantástico.—disse o Kreese.
O sensei deu início ao jogo, mas antes ele deu 10 minutos para cada um se adentrar na floresta, e eu fui junto com o Eli.
—E se só sobrar a gente? O que fazemos?—Perguntei para quebrar o silêncio.
—Vou ter que arrancar essa linda faixa da sua cabeça.—Disse o Falcão rindo.
—Ate parece.—disse rindo também.
Escutamos um barulho e nos viramos para ver, era um menino da equipe preta. Ele tentou me atacar com um chute mas eu defendi e dei outro chute na cara dele, mandando o menino para o lado do Falcão.
O Falcão deu um soco nele e segurou a perna, jogando ele pra mim de novo. Peguei a faixa dele e dei um chute que fez ele cair no chão.
—Sem compaixão, idiota.—Disse para o menino que estava caído no chão.
Começamos a andar pela floresta de novo.
—Acho melhor nos separarmos.—disse o Falcão.—Eu vou fazer uma coisa.
—Ok.—disse dando de ombros.—Te vejo depois então.
Dei um selinho nele e continuei o caminho pelo outro lado.
(...)
Já fazia um tempinho que eu não encontrava mais ninguém, mas já estava com cinco faixas. Escutei uma tosse forçada, me virei pra ver quem era, e era a Tory.
—Eu poderia tirar a sua faixa sem você perceber, mas prefiro lutar com você.—disse a Tory.
Comecei a atacando primeiro dando um chute giratório mas a Tory defendeu, ela tentou distribuir alguns socos mas eu defendi.
Tentei dar um soco nela mas ela acabou chutando a minha perna. Empurrei ela contra uma árvore. Quando ia tirar a faixa ela me deu uma cabeçada, o que fez eu cambalear um pouco, ela aproveitou esse meu momento de distração e acabou me dando um chute na boca que me fez cair no chão.
—Desculpa, Olivia.—disse a Tory em um tom de deboche tirando a minha faixa.
Voltei para o lugar de onde saímos, não sei como eu consegui voltar, essa floresta ou seja lá o que for isso é imensa, as chances de alguém se perder aqui é grande.
—Você foi bem.—disse o meu pai quando me viu chegar.
Me sentei ao lado de Aisha e ficamos conversando até ouvirmos barulhos de duas pessoas brigando, provavelmente era o Falcão e o Miguel, acho que eles são os únicos que faltam.
A turma se aproximou para ver a briga, eu estava de certa forma preocupada já que os dois eram grandes lutadores.
O Miguel a acabou ganhando a luta. Ele ergueu a faixa vermelha do Falcão enquanto olhava para o Kreese.
—Acaba com ele.—Mandou o Kreese, eu e o meu pai nos entreolhamos preocupados.
Ele foi lá que deu um chute na cara do Eli. Qual a necessidade? Se fosse uma briga de rua ou algo do tipo tudo bem acabar com a pessoa, mas eles eram amigos e o Miguel já tinha ganhado. Mas não sou eu que mando no Cobra Kai não posso dizer nada.
Tudo mundo foi abraçar o Miguel, enquanto eu estava fitando o chão.
—Parece que o seu campeão Ta desenvolvendo um instinto assassino.—disse o Kreese para o sensei Lawrence e eu revirei o olhos.
—Você tá bem?—Perguntou o Falcão tocando no meu ombro.
—Sim...—respondi suspirando. —E você? Aquele chute deve ter doído.
Olhei para o lado e o Miguel estava sendo enforcado pelo arraia mas nem liguei.
—Eu tô bem, relaxa, princesa. Você tá preocupada comigo?—Perguntou o Eli em um tom brincalhão.
—Convencido.—disse revirando os olhos.
Puxei ele para um canto mais afastados de todos e perguntei:
—O que você acha do sensei Kreese?
—Eu não sei. Você não gosta dele?
—Não, não é isso, eu não gosto dos incitamentos deles.
—Esquece isso, tá legal? É o fim do verão, você tem que aproveitar.—disse o Falcão acariciando a minha bochecha, ele me deu um selinho e saiu pra falar com os outros.
No fim a equipe vermelha ganhou, já que o arraia tava escondido de baixo da terra, por isso que eu pisei em alguma coisa que não parecia ser só terra.
O sensei mandou tudo mundo voltar para o ônibus, foi praticamente nós mesmo lugares.
—Olívia, você tá bem?—Perguntou o Miguel.
—Sim...—respondi deitando a cabeça no ombro do Eli e acabei pegando no sono.
Quando chegamos no dojô cada um foi para a sua casa, me despedi do Falcão e fui para o carro do meu pai esperar ele.
Ele chegou e fomos para a casa, o Miguel iria para algum lugar com a Tory então ele não voltou com a gente.
—Você e o Falcão estão... juntos...?—perguntou o meu pai quebrando o silêncio.
—É... eu acho que sim.—respondi.
—Olivia, minha filha.... Olívia vocês estão usando camisinha?
—O que? Pai...? A gente não... não...
—Não? Ok, ok.
Não falamos mais nada, apenas fomos para a casa.
Eu tomei um banho e fui dormir cedo, o meu pai saiu e foi para o dojo fazer alguma coisa.
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Desculpa a demora pra postar, estava sem muitas ideias.
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