14-
Como eu disse, estávamos ferrados. O sensei ficou muito bravo e mandou a gente fazer vários exercícios.
—Isso pode acabar rapidinho.—disse o Sensei.—A decisão é de vocês. Quem destruiu o dojo Miyagi? Sabem que eu não sou fã do LaRusso, mas não admitimos esse tipo de atitude aqui. Não mais. Então vou perguntar de novo: quem destruiu o dojo Miyagi?
—Não fui eu sensei.—disse um gordinho que eu não sei o nome.—Eu nunca desrespeitaria o dojo algu...
—Cala sua boca, gordo irritante!—gritou o sensei.—Não tô atrás de desculpas, quero resposta!
—Sensei a gente não sabe quem fez isso.—disse o Miguel ofegante.
—Alguém sabe de alguma coisa. A questão é... Quem vai falar?—disse o Kreese encarando eu e o Falcão.
O celular do escritório começou a tocar, o sensei foi atender enquanto nós continuamos fazendo os exercícios.
—Continuem. Podemos fazer o dia todo.
—Mitch, pede para o Kreese deixar a gente beber água.—disse baixo para o Mitch.
—Sensei,—o Mitch disse indo até o Kreese. —A gente tem que beber água.
—Pausa de dois minutos!—disse o Kreese e eu respirei aliviada. —se recomponham.
—Vai levanta.—disse o Falcão estendendo a mão para mim que estava jogada no chão. —Eu vou falar com o Kreese, ele estava praticamente tentando entregar a gente.
O Falcão foi lá falar com o velho e eu fui procurar minha garrafinha.
—Pode me explicar aonde você estava, agora?—perguntou a Aisha, acho que ela está desconfiada, e a Tory estava do lado dela.
—Você não tem nada a ver com isso né?—Perguntou a Tory.
—Não, claro que não.—menti. —Eu estava com o Falcão. Depois que ele terminou com a Moon nós saímos, e ficamos.—disse as últimas palavra baixo.
—Ontem eu acabei beijando o Miguel.—disse a Tory,
Ela e a Aisha começaram a conversar sobre a Tory ter beijado o Miguel, mas eu nem prestei atenção, estava preocupada com o que o Falcão disse para o Kreese.
O Falcão voltou, pegou uma garrafinha de água e se sentou em um banquinho, eu fui até ele e fiz ele ir até um canto mais afastado.
—O que você disse pra ele?—perguntei.
—Nada de mais, só disse que talvez seja melhor eu falar para o sensei Lawrence que fui eu, mas ele disse que cuida disso. —respondeu o Falcão. —Relaxa tá? Eles não vão descobrir que foi a gente.—ele roubou um selinho e saiu.
O meu pai saiu do dojo, aonde será que ele vai? Ele vai deixar o dojo do comando do Kreese?
—Todos na academia!—gritou o Kreese.
Fomos para a academia, ele fez a gente pegar algum equipamento para nós exercitarmos. Eu escolhi pegar a barra com os pessoa, acho que era mais fácil.
Não peguei um muito pesado mas também não tão leve.
O Falcão começou a vir na minha direção segurando mais 2 pesos de cinco quilos, ele simplesmente juntou as pesos que eu já estava segurando.
—Não, não, Eli.—disse tentando segurar a barra mas estava pesado demais.
O Eli me ajudou a segurar e ficou com o rosto bem próximo do meu, ele roubou um selinho e tirou os pesos.
O Eli pegou mais alguns pesos, colocou na barra dele e começou a se exercitar.
—Ta tudo bem se eu vomitar aqui?—perguntou o gordinho para a Aisha.
—Não.
—Os fuzileiros vomitam toda hora.—continuou o gordinho.
—Ate onde eu sei, você não é um fuzileiro.—eu disse.
—Ele não vai desistir. A gente tem que descobrir quem fez isso.—disse o Miguel, eu e o Falcão nós olhamos, será que alguns deles estavam desconfiando?
—Aposto que foi o bafo de bosta.—disse a Tory se referindo ao Mitch.
—Vai se ferrar.—disse o Mitch se levantando.
—Como é que é?—disse a Tory e os dois se aproximaram.
—Quer resolver isso agora?—Provocou o Mitch, mas ele não aguenta um soco.
—Ai parou!—disse o Miguel segurando a Tory enquanto o eu e o Falcão segurávamos o Mitch.
—Chega!—disse o Kreese. —Querem saber mesmo quem é o culpado? Foi o Falcão e a Lawrence.—ele disse simples e tudo mundo olhou pra gente, merda!—Mas também foram o Diaz. E a Robinson. A Nichols, o Balofo, o Red... Quando um de vocês faz alguma coisa, todos fazem algo. Vocês vivem e morrem com as consequências e o espólio. Porque vocês todos são cobra kai. No dojô principal, em cinco minutos. Agora vai começar o treinamento de verdade.
Todo mundo foi beber água, eu peguei minha garrafinha e me sentei em um banquinho. O Falcão veio e se sentou ao meu lado, não falamos nada eu apenas apoie minha cabeça em seu ombro.
Depois de um tempinho todos fomos para os tatame e ficamos de joelhos, o Kreese escolheu a Tory e o Mitch para lutar primeiro.
—Lutem!
Eles começaram a lutar e obviamente quem ganhou foi a Tory.
—Ponto.—anunciou o Miguel.
—Bate de novo.—disse o Kreese, a Tory intercalou olhares entre o Kreese e o Mitch —Algum problema com isso? A luta não termina até você acabar com o inimigo. Não mostre compaixão ao inimigo.
A Tory foi para dar um chute na cara do Mitch mas eu interrompi.
—Mas, não foi isso que o sensei Lawrence ensinou.
—Como é que?—perguntou o Kreese.
—Não a honra em ser impiedoso. Ela marcou um ponto... acabou.
—O sensei Lawrence, o seu pai, estava certo, é claro. Num torneio, a luta para quando você marca um ponto. —Disse o Kreese vindo até mim. —Mas no mundo real não existe pontuação. Existe o vencedor e o perdedor. E não há perdedores nesse dojo.
O Kreese estava tentando me intimidar? Eu hein, velho estranho. Eu prestei atenção em tudo o que ele falava com uma cara de tédio.
—Sim, mas tecnicamente isso aqui—disse me referindo ao dojo. —ainda não é como a vida real. Não é como se você fosse deixar eles lutarem até a morte.
—Srta. Nichols, acaba com ele.—disse o Kreese me ignorando.
E a Tory deu um chute na cara do Mitch.
—Muito bem, Nichols.—Disse o Kreese, ele começou a olhar para a turma, provavelmente estava procurando os participantes da próxima luta. —Falcão e... Srta. Lawrence.
Ele só pode estar de brincadeira comigo.
Qual é o problema desse velho?
Fizemos posição de luta.
—Lutem!—Anunciou o Kreese.
O Falcão começou já tentando me dar uma rasteira mas eu desviei, acertei um chute giratório mas não chegou a marcar ponto. Dei um soco no rosto dele é uma rasteira, ele acabou caindo.
—Acaba com ele.—disse o Kreese e eu revirei os olhos.
—Me desculpa.—disse para o Falcão que estava se levantando, dei um soco na cara dela.
—Por hoje é só. Estão dispensados.—disse o Kreese indo para o escritório.
—Me desculpa mesmo.—disse ajudando o Falcão a se levantar.—Você tá bem?
—Sim, relaxa.—ele respondeu me abraçando de lado. —Acho que você deveria falar o sensei Kreese.
—Por que?—perguntei. —A Tory não precisava bater nele de novo. —disse indo para o vestiário.
—Quer carona?—disse o Falcão entrando no vestiário também.
—Sim.—respondi.
Nos trocamos e fomos para o carro dele. Quando chegamos na minha casa tinha um bilhete colado na geladeira ao lado da foto do Robby, um amigo do meu pai estava doente e ele ficaria uns dias fora.
O bom é que eu teria uns dias sozinha.
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